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Introdução

TREINAMENTO WHITE BELT


SIX SIGMA

Metodologia criada pela Motorola na década de 80 e visa entre outras


coisas, a eliminação de falhas e defeitos nos processos através da redução
da variabilidade nos mais variados tipos de processos com foco no ZERO
DEFEITOS. Considerada como uma estratégia de negócios e várias
empresas dos mais diferentes segmentos de mercado já utilizam o Seis
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Sigma como um grande diferencial competitivo. 1
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99% é BOM? Muitas pessoas tem o conceito de que 99% é bom. E você? Vamos
explorar bastante este número durante nosso treinamento.
O que é o Seis Sigma? Se pensarmos de forma simples, diríamos que 6 é um
número e o Sigma é uma letra grega. As duas coisas quando estão separadas são um
número e uma letra grega, agora quando elas se juntam para formar o Seis Sigma, elas
se transformam em uma metodologia, e para nós o Seis Sigma é o método mais eficaz
que já foi criado para solução de problemas. E problemas vamos encontrar em todos os
processos e em todas as empresas.
Falando em solução de problemas, uma pergunta para a gente refletir: será que
a gente sabe resolver problemas mesmo?
Porque tantas empresas têm problemas e até hoje ninguém conseguiu resolver?
Uma das respostas é falta de um método realmente eficaz que resolve e que não deixa
o problema retornar. E é sobre este método que se baseia este treinamento. Vamos
usar muitos vídeos, comentários e apostilas.

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Vamos entrar então no Seis Sigma enquanto método agora. Essa letra grega Sigma serve para
medir variabilidade de um processo. E todos os processos têm variação. Por exemplo: Vocês
conseguem sair de casa e chegar na universidade ou no trabalho todos os dias no mesmo tempo? Por
que não? Porque o trajeto tem variação tipo (trânsito, farol, chuva, etc.). Um outro exemplo bom para
vocês guardarem bem o conceito: as notas dos alunos de uma determinada universidade, tem
variação? Nem todo mundo tira somente 10 ou somente zero, também tem variação.
Vamos dizer então, que o processo de um aluno tirar nota na faculdade, está permitindo o
mesmo tirar nota de 6 a 9. Esse processo, é um processo bom ou ruim? É bom se precisar tirar no
mínimo 6, mas será ruim se precisar tirar no mínimo 7. Observem que não mexemos no processo,
continuou de 6 a 9. O que nós mudamos? A referência, ou seja, aquilo que o cliente quer, ou seja, não
importa o tamanho da variação que eu tenho no meu processo, esta variação vai ser boa ou ruim em
função da referência. Vamos guardar este conceito daqui para frente porque é muito importante, ok?
O nível 6, significa um número muito baixo de defeitos, apenas 3,4 defeitos por milhão de
oportunidades, praticamente zero.
Veja as ilustrações abaixo para entender melhor este nível:
Se representássemos graficamente a altura das pessoas, nos daria um gráfico parecido com a
figura abaixo.

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Temos uma média e o desvio padrão, que é o desvio médio de todas as alturas em relação à média.
Este processo é bom ou ruim? Não dá para dizer por enquanto pois não temos a referência. Só temos
a variabilidade.

Vamos supor que o cliente aceite pessoas no máximo até 1,75m. Observe que cabe apenas 1 desvio
padrão dentro da referência do lado direito da curva. Assim, dizemos que este processo é um
processo 1 Sigma porque tem apenas um desvio padrão.
E se o cliente aceitar pessoas somente até 1,80m por exemplo?

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Neste caso agora, cabem 2 desvios padrões dentro da referência, tornando


assim um processo 2 Sigma.

Observe que tudo o que está acima de 1,80m é o que chamamos de defeito ou falhas, ou seja, quando
um processo é 2 Sigma a quantidade de defeitos deste processo corresponde a 30%, ou seja, um
processo muito ruim. Nenhuma empresa sobrevive com este nível de falhas.
E como tornar este processo 6 Sigma?
A primeira ideia é a mais fácil, que seria o cliente mexer na referência, por exemplo aceitando pessoas
até 2,00m. Como ficaria?

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Com esta nova especificação, entrariam 6 desvios padrões, se tornando um processo


6 Sigma. Observe que a quantidade de falhas cai tremendamente, chegando ao nível de 3,4 defeitos
por milhão de oportunidades de dar o defeito. Muito baixo não?
Mas o cliente faz isso, mexe na referência desta maneira? Ou ele vai apertar mais? O cliente é exigente
e não fará isso. Portanto, como posso transformar um processo 2 Sigma em 6, sem mexer na
referência?
Tenho que mexer no processo, reduzindo a variabilidade e automaticamente o desvio padrão de forma
a caber 6 ou mais desvio dentro da referência.

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Precisamos eliminar as causas da alta variação, tirando as pessoas conforme acima. Agora sem
estas pessoas, como ficaria o meu gráfico?

O Seis Sigma enquanto método visa a redução da variabilidade de qualquer tipo de processo,
levando este processo a praticamente ZERO DEFEITO, usando uma série de ferramentas da qualidade
e de estatística que veremos ao longo de todo este material.
A figura abaixo mostra um comparativo entre o nível sigma, os defeitos e o percentual de coisas
boas que faz o processo.
Em média as empresas de forma geral, a cada 1 milhão de coisas que fazem, 6.200 tem falhas.

Vamos comparar algumas situações de 99% e 99,999%?

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Portanto, 99% não é o bom o suficiente. Quanto pode custar um defeito? Pode custar a própria
empresa ou a vida de uma pessoa. Não tolere 1% de falha nos processos. Busquem o Zero defeitos e
se não conseguir, pelo menos chegue ao Seis Sigma.

O Custo da Qualidade
E como as empresas estão produzindo defeitos, estes não podem chegar no consumidor,
correto? Então, o que as empresas fazem para não deixar chegar o produto defeituoso para nós
consumidores?
1) Retrabalho – saiu um produto com defeito, volta para linha de produção, refaz novamente
e libera o produto. Isso tem custo?
2) Joga fora- Apresentou um defeito tão grande que não tem como retrabalhar. Isso tem
custo?
3) Vende mais barato- Já que está com um defeito, vende por um preço mais em conta. Isso
tem custo?
4) Contrata uma pessoa para fazer inspeção de qualidade na linha de produção e
equipamentos de inspeção. Isso tem custo?

E estes custos nas empresas são enormes em função da quantidade de defeitos que ela produz,
chegando aos níveis abaixo.
Quem está na média de mercado, gasta em média 20% do que fatura com estes custos. Por
exemplo, se uma empresa fatura R$ 100.000,00 por mês, gasta em torno de R$ 20.000,00/mês com
estes custos. É muita coisa. Estamos falando de R$ 20.000,00 contra R$ 1.000,00 quando se tem o nível
6 Sigma.
SIGMA DEFEITOS POR CUSTO DA QUALIDADE
MILHÃO DE
OPORTUNIDADES
2 308.537
( Não competitiva )
Não aplicável

3 66.807 25 – 40 % das Vendas

4 6.210
( Média da Indústria)
15 – 25 % das Vendas

5 233 5 – 15 % das Vendas

6 3,4
( Classe Mundial )
Máx. 1% das Vendas

Assista agora o vídeo 103. CUSTO DA QUALIDADE


do Material de Apoio

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O gráfico abaixo nos mostra uma estimativa em relação ao tempo de se


chegar a ter uma empresa Seis Sigma. Por exemplo, se uma empresa está no nível 3 Sigma e quer
chegar a 6 Sigma, e melhora todos os seus processos, o que não é nada fácil, ainda sim levará 10 anos
para alcançar este nível. Se melhorar 10% ao ano, levará 90 anos. Porque não se consegue sair de 3 e
chegar a 6 em 6 meses por exemplo? Existe uma restrição que falaremos mais adiante.

O TEMA CENTRAL DA METODOLOGIA SEIS SIGMA É REDUZIR A


VARIABILIDADE PORQUE A VARIABILIDADE É INIMIGA DA QUALIDADE.

Ou seja, o que está bom hoje, amanhã pode não estar mais porque o cliente é exigente e sempre vai
apertar a especificação. O importante é estar sempre reduzindo a variabilidade dos processos e ficar
cada vez mais longe dos limites de especificação do cliente.
E falando em qualidade, o que é QUALIDADE?

Existem várias definições no mercado, e não existe uma definição única. Vejamos algumas:
A) A totalidade dos requisitos e características de um produto ou serviço que estabelecem a sua
capacidade de satisfazer determinadas necessidades.
(American Society for Quality –ASQ 1978)

B) Totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as


necessidades implícitas e explícitas.

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(NBR-ISO 9000:2000)

C) Qualidade é a ausência de deficiências.

(Joseph Moses JURAN,1992)


D) Qualidade é tudo aquilo que melhora o produto do ponto de vista do cliente.
(William Edwards DEMING,1993)

Se perceber, em todas elas temos o CLIENTE. Portanto, não importa a definição que damos para a
qualidade, inevitavelmente o cliente fará parte.
Vamos falar agora de um conceito que existe em praticamente todas as empresas, que é a FÁBRICA
OCULTA.
Fábrica oculta é tudo o que não faz parte do processo normal, não contribui para o produto final,
mas que, igualmente, gera custo para a empresa. Em outras palavras, são todos os “RE…”

Retrabalho, Reinspeção, Refazer, Reprogramar, Rejeição


E porque chamamos de fábrica oculta? Porque existem vários tipos de custos acontecendo na empresa
e as pessoas geralmente não enxergam. Por exemplo, o pessoal administrativo não sabe que foi
retrabalhado um lote inteiro de um cliente porque haviam falhas nos produtos. Eles não sabem
também que a empresa enviou ao cliente uma quantidade enorme de pessoas para selecionar peças
defeituosas que foram enviadas aos clientes. O retrabalho é o pior deles, porque o funcionário refaz a
peça defeituosa e ninguém da fábrica vê, nem mesmo o chefe e nem o seu companheiro do lado.

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Algumas outras definições de Seis Sigma:

É uma estratégia de negócio porque a empresa quer implementar o Seis Sigma para melhorar
financeiramente a empresa e consolidar uma metodologia de trabalho.
É uma mudança organizacional, porque realmente muda a forma das pessoas pensarem a qualidade e
promove uma séria de mudanças na organização.
É uma ferramenta para se atingir a excelência porque vamos reduzir a praticamente zero os defeitos.
E também o que vimos até agora, que é reduzir a variabilidade e melhorar drasticamente os processos
e alcançar um nível de falhas praticamente ZERO.
O que não é Seis Sigma?

Não é solução para tudo, mas resolve muitas coisas.


Não se aplica somente a manufatura. Atualmente o Seis Sigma é usado em vários tipos de segmento
de mercado e também na área administrativa.
Não é um curso de estatística como muitas pessoas imaginam. O Seis Sigma usa sim, várias ferramentas
estatísticas que permitem uma análise mais criteriosa para resolução de problemas, mas não se
preocupa em ensinar de onde vieram as fórmulas estatísticas. Neste treinamento vamos nos ater ao
resultado, verificando se o mesmo é bom ou ruim e o que fazemos a partir dele.

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Um pouco de história.....
O Seis Sigma foi criado pela Motorola na década de 80 para melhorar seus processos. Nos primeiros
4 anos de uso da metodologia, a Motorola reduziu U$2,2 bilhões os seus custos. E com certeza, não
gastaram este valor para implementar o Seis Sigma. Valeu e vale muito a pena, pois até hoje a Motorola
tem o Seis Sigma em suas empresas no mundo todo.
Depois veio a ABB Asea Brown Boveri com quase um bilhão de dólares em um período de 2 anos,
depois a Seagate, fabricante de HDs com redução de custos na ordem de U$1,2 milhão em 4 anos e
em 1996 a General Eletric reduziu U$1,5 bilhão somente em um ano.

Isto nos mostra que quem aplica, ganha e ganha muito dinheiro com o Seis Sigma.
Um pouco mais de história....

Deming é considerado um dos gurus da qualidade. Muito reconhecido mundialmente.

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Se não temos um padrão, não conseguimos melhorar nada. Juran também é considerado um dos
gurus da qualidade.

Taichi Ohno foi um dos criados do sistema Toyota de Produção.

Kaoru Ishikawa também é considerado um dos gurus da qualidade. Vamos falar sobre ele mais para
frente.

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Muitas vezes quando acontece um problema na fábrica e a primeira coisa que vem em nossa mente é
que o funcionário é que o culpado, mas Deming diz que se você tem um problema, 85% das vezes o
problema está no seu processo, ou seja, o seu processo não é suficientemente robusto a ponto de
evitar a falha, por isso que o funcionário falha. Querem começar a resolver problemas? Então comece
pelo processo e posteriormente trabalhe o funcionário.

O processo de melhoria Sigma:


a) Concentra-se em “problemas reais” diretamente relacionados ao impacto financeiro
b) Obtém resultados num período de 4 a 6 meses
c) Utiliza várias ferramentas da qualidade e técnicas estatísticas
d) Sustenta a melhoria ao longo do tempo
e) Dissemina a melhoria em toda a organização
f) Atua como um agente de mudança

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Vamos falar agora da estrutura do Seis Sigma.


Vamos supor que eu queria implantar o Seis Sigma em alguma empresa. A primeira coisa que tenho
que fazer é montar uma estrutura de Seis Sigma, preciso escolher algumas pessoas que farão parte
da mesma. São os chamados BELTS:

O Master Black Belt coordena todo o programa Seis Sigma, ele ministra treinamento para toda a
equipe, coordena Black Belts, geralmente é o responsável pelo Planejamento Estratégico da empresa,
dá suporte técnico e age como um consultor para toda a equipe. Se a empresa tem um porte pequeno
em torno de 100 a 200 funcionários, não precisa de um Master Black Belt, o Black Belt já é o suficiente.
O Black Belt tem dedicação integral, ou seja, fica full time resolvendo problemas na empresa, em
qualquer área. Para isso receberá um treinamento específico, coordenará projetos maiores, gerenciará
os Green Belts e geralmente colocamos 1 Black Belt para cada 100 funcionários mais ou menos.
O Green Belt tem dedicação parcial, em torno de 25% do tempo na solução dos problemas, ele não sai
da área em que trabalha e desenvolve um projeto de sua área, o que é bom. É ele quem executa e
coordena projetos de melhoria e apresenta o projeto quando termina. O Green Belt tem em média de
4 a 6 meses para começar e terminar o projeto. E ele desenvolve pequenos projetos. Voltamos aqui
ao gráfico de sair de 3 para 6 Sigma, está lembrado? Por que demora tanto tempo para se chegar a
Seis Sigma? Porque o Green Belt é part time e ele faz em torno de 2 projetos por ano, e quantos
projetos a empresa tem que fazer para chegar a Seis sigma? Vai levar muito tempo. Esta é a razão.

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O Yellow Belt seriam todos os funcionários da empresa, receberão um treinamento das ferramentas
básicas para ajudar na solução dos problemas.

Visto isso tudo, podemos começar a fazer um projeto? Podemos sim, mas
para não fazer de qualquer jeito temos que ter um método. A Motorola criou 5 módulos para um
treinamento de Seis Sigma e deu o nome de DMAIC que são as iniciais de 5 palavras em inglês, que
querem dizer:
DEFINE, MEASURE, ANALIZE, IMPROVE, CONTROL que em português dizemos:
DEFINIR, MEDIR, ANALISAR, MELHORAR E CONTROLAR

A partir de agora vamos trabalhar com o DMAIC.

No treinamento de Formação Green betl Six Sigma por exemplo, vemos ao longo do treinamento, 5
módulos e em cada módulo veremos 4 etapas, então vamos ter 20 etapas no total. Neste

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treinamento de White Belt vamos ver os itens que consideramos mais importantes em cada módulo.

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MÓDULO DEFINIR
Dentro do modulo definir uma das coisas mais importantes é saber se o projeto que você vai
desenvolver é crítico para um objetivo estratégico da empresa. E para saber isto é preciso conhecer
conceitos de planejamento estratégico. E no final deste processo saimos com INDICADORES DE
PERFORMANCE
Indicador é uma grandeza que se consegue medir e monitorar ao longo do tempo.
E temos dois tipos de indicadores:

E quando falamos em Eficiência, falamos também e comparação. Conseguimos comparar uma coisa
com outra se tivermos indicador de eficácia.
Vamos ver o exemplo abaixo. Uma empresa tinha uma meta de zerar a quantidade de acidentes em 6
meses e ela teve a seguinte performance.

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Olhando friamente os resultados, diríamos que a empresa está se preocupando com a segurança de
seus funcionários? À primeira vista sim, pois o número de acidentes caiu nos 6 meses.
Ela foi eficaz? Sim, porque atingiu o resultado. Mas será que foi eficiente? Pelo gráfico não dá para
dizer.
Sabe porque a empresa chegou a zero no sexto mês por exemplo? Porque era férias coletivas, ou seja,
ninguém trabalhou....mas foi eficaz. Viu a importância de ter os dois indicadores. Assim eu consigo
comparar duas empresas em termos de acidentes. Um indicador ideal seria, número de acidentes por
hora trabalhada. Horas trabalhadas seria a regra.

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MÓDULO MEDIR
Agora temos que nos certificar que os dados coletados serão confiáveis.
E porque devemos saber se os dados são confiáveis? Porque a variação existe em todos os processos
e também no Sistema de Medição. Só que esta variação não pode ser alta.
Mas, o que é um Sistema de Medição?
É a combinação entre:
* O instrumento que estamos usando
* Quem está usando o instrumento
* E as condições em que os dados estão sendo coletados (variações de temperatura, luminosidade,
limpeza da peça e instrumento...)
E um Sistema de Medição pode funcionar mal devido a basicamente 3 problemas:
- Tem MUITA VARIAÇÃO
(Não mede o mesmo valor sempre)
- Mede um VALOR ERRADO - Descalibrado
(Mede um valor diferente do verdadeiro)
- O instrumento NÃO É ADEQUADO ao que a gente quer medir

Os sistemas de medição são como o óculos, quando as lentes não estão boas, a visão fica ofuscada.
Um sistema de medição nos permite "ver" o processo.
Quando o sistema de medição é pobre, perdemos a capacidade de tomar boas decisões sobre como
melhorar o processo.

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• Para se entender a variação atual do processo é necessário se conhecer quanto de variação é


proveniente do sistema de medição .
• Variação Total = Variação Do Processo + Variação Do Meio De Medição

• Variação do sistema de medição deve ser bem menor que a variação do processo

Objetivos da Análise do Sistema de Medição:


Assegurar a qualidade dos dados obtidos durante a medição
• Detectar os fatores externos que podem estar
atrapalhando os resultados obtidos na medição

• Facilitar a avaliação custo/benefício da obtenção dos dados

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Resolução ou discriminação do equipamento de medição:


É a menor fração medida pelo equipamento de medição, isto é, a capacidade que um sistema de
medição tem em identificar e indicar com boa confiabilidade variações mínimas em uma determinada
característica.

• É adequada quando pode identificar variações no processo


• É adequada se a sua resolução aparente é pequena em relação à variação do processo
• Recomendação ISO: Resolução aparente 1/10 da tolerância
Exemplo: 1,15 mm ~ 1,25 mm
Tolerância = 0,10

Resolução = 0,1/10 => 0,01mm


Ou seja, o equipamento de medição deve ter, no mínimo, uma resolução de 0,01mm.

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Repetibilidade e Reprodutibilidade

Estudos mais utilizados Para Avaliação De Um Sistema De Medição:

Repetibilidade
• Precisão do instrumento.
• Variação nas medidas obtidas com um instrumento de medição quando usado várias vezes por
um mesmo avaliador medindo a mesma peça.
• Também chamada de variação do Equipamento (V.E)

Reprodutibilidade
• Precisão dos avaliadores.
• Variação nas médias das medidas realizadas por diferentes avaliadores utilizando o mesmo
instrumento medindo a mesma característica na mesma peça.
• Também chamada de variação do Operador (V.O)

Precisão
 Representa toda a variação do sistema de medição;

 Representa também a variação natural da medição através de repetições de medições;


• É o conjunto da repetibilidade e reprodutibilidade

Precisão X Exatidão
Precisão = dispersão

Quanto menos dispersos estiverem os dados, mais precisão teremos.


Exatidão = Localização da média dos dados do processo. Quanto mais próximo a médias estiver do
valor que desejamos, mas exatidão teremos.
E o que esperamos de um sistema de Medição? Que seja Preciso e Exato.
E uma análise do sistema de medição pode ser feita através de 2 tipos de dados:
- VARIÁVEIS: Utilização de instrumentos que possuem escala de medição; Micrômetro, Torquímetro,
Paquímetro, etc.
- ATRIBUTOS: Utilização de instrumentos de resultado discreto; Calibrador passa ou não passa, boa ou
ruim, aceita ou rejeita, etc.

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Outra etapa importante dentro do Módulo Medir é mostrar a variação do processo. E uma das ferramentas
mais usada é o HISTOGRAMA.
Exemplo:
Foram coletados dados de NOTAS de 48 alunos de uma determinada universidade.
Estes foram encaminhados para o reitor da seguinte forma:

Não deve ter ficado muito satisfeito de ter recebido nesta forma de planilha, pois fica difícil fazer
qualquer tipo de análise. E se fossem 1.000 alunos?
O reitor, então, informou que gostaria de receber a informação de modo mais simplificado.
E como ele ficou sabendo que alguns alunos fizeram um super curso de Green Belt com a RL , estes
decidiram enviar os dados na forma de um....

HISTOGRAMA
Vamos fazer um Histograma no Software Minitab.

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Quando escolhemos a opção com Ajuste, o Histograma nos dará a média e o desvio padrão.

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Agora fica bem mais fácil fazermos uma análise das notas dos alunos.

Cálculo do Nível Sigma pelo valor Z- Dados por


variáveis

Antes de calcular o nível sigma de um processo com dados por variáveis é preciso verificar se os
dados correspondem a uma distribuição normal ou não.
Ao realizar um teste de normalidade de dados está implícito um Teste de Hipóteses, com a seguinte
estruturação:
H0: a distribuição segue o modelo de distribuição normal.
HA: (ou H1): a distribuição não segue o modelo de distribuição normal.

O fator de decisão é o valor de P-value de saída no Minitab

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Vejamos a seguinte situação:


Foram coletadas 100 medições da característica tempo de atendimento de pacientes

Questão: A distribuição deste tempo de atendimento se ajusta a uma distribuição normal?


Vamos analisar a normalidade do dados pelo Mintab

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Vamos fazer agora uma análise pelo Minitab.

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O Z Bench é o nível sigma do processo, que neste caso está em 1,03, ou seja, o processo apresenta
uma quantidade enorme de falhas.
Você pode observar que temos no gráfico, duas curvas, uma Global e outra Dentro. Quando as duas
cursas estiverem sobrepostas, como é o mostrado na figura, não temos nada de estranho acontecendo
no processo, mas caso as duas estejam muito diferentes, temos uma coisa chamada causa especial e
isto tira a normalidade dos dados. Isto é uma dica importante.

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Outro exemplo:

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Variabilidade a CURTO e LONGO PRAZO

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Quando são utilizados dados de CURTO PRAZO, somente causas comuns se manifestam. É obtida
quando se trabalha com médias amostrais.
Já os dados de LONGO PRAZO permitem uma avaliação do processo mais próxima às necessidades do
cliente. A razão de utilizar a variação a Longo Prazo é que esta inclui as variações devido à causas
especiais e comuns que podem ocorrer ao longo do processo como por exemplo, variações devido à
diferentes lotes de matéria prima, troca de operadores, etc.

Mas, o que é um sub-grupo?

Sub-grupos são amostragens coletadas a cada intervalo de tempo com a finalidade de analisar o
comportamento de um processo.
É aplicável para processos onde haja somente CAUSAS COMUNS de variação (Dados de Curto Prazo –
Dentro)

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CAUSA COMUM E CAUSA ESPECIAL


Causas Comuns : Causam variações de intensidade normal inerentes ao próprio processo e sua
ocorrência é totalmente previsível pois dependem das caraterísticas e parâmetros do próprio
processo.
Exemplo: Variação da velocidade de um carro com potência constante do motor em estrada plana.
Causas Especiais : Causam variações de intensidade acima daquelas decorrentes das causas comuns
e associadas a alguma mudança significativa no processo, as chamadas causas assinaláveis.

Exemplo: Aceleração para ultrapassar outro veículo

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MÓDULO ANALISAR
Dentro do módulo Analisar a etapa mais importante é validar a causa raiz. E primeira ferramenta que usamos
é o GRÁFICO DE DISPERSÃO.

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Introdução

O primeiro passo para validar uma causa raiz é verificar a relação entre as variáveis
O Diagrama de dispersão mostra graficamente
a relação entre pares de variáveis .
Esta relação de variáveis pode ser entre:
 Uma causa-raiz potencial (X) e a variável de saída (Y).

 Duas causas potenciais, variáveis de entradas, ou fatores (X 1 e X2).

Por exemplo: Até que ponto o aumento de investimento em propaganda aumenta


as vendas?

O gráfico de Dispersão nos mostra de forma qualitativa a relação entre as variáveis X e Y, e tem o
seguinte aspecto:

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Introdução

Cada ponto é um par de dados (X e Y)

Colete os dados aos pares


 Deve haver pelo menos 30 pares de dados
 Os dados devem ser coletados durante um período de tempo suficientemente longo para
serem representativos.
Desenhe os eixos horizontal e vertical
 Os eixos devem ser iguais em comprimento

 Os eixos não necessariamente precisam começar do zero


 A escala deve ir do valor mínimo para o máximo de suas medidas.

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Introdução

Vamos fazer um Gráfico de Dispersão no Minitab


Existe uma suspeita de que quanto mais tempo um aluno estuda, maiores são as notas em uma
determinada matéria.
Será verdade?

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Introdução

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Introdução

MÓDULO IMPLEMENTAR (MELHORAR)

Avaliar e selecionar soluções


Os Critérios de Avaliação de Solução permitem a avaliação objetiva das soluções desenvolvidas
anteriormente.
Para escolher a melhor solução possível, complete os seguintes passos:
1. Determine os critérios de solução
2. Avalie suas soluções
3. Classifique e selecione suas soluções

Utilize os seguintes critérios para o Processo de Avaliação de Solução na identificação da melhor


solução
 Impacto Sigma
 Impacto no Tempo de Implementação
 Impacto no Custo-benefício
 Outros impactos
IMPACTO SIGMA
Uma vez identificada uma lista de soluções potenciais, a equipe deve determinar que solução, sozinha
ou em combinação, vai atingir o objetivo sigma do processo.
Faça avaliações objetivas, realistas, de quanto a solução vai impactar cada causa raiz.
Use dados e feedbacks de outros, se disponíveis. A validação vai ocorrer no estágio “piloto”.
Ao determinar se as soluções atendem os objetivos, considere:
- Ela satisfaz os CCRs?
- A solução vai reduzir ou eliminar as causas raizes?

O TEMPO
O tempo necessário para implementar uma solução é outro elemento crítico que deve ser avaliado no
processo de seleção.

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Introdução

Temos que avaliar o tempo associado a uma solução considerando-se o tempo necessário para
projetar e implementar a solução.
Existem dois fatores a considerar ao avaliar o tempo e os seus riscos associados:
1) Quanto mais demora para remover os defeitos e melhorar o processo, tanto maior o custo
incorrido pela perda de clientes e oportunidades.
2) Quanto mais demora para implementar, tanto maior será o risco inerente de que os objetivos
do projeto não sejam alcançados.

CUSTO BENEFÍCIO
O método do custo benefício, também chamado de payback é usado para determinar o tempo
necessário para que o projeto se pague.

Uma Análise de Custo-benefício é um dos componentes da avaliação da solução.


Uma análise de custo-benefício é usada para:
– Avaliar soluções alternativas em termos financeiros.
– Fornecer dados quantitativos e qualitativos aos que tomam as decisões antes do
investimento e durante a sua duração.

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Introdução

– Estabelecer uma linha de base para monitorar, medir e avaliar o investimento durante
sua realização.

OUTROS IMPACTOS
Certifique-se de avaliar outros impactos que uma solução pode ter na organização, antes de fazer a
escolha final.
Esses impactos incluem áreas como:
- Aumento de participação no mercado,
- Penetração em novos mercados,
- Reconhecimento ou elevação da marca,
- Elevação do moral,
- Satisfação do cliente.

Plano de ação

• A situação se complica um pouco quando temos muitas ações a serem implementadas.


• Para que a gente não se perca, deve ser confeccionado um PLANO DE AÇÃO;
• E cada ação deve ser desencadeada segundo a metodologia DMAIC
• Isso pode implicar em novos projetos
Um recurso muito usado é o 5W, 2H e 1S, conforme figura abaixo:

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Introdução

Tipos de ações que podemos colocar em um plano de ação:

 Ação de Contenção
São ações para eliminar ou amenizar o Efeito da falha, permitem a continuidade das atividades até
análise das causas e implementação das ações corretivas definitivas. Por exemplo, parar a fabricação
do produto que está apresentando defeito, recolher as peças já produzidas, etc.
 Ação corretiva
São aquelas que atuam na Causa Raiz da falha, eliminando a origem desta e evitando que a mesma
volte a ocorrer.
 Ação Preventiva
- São ações tomadas antes da falha ocorrer e baseada na probabilidade desta falha ocorrer.
- Bloqueiam a causa das falhas futuras a partir do histórico de situações similares.
 Ação Preditiva
São ações tomadas antes da falha ocorrer e baseada em verificações que apontam a iminência desta
falha ocorrer.
Baseiam-se em verificações prévias no próprio processo que apontam que a falha está prestes a
ocorrer
 Ação de Melhoria

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Introdução

- São ações que atuam para melhorar um processo que não apresente nenhum sinal de falhas
potenciais.
- Elevam a robustez dos processos tornando-os menos vulneráveis à ocorrência de falhas ou
melhoram o desempenho do processo em algum aspecto, por ex. qualidade, desempenho,
custo, etc.

Plano Piloto
É a tentativa de implementação do todo ou parte do projeto em escala reduzida. As vezes
quando a empresa é muito grande, com muitas filiais, departamentos, faz-se necessário
implementar a melhoria em um departamento primeiro. Dando tudo certo, poderá expandir
para toda a organização.
Proporciona a oportunidade de definir a relação entre causa e efeito das causas-raizes e
soluções.

A equipe precisa explorar muitas questões para encontrar o nível ótimo de planejamento para um
piloto de sucesso.
 Qual o tamanho dos riscos potenciais e os efeitos irreversíveis ( financeiros, segurança, etc.) ?
 Quantas pessoas serão envolvidas e impactadas ?
 Quais operações devemos usar para rodar um piloto e testar nossa solução ?
 Qual tecnologia será usada durante a prova ?
 Quanto de mudança será necessária?
Qual é o planejamento mínimo necessário para fazer uma prova com sucesso?
 Mapas de processo e documentação
 Problemas potenciais (análise de risco)
 Plano de Ação e cronograma
 Necessidades de treinamento

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Introdução

MÓDULO CONTROLAR
Treinamento
Etapa fundamental no módulo Controlar é o treinamento das pessoas para a nova forma de fazer as
coisas.

A implementação de uma solução inclui normalmente mudanças:


 de comportamento das pessoas
 de processos
 de sistemas
 da maneira como o valor é proporcionado aos clientes

• Agora nessa fase vamos treinar essas pessoas e prepará-las para a mudança de
comportamento, afim de compartilhar o projeto e garantir o comprometimento com a
solução.

A execução do treinamento depende de alguns fatores:


 Quantidade de pessoas envolvidas
 Facilidade em reunir todos
 Complexidade do assunto
 Possibilidade de fazer o treinamento no local de trabalho ou em sala de reuniões
 Domínio que você tem do processo e das modificações

Isso não quer dizer que obrigatoriamente você deva ministrar o treinamento, mas sim que a
realização e o registro do mesmo fazem parte do seu projeto e não podem ser esquecidos.

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Introdução

Pelo mesmo motivo, há outros documentos de qualidade e processo que precisamos avaliar, para
saber se precisam ser modificados. Mesmo que não façamos pessoalmente as modificações, essa
avaliação é parte obrigatória do nosso projeto e não pode ser ignorada !!!

Essa relação serve de check list para nossa avaliação:


FMEA
Plano de Controle
Fluxograma de Processo
Procedimentos
Desenho de Produto
Especificações

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Introdução

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Introdução

PLANO DE CONTROLE DO PROCESSO (documento que estabelece as informações necessárias para


realização do controle de qualidade), tais como:

 Técnica de avaliação (inspeção visual, por dispositivos, instrumentos etc);

 Tipo de inspeção (característica especial, severidade etc.);

 Frequência de inspeção (tipo de amostragem, tamanho da amostra etc.);

 Plano de Correção / Reação.

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Introdução

Procedimento operacional padrão

Seja técnico ou gerencial, é a base para a garantia da padronização de suas tarefas e assim, garantir a
seus usuários um serviço ou produto livre de variações indesejáveis na sua qualidade final.

Exemplo:

Procedimento do Processo de operação dos equipamentos:

- determinar a forma de acionar os equipamentos (ligar, desligar)

- colocar em operação, desligar, emergência.

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Introdução

Padronização

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Introdução

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Introdução

Todos os processos devem ser padronizados desde o seu início e depois da melhoria, padronizar
novamente

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Introdução

www.rlassociados.com.br
Contato: diretoria@rlassociados.com.br

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