Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
00 Lopes Et Al No Prelo PDF
00 Lopes Et Al No Prelo PDF
Comportamento alimentar
ideal para qualquer ser vivo, e não seria diferente para nós, seres humanos. Talvez não
pareça propriamente um desafio, uma vez que a alimentação faz parte da rotina de cada
capturar e ingerir alimentos têm que atender a exigências do próprio organismo em si, à
apresentar neste capítulo refere-se a uma compreensão dos nossos hábitos alimentares
reprodução e lactação (N’Guessan, Ortmann, & Boesch, 2009). Proteínas têm um papel
Lindenmayer, & Foley, 2009). Para a maioria dos primatas onívoros, tal como os seres
carboidratos são os frutos. Em ambiente natural, deve ser considerado o fato de que a
recurso será um fator essencial, uma vez que, em alguns momentos, o alimento poderá
tempo e energia para obtê-lo. Tais pressões são de tal relevância para nossas decisões
desejo expresso dos participantes em estudo realizado por Swaffield e Roberts (2015)
quanto ao consumo de alimentos mais calóricos, mesmo sem nenhuma referência direta
alimentar.
Dieta ancestral
apontam para o fato de que todas essas características são resultado da seleção natural,
Quando pensamos em compreender um pouco mais sobre nossa dieta nos dias
atuais, precisamos traçar um paralelo com os tipos de pressão seletiva que nossos
ancestrais sofreram e que moldaram a dieta dos humanos modernos. Essa compreensão
pode ser auxiliada por estudos com caçadores-coletores, que apresentam uma
tubérculos, o que é sugerido pelas pequenas dimensões dos territórios e pelo tipo de
1996; ver capítulo 2.4 deste volume). Nesse momento de nossa evolução, é possível
desgaste causado pelo consumo predominante de itens vegetais, bem diferente dos
dentes de fósseis encontrados depois que a carne passou a fazer parte de nossa dieta, que
carne em nossa dieta, seja através da utilização de carniça ou da caça propriamente dita,
modificação associada a Homo erectus (Leonard, 2003), permitiu que nosso organismo
substituição dos animais maiores pelos de pequeno porte, que viviam mais dispersos e
eram mais difíceis de capturar (Carneiro, 2003; Perlès, 1996; Stanford, 2004). Além
no tempo de busca pelo mesmo, uma vez que se tornou possível atender às necessidades
dentes são típicos de animais onívoros: incisivos e caninos, na parte da frente da boca,
são capazes de cortar vários itens, dentre eles a carne, e na parte posterior, pré-molares e
molares, capazes de moer as fibras de alimentos de origem vegetal (Barash & Barash,
1999). Tal característica também pode ser associada à diminuição no tamanho dos
molares e a diminuição da robustez mandibular e craniana (Eaton, Eaton III, & Cordain,
2002).
nos restringir a caracterizá-la como uma dieta onívora (Bogin, 1998). Observando
outras espécies, nos damos conta de que mesmo sendo classificadas como onívoras,
podemos claramente listar os itens que são consumidos pelos indivíduos que dela fazem
parte. Como justificar, então, a diversidade de dietas que encontramos nas diferentes
diferentes culturas, por exemplo, as dietas mais ricas em proteína e gordura animal dos
dos povos Andinos que habitam altitudes elevadas (Moran, 1994), constata-se a
desses itens em cada uma das dietas, reflexo, sobretudo, das condições climáticas e
disponibilidade de alimento de cada local (Campbell, 1983; Johnson & Earle, 2004;
Moran, 1994). Assim, podemos afirmar que as condições climáticas são um fator
limitante dos tipos de recursos disponíveis para as diferentes populações humanas. Não
(Yamamoto & Lopes, 2007). Para nós a escolha hoje está mais associada a algumas
pressões sofridas naquele ambiente hostil, como por exemplo a cautela diante de
necessário, e que hoje, diante das alterações das condições de vida, não mais o são.
obesidade, hipertensão arterial e até mesmo alguns tipos de câncer (Cox et al., 2015).
Gostos básicos
diferenciarmos o gosto do sabor, uma vez que esse último é resultado de uma interação
textura. Além disso, outros canais sensoriais podem contribuir para a percepção global
ácido e umami (Breslin & Spector, 2008). Estudos recentes demonstraram que os
ácidos graxos também podem ser percebidos pelos receptores gustativos de humanos
(Stewart et al., 2010), porém tal percepção ainda não foi estabelecida como um dos
dorsal da língua, nas papilas gustativas, mas também podem ser encontrados na faringe,
laringe e epiglote (Suzuki, 2007). Nos modelos experimentais para avaliar a percepção
dos gostos básicos são empregados diferentes componentes químicos como estímulos,
sendo os mais utilizados: sacarose e glicose para o gosto doce, o cloreto de sódio (NaCl)
para o salgado, a cafeína para o amargo, o ácido cítrico para ácido e o glutamato
Existem evidências de que o gosto atua como uma importante pista do conteúdo
alimentos pouco processados (Dongen et al., 2012). Por exemplo, o gosto amargo pode
o sabor doce pode ser uma pista de que aquele alimento contém carboidrato e energia,
enquanto que o sabor salgado pode sinalizar a presença de proteínas. Tais associações
uma vez que grande parte dos alimentos consumidos são processados (sobretudo em
sem modificar as características sensoriais dos mesmos (Floros et al., 2010; Weaver et
al., 2014).
específicas. Esses alimentos recebem essa designação por se destinar a dietas com
Neofobia alimentar
gosto apresentado pelo alimento, outro aspecto que afeta de forma importante as
consumir alimentos desconhecidos (Pliner & Hobden, 1992; Pliner, Pelchat, & Grabski,
1993), e apesar de ser uma forma extremamente eficiente de reduzir os riscos associados
estabelecimento de uma dieta variada (Monneuse, Hladik, Simmen, & Pasquet, 2008).
Contextualizando essa relutância nos dias atuais, não veríamos justificativa para
a ocorrência de tal padrão comportamental, uma vez que sabemos que os alimentos
oferecidos não são tóxicos (se considerarmos que grande parte das sociedades humanas,
devem estar dispostos a experimentar novos alimentos (Yamamoto & Lopes, 2007).
em relação a todos os alimentos novos: se por um lado o indivíduo tem boas razões para
aceitar um alimento novo, pois isto possibilitaria a ampliação da dieta, por outro lado
ele também tem boas razões para rejeitá-los, pois eles podem ser potencialmente tóxicos
(Yamamoto & Lopes, 2007). Mas esta relutância tem que ser superada em algum
O que tem sido observado é que a resposta neofóbica é modulada por diferentes
características do indivíduo, como idade (Meiselman, King, & Gillette, 2010), sexo
(Johns, Edwards, & Hartwell, 2011) e até mesmo o padrão cultural, e experiências
prévias quanto à aspectos sensoriais dos alimentos (Olabi et al., 2015). Por exemplo, a
neofobia apresenta uma relação clara de decréscimo com a idade (Hursti & Sjödén,
1997).
infância, e novamente declina a partir de então até a vida adulta. Essa relação em termos
evolutivos sugere que este padrão foi selecionado porque, provavelmente, é o que traz
nascimento, o acesso ao alimento é controlado pelos adultos, pois bebês ainda não têm
mobilidade para adquirir alimento de forma independente (Birch, Gunder, & Grimm-
tóxico é remota. Além disso, o leite materno pode atenuar a resposta neofóbica, uma vez
que, através do mesmo, o bebê já inicia um processo de familiaridade com o sabor dos
alimentos (Mennella & Beauchamp, 1997). Por outro lado, quando a criança se torna
mais independente e começa a ingerir alimentos por conta própria, a precaução contra
relativos à dieta do seu grupo social. Nesse momento é de suma importância que o
itens alimentares novos num ambiente seguro. Finalmente, na idade adulta, o indivíduo
já conhece todos os alimentos que compõem a dieta de sua comunidade, bem como as
tradições associadas a ela, e é capaz de tomar decisões seguras sobre o que comer.
nos quais o homem vive e de sua mobilidade, que o expõe, com frequência, a alimentos
como a informação sobre alimentos novos (MacFarlane & Pliner, 1997) e aumento da
(Raudenbush & Frank, 1999). Além disso, o princípio do sabor, proposto por Rozin
se torne mais seguro para o consumo, uma vez que o mesmo traz um componente
(1999) sugerem que esta é uma solução cultural que compatibiliza a disponibilidade de
características sensoriais dos alimentos, como sabor, odor, textura e aparência, são
importantes na regulação do consumo alimentar, pois atuam como pistas sensoriais que
podem modular as escolhas alimentares. Assim, a avaliação destes sinais serve como
A vida em grupo foi uma solução importante encontrada por nossos ancestrais
mas também a identificação do que pode ser considerado alimento, já são ações
podem favorecer a inclusão dos mais variados itens na dieta, desde que os mesmos
sejam oferecidos (Hursti & Sjödén, 1997). São observadas preferências alimentares
bastante próximas entre irmãos, sobretudo se a diferença de idade é pequena (Pliner &
Pelchat, 1986), bem como entre pais e filhos à medida que estes últimos crescem (Birch,
1999). Também foi observado que a presença de modelos tem um papel importante na
alimentos novos parecem seguros para as crianças, uma vez que as professoras se
mostram familiarizadas com eles. Na mesma direção, Remington, Añez, Croker, Wardle
e Cooke (2012) demonstraram que a presença dos pais, associada a recompensas não
alimentares e exposição repetida de itens amplia a inserção de itens à dieta dos filhos.
O simples fato de estar junto com outra pessoa pode funcionar como um agente
alimento ingerido (Clendenen, Herman, & Polivy, 1994). O mais interessante é que,
mesmo sem estar presente, informações sobre o consumo alimentar de outra pessoa
em situação de teste, eram confrontados com dois alimentos (um palatável e um não
nossa dieta, não somente quanto aos itens que ela irá conter, mas também quanto à
quantidade ingerida. No entanto, ainda podemos discutir mais um elemento: por que às
no uso da mesma (Yun, Lee, & Doux, 2006). Obter alimentos e comê-los era,
provavelmente, uma atividade de alto custo para nossos ancestrais, pelo tempo que
ocupava e pelos riscos envolvidos. Durante a maior parte da evolução humana, nossos
ancestrais, como qualquer animal selvagem, tinham que sobreviver daquilo que
atividades atuais à situação enfrentada por nossos ancestrais, temos uma enorme
geral, a sua disponibilidade não é restrita a esse encontro inicial; podemos continuar a
ingerir alimentos mesmo depois de saciada nossa fome inicial. Hoje, a maioria de nós
pode se dar ao luxo de comer mais gordura, açúcar e sal do que é biologicamente
adequado, mais do que jamais estaria disponível aos nossos ancestrais há alguns
doenças cardiovasculares.
ingestão de energia, ou por ambas as razões (Davis, Strachan, & Berkson, 2004). A
despeito da modificação na oferta dos alimentos, nosso corpo continua agindo como se
acúmulo de reservas de gordura (Nesse & Williams, 1997). É possível também que as
faunívoros, o que sugere uma dieta de alta qualidade na qual a carne era um componente
predominante (Mann, 2000). É importante considerar que, além disso, nossa dieta
incluía altas taxas de fibras (provenientes de vegetais não cultivados) (Eaton & Eaton
III, 2000). Talvez isso facilite nossa compreensão a respeito da incidência de doenças
Dieta atual
oriundos das mudanças que acontecem no cenário econômico, político e social que
caçados por nossos ancestrais (Cordain et al., 2002a; Lev-Ran, 2001). Estudos com
entanto, os tecidos animais consumidos, por exemplo, apresentam um teor muito baixo
baixa ingestão de sal, podem operar de forma sinérgica com as características do estilo
de vida dessas sociedades (Cordain, Eaton, Brand Miller, Mann, & Hill, 2002b).
tradicional, com base no consumo de grãos e cereais, que aos poucos está sendo
de carboidratos complexos e fibras (Monteiro, Mondini, Souza, & Popkin, 1995). Esses
achados são confirmados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) (IBGE, 2010),
exemplo (Brasil, 2014), mas que são aplicáveis a outras populações humanas.
o consumo de desses alimentos em cinco ou mais dias na semana, foi observado que
consideraram seu consumo de sal muito alto ou alto. No que diz respeito ao consumo de
padrões dietéticos mundiais entre os anos de 1990 e 2010, em 187 países. Foi verificado
que a qualidade da dieta foi bem heterogênea entre os países estudados, mas que, em
geral, o consumo de alimentos saudáveis melhorou, principalmente entre mulheres e
Considerações finais
relação também pode ter reações adversas (Eaton et al., 2002) como discutido no tópico
anterior. Em nenhum outro momento da nossa história enquanto espécie soubemos tanto
sobre nutrição e como a nutrição e a dieta afetam nossa saúde e bem-estar. Com esse
de alimentos extremamente adequado. É claro que as decisões que tomamos agora sobre
o que consumimos são seguramente tão importantes quanto as decisões tomadas por
nossos ancestrais em relação ao que eles consumiam (Larsen, 2003). No entanto, o que
sofridas no ambiente ancestral, nos selecionaram para termos corpos mais eficientes que
usam pouca energia (Barash & Barash, 1999), mesmo quando os alimentos têm acesso
mais fácil, e não precisamos percorrer longas distâncias para obtê-lo; para
apresentarmos preferência por alguns gostos, como o doce, por exemplo, e sofremos as
consequências por esta preferência, pois hoje temos alimentos com elevada
embalagens industrializadas.
populações humanas contemporâneas (Eaton et al., 2002). Esse tipo de situação nos
GLOSSÁRIOi
predação, etc.
Currency: Valor de cada uma das opções disponíveis. Por exemplo fruto A com 100
mg de açúcar e fruto B com 50mg do mesmo açúcar. Nos modelos dinâmicos o valor
Decisão: Diante de pelo menos duas opções, a adoção de uma delas de modo consciente
organismo e/ou sistema ecológico (Williams, 1966). Além disso, foram introduzidas as
noções de benefícios e custos. A partir dessas noções foi criado a “Optimal Foraging
Theory” (Teoria do Forrageio Ótimo) (Stephen & Krebs, 1975), a qual pressupõe que
existe um objetivo nas decisões (a maximização de energia e/ou diminuição dos riscos),
Está na base da teoria do forrageamento ótimo que o animal obterá o máximo de energia
adquirida (alimentos) com o menor custo possível (tempo, gasto de energia, exposição à
predação, etc.) e que ele decide/escolhe entre opções disponíveis como entre
escolha do que comer, buscar ou não novas fontes de alimento. Uma das decisões
básicas para qualquer animal é permanecer ou não numa área fonte de alimentos em
função da depleção desses alimentos e claro do seu próprio estado de saciedade. Esta
proporcional à taxa de encontro desse alimento. Cain, Vul, Clark e Mitroff (2012)
propriamente dita. A estratégia ideal seria examinar toda a área para encontrar os
possíveis alvos. Contudo, os indivíduos adotam a estratégia de busca visual em função
da taxa de encontro dos alvos, ou seja, quanto maior a chance de encontrar, mais tempo
de procura.
caçadores Barí da Venezuela mostra que a análise do encontro das presas obedece a um
entre as opções, resultando em aptidões diferentes a partir da decisão por uma das
mostram que peixes que requerem menor tempo de manipulação são os preferidos para
consumo familiar, enquanto peixes que demandam tempo de manipulação elevado são
tempo de manipulação.
Ao modelo de forrageamento ótimo, foram acrescentadas variáveis e condições
ações, levando em conta o seu estado nutricional e o ambiente físico onde ele está
forrageamento ótimo.
O modelo chamado Social foraging theory, inclui novas variáveis que são
estão tomando suas próprias decisões. Se dois indivíduos, que vivem de modo solitário,
decisão de B e vice-versa, o resultado não será uma simples soma de decisões, mas
item alimentar que satisfará tal vontade. Esse desejo intenso de comer um alimento
intensidade e especificidade são dois importantes aspectos que merecem destaque para a
Apesar de ser um fenômeno de ocorrência quase corriqueira (uma vez que dentre
jovens adultos estima-se que 100% das mulheres e em torno de 70% dos homens já
relataram pelo menos um episódio de craving – Hormes, Orloff, & Timko, 2014), sua
compreensão ainda é delicada, mas essencial, uma vez que episódios em elevada
frequência podem contribuir para obesidade e outras desordens alimentares, pois pode
organismo a um déficit nutricional ou calórico (Weingarten & Elston, 1991), mas tal
uma vez que a privação nutricional pode facilmente ser confundida com uma dieta
monótona, sugerindo que necessidades nutricionais não são uma condição necessária
para a ocorrência de craving. Além disso, evidências de que há especificidade étnica (ou
seja, craving para determinados alimentos quase que restritos a determinada cultura)
(Komatsu, 2008), por um lado, e uma alta ocorrência de craving dirigido a alimentos
Bellisle, 2007) e não em elementos específicos, por outro, reforçam a fragilidade de tal
explicação.
de tristeza, estresse ou ansiedade têm trazido resultados promissores (Corsica & Spring,
2008; Parker & Crawford, 2007; Rogers & Smit, 2000), sobretudo quanto às áreas
cerebrais envolvidas nas situações em que o craving se apresenta. No estudo de Pelchat
núcleo caudado (sobretudo sob ação de dopamina, apresentando forte relação com os
motivado por estímulos que são previsíveis em termos da recompensa que produzem.
Dessa forma, apesar de não totalmente conclusivos, os resultados apontam para uma
algumas situações não basta comer, mas precisa ser aquela maravilhosa torta de
Referências
Barash, D. P., & Barash, I. A. (1999). The mammal in the mirror – understanding our
Begossi, A., Salivon, S. V., Hanazaki, N., Martins, I. M., Bueloni, F. (2012). Fishers
(Paraty, RJ) and fish manipulation time: A variable associated to the choice for
http://dx.doi.org/10.1590/S1519-69842012000500030
41-62.
Birch, L. L., Gunder, L., & Grimm-Thomas, K. (1998). Infant’s consumption of a new
Breslin, P., & Spector, A. (2008). Mammalian taste perception. Current Biology, 18(4),
Cain, M. S., Vul, E., Clark, K., Mitroff, S. R. (2012). A bayesian optimal foraging
10.1177/0956797612440460
Clendenen, V. I., Herman, C. P., & Polivy, J. (1994). Social facilitation of eating among
Cordain, L., Watikins, B. A., Florant, G. L., Kelher, M., Rogers, L. & Li, Y. (2002a).
Fatty acid anlisys of wild ruminant tissues: evolutionary implications for reducing
10.1016/j.eatbeh.2008.07.004
Cox, D. N., Hendrie, G. A., & Carty, D. (2015). Sensitivity, hedonics and preferences
for basic tastes and fat amongst adults and children of differing weight status: A
doi:10.1016/j.foodqual.2015.01.006
Dongen, M. V., Berg, M. C., Vink, N., Kok, F. J., & Graaf, C. (2012). Taste-nutrient
147. doi:10.1017/S0007114511005277
Drake, M. (2007). Sensory Analysis of Dairy Foods. Journal of Dairy Science, 90,
Eaton, S. B., & Eaton III, S. B. (2000). Paleolithic vs. Modern diets – selected
Eaton, S. B., Eaton III, S. B., & Cordain, L. (2002) Evolution, diet and health. In P. S.
Ungar & M. F. Teaford (Orgs.), Human Diet: Its Origin, and Evolution (pp. 7-17).
2435.2008.01526.x
Floros, J. D., Newsome, R., Fisher, W., Barbosa-Canovas, G. V., Chen, H., …, &
Ziegler, G.R. (2010). Feeding the world today and tomorrow: the importance of food
Gendall, K. A., Joyce, P. R., Sullivan, P. F., & Bulik, C. M. (1998). Food cravers:
Hormes, J. M., Orloff, N. C., & Timko, C. A. (2014). Chocolate craving and disordered
doi:10.1016/j.appet.2014.08.018
Hursti, U.-K. K., & Sjödén, P.-O. (1997). Food and general neophobia and their
Imamura, F., Micha, R., Khatibzadeh, S., Fahimi, S., Shi, P., ..., & Mozaffarian, D.,
(2015). Dietary quality among men and women in 187 countries in 1990 and 2010: A
evolution of the human diet and coronary heart disease. Nutrition Research, 18(4),
633-652.
Johns, N., Edwards, J. S. A., & Hartwell, H. (2011). Food neophobia and the adoption
of new food products. Nutrition & Food Science, 41(3), 201–209. doi:
10.1108/00346651111132475
food limitation and food source. American Journal of Primatology, 50, 25-35.
Johnson, A. W., & Earle, T. (2004). The evolution of human societies. Stanford:
Knaapila, A., Silventoinen, K., Broms, U., Rose, R. J., Perola, M., ..., & Tuorila, H. M.
personality, pleasantness and use frequency of foods, and body mass index-a twin
Komatsu, S. (2008). Rice and sushi cravings: A preliminary study of food craving
Koza, B. J., Cilmi, A., Dolese, M., & Zellner, D.A. (2005). Color enhances orthonasal
olfactory intensity and reduces retronasal olfactory intensity. Chemical Senses, 30,
643-649. doi:10.1093/chemse/bji057
Larsen, C. S. (2003). Animal source foods and human health during evolution. The
especial), 2, 80-89
Meiselman, H. L., King, S. C., & Gillette, M. (2010). The demographics of neophobia
doi:10.1016/j.foodqual.2010.05.009
Mennella, J. A., & Beauchamp, G. K. (1997). Mother’s milk enhances the acceptance of
Monneuse, M., Rigal, N., Frelut, M., Hladik, C., Simmen, B., & Pasquet, P. (2008).
Taste acuity of obese adolescents and changes in food neophobia and food
doi:10.1016/j.appet.2007.08.004
Monteiro, C. A., Mondini, L., Souza, A.L., Popkin, B.M. (1995). The nutrition
N’Guessan, A. K., Ortmann, S., & Boesch, C. (2009). Daily energy balance and protein
gain among Pan troglodytes verus in the Taï National Park, Côte d’Ivoire.
Nasser, J. (2001). Taste, food intake and obesity. Obesity Reviews, 24, 213-218. doi:
10.1046/j.1467-789X.2001.00039.x
Nesse, R. M., & Williams, G. C. (1997). Por que adoecemos – a nova ciência da
Campus.
Olabi, A., Neuhaus, T., Bustos, R., Cook-Camacho, M., Corvi, T., & Abdouni, L.
(2015). An investigation of flavor complexity and food neophobia. Food Quality and
Organ, C. Nunn, C. L., Machanda, Z., & Wrangham, R. W. (2011). Phylogenetic rate
shifts in feeding time during the evolution of Homo. PNAS, 108(35), 14555-14559.
www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1107806108
Parker, G., & Crawford, J. (2007). Chocolate craving when depressed: A personality
Pelchat, M. L., Johnson, A., Chan, R., Valdez, J., & Ragland, J. D. (2004). Images of
doi:10.1016/j.neuroimage.2004.08.023
Pliner, P., & Hobden, K. (1992). Development of a scale to measure the trait of food
Pliner, P., & Mann, N. (2004). Influence of social norms and palatability on amount
Pliner, P., & Pelchat, M. (1986). Similarities in food preferences between children and
Pliner, P., Pelchat, M., & Grabski, M. (1993). Reduction of neophobia in humans by
Raudenbush, B., & Frank, R. A. (1999). Assessing Food Neophobia: The Role of
taste exposure with incentives. American Journal of Clinical Nutrition, 95, 72-77.
doi: 10.3945/ajcn.111.024596
Rogers, P. J., & Smit, H. J. (2000). Food craving and food “addiction”: A critical review
(Org.), Why we eat what we eat (pp. 233-262). Washington D. C.: American
Psychological Association.
Stallberg-White, C., & Pliner, P. (1999). The effect of flavor principles on willingness
University Press.
Stewart, J. E., Feinle-Bisset, C., Golding, M., Delahunty, C., Clifton, P. M., & Keast, R.
S. (2010). Oral sensitivity to fatty acids, food consumption and BMI in human
doi:10.1017/s0007114510000267
Suzuki, T. (2007). Cellular mechanisms in taste buds. The Bulletin of Tokyo Dental
doi: 10.1007/s40806-014-0007-z
Weaver, C.M., Dwyer, J., Fulgoni, V.L., King, J.C., Leveille, G.A., …, &
Weingarten, H. P., & Elston, D. (1990). The phenomenology of food cravings. Appetite,
Yamamoto, M. E., & Lopes, F. A. (2007). Comer ou não comer: Uma abordagem
Yun, A. J., Lee, P. Y., & Doux, J. D., (2006). Are we eating more than we think?
foraging: The Barí hunters of Venezuela as a test case. Human ecology, 19(4), 499-
508.
i
Uma ressalva importante: aqui, elencamos alguns termos que avaliamos necessários para o glossário.
Não adicionamos todas as definições, pois não sabemos se outros autores já o fizeram em capítulos
anteriores, mas nos colocamos à disposição, obviamente, para o preenchimento de todas as definições.
Todos os termos estão destacados em negrito ao longo do texto.