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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

I. Dedicatória

Dedico o presente trabalho à minha família.

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II. Agradecimentos

Expresso o meu profundo agradecimento a todos aqueles que directa ou indirectamente,


contribuíram para a concretização deste trabalho.

Em especial, aos meus supervisores Dr. Carlos Cumbana e dr. Vali Issufo, pelas orientações,
pela paciência e disponibilidade para a realização deste trabalho.

Ao doutor Gildo Cossa pelas instruções dadas durante a elaboração desta pesquisa.

À minha família, pela paciência e incentivo prestados.

Meu agradecimento, também, a todos os meus colegas de turma, pelo respeito e


companheirismo e irmandade demonstrados ao longo do curso, em particular Amarildo Come,
Ivan Langa, Azarias Cossa e Elpídio Maunde.

O meu muito obrigado ao doutor Ermínio Jasse e a doutora Judite Mandlate pela confiança e
apoio incondicional.

Aos entrevistados, pela atenção e boa vontade.

Por último, não menos importante, o meu agradecimento a todos os docentes e funcionários do
Departamento de Matemática e Informática, pelo apoio prestado.

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III. Declaração de Honra

Declaro por minha honra que o presente Trabalho de Licenciatura é resultado da minha
investigação e que o mesmo foi concebido para ser submetido apenas para a obtenção do
grau de Licenciatura em Informática, na Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo
Mondlane.

Maputo, Outubro de 2013.

____________________________________

(Bhavika Dines Rugnath)

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IV. Resumo

O Ensino Superior contribui para a formação de quadros especialistas em suas áreas. Estudos
indicam que a qualidade das instituições de ensino superior contribui para a qualidade dos seus
formandos. Para avaliar a qualidade do ensino superior em Moçambique surge o Conselho Nacional
de Avaliação da Qualidade (CNAQ) cujo objectivo é implementar o Sistema Nacional de Avaliação
da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES), que estabelece os indicadores de qualidade que as
instituições devem seguir para serem acreditadas.

O presente trabalho tem como finalidade desenvolver um sistema de gestão de avaliação da


qualidade do ensino superior pois verificou-se que o CNAQ enfrenta dificuldades no processo de
avaliação da qualidade devido ao uso de um sistema de gestão manual.

O CNAQ periodicamente recebe dados das instituições de ensino superior e deve sintetizá-los para
criar relatórios, estatísticas, avaliação da progressão da qualidade da instituição, assim como a gerar
rankings de qualidade. Com base nestes dados e na progressão da qualidade da instituição o CNAQ
deve tomar decisões sobre a acreditação de uma instituição ou aspectos a recomendar para a
melhoria da qualidade.

O sistema proposto consiste em uma aplicação web que contêm o módulo de perfil das instituições,
preenchido por cada instituição, módulo de auto-avaliação, onde o CNAQ pode gerar inquéritos de
auto-avaliação respondidos pelas instituições, um módulo de avaliação externa onde cada avaliador
dá seu parecer e uma plataforma para acreditação, geração de estatísticas e relatórios.

Para desenvolvimento do sistema foram usadas várias técnicas de recolha de dados como
entrevistas e pesquisa documental para melhor recolha de requisitos. Para o desenvolvimento foram
aplicadas metodologias ágeis e diferentes ferramentas de programação.

A implementação do sistema em questão visa tornar o processo de avaliação da qualidade do ensino


superior mais eficiente e prático para o CNAQ assim como para as instituições de ensino superior,
contribuindo assim para a melhoria dos quadros do país.

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V. Índice

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 1


1.1. Contextualização ...................................................................................................................................... 2
1.2. Definição do Problema ............................................................................................................................. 3
1.3. Objectivos ................................................................................................................................................ 4
1.3.1. Objectivo Geral ................................................................................................................................ 4
1.3.2. Objectivos Específicos ..................................................................................................................... 4
1.4. Estrutura do Trabalho ............................................................................................................................... 5
CAPÍTULO II: METODOLOGIA ................................................................................................................................... 6
2.1. Questões de Pesquisa .................................................................................................................................... 7
2.2. Metodologia de Pesquisa .......................................................................................................................... 7
2.2.2. Técnicas de Colecta de Dados .......................................................................................................... 7
2.2.3. Análise dos dados obtidos ................................................................................................................ 8
2.3. Metodologia de Desenvolvimento............................................................................................................ 9
2.3.1. Metodologia Extreme Programming (Xp) ....................................................................................... 9
2.3.1.1. Modelo Iterativo e Incremental .................................................................................................... 9
2.3.2. Ferramentas a usar no processo de Desenvolvimento do sistema .................................................. 11
CAPÍTULO III: REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................................. 14
3.1. Ensino Superior ........................................................................................................................................... 15
3.2. Ensino Superior em Moçambique ............................................................................................................... 16
3.2.1. Desafios do Ensino Superior em Moçambique .................................................................................... 18
3.3. A Qualidade no Ensino ............................................................................................................................... 19
3.4. Avaliação da Qualidade do Ensino Superior ............................................................................................... 20
3.5. Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior em Moçambique (SINAQES)............. 22
3.5.1. Indicadores de Avaliação da Qualidade ............................................................................................... 24
3.6. Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade (CNAQ) ........................................................................... 25
3.7.1. Competências do CNAQ ...................................................................................................................... 26
3.7.2. Estrutura do CNAQ .............................................................................................................................. 26
CAPÍTULO IV: MODELO DO SISTEMA ACTUAL........................................................................................................ 27
4.1. Sistema Actual ............................................................................................................................................ 28

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4.1.1. Descrição do Sistema Actual ................................................................................................................ 28
CAPÍTULO V: MODELO DO SISTEMA PROPOSTO ................................................................................................... 30
5.1. Descrição do Sistema Proposto ............................................................................................................... 31
5.2. Arquitectura do Sistema Proposto ........................................................................................................... 33
5.3. Requisitos do Sistema Proposto .............................................................................................................. 33
5.4. Modelação do Sistema Proposto ............................................................................................................. 38
5.4.2. Casos de uso expandidos ..................................................................................................................... 41
5.5. Mecanismos de Segurança no Sistema Proposto .................................................................................... 51
CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................................. 53
6.1. Conclusões ............................................................................................................................................. 54
6.2. Recomendações ...................................................................................................................................... 55
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 56
CAPÍTULO VIII: ANEXOS .......................................................................................................................................... 58

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VI. Lista de Ilustrações

Figure 1: Modelo Iterativo e Incremental, fonte Laskoski et All (2012), Desenvolvimento de Software: Modelo
Incremental ............................................................................................................................................................ 10
Figure 2: Modelo do Sistema Actual, fonte: autor ................................................................................................. 29
Figure 3: Arquitectura do Sistema Proposto, fonte: autor ...................................................................................... 33
Figure 4: Casos de uso do CNAQ, fonte: autor...................................................................................................... 38
Figure 5: Casos de uso da instituição de ensino superior, fonte: autor .................................................................. 39
Figure 6: Casos de uso do avaliador, fonte: autor .................................................................................................. 39
Figure 7: Casos de uso do administrador do sistema, fonte: autor ......................................................................... 40
Figure 8: Casos de uso do público em geral, fonte: autor ...................................................................................... 40
Figure 9: Diagrama de Classes, fonte: autor .......................................................................................................... 45
Figure 10: Diagrama de Sequência de eventos de registro de instituição, fonte: autor .......................................... 46
Figure 11: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de auto-avaliação, fonte: autor ................................ 46
Figure 12: Diagrama de sequência de eventos de submissão de auto-avaliação, fonte: autor ............................... 47
Figure 13: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor ........................... 47
Figure 14: Diagrama de Sequência de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor ............................ 48
Figure 15: Diagrama de sequência de eventos de análise comparativa, fonte: autor ............................................. 48
Figure 16: Diagrama de pacotes, fonte: autor ........................................................................................................ 49
Figure 17: Diagrama de estados da instituição, fonte: autor .................................................................................. 49
Figure 18: Diagrama de componentes, fonte: autor ............................................................................................... 50
Figure 19: Diagrama de distribuição, fonte: autor ................................................................................................. 51
Figure 1: Página Inicial do Portal do CNAQ ......................................................................................................... 62
Figure 2: Login ....................................................................................................................................................... 63
Figure 3: Relatórios ................................................................................................................................................ 63
Figure 4: Download de relatórios ........................................................................................................................... 64
Figure 5: Lista de Instituições de Ensino Superior................................................................................................. 64
Figure 6: Perfil da Instituição de Ensino Superior ................................................................................................. 65
Figure 7: Sondagem ............................................................................................................................................... 66
Figure 8: Ranking de Qualidade............................................................................................................................. 66
Figure 9: Página Inicial do CNAQ ......................................................................................................................... 67
Figure 10: Menu do CNAQ.................................................................................................................................... 68
Figure 11: Cadastro da Instituição de Ensino Superior .......................................................................................... 68
Figure 12: Pesquisa de Instituições ........................................................................................................................ 69
Figure 13: Pesquisa de Responsáveis ..................................................................................................................... 70
Figure 14: Pesquisa de Faculdades/Escolas ........................................................................................................... 70
Figure 15: Pesquisa de Cursos ............................................................................................................................... 71
Figure 16: Lista de Indicadores de Qualidade ........................................................................................................ 72
Figure 17: Cadastro de Indicador de Qualidade ..................................................................................................... 72
Figure 18: Recomendar Auto-Avaliação................................................................................................................ 73

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Figure 19: Selecção de Indicadores da Auto-Avaliação ........................................................................................ 73
Figure 20: Seleccionar Instituições da Auto-Avaliação ......................................................................................... 73
Figure 21: Pesquisa de Auto-avaliações................................................................................................................. 74
Figure 22: Adicionar Resultado de Auto-Avaliação .............................................................................................. 74
Figure 23: Resultado de Auto-avaliação ................................................................................................................ 75
Figure 24: Marcação de Avaliação Externa ........................................................................................................... 76
Figure 25: Avaliadores ........................................................................................................................................... 76
Figure 26: Pesquisa de Avaliação Externa ............................................................................................................. 77
Figure 27: Resultado de Avaliação Externa ........................................................................................................... 78
Figure 28: Lista de Instituições de Ensino Superior Acreditadas........................................................................... 78
Figure 29: Acreditar Instituição de Ensino Superior .............................................................................................. 79
Figure 30: Lista de Cursos Acreditados ................................................................................................................. 79
Figure 31: Acreditação de Curso da Instituição ..................................................................................................... 80
Figure 32: Selecção de Instituições para Análise Comparativa ............................................................................. 80
Figure 33: Selecção de Indicadores para Análise Comparativa ............................................................................. 81
Figure 34: Carregar Gráfico de Análise Comparativa............................................................................................ 82
Figure 35: Gráfico de Análise Comparativa........................................................................................................... 82
Figure 36: Análise Progressiva - Selecção da Instituição ...................................................................................... 83
Figure 37: Análise Progressiva - Selecção dos Indicadores ................................................................................... 84
Figure 38: Análise Progressiva - carregamento ..................................................................................................... 84
Figure 39: Gráfico de Análise Progressiva............................................................................................................. 84
Figure 40: Página Inicial da Instituição.................................................................................................................. 85
Figure 41: Menu da Instituição de Ensino Superior ............................................................................................... 86
Figure 42: Dados Básicos....................................................................................................................................... 86
Figure 43: Edição de Dados Básicos ...................................................................................................................... 87
Figure 44: Estatutos da Instituição de Ensino Superior ......................................................................................... 87
Figure 45: Responsáveis da Instituição de Ensino Superior .................................................................................. 88
Figure 46: Faculdades/Escolas da Instituição de Ensino Superior ......................................................................... 89
Figure 47: Cadastro de Faculdade/Escola .............................................................................................................. 89
Figure 48: Responsável da Faculdade/Escola ........................................................................................................ 90
Figure 49: Cadastro de Responsável da Faculdade/Escola .................................................................................... 90
Figure 50: Cadastro de Cursos por Faculdade/Escola ............................................................................................ 91
Figure 51: Cadastro de Cursos ............................................................................................................................... 91
Figure 52: Lista de Infra-estruturas ........................................................................................................................ 92
Figure 53: Cadastro de Infra-estruturas .................................................................................................................. 92
Figure 54: Marcação de Auto-Avaliação ............................................................................................................... 93
Figure 55: Auto-Avaliações ................................................................................................................................... 94
Figure 56: Resultados de Auto-Avaliação.............................................................................................................. 95
Figure 57: Solicitação de Avaliação Externa ......................................................................................................... 96
Figure 58: Cursos Acreditados ............................................................................................................................... 97
Figure 59: Página Inicial do Avaliador .................................................................................................................. 98

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Figure 60: Menu do Avaliador ............................................................................................................................... 98
Figure 61: Relatório de Avaliação Externa ............................................................................................................ 99

Table 1: Requisitos do sistema proposto, fonte: autor ........................................................................................... 36


Table 2: Sequência típica de eventos de registro de instituições, fonte: autor ....................................................... 41
Table 3: Sequência típica de eventos de marcação de auto-avaliação, fonte: autor ............................................... 42
Table 4: Sequência típica de eventos de submissão de auto-avaliação, fonte: autor.............................................. 42
Table 5: Sequência típica de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor .......................................... 43
Table 6: Sequência típica de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor........................................... 44
Table 7: Sequência típica de eventos de geração de análise comparativa, fonte: autor ......................................... 44

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VII. Lista de Abreviaturas e Acrónimos

CNAQ – Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade

SINAQES – Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior

MINED – Ministério da Educação

ULM – Universidade Lourenço Marques

UEM – Universidade Eduardo Mondlane

XP – Extreme Programming

UML – Unified Modelling Language

ORM – Object Relational Management

CRUD – Create, Read, Update, Delete

IDE – Integrated Development Environment

SQL – Structured Query Language

ISO - International Organization for Standardization

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VIII. Glossário de Termos

Qualidade: totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer
as necessidades implícitas e explícitas.

Indicadores: sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo.

Ensino Superior: nível mais elevado dos sistemas educativos, referindo-se normalmente a uma
educação realizada em universidades, faculdades, institutos politécnicos, escolas superiores ou
outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas profissionais.

Instituição de Ensino Superior: instituição pluridisciplinar de formação dos quadros de


profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano

Avaliação: investigação sistemática do valor e do mérito de um objecto.

Acreditação: determina se uma instituição ou um curso cumpre critérios mínimos de qualidade ou


seja, certifica o público que existem padrões mínimos de qualidade.

Tecnologias de Informação e Comunicação: conjunto de recursos tecnológicos integrados entre


si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a
automação e comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e
aprendizagem.

Web: Serviço da Internet que contém documentos em formato de hipermédia, uma combinação de
hipertexto com multimédia.

Aplicação Web: termo utilizado para designar de forma geral, sistemas informáticos projectados
para utilização através de navegador (em inglês browser), na Internet ou Intranet (redes privadas).

Programa académico: conjunto de actividades de formação, capacitação profissional e de


investigação numa determinada área de estudo.

Curso ou formação: organização de matérias científicas e experiências de aprendizagem


relacionadas e ministradas numa base regular e sistemática, geralmente por um período de tempo

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previamente fixado ou de acordo com um sistema de créditos académicos e conducentes à obtenção
de uma qualificação de nível superior.

Crédito académico: é a unidade de medida do trabalho realizado com sucesso pelo estudante, sob
todas as suas formas, para alcançar os resultados de aprendizagem previstos numa disciplina ou
módulo.

Certificação: o reconhecimento formal da realização com êxito de um conjunto definido de


resultados;

Qualificação: o resultado formal de um processo de avaliação Colectânea de Legislação do Ensino


Superior e validação obtido quando sejam alcançados os resultados de aprendizagem de acordo com
as exigências previamente definidas

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

Neste capítulo far-se-á o enquadramento do tema dentro da situação actual, descrevendo a


contextualização do tópico em questão, bem como a descrição sucinta do problema que motiva a
realização deste estudo.
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1.1. Contextualização

Actualmente, o ensino superior responde, a longo prazo, aos desafios da construção da nação, de uma
sociedade aberta e democrática com exercício activo da cidadania e do desenvolvimento económico
num ambiente competitivo à escala global.

O Ensino Superior surge em Moçambique com a abertura dos Estudos Gerais Universitários de
Lourenço Marques, actual UEM, a 21 de Agosto de 1962. Actualmente, o número de Instituições de
Ensino Superior é de quarenta e duas (42) das quais dezoito (18) são públicas e vinte e quartas (24)
privadas (Portal do Governo de Moçambique, 2012). O número de estudantes do Ensino Superior
ascende hoje a 28.000, com cerca de 1389 docentes a tempo inteiro em todas as Instituições de Ensino
Superior (Portal do Governo de Moçambique, 2012).

A qualidade é indispensável para o sucesso de qualquer área. Um Ensino Superior sem qualidade forma
jovens com dificuldades no acto de saber fazer, o que contribui para o não avanço da sociedade. Para
garantir a qualidade no Ensino Superior surge o conceito de Gestão de Qualidade do Ensino Superior.
Este conceito surge em Moçambique em Janeiro de 2003 documentado na Lei 5/2003 em que
estabelece-se o Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES), de modo
a adequar o ensino superior às necessidades internas e aos padrões regionais e globais de qualidade
(MINED, 2012).

Segundo a Colectânea de Legislação do Ensino Superior (2012), SINAQES é um sistema que integra
normas, mecanismos e procedimentos coerentes e articulados que visam concretizar os objectivos da
qualidade no ensino superior e que são operados pelos actores que nele participam. Este aplica-se a
todas as instituições públicas e privadas que exerçam actividades de ensino superior em Moçambique.

Para implementação do SINAQES foi criado um órgão específico, o Conselho Nacional de Avaliação
de Qualidade, abreviadamente designado por CNAQ (Boletim da República, 2009). Cabe ao CNAQ
implementar e supervisionar o SINAQES, dotando-se para o efeito das necessárias funções específicas
deliberativas e reguladoras em matéria de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior na
defesa do interesse público (Boletim da República, 2009).

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Para a avaliação da qualidade, o CNAQ realiza três fases periódicas nomeadamente: auto-avaliação,
avaliação externa e acreditação. Durante este processo o CNAQ recebe dados periódicos das
Instituições e faz a acreditação da Instituição que obedece aos indicadores de qualidade estabelecidos
no SINAQES.

1.2. Definição do Problema

Actualmente o número de Instituições de Ensino Superior vêm crescendo, tendo que hoje o país conta
com 42 (quarenta e duas) instituições (Portal do Governo de Moçambique, 2013). O CNAQ tem a
função de controlar a qualidade destas Instituições e para tal deve recolher dados específicos destas
baseando-se nos indicadores de qualidade definidos pelo SINAQES.

Devido ao elevado número de instituições e indicadores de qualidade a serem verificados o CNAQ


enfrenta dificuldades no processo de captura, processamento a análise dos dados das instituições.
Para capturar os dados, o CNAQ recebe periodicamente formulários preenchidos das Instituições que
referem-se à auto-avaliação da mesma. Estes dados em formato físico devem ser sintetizados e
comparados com dados anteriores (também em formato físico). A comparação entre estes dados leva à
informação sobre a progressão da qualidade desta instituição e este processo deve ser feito
periodicamente para todos os indicadores. Através desta análise e com o auxílio da avaliação externa o
CNAQ deve tomar decisões quanto à acreditação da Instituição de Ensino Superior ou dos seus cursos.
Este processo é difícil usando um sistema manual pois os funcionários no CNAQ devem ser muito
atenciosos quanto à verificação dos dados e sua análise. Um mau resultado de avaliação leva a
Instituição à perda de credibilidade por isso esta deve ser feita de forma minuciosa e sem margem de
erros.
Utilizando um sistema manual o CNAQ enfrenta dificuldades como:

 Análise da Progressão da qualidade da Instituição, pois os dados não se encontram sintetizados;


 Análise comparativa das Instituições de Ensino com base em certos parâmetros;
 Gestão do histórico da qualidade das Instituições;
 Geração de relatórios, estatísticas e rankings de qualidade.

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É neste âmbito que surge a necessidade do desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Avaliação da
Qualidade do Ensino Superior com base em Tecnologias de Informação e Comunicação. Um Sistema
de Informação baseado em tecnologias de informação trará vantagens para o CNAQ pois trará maior
segurança dos dados das instituições e maior eficiência e precisão na análise de dados e geração de
relatórios e estatísticas. Utilizando o sistema o CNAQ poderá prestar melhores serviços às instituições
disponibilizando uma plataforma para iteração e para o público em geral, para que possa verificar o
nível de qualidade de uma certa instituição de ensino superior.

1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo Geral

 Desenvolver o Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior em


Moçambique.

1.3.2. Objectivos Específicos

Do objectivo geral são decompostos os seguintes objectivos específicos:

 Analisar o funcionamento do actual Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade (SINAQES);


 Fazer o levantamento e análise dos indicadores de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior;
 Fazer a análise e desenho do modelo do sistema de gestão da avaliação da qualidade do ensino
superior;
 Desenvolver um protótipo de uma Plataforma Web para submissão de dados ao CNAQ, por
parte das Instituições;
 Desenvolver um protótipo de um Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino
Superior;
 Elaborar o manual de instalação e uso do sistema.

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1.4. Estrutura do Trabalho

O presente trabalho está organizado em capítulos, sendo que cada um deles explana um determinado
tema. Eis a estrutura do trabalho:

Capitulo I: Introdução, neste capítulo far-se-á o enquadramento do tema dentro da situação actual,
descrevendo a contextualização do tópico em questão, bem como a descrição sucinta do problema que
motiva a realização deste estudo.

Capitulo II: Metodologias, neste capítulo foca-se de forma detalhada, os passos seguidos para a
elaboração do presente trabalho. Duas metodologias foram usadas consoante os objectivos específicos:
a metodologia de pesquisa e a metodologia de desenvolvimento.

Capitulo III: Revisão de Literatura, neste capítulo pretende-se fazer o enquadramento teórico que irá
alicerçar o estudo, abrangendo desde conceitos adjacentes até ao escopo central trabalho, os sistemas de
gestão de avaliação da qualidade do ensino superior.

Capitulo IV: Modelo do Sistema Actual, neste capítulo pretende-se elucidar o leitor sobre o
funcionamento do sistema actual. É representado de forma ilustrativa o fluxo de dados e os utilizadores
envolvidos no Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior.

Capitulo V: Modelo do Sistema Proposto, neste capítulo pretende-se enunciar a descrição do sistema
proposto. Para elaborar a proposta do sistema foram usadas ferramentas UML para criação de
diagramas e engenharia de requisitos.

Capitulo VI: Conclusões e Recomendações, neste capítulo pretende-se fazer um breve resumo sobre o
presente trabalho, indicando se os objectivos definidos foram preenchidos e a implicação do projecto.
Também colocam-se recomendações para o CNAQ e para futuros pesquisadores.

Capítulo VII: Anexos, apresenta-se os anexos usados durante a pesquisa.

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CAPÍTULO II: METODOLOGIA

Neste capítulo foca-se de forma detalhada, os passos seguidos para a elaboração do presente
trabalho. Duas metodologias foram usadas consoante os objectivos específicos: a metodologia de
pesquisa e a metodologia de desenvolvimento.

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2.1. Questões de Pesquisa

 Como funciona o processo de avaliação da qualidade do ensino superior?


 Quais são os indicadores de avaliação da qualidade definidos pelo SINAQES?
 Qual o peso de cada indicador na avaliação da qualidade da instituição?
 Qual o modelo apropriado para o Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade?

2.2. Metodologia de Pesquisa

2.2.1. Abordagem Qualitativa

Segundo Bogdan e Biklen (1994) a abordagem Qualitativa caracteriza-se como sendo uma fonte directa
de dados no ambiente natural, constituindo-se o pesquisador no instrumento principal. Os dados
recolhidos são ricos em pormenores descritivos relativamente as pessoas, locais e conversas.

Para desenvolver um Sistema informatizado capaz de responder as necessidades dos utilizadores finais
é necessário entender de forma clara, como os processos decorrem no sistema em uso (Bogdan e
Biklen, 1994). É nesta perspectiva que no desenvolvimento do presente trabalho, optou-se pela
abordagem qualitativa já que esta, é descritiva e permite que os investigadores se interessem mais pelos
processos do que pelos resultados.

2.2.2. Técnicas de Colecta de Dados

Para o estudo do Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES) e


recolha de requisitos do sistema foram usadas duas abordagens, nomeadamente a entrevista e pesquisa
documental.

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2.2.2.1. Entrevista

Na óptica de Moreira (2002), a entrevista pode ser definida como uma conversa entre duas ou mais
pessoas com um propósito específico em mente. As entrevistas são aplicadas para que o pesquisador
obtenha informações que provavelmente os entrevistados têm. O autor vai buscar as contribuições de
Richardson, Dohrenwend e Klein (1965) para classificar as entrevistas em: estruturadas, não
estruturadas ou completamente abertas e semiestruturadas.

Neste caso, foram feitas entrevistas semiestruturadas ao responsável do pelouro no CNAQ para obter
mais informações sobre o funcionamento do Sistema actual, levantamento dos constrangimentos
encontrados na sua implementação e dos requisitos do sistema a propor.

2.2.2.2. Pesquisa Bibliográfica

Segundo Manzo (1973), a pesquisa bibliográfica é o conjunto de conhecimentos reunidos nas obras,
tendo como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e à produção, colecção,
armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações colectadas para o
desenvolvimento da pesquisa.

Para a realização deste trabalho, consultou-se à documentação existente sobre o Sistema Nacional da
Avaliação da Qualidade (SINAQES) na Colectânea de Legislação do Ensino Superior, nos estatutos do
Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade, nos princípios globais de qualidade do Ensino Superior,
no Boletim da República e outras fontes.

2.2.3. Análise dos dados obtidos

Os dados colectados através de entrevistas e pesquisa documental foram sintetizados e contribuíram


para a elaboração da descrição da situação actual do sistema. Através das técnicas usadas foi possível
fazer a especificação e validação de requisitos assim como modelação do sistema proposto.

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2.3. Metodologia de Desenvolvimento

2.3.1. Metodologia Extreme Programming (Xp)

A Metodologia de desenvolvimento de sistema é um guia para o desenvolvimento de projectos de


sistemas, descrevendo um conjunto de regras, padrões e tarefas imprescindíveis para a execução de
projectos com qualidade, produtividade e segurança.
Para desenvolver o sistema em questão, escolheu-se a metodologia XP, ou Extreme Programming pois
estas mantêm o processo de desenvolvimento do software simples e eficiente.
Segundo Rodrigues, a metodologia XP trata-se de uma metodologia de desenvolvimento ágil para
equipes pequenas e médias desenvolvendo software com requisitos vagos e em constante mudança.
Esta baseia-se no processo de planeamento do sistema, design simples, uso de padrões de codificação,
testes contínuos, releases curtos e 40 (quarenta) horas semanais de trabalho. O objectivo desta
metodologia é assegurar que o cliente receba o máximo de valor a cada dia de trabalho da equipe de
desenvolvimento.

2.3.1.1. Modelo Iterativo e Incremental

É uma representação abstracta do processo de desenvolvimento que define como as etapas relativas ao
desenvolvimento de software serão conduzidas e interrelacionadas para atingir o objectivo do
desenvolvimento que é a obtenção de um produto de software de alta qualidade a um custo
relativamente baixo.

Para desenvolvimento do presente sistema fez-se a comparação de alguns modelos de desenvolvimento


de sistemas informáticos e conforme as vantagens, desvantagens e aplicabilidade de cada modelo,
escolheu - se o modelo iterativo e incremental, pois este é o modelo julgado ideal de acordo com o
recurso tempo e complexidade do sistema em desenvolvimento.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 1: Modelo Iterativo e Incremental, fonte Laskoski et All (2012), Desenvolvimento de Software: Modelo Incremental

O desenvolvimento de um produto comercial de software é uma grande tarefa que pode ser estendida
por vários meses, possivelmente um ano ou mais. Por isso, é mais prático dividir o trabalho em partes
menores ou iterações em que cada iteração resultará num incremento. Iterações são passos em fluxo de
trabalho e incrementos são crescimentos do produto (Laskoski et All, 2012). Como a figura acima
demostra, o modelo iterativo incremental possui cinco fases, nomeadamente comunicação,
planeamento, modelação, construção e implementação. As cinco fases são repetidas a cada nota
incremento do sistema e a cada incremento temos um empregável para o cliente.

Na perspectiva de Laskoski (2012) usando o modelo iterativo e incremental obtemos várias vantagens
devido à divisão do processo de desenvolvimento em iterações. Usando este modelo as necessidades do
sistema não são todas especificadas nas fases iniciais, estas podem ser desenvolvidas nos incrementos.
A cada iteração são produzidos um conjunto de funcionalidades prontas e utilizáveis e as entregas
parciais do sistema facilitam a identificação e correcção de erros pelo cliente. Tornando assim o
resultado final o desejado pelo cliente.

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2.3.2. Ferramentas a usar no processo de Desenvolvimento do sistema

Para desenvolver um protótipo do sistema de simulação serão usadas as seguintes ferramentas:

2.3.2.1. Linguagem de Modelação

Para a modelação dos requisitos do sistema, optou-se pela linguagem de modelação UML, que segundo
O´Neill e Nunes (2003) é uma linguagem de modelação que utiliza uma notação padrão para
especificar, construir, visualizar e documentar sistemas de informação orientados a objectos.
Um modelo em UML é constituído por um conjunto de diagramas que representam aspectos
complementares de um sistema de informação. Em cada um desses diagramas são utilizados símbolos
que representam os elementos que estão a ser modelados e linhas que relacionam esses elementos. Os
símbolos e as linhas têm significado específico e possuem formas distintas, constituindo uma forma de
notação (O´Neill e Nunes, 2003).
A escolha de UML para a modelação do sistema deveu-se ao facto de, segundo O’Neill e Nunes (2003)
permitir:
 Integrar os aspectos organizacionais que constituem o negócio e os elementos de natureza
tecnológica que irão constituir o sistema;
 Ajudar a dominar a complexidade das regras de negócio e definir os processos e fluxos
informáticos;
 Utilizar um conjunto padrão de símbolos;
 Funcionar como um meio de comunicação entre os diversos elementos envolvidos no processo
(utilizadores, gestores, equipe de desenvolvimento).

2.3.2.2. Linguagem de Programação

Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar a linguagem C#. C# é uma linguagem de
programação orientada a objectos, fortemente tipada, desenvolvida pela Microsoft como parte
da plataforma. NET. A sua sintaxe orientada a objectos foi baseada no C++ mas inclui muitas

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influências de outras linguagens de programação, como Object Pascal e Java (Marques et All, 2009).

2.3.2.3. Framework

Para desenvolvimento do Sistema em questão optou-se pelo Framework Microsoft Entity Framework
pois é um framework baseado na linguagem C#. É uma ferramenta de mapeamento objecto relacional
(ORM – Object Relational Management), que permite aos desenvolvedores trabalhar com classes
(entidades) que correspondem a tabelas em uma base de dados, tornando transparente o acesso a estes
dados e principalmente, eliminando a necessidade de escrever os métodos para o CRUD na aplicação.

2.3.2.4. IDE

Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar a IDE Microsoft Visual Studio 2010 que é um
pacote de programas da Microsoft para desenvolvimento de software especialmente dedicado ao .NET
Framework às linguagens Visual Basic (VB), C, C++, C# (C Sharp) e J# (J Sharp). Também é um
grande produto de desenvolvimento na área web, usando a plataforma do ASP.NET. Esta IDE permite
criar aplicações de forma rápida e eficiente agilizando o processo de conexão à base de dados, criação
de formulários, debug entre outros.

2.3.2.5. Sistema de Gestão de Base de Dados

Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar SQL Server 2008 R2. SQL Server 2008 R2 é
um sistema de gestão de base de dados abrangente, pronto para as cargas de trabalho corporativas mais
exigentes, com altos níveis de desempenho, disponibilidade e segurança.

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2.3.2.6. Gestor de Relatórios

Para desenvolvimento do Sistema em questão optou-se pelo Telerik Reports pois este cria relatórios
que permitem examinar dados de forma de tabelas e gráfica. Permite exportar relatórios para Microsoft
Word, Microsoft Excel, Microsoft Powerpoint ou criar livros de relatórios. Este pode ser usado por
desenvolvedores para gerar relatórios a partir do Visual Studio.

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CAPÍTULO III: REVISÃO DE


LITERATURA

Neste capítulo pretende-se fazer o enquadramento teórico que irá alicerçar o estudo, abrangendo
desde conceitos adjacentes até ao escopo central trabalho, os sistemas de gestão de avaliação da
qualidade do ensino superior.

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3.1. Ensino Superior

Segundo a Colectânea de Legislação do Ensino Superior, 2012, as instituições de ensino superior são
pessoas colectivas de direito público ou privado, com personalidade jurídica, que gozam de autonomia
científica e pedagógica, administrativa, disciplinar, financeira e patrimonial, e se classificam consoante
a sua missão ou tipo de propriedade e financiamento.

São objectivos do ensino superior:

 Formar, nas diferentes áreas do conhecimento, técnicos e cientistas com elevado grau de
qualificação;
 Incentivar a investigação científica, tecnológica e cultural como meio de formação, de solução
dos problemas com relevância para a sociedade e de apoio ao desenvolvimento do país,
contribuindo para o património científico da humanidade;
 Assegurar a ligação ao trabalho em todos os sectores e ramos de actividade económica e social,
como meio de formação técnica e profissional dos estudantes;
 Realizar actividades de extensão, principalmente através da difusão e intercâmbio do
conhecimento técnico-científico.

Quanto ao tipo as instituições de ensino superior podem ser públicas ou privadas. As instituições de
ensino superior públicas são aquelas cuja fonte principal de receita é o Orçamento de Estado e são por
estas supervisionadas. As instituições de ensino superior privadas são as instituições pertencentes a
pessoas colectivas privadas ou mistas, cujas fontes principais de receita são privadas, podendo-se
classificar em lucrativas e não lucrativas e revestir a forma de associação, fundação, sociedade
comercial ou cooperativa.

Com base na Colectânea de Legislação do Ensino Superior (2012), as instituições de ensino superior e
suas unidades orgânicas classificam-se, consoante a sua missão, em:

a) Universidades: instituições que dispõem de capacidade humana e material para o ensino,


investigação científica e extensão em vários domínios do conhecimento, proporcionando uma formação
teórica e académica, estando autorizadas a conferir graus e diplomas académicos;

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b) Institutos Superiores: instituições especializadas filiadas ou não a uma universidade, que se
dedicam à formação e investigação no domínio das ciências e da tecnologia ou das profissões, bem
como à extensão e que estão autorizadas a conferir graus e diplomas académicos;

c) Escolas Superiores: instituições de ensino superior filiadas ou não a uma universidade, a um


instituto superior ou a uma academia, que se dedicam ao ensino num determinado ramo do
conhecimento e à extensão e que estão autorizadas a conferir graus e diplomas académicos;

d) Institutos Superiores Politécnicos: instituições de ensino superior filiadas ou não a uma


universidade, que oferecem estudos gerais ou uma formação profissional e que estão autorizadas a
conferir certificados e todos os graus académicos, excluindo o de Doutor, reservando-se a atribuição de
graus de pós-graduação aos institutos politécnicos filiados;

e) Academias: instituições de ensino superior que se dedicam ao ensino em áreas específicas,


nomeadamente, as artes, a literatura, habilidades técnicas tais como as militares e policiais, a formação
especializada e o comércio, estando autorizadas a conferir graus e diplomas académicos;

f) Faculdades: unidades académicas primárias de uma universidade ou de um instituto superior que se


ocupam do ensino, investigação, extensão e aprendizagem num determinado ramo do saber,
envolvendo a interacção de vários departamentos académicos e a provisão de ensino conducente à
obtenção de um grau ou diploma.

As instituições de ensino superior são dirigidas por Reitores, Directores ou outros, conforme
estabelecido no estatuto. A duração e limitação dos mandatos dos Reitores e Vice-Reitores, Directores
ou outros das instituições de ensino superior são fixadas nos respectivos estatutos tendo em
consideração a natureza e o estado de desenvolvimento de cada instituição.

3.2. Ensino Superior em Moçambique

O Ensino Superior surge em Moçambique com a abertura dos Estudos Gerais Universitários de
Lourenço Marques, então capital de Moçambique a 21 de Agosto de 1962. Como resultado das
profundas transformações político-sociais decorrentes da ascensão do País à Independência, a

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Universidade de Loureço Marques (ULM) foi transformada na Universidade Eduardo Mondlane
(UEM), com uma população estudantil inicial de cerca de 2400 estudantes nos diferentes cursos
universitários então leccionados (Portal do Governo de Moçambique, 2012).

De acordo com Matos & Mosca, 2010, a necessidade de não permitir o colapso da educação levou a
que o governo de Moçambique adoptasse medidas no sentido de direccionar maior número de
graduados do ensino secundário para a formação de professores. Foi criada na UEM a Faculdade de
Educação com a função específica de formar professores para diferentes níveis. Com o crescimento da
demanda (número de cidadãos para a escola), foi criado em 1985 o Instituto Superior Pedagógico sob
tutela do Ministério de Educação, com a finalidade de formação de professores.
No âmbito de enquadramento da Lei nº 1/92, é esse Instituto transformado em Universidade
Pedagógica em 1994. Esta instituição pública de ensino superior foi a primeira a ter delegações
(Cidades da Beira e Nampula) fora da Cidade Capital, Maputo.
Ressentindo-se o país de deficiências na área de cooperação e diplomacia, o governo cria o Instituto
Superior de Relações Internacionais em 1986, sob a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação.
Com a reforma do Estado iniciada com o acordo entre Moçambique e FMI em 1984 que levou à
revisão da Constituição em 1990, inicia-se a abertura para a economia do mercado e consequentemente
a possibilidade de criação de instituições educacionais não mais sob tutela do Estado; é permitida a
criação de instituições de ensino superior não estatais de carácter lucrativo. A Lei 6/92 de 6 de Maio e a
Lei 1/93 de 24 de Junho servirão de base para esta nova realidade de educação no país.
As primeiras instituições de ensino superior privadas foram criadas em 1995, nomeadamente o Instituto
Superior Politécnico e Universitário (ISPU) e a Universidade Católica de Moçambique (UCM), e no
ano seguinte (1996) o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM).
Hoje, o número de Instituições de Ensino Superior é de quarenta e duas (42) e o número de estudantes
do Ensino Superior ascende hoje 28.000, com cerca de 1.389 docentes a tempo inteiro em todas
Instituições de Ensino Superior (Portal do Governo de Moçambique, 2012) vide a lista no anexo 1.

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3.2.1. Desafios do Ensino Superior em Moçambique

Para Matos & Mosca (2010), após a independência nacional, e sobretudo depois dos primeiros anos da
década dos anos 90, o ensino superior expandiu-se em número de alunos e instituições em todo o
território nacional, embora inicialmente com alguma concentração em Maputo. A formação pós-
graduada teve uma evolução semelhante, primeiro no exterior e mais recentemente com mestrados e
alguns doutoramentos em Moçambique, a maioria com parcerias de instituições de ensino superior
estrangeiras.
Na óptica de Jamisse, U.T., 2010, o país enfrenta várias dificuldades no ensino superior,
nomeadamente:
 O fraco desenvolvimento do ensino secundário e pré-universitário em todas as províncias;
 O número de estudantes a nível das instituições públicas recai maioritariamente sobre UEM e
UP, cabendo às restantes instituições um número não superior ao dessas duas universidades;
 A maioria dos professores não têm tempo de se dedicar à pesquisa por conta de estarem
envolvidos na leccionação em várias instituições de ensino superior e também pelo facto de as
instituições de ensino superior privadas não possuírem um quadro de professores a tempo
integral e dedicação exclusiva. Para um total de 11.311 estudantes, as instituições privadas
somente contam com 185 professores a tempo inteiro e 517 a tempo parcial. As instituições
públicas contam com 1205 professores a tempo inteiro e 797 professores a tempo parcial para
um universo de 31.422 estudantes matriculados.
 A concentração das instituições do Ensino Superior na região sul do País, produzindo-se
consequentemente um desequilíbrio regional na oferta e oportunidade de Ensino Superior;
 A inexistência de um fundo para a investigação, atribuído pelo Estado para o desenvolvimento
da Ciência e Tecnologia, não contribuindo para a existência de programas científicos capazes de
apoiar a resolução de problemas do país;
 Falta de flexibilização curricular e dificuldades nas formas de ministração dos conteúdos. Isto é,
ao longo dos anos percebeu-se que os currículos eram muito fixos. É necessário haver oferta de
novos cursos para responder às necessidades do país.
 Dificuldades no controle de qualidade do Ensino Superior incluindo um processo (avaliação
interna – avaliação externa – acreditação) e uma proposta para o estabelecimento institucional
de um organismo regulador.

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As questões tais como melhoria de qualidade, melhoria de eficácia, a fixação do corpo docente, a
abertura de cursos nocturnos, a formação e a fixação do corpo docente, a expansão de infra-estruturas e
equipamento, a capacitação institucional para a geração de receitas, introdução de reforma curricular e
a introdução de formas flexíveis de formação para atender o mercado, a introdução de cursos de pós-
graduação foram alguns dos elementos que merecem atenção como elementos que poderão contribuir
para melhor conformação do ensino superior público.

3.3. A Qualidade no Ensino

Para Vroeijenstijn (1995) “...É uma perda de tempo procurar uma definição de qualidade”, uma vez que
a noção de qualidade depende do observador; um investigador associará a noção de qualidade a um
curso com elevado padrão de exigência académica e uma componente de investigação, enquanto um
aluno olhará para os aspectos pedagógicos e para as perspectivas de emprego futuro, um futuro
empregador olhará para a capacidade de efectuar trabalho na empresa com pouca preocupação para o
treino do candidato como investigador e o governo, provavelmente, dirá que qualidade significa ensinar
o máximo de alunos ao mais baixo custo compatível com a qualidade aceite pelo mercado de trabalho.

A ISO (International Organization for Standardization) define qualidade como “o conjunto das
propriedades e características de um produto, processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de
satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas". A Associação de Normas da França (AFNOR)
propõe uma definição de qualidade muito próxima: "a qualidade é a capacidade de um produto ou
serviço satisfazer as necessidades dos usuários”.

Moran (2000) defende que o ensino de qualidade envolve muitas variáveis:


 Organização inovadora, aberta, dinâmica;
 Projecto pedagógico participativo;
 Docentes bem preparados intelectuais, emocional, comunicacional e eticamente, bem
remunerados, motivados e com boas condições profissionais;
 Relação efectiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-
los;
 Infra-estrutura adequada, actualizada, confortável;

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 Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas;
 Alunos motivados, preparados intelectuais e emocionalmente, com capacidade de gestão
pessoal e grupal.
O conjunto destes e outros indicadores permitem decidir se uma certa instituição de ensino superior
possui qualidade para formar estudantes.

3.4. Avaliação da Qualidade do Ensino Superior

Nos últimos tempos os sistemas de indicadores têm sido um dos instrumentos mais importantes e
utilizados em âmbito mundial para estudar e analisar o desenvolvimento, o desempenho e a qualidade
dos sistemas nacionais de educação. Alguns dos mais importantes organismos internacionais e diversos
países têm desenvolvido, elaborado e aplicado sistemas de indicadores com vistas a avaliar sistemas de
educação.

Na óptica de Bertolini (2007), a avaliação da qualidade em educação se expressa como um juízo de


valor sobre um conjunto de atributos acerca das entradas, processo e resultados educativos, ou das
relações entre eles. Essa definição envolve os elementos principais de um sistema e considera qualidade
em educação como um conceito múltiplo que não pode ser avaliado por apenas um indicador. Tais
sistemas de indicadores procuram superar a obtenção de uma simples soma de dados ao agrupar
indicadores simples ou compostos em função de factores e aspectos que lhes dêem sentido e uma visão
significativa do estado dos sistemas de educação. Além disso, a teoria dos sistemas observa que o
resultado do todo é maior do que a simples soma dos elementos ou das partes, ou seja, parece ser
insuficiente avaliar um sistema de educação pela abordagem dos seus elementos de forma
individualizada, ou seja, um sistema não deve ser avaliado pela simples soma de suas partes, mas, sim,
de forma global. Portanto, o desenvolvimento de um sistema de indicadores especificado segundo a
visão sistémica parece ser uma das mais adequadas estratégias para a realização de avaliações e
medições do desenvolvimento e da qualidade de sistemas nacionais de educação superior.

Segundo Bertolini (2007), na generalidade dos sistemas Europeus de avaliação da qualidade do ensino
superior combinam-se dois objectivos fundamentais, porventura contraditórios: melhoria da qualidade

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
e prestação de contas, sendo que o interesse das instituições de ensino superior reside, prioritariamente,
no primeiro objectivo, enquanto o governo estará, em princípio, mais centrado no segundo.

Alguns dos mais importantes organismos internacionais têm baseado avaliações, medições e
acompanhamentos do desempenho dos sistemas nacionais de educação por meio de sistemas de
indicadores, que também consideram aspectos de entradas e/ou recursos, processo e saídas e/ou
resultados. Dentre outros, destacam-se os sistemas de indicadores desenvolvidos pela UNESCO,
Comissão Europeia e pela OCDE vide anexo 2 os indicadores de qualidade elaborados pela OCDE.

De acordo com A3ES (2013), os sistemas de avaliação da qualidade foram até há poucos anos muito
populares nos países Europeus. O Reino Unido, a França e os Países Baixos, seguidos pela Dinamarca,
foram os primeiros países Europeus a desenvolver estes sistemas sendo, posteriormente, imitados por
outros países como a Finlândia, a Suécia, a Noruega e Portugal.

De acordo com as entrevistas realizadas, Moçambique ainda não possui um sistema de indicadores
estruturados em aspectos de entradas, processo e resultados para avaliar e acompanhar o
desenvolvimento da qualidade do ensino superior.

Mais recentemente, um número crescente de países também tem organizado sistemas de indicadores e
publicações de avaliação dos seus sistemas de educação, dentre os quais se incluem Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Holanda, Luxemburgo e Reino Unido (Bertolini, 2007).

Em Portugal foi criado o A3ES – Sistema de Avaliação da qualidade do ensino superior em Portugal
que é informatizado e baseado em uma plataforma web onde as instituições submetem dados
necessários para a avaliação da qualidade. Em Moçambique o SINAQES, Sistema Nacional de
Avaliação da Qualidade do Ensino Superior em Moçambique que ainda funciona de forma manual.

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3.5. Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior em Moçambique
(SINAQES)

De acordo com a Colectânea da Legislação do Ensino Superior (2012), SINAQES é um sistema que
integra normas, mecanismos e procedimentos coerentes e articulados que visam concretizar os
objectivos da qualidade no ensino superior e que são operados pelos actores que nele participam;

O SINAQES aplica-se a todas as instituições públicas e privadas que exerçam actividades de ensino
superior em Moçambique.

O SINAQES tem as seguintes atribuições:

 Desenvolver e promover o princípio da cultura de procura constante da qualidade dos serviços


prestados pelas instituições de ensino superior à sociedade;
 Identificar, desenvolver e implementar normas e indicadores de qualidade;
 Informar à sociedade sobre a qualidade do ensino nas instituições de ensino superior;
 Apoiar na identificação de problemas do ensino superior e no esboço de mecanismos da sua
resolução, assim como na definição das políticas do Estado para o sector;
 Concorrer para a integração do ensino superior moçambicano na região e no mundo.

O SINAQES compreende os seguintes subsistemas:

 Auto-avaliação: é um conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são operados pelas


próprias instituições do ensino superior para avaliarem o seu desempenho.

Sugere-se que as instituições realizem periodicamente, num intervalo não inferior a dois anos,
avaliações internas (das instituições e dos cursos), que têm por objectivo preparar as avaliações
externas e dar indicações para que os órgãos de gestão académica tomem as medidas correctivas
pertinentes. As metodologias de avaliação interna são definidas pelas próprias instituições, sugerindo-
se o máximo de convergência com a metodologia de avaliação externa, que será igual para todas as
universidades e cursos segundo as áreas de conhecimento. As avaliações internas são feitas por equipas
constituídas por professores doutorados, coordenadas pelo membro que possuir maior qualificação. As
equipas são nomeadas pelo Reitor ou Director do centro de ensino ou investigação.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
Compete a cada instituição definir os procedimentos resultantes das avaliações internas, bem como das
penalizações, se for o caso.

 Avaliação Externa: é um conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são operados por
entidades externas às instituições do ensino superior para avaliarem o seu desempenho. A avaliação
externa parte da auto-avaliação e fornece os elementos para a acreditação.

É desejável que as avaliações científicas e pedagógicas possuam uma periodicidade regular, no mínimo
Trienal (três anos). A transparência é assegurada com a constituição aleatória das equipas a partir de
uma bolsa de avaliadores do ensino superior, sendo que nenhum membro da equipa pode possuir
relações laborais ou de outro tipo com a entidade a avaliar. É importante envolver elementos de
organizações da sociedade civil nas equipas de avaliação de forma a incluir padrões de valoração
apercebidos e necessários no contexto da evolução do mercado. A competência é obtida através da
obrigatoriedade de todos os membros da equipa possuírem o grau de Doutor e desta ser chefiada pelo
membro com categoria profissional mais elevada, preferentemente um Professor Catedrático. Em caso
de empate, prevalece o critério da antiguidade na categoria. As áreas de formação dos membros das
equipas corresponderão em pelo menos a 2/3 às áreas dos cursos ou das instituições a avaliar. Nenhuma
instituição deverá ser avaliada por uma equipa cujo coordenador possua uma categoria inferior ao
Professor ou investigador mais qualificado da instituição ou curso avaliado.
As recomendações das avaliações possuem prazos de correcção, findos os quais se procede à
verificação pela mesma equipa de avaliadores. A não consideração das recomendações implica
penalizações que podem, em caso extremo, significar o encerramento da instituição ou do curso e, em
casos justificados, determinar o levantamento de processos-crime dos responsáveis.
O bom funcionamento das equipas de avaliação sugere a existência de lei onde, por exemplo, são
definidos os assuntos a avaliar, os métodos de recolha de informação, as classificações a atribuir, o
funcionamento e modo de intervenção na instituição avaliada e o tipo de relatório a elaborar, os
mecanismos de reclamação da instituição avaliada, entre outros aspectos. Para além de avaliações e
inspecções regulares, poderão ser determinadas inspecções extraordinárias quando são detectados,
verificados ou aconteçam fenómenos que não permitam o normal funcionamento científico, pedagógico
e administrativo das instituições ou dos cursos. Nestes casos, as equipas de inspecção são constituídas
de modo similar às de avaliação, assim como os procedimentos de intervenção e actuação.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
 Acreditação: é o culminar do processo de avaliação externa que consiste na certificação pelo órgão
implementador e supervisor do SINAQES, da qualidade de uma instituição de ensino superior ou
dos seus cursos e programas. A acreditação pode ser Institucional e de cursos e/ou programas.
O subsistema de acreditação tem por objectivos oficializar e tornar público o estado da qualidade de
uma instituição de ensino superior, curso e/ou programa tal como foi apurado por uma avaliação
externa mandatada com esse fim.

3.5.1. Indicadores de Avaliação da Qualidade

Segundo a Colectânea da Legislação do Ensino Superior (2012), os indicadores têm em conta as


diferentes dimensões da qualidade do ensino superior, nomeadamente:

a) Missão: sua formulação, relevância, actualidade e divulgação;

b) Gestão: democraticidade, governação, prestação de contas, descrição de fundos e tarefas, adequação


da estrutura de direcção e administração à missão da instituição e mecanismos de gestão da qualidade;

c) Currículos: desenho curricular, processos de ensino e aprendizagem e avaliação de estudantes;

d) Corpo Docente: processo de formação, qualificações, desempenha e progressão, razão


professor/estudante, regime de ocupação, condições de trabalho, vinculação académica e à sociedade;

e) Corpo Discente: admissão, equidade, acesso aos recursos, retenção e aprovação, desistência,
participação na vida da instituição, apoio social;

f) Corpo Técnico e Administrativo: qualificações e especializações, desempenho, razão, corpo


técnico e administrativo/docente, adequação do corpo técnico e administrativo aos processos
pedagógicos;

g) Pesquisa e extensão: impacto social e económico, produção científica, relevância da produção


científica, estratégia e desenvolvimento da investigação, cooperação, ligação com o processo de ensino
e aprendizagem e pós-graduação, recursos financeiros, interdisciplinaridade, monitoramento do
processo e vinculação científica;

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h) Infra-estruturas: adequação ao ensino, pesquisa e extensão, salas de aulas, laboratórios,
equipamento, bibliotecas, Tecnologias de Comunicação e Informação, meios de transporte, facilidades
de recreação, lazer e desporto, refeitórios, gabinetes de trabalho, anfiteatros, manutenção de instalações
e equipamentos e Plano Director.

Estes indicadores são colocados às instituições em forma de questões qualitativas e quantitativas e as


suas respostas levam ao cálculo de algumas taxas que servem de base para comparação das instituições.

3.6. Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade (CNAQ)

O conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior, abreviadamente designado por


CNAQ, é uma instituição de direito público, dotada de personalidade jurídica e autonomia técnica e
administrativa (Boletim da República de Moçambique, 2009).

Como órgão implementador do SINAQES, cabe ao CNAQ implementar e supervisionar o SINAQES,


dotando-se para o efeito das necessárias funções específicas deliberativas e reguladoras em matéria de
avaliação e acreditação das instituições de ensino superior na defesa do interesse público.

O CNAQ assegura a harmonia, a coesão e a credibilidade do sistema de avaliação, acreditação e


acompanhamento da qualidade no ensino superior, através da:

 Realização de avaliações externas as instituições externa aas instituições de ensino superior;


 Acreditação das instituições de ensino superior;
 Participação na promoção e garantia da qualidade do ensino em Moçambique, em particular do
ensino superior;
 Estabelecimento de parcerias com outras entidades homólogas.

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3.7.1. Competências do CNAQ

 Aprovar o Regulamento da Avaliação e Acreditação e submetê-lo ao Ministro que superintende a


área do ensino superior para homologação;
 Aprovar as normas técnicas, directrizes, instruções e mecanismos e procedimentos de avaliação e
acreditação, ouvidas as instituições de ensino superior e outros intervenientes do SINAQES;
 Proceder a acreditação das instituições de ensino superior dos cursos e/ou programas;
 Definir e aprovar as estratégias, programas e planos operativos do SINAQES e do CNAQ;
 Submeter a homologação do Ministro que superintende o ensino superior a aprovação do seu
Regimento e Regulamento Interno.

3.7.2. Estrutura do CNAQ

O CNAQ para o cumprimento das tarefas que lhe são incumbidas, estrutura-se em unidades orgânicas,
designadamente:

 Direcção da Avaliação Externa que é responsável por estabelecer a ligação entre os


avaliadores externos e as Instituições de Ensino Superior para a condução do processo de
avaliação externa.
 A Direcção da Acreditação, Normação e Estatísticas que tem como função documentar todos
os processos de avaliação, incluindo dados estatísticos relevantes ao processo bem como
produzir a declaração de acreditação.
 A Direcção de Promoção do SINAQES que tem como função apoiar as Instituições de Ensino
Superior na criação de capacidade de auto-avaliação e nas iniciativas de promoção da qualidade
do ensino superior.
 Departamento Administrativo e Financeiro que é um órgão de apoio técnico-administrativo e
secretariado, é dirigido por um Chefe de Departamento Central, nomeado pelo Presidente do
CNAQ e funciona sob supervisão directa deste.

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CAPÍTULO IV: MODELO DO SISTEMA


ACTUAL

Neste capítulo pretende-se elucidar o leitor sobre o funcionamento do sistema actual. É representado
de forma ilustrativa o fluxo de dados e os utilizadores envolvidos no Sistema de Gestão da
Avaliação da Qualidade do Ensino Superior.

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4.1. Sistema Actual

4.1.1. Descrição do Sistema Actual

O CNAQ é uma instituição tutelada pelo Ministério da Educação que é responsável por implementar o
SINAQES para a avaliação e acompanhamento da qualidade das Instituições de Ensino Superior.

O SINAQES possui três fases nomeadamente: fase de auto-avaliação, avaliação externa e acreditação.

O sistema começa com a fase de auto-avaliação. A auto-avaliação consiste em cada instituição de


ensino superior enviar um relatório ao CNAQ que contêm dados baseados nos indicadores de qualidade
do SINAQES, nomeadamente a missão, gestão, currículos, corpo docente, corpo discente, corpo
técnico e administrativo, pesquisa e extensão e infra-estruturas.

A auto-avaliação contribui para que instituição avalie seu próprio desempenho e serve como ponto de
partida para a avaliação geral. Esta é obrigatória para todas as Instituições de ensino superior, públicas
e privadas e têm um carácter regular e progressivo. Cada instituição define a periodicidade da avaliação
e o CNAQ pode apenas recomendar a época da realização.

A auto-avaliação pressupõe a participação de todos os intervenientes no funcionamento da instituição


de ensino superior, incluindo estudantes, corpo docente, investigadores e corpo técnico administrativo.
Na fase de auto-avaliação formam-se comissões de auto-avaliação em cada departamento e/ou
faculdade. Cada comissão produz um relatório com dados do seu departamento/faculdade e submete á
comissão geral de avaliação da instituição que após uma análise e compilação dos dados submete o
relatório final ao CNAQ. Na auto-avaliação as instituições não seguem nenhum padrão para
organização do relatório. Estas baseiam-se nos indicadores de qualidade e podem colocar informações
adicionais que acreditem que sejam úteis ao CNAQ. Após terminada a auto-avaliação, os resultados são
divulgados a todos desta instituição de ensino superior.

Após a fase de auto-avaliação o CNAQ marca uma avaliação externa na instituição. Nesta fase é
reunida uma equipe de avaliadores constituída por entidades externas às instituições para participarem
do processo de avaliação externa. A avaliação externa é periódica e tem em conta os avanços
conseguidos pela instituição de ensino superior visada relativamente à avaliação externa anterior. Nesta

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fase são verificados os indicadores de avaliação previamente estabelecidos baseando-se no relatório de
auto-avaliação enviado pela instituição.
Enquanto o processo de avaliação externa estiver em curso e até que os seus resultados sejam
oficialmente tornados públicos pelo órgão competente e nos termos da lei, a avaliação externa reveste-
se de um carácter confidencial, e os seus agentes são vinculados aos deveres de sigilo profissional.
Após terminada a auto-avaliação, os relatórios são submetidos ao CNAQ, avaliados e os resultados são
divulgados à instituição.

A acreditação é a fase culminar de avaliação externa de uma instituição de ensino superior. Se a


instituição cumpre com todos os indicadores de qualidade definidos pelo SINAQES, esta é acreditada
pelo CNAQ. A acreditação pode ser da instituição e/ou dos seus cursos e programas. A acreditação de
uma instituição de ensino superior é do conhecimento do público em geral.

Estas três fases são periódicas e progressivas baseando-se na avaliação e fase (s) anteriores como ilustra
a figura 2.

Figure 2: Modelo do Sistema Actual, fonte: autor

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CAPÍTULO V: MODELO DO SISTEMA


PROPOSTO

Neste capítulo pretende-se enunciar a descrição do sistema proposto. Para elaborar a proposta do
sistema foram usadas ferramentas UML para criação de diagramas e engenharia de requisitos.

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5.1. Descrição do Sistema Proposto

O sistema proposto será uma plataforma Web em que o CNAQ e as instituições de ensino superior
poderão interagir para cumprir com o objectivo principal: avaliar e acompanhar a qualidade das
instituições de ensino superior.

No início o CNAQ cadastra as instituições de ensino superior, indicando dados como o nome, correio
electrónico, telefone e o nome do responsável da instituição. O sistema notifica a instituição sobre a
criação da conta e fornece as credenciais de acesso. O responsável da instituição pode aceder a sua
conta e cadastrar os dados da sua instituição, nomeadamente dados básicos como logotipo, endereço,
tipo (faculdade, escola superior, universidade), categoria (pública, privada, público-privada) e outros.
Deve também indicar os seus estatutos (missão, visão, regulamento e outros) e infra-estruturas. O
responsável também cadastra as suas faculdades e escolas, assim como seus responsáveis. O
responsável de cada faculdade/escolar recebe credenciais para o sistema e deve acedê-lo para cadastrar
dados como cursos, planos curriculares, infra-estruturas e outros. O responsável de cada instituição
verifica os dados submetidos pelas faculdades/escolas e valida-os.

O CNAQ faz o acompanhamento da submissão dos dados por parte das instituições e pode fazer
pesquisas e agrupamentos com base em diversos filtros por exemplo: pesquisar instituições de uma
certa provincial, tipo, categoria, localidade ou pesquisar faculdades, escolas, cursos entre outros.

Usando a plataforma o CNAQ define um conjunto de indicadores de qualidade que devem ser
preenchidos pelas instituições. Para cada indicador deve indicar o tipo de resposta e se este deve ser
verificado. As instituições preenchem estes indicadores de forma geral ou baseando-se nos dados
enviados pelas faculdades/escolas.

Após todos os dados e indicadores serem preenchidos o CNAQ pode fazer a análise da auto-avaliação
da instituição podendo comparar certos indicadores com avaliações anteriores ou de outras instituições
de ensino superior. A comparação é feita de forma gráfica e poderá ser impressa para posterior análise.

Através da plataforma o CNAQ pode marcar uma avaliação externa e alocar os avaliadores. Quando a
avaliação externa é marcada a instituição é notificada e confirma a marcação. Cada avaliador, usando a
plataforma, faz a verificação dos indicadores que necessitam de uma verificação e dizem se o dado
inserido está correcto ou não e submetem comentários.

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Os CNAQ têm acesso a esta informação e com base na plataforma pode verificar os resultados da
avaliação externa. A plataforma ajuda ao CNAQ a tomar decisão sobre a acreditação de uma certa
instituição. Através da plataforma o CNAQ pode acreditar uma instituição de ensino superior ou um
curso e esta informação será publicada na página web do CNAQ.

As instituições podem verificar o acompanhamento da sua qualidade através da plataforma. Através da


plataforma o CNAQ poderá aceder ao histórico de todos os dados das instituições e de avaliações
anteriores. O CNAQ poderá também comunicar-se com o (os) responsável (s) de cada instituição.

Através da página web do CNAQ que estará integrada com o sistema proposto o público em geral
poderá pesquisar instituições, faculdades, escolas e cursos, podendo visualizar alguns detalhes
qualitativos como o plano dos cursos, a localização da instituição, entre outros. O público em geral
poderá também visualizar rankings de qualidade gerados pelo sistema e responder a inquéritos de
sondagem que serão definidos pelo CNAQ.

Através do sistema proposto pretende-se automatizar o processo de avaliação da qualidade do ensino


superior facilitando a submissão de dados às instituições de ensino superior, permitindo ao CNAQ uma
melhor análise dos dados qualitativos e quantitativos e dando suporte à tomada de decisão aos seus
gestores.

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5.2. Arquitectura do Sistema Proposto

Figure 3: Arquitectura do Sistema Proposto, fonte: autor

5.3. Requisitos do Sistema Proposto

5.3.1. Requisitos funcionais

Identificador Descrição Prioridade Depende de


RF01-Login Permite que um utilizador tenha acesso à Alta ---
informação e funcionalidades do sistema. Pode
ser realizado através de uso de credenciais como
username e palavra-chave.
RF02-Logout Permite que um utilizador saia do sistema Alta ---
RF03-Registar instituições de Permite ao CNAQ registar instituições de ensino Alta ---
ensino superior superior
RF04-Listar instituições de Permite ao CNAQ listar instituições de ensino Alta RF03
ensino superior superior

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RF05-Pesquisar instituições Permite ao CNAQ pesquisar instituições RF03
RF06-Editar dados básicos da Permite à instituição registar seus dados básicos Alta RF03
instituição
RF07-Registar estatutos da Permite às instituições registar seus estatutos Alta RF03
instituição
RF08-Editar estatutos da Permite às instituições editar seus estatutos Alta RF04
instituição
RF09-Listar estatutos da Permite ao CNAQ listar os estatutos das Alta RF04
instituição instituições
RF10-Registar responsáveis de Permite às instituições registar seus responsáveis Alta RF03
instituições
RF11-Editar dados de Permite às instituições editar os dados dos seus Alta RF10
responsáveis da instituição responsáveis
RF12-Listar responsáveis de Permite ao CNAQ e às instituições listar Alta RF10
instituições responsáveis
RF13-Pesquisar responsáveis Permite ao CNAQ pesquisar responsáveis de Alta RF10
instituições
RF14-Registar faculdades ou Permite às instituições registar suas Alta RF03
escolas faculdades/escolas
RF15-Editar dados de Permite às instituições editar dados de suas Alta RF14
faculdades ou escolas faculdades/escolas
RF16-Listar faculdades ou Permite ao CNAQ e às instituições listar Alta RF14
escolas faculdades/escolas
RF17-Pesquisar faculdades ou Permite ao CNAQ pesquisar faculdades/escolas Alta RF14
escolas
RF18-Registar responsável de Permite às instituições registar o responsável da Alta RF14
faculdade/escola faculdade/escola
RF19-Editar dados de Permite às instituições editar os dados do Alta RF18
responsável de faculdade/escola responsável pela faculdade/escola
RF20-Listar responsável de Permite ao CNAQ listar responsáveis de Alta RF18
faculdade/escola faculdades/escolas
RF21-Registar cursos de Permite às instituições/faculdades/escolas Alta RF14
faculdades/escolas registar os cursos
RF22-Editar dados de cursos Permite às instituições/faculdades/escolas editar Alta RF21
dados dos cursos
RF23-Listar cursos de Permite ao CNAQ e às instituições listar cursos Alta RF21

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faculdades/escolas
RF24-Pesquisar cursos Permite ao CNAQ e às instituições pesquisar Alta RF21
cursos
RF25-Registar infra-estruturas Permite às instituições/faculdades/escolas Alta RF03
da instituição registar suas infra-estruturas
RF26-Editar dados básicos das Permite às instituições/faculdades/escolas editar Alta RF25
infra-estruturas dados das suas infra-estruturas
RF27-Listar infra-estruturas da Permite ao CNAQ/ Alta RF25
instituição instituições/faculdades/escolas listar infra-
estruturas
RF28-Visualizar perfil da Permite ao CNAQ/Instituições/público Alta RF03
instituição visualizar perfil das instituições
RF29-Registar indicadores de Permite ao CNAQ registar indicadores de Alta
qualidade qualidade
RF30-Listar indicadores de Permite ao CNAQ/instituições listar indicadores Alta RF29
qualidade de qualidade
RF31-Actualizar indicadores de Permite ao CNAQ actualizar indicadores de Alta RF30
qualidade qualidade
RF32-Marcar auto-avaliação Permite ao CNAQ marcar uma auto-avaliação Alta RF29
RF33-Associar indicadores a Permite ao CNAQ associar indicadores à auto-- Alta RF29, RF32
auto-avaliação avaliação
RF34-Preencher dados de auto- Permite às instituições preencher dados de auto- Alta RF32
avaliação avaliação
RF35-Pesquisar auto-avaliações Permite ao CNAQ/ Alta RF32
instituições/faculdades/escolas pesquisar auto-
avaliações
RF36-Submeter resultado de Permite ao CNAQ submeter resultado de auto- Alta RF32
auto-avaliação avaliação
RF37-Visualizar resultado de Permite ao CNAQ/ Instituições visualizar Alta RF36
auto-avaliação resultado de auto-avaliação
RF38-Registar avaliadores Permite ao CNAQ registar avaliadores Alta ---
RF39-Editar dados de Permite aos avaliadores/CNAQ editar seus Alta RF38
avaliadores dados
RF40-Bloquear avaliador Permite ao CNAQ bloquear avaliador Baixa RF38
RF41-Desbloquear avaliador Permite ao CNAQ desbloquear avaliador Baixa RF40
RF42-Marcar avaliação externa Permite ao CNAQ marcar avaliação externa Alta RF32, RF38

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RF43-Desmarcar avaliação Permite ao CNAQ desmarcar avaliação externa Baixa RF42
externa
RF44-Alocar avaliador à Permite ao CNAQ alocar avaliador à avaliação Alta RF32, RF42
avaliação externa externa
RF45- Validar valores de auto- Permite aos avaliadores validar valores da auto- Alta RF32, RF38
avaliação avaliação
RF46-Submeter relatório de Permite aos avaliadores submeter relatório de Alta RF44
avaliação externa avaliação externa
RF47-Disponibilizar relatório de Permite ao CNAQ disponibilizar relatório de Alta RF46
avaliação externa avaliação externa
RF48-Visualizar relatório de Permite ao CNAQ/ instituições visualizar Alta RF47
avaliação externa relatório de avaliação externa
RF49-Acreditar instituição Permite ao CNAQ acreditar uma instituição Alta RF03
RF50-Gerar Ranking de Permite ao CNAQ gerar ranking de qualidade Baixa ---
qualidade
RF51-Efectuar análise Permite ao CNAQ efectuar análise comparativa Alta RF03, RF29,
comparativa de instituições RF32
RF52-Efectuar análise Permite ao CNAQ efectuar análise progressiva Alta RF03, RF29,
progressiva de instituições RF32
RF53-Gerar relatórios Permite ao CNAQ gerar relatórios Alta ---
RF54-Exportar dados Permite ao CNAQ exportar dados em formato Baixa RF51, RF52,
Excel, Word ou PDF RF53
RF55-Criar inquérito Permite ao CNAQ criar inquéritos Baixa ---
RF56-Disponibilizar inquérito Permite ao CNAQ disponibilizar inquéritos Baixa RF55
RF57-Responder a inquérito Permite às instituições/público em geral Baixa RF56
responder aos inquéritos
RF58-Visualizar respostas de Permite ao CNAQ visualizar estatísticas de Baixa RF57
inquérito resultados do inquérito
RF59-Notificar instituição Permite ao CNAQ notificar instituições Baixa ---
RF60-Editar credenciais Permite aos utilizadores editar suas credenciais Alta ---
Table 1: Requisitos do sistema proposto, fonte: autor

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5.3.2. Requisitos não funcionais

Os requisitos não funcionam dividem-se em requisites de usabilidade, segurança, performance e


hardware / software.

Usabilidade

NF001 - Disponibilizar manual do utilizador online.


NF002 - Permitir conteúdo multilíngue.
NF003 – Possuir uma plataforma de suporte ao usuário.

Segurança

NF004 - Realizar backup mensalmente.


NF005 – Encriptar as senhas dos usuários na base de dados.

Performance

NF006 – Emitir relatórios em menos de 5 segundos.


NF005 – Emitir estatísticas/gráficos em menos de 10 segundos.

Hardware e software

NF007 - Correr no sistema operativo Windows (mínimo).


NF007 - Correr nos browsers Google chrome, Mozilla Firefox, Internet Explorer e Opera.

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5.4. Modelação do Sistema Proposto

5.4.1. Diagrama de casos de uso

Figure 4: Casos de uso do CNAQ, fonte: autor

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Figure 5: Casos de uso da instituição de ensino superior, fonte: autor

Figure 6: Casos de uso do avaliador, fonte: autor

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Figure 7: Casos de uso do administrador do sistema, fonte: autor

Figure 8: Casos de uso do público em geral, fonte: autor

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5.4.2. Casos de uso expandidos

1. Nome: Cadastrar Instituição


Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ cadastrar uma instituição de ensino superior
Descrição: Este caso de Uso começa quando o CNAQ deseja cadastrar uma instituição de
ensino superior. Este indica o nome da instituição, seu contacto, email e o nome do responsável.
A seguir a instituição é notificada da conta criada.

Sequência típica de eventos


Actor Sistema
1. O actor escolhe a opção de cadastrar uma
nova Instituição
2.O sistema emite um formulário de registo da
instituição
3.O actor preenche os dados e grava
4.O Sistema da uma mensagem de confirmação
5.O Sistema envia credenciais a Instituição
Table 2: Sequência típica de eventos de registro de instituições, fonte: autor

2. Nome: Marcar Auto-Avaliação


Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ marcar auto-avaliação para uma instituição
Descrição: Este caso de uso começa quando o CNAQ deseja marcar uma auto-avaliação. Para
tal, deve seleccionar os indicadores e as instituições que irão participar. Em seguida as
instituições são notificadas.

Sequência típica de eventos


Actor Sistema
1.O Actor escolhe a opção de marcar uma auto-
avaliação.

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2.O sistema emite a lista dos indicadores de qualidade.
3.O Actor selecciona os indicadores que fazem parte
da auto-avaliação e indica se são verificáveis e
grava.
4.O Sistema emite a lista das instituições.
5.O Actor selecciona as instituições que farão parte
da auto-avaliação e indica o prazo de submissão de
dados e grava.
6.O sistema notifica as instituições.
Table 3: Sequência típica de eventos de marcação de auto-avaliação, fonte: autor

3. Nome: Submissão de auto-avaliação (fazer auto-avaliação)


Actor: Instituições
Finalidade: Permite às Instituições cadastrarem os dados requeridos pelo CNAQ.
Descrição: Este caso de Uso começa quando a Instituição recebe a notificação de pedido de
dados de auto-avaliação e termina após estes dados serem submetidos.

Sequência típica de eventos


Actor Sistema
1. O sistema emite uma notificação de marcação de auto-
avaliação.
2.O sistema emite o formulário de auto-avaliação.
3. O Actor preenche o formulário emitido.
4.O Sistema emite uma confirmação.
Table 4: Sequência típica de eventos de submissão de auto-avaliação, fonte: autor

4. Nome: Marcar Avaliação externa

Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ marcar avaliação externa com as instituições
Descrição: Este caso de uso começa quando o CNAQ deseja marcar uma avaliação externa com
as instituições. Deve indicar as instituições, os avaliadores e marcar a data da auto-avaliação. A

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seguir as instituições são notificadas da avaliação externa.

Sequência típica de eventos


Actor Sistema
1. O Actor escolhe a opção de marcar uma avaliação
externa.
2.O sistema emite a lista de instituições de ensino
superior.
3. O Actor escolhe a instituição
4.O sistema emite a lista de avaliadores.
5.O Actor escolhe os avaliadores, indica a data
e grava.
6.O sistema notifica à instituição.
Table 5: Sequência típica de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor

5. Nome: Gerar estatísticas – análise progressiva

Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ analisar a progressão da instituição de forma gráfica
Descrição: Este caso de Uso começa quando o CNAQ deseja analisar a progressão da
instituição baseando-se em certos indicadores. O sistema demonstra os resultados de forma
gráfica.

Sequência típica de eventos


Actor Sistema
1. O Actor escolhe a opção de realizar análise
progressiva.
2.O sistema emite a lista de instituições.
3. O Actor escolhe a instituição que deseja
analisar.
4.O sistema emite a lista de indicadores.
5.O Actor escolhe os indicadores que deseja
analisar.

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6.O sistema emite a lista dos anos para comparação.
7.O Actor selecciona os anos que deseja
comparar.
8.O Sistema emite o gráfico da análise.
Table 6: Sequência típica de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor

6. Nome: Gerar estatísticas – análise comparativa

Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ analisar comparativamente a qualidade de duas ou mais
instituições
Descrição: Este caso de Uso começa quando o CNAQ deseja analisar instituições de forma
comparativa baseando-se em certos indicadores. O sistema demonstra os resultados de forma
gráfica.

Sequência típica de eventos

Actor Sistema
1. O Actor escolhe a opção de realizar análise
comparativa.
2.O sistema emite a lista de instituições.
3.O Actor escolhe as instituições que deseja
analisar.
4.O sistema emite a lista de indicadores.
5.O Actor escolhe os indicadores que deseja
analisar.
6.O Sistema emite o gráfico da análise.
Table 7: Sequência típica de eventos de geração de análise comparativa, fonte: autor

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5.4.3. Diagrama de Classes

Figure 9: Diagrama de Classes, fonte: autor

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5.4.4. Diagrama de Sequencia de Eventos

 Registo de Instituição

Figure 10: Diagrama de Sequência de eventos de registro de instituição, fonte: autor

 Marcação de Auto-avaliação

Figure 11: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de auto-avaliação, fonte: autor

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 Submissão de Auto-avaliação

Figure 12: Diagrama de sequência de eventos de submissão de auto-avaliação, fonte: autor

 Marcação de Avaliação Externa

Figure 13: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
 Análise progressiva

Figure 14: Diagrama de Sequência de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor

 Análise comparativa

Figure 15: Diagrama de sequência de eventos de análise comparativa, fonte: autor

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
4.2.4.5. Diagrama de Pacotes

Figure 16: Diagrama de pacotes, fonte: autor

4.2.4.6. Diagrama de Estados

Figure 17: Diagrama de estados da instituição, fonte: autor

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4.2.4.7. Diagrama de Componentes

Figure 18: Diagrama de componentes, fonte: autor

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4.2.4.8. Diagrama de Distribuição

Figure 19: Diagrama de distribuição, fonte: autor

5.5. Mecanismos de Segurança no Sistema Proposto

Com o crescente uso da Internet, cada vez mais empresas abrem o seu sistema de informação aos seus
parceiros ou aos seus fornecedores, é por conseguinte essencial conhecer os recursos da empresa a
proteger e dominar o controlo de acesso e os direitos dos utilizadores do sistema de informação. No
presente sistema, por ser uma plataforma web e tratando-se de um sistema de informação para uma
entidade como o CNAQ que lida com avaliação das instituições de ensino superior, foram
implementados alguns níveis de segurança para garantir confidencialidade e integridade dos seus
dados.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
a) Autenticação
O usuário só tem acesso à sua conta após passar por um Login. Esta técnica permite limitar o
acesso ao sistema fazendo com que só pessoas credenciadas tenham acesso.

b) Encriptação de palavra-chave
Esta técnica consiste em encriptar a palavra-chave do usuário na base de dados do sistema. A
encriptação permite a transformação reversível da informação de forma a torná-la ininteligível a
terceiros. Utiliza-se para tal, algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir de um
conjunto de dados não criptografados, produzir uma sequência de dados criptografados. Esta
técnica permite que mesmo que alguém consiga ter acesso à Base de Dados não teria acesso às
credenciais de utilizados, apenas se tivesse a chave da encriptação.

c) Níveis de acesso
Para proteger os dados do sistema foram estabelecidos níveis de acesso. Cada tipo de utilizador
pode verificar apenas as suas funcionalidades e operações sobre as diversas entidades.
Neste presente sistema temos os seguintes níveis de acesso: CNAQ, Instituição, Avaliador,
Faculdade/Escola e Administrador do Sistema.

d) Unique Identifier como chave primária


O Unique Identifier ou Identificador Único Global é um tipo especial de identificador
utilizado em aplicações de software para providenciar um número de referência que será único
em qualquer contexto (por isso é "Universal") como, por exemplo, em uma definição de
referência interna para um tipo de ponto de acesso em uma aplicação de software ou para a
criação de chaves únicas em uma base de dados. Apesar de que cada GUID gerado não possui
nenhuma garantia de ser único, o número total de chaves únicas (2128 ou ~3.4×1038) é tão
grande que a probabilidade do mesmo número ser gerado duas vezes é muito pequena. O valor
do GUID segue a estrutura de grupos de 8, 4, 4, 4 e 12 dígitos hexadecimais e minúsculas,
separados por hífens. Um exemplo de um valor válido para um Unique Udentifier: 561d1cc4-
c7b5-431e-94a7-e0c2ed9a8d2c. O Unique Identifier permite fazer a transferência de parâmetros
no sistema via URL de forma indecifrável para o usuário.

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CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES E


RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo pretende-se fazer um breve resumo sobre o presente trabalho, indicando se os
objectivos definidos foram preenchidos e a implicação do projecto. Também colocam-se
recomendações para o CNAQ e para futuros pesquisadores.

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6.1. Conclusões

Actualmente os sistemas de informação baseados em Tecnologias de Informação vem automatizando


diversos processos críticos facilitando assim o trabalho em muitas organizações no nosso país. O uso de
um sistema de informação baseado em TIC’s traz maior segurança aos dados, maior eficiência na
compilação e análise de dados, maior precisão nos resultados, carga de trabalho resuzida, diminuição
de custos às organizações em termos de recursos humanos, maior controle sobre as operações e suporte
à tomada de decisão, entre outros.

O CNAQ vem desempenhando as suas funções como órgão implementador do Sistema Nacional da
Qualidade do Ensino Superior com louvor desde à sua criação. Apesar do cumprimento das tarefas
notou-se a necessidade de um sistema de informação baseado em TICs para dar suporte no processo de
avaliação da qualidade.

O objectivo pretendido no trabalho foi alcançado, que é desenvolver o sistema de gestão de avaliação
da qualidade do ensino superior. Inicialmente foi feita a análise do funcionamento do SINAQES e o
levantamento dos indicadores de qualidade atravês de entrevistas e pesquisa documental. Este processo
de levantamento dos requisitos do sistema levou consequentemente ao desenho do modelo do sistema
proposto. Usando uma metodologia de desenvolvimento XP e diversas ferramentas de desenvolvimento
de sistemas foi criado o protótipo do sistema proposto.

O sistema proposto permite facilitar o processo de análise de dados e auxílio à tomada de decisão pelo
CNAQ atravês de mecanismos de pesquisas avançadas, gráficos comparativos e geração de relatórios.
O sistema visa melhorar a gestão e organização histórica dos dados submetidos pelas instituições de
ensino superior e proporciona uma plataforma de iterração entre o CNAQ e as instituições de ensino
superior permitindo troca de dados de forma electrónica. O sistema tambêm visa permitir ao público
em geral conhecer melhor as instituições de ensino superior visualizando seus perfis e acompanhando o
progresso da qualidade do ensino superior fazendo pesquisas, acedendo certos relatórios, rankings de
qualidade e respondendo inquéritos de sondagem.

O protótipo do sistema proposto encontra-se funcional e pode ser implementado no CNAQ para testes e
possível uso futuro.

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6.2. Recomendações

Como forma de melhorar a gestão do Sistema Nacional da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior
recomenda-se aos futuros pesquisadores:

 Desenvolvimento de uma plataforma de inquéritos para estudantes das instituições para que possam
também ser envolvidos no processo de avaliação das instituições;
 Maior nível de detalhes de dados para cada curso de cada instituição (plano académico, precedência, e
outros);
 Possibilidade de criação de indicadores qualitativos e de resposta livre;
 Sugestão de auto-avaliação da instituição usando compilação automática das auto-avaliações das
faculdades/escolas;
 Estabelecimento de critérios de comparação geral da qualidade das instituições para geração de ranking
de qualidade;
 Criação de módulo de gestão de utilizadores com controle de permissões para o sistema;
 Cadastro de Logs no sistema para contro de acesso e auditoria.

Recomenda-se ao CNAQ:

 Implementação do sistema proposto no CNAQ;


 Inscrição de todas as instituições de ensino superior do país no sistema;
 Formação dos recursos humanos do CNAQ para o uso do sistema;
 Formação de um responsável de cada instituição de ensino superior para o uso do sistema;
 Padronização dos indicadores de qualidade segundo o modelo internacional.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Ministério da Educação (2012), Colectânea de Legislação do Ensino Superior, Edição Revista,


Maputo, Moçambique.
 Instituições de Ensino Superior em Moçambique, available at
http://www.portaldogoverno.gov.mz/Informacao/edu/subfo_inst_ens_sup/ accessed at
29/07/2013.
 Matos, N. and Mosca, N. (2010) Desafios do Ensino Superior.
 Moçambique celebra 50 anos do Ensino Superior, available at
http://noticias.sapo.mz/aim/artigo/436609042012175248.html, acessed at 29/07/2013.
 Boletim da República (2009), Imprensa Nacional de Moçambique, 1a Série, Número 49.
 Moran, J.N. (2000), Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, 12ª ed. Campinas: Papirus,
p.12.
 Bogdan, R., Biklen, S. (1994), Investigação em educação: Uma introdução a teoria e aos
métodos, Porto: Porto.
 Moreira, D.A. (2002), O método fenomenológico na pesquisa, São Paulo, Pioneira.
 Tuckman,B.(2000), Manual de Investigação em Educação. Lisboa : Fundação Calouste
Gulbenkian, 2000.
 Manzo, J. (1973), Manual para la preparacion de monografias: una guia para presentar
informes y tesis. 2ª Edição, Buenos Aires, Humanistas.
 Laskoski, F.C. (2012), Peres, L.M., Radaelli, L.F., Desenvolvimento de Software: Modelo
Incremental.
 Rodrigues, R. N., Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sotware Extreme
Programming, Universidade Norte do Paraná, Brasil.
 O´NEILL, H., NUNES, M. (2003), Fundamental da UML, 2 ed., Lisboa, FCA- Editora
Informática.
 Marques, L.A., Dos Santos, J.T., Tanimoto, R.F. (2009), Comparando Java e C#.
 Timo, Jamise Uilton (2010), Ensino Superior em Moçambique: História, Política e Gestão,
Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, Brazil.
 A3ES (2013), Manual de Avaliação.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
 Ministério da Educação (2012), Dados Estatísticos sobre o Ensino Superior em Moçambique
2010.
 Bertolini, J.C.G. (2007), Indicadores em Nível de Sistema para Avaliar o Desenvolvimento e a
Qualidade da Educação Superior Brasileira.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

CAPÍTULO VIII: ANEXOS

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
Anexo 1: Lista de Instituições de Ensino Superior
Instituições Públicas
Nome Sigla Provincia
Academia de Ciências Policiais ACIPOL
Academia Militar AM
Escola Superior de Ciências Náuticas ESCN
Escola Superior de Jornalismo ESJ
Instituto Superior de Administração Pública ISAP
Instituto Superior de Artes e Cultura ISArC
Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria ISCAM
de Moçambique
Instituto Superior de Ciências de Saúde ISCISA
Instituto Superior Politécnico de Gaza ISPG
Instituto Superior Politécnico de Manica ISPM
Instituto Superior Politécnico de Tete ISPT
Instituto Superior Politécnico de Songo ISPS
Instituto Superior de Relações Internacionais ISRI
Universidade Eduardo Mondlane UEM
Universidade Pedagógica UP
Universidade Lúrio UniLúrio
Universidade Zambeze UniZambeze
Fonte: Dados Estatísticos do Ensino Superior em Moçambique 2010

Instituições Privadas
Nome Sigla Provincia
Universidade Politécnica A Politécnica
Escola Superior de Economia e Gestão ESEG
Instituto Superior Cristão ISC
Instituto Superior de Comunicação e Imagem ISCIM
de Moçambique
Instituto Superior de Ciência e Tecnologia ISCTAC
Alberto Chipande
Instituto Superior Dom Bosco ISDB
Instituto Superior de Educação e Tecnologia ISET
Instituto Superior de Formação, Investigação e ISFIC
Ciência
Instituto Superior de Gestão, Comércio e ISGECOF
Finanças
Instituto Superior Monitor ISM
Instituto Superior Maria Mãe de África ISMMA
Instituto Superior de Tecnologia e Gestão ISTEG
Instituto Superior de Transportes e ISUTC

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Comunicações
Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de ISCTEM
Moçambique
Universidade Jean Piaget de Moçambique UJPM
Universidade Técnica de Moçambique UDM
Universidade São Tomás de Moçambique USTM
Universidade Mussa Bin-Bique UMB
Universidade Católica de Moçambique UCM
Fonte: Dados Estatísticos do Ensino Superior em Moçambique 2010

Anexo 2: Indicadores de Qualidade estabelecidos pelo OCDE

Fonte: Bertolini, 2007 : Indicadores em Nível de Sistema para avaliar o Desenvolvimento e a Qualidade da
Educação Superior Brasileira

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Sistema de Gestão de Avaliação da Qualidade


do Ensino Superior

Manual de Utilizador

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1. Página Inicial

O sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior é baseado em uma plataforma


web. Para acedê pode utilizar qualquer browser como Google Chrome, Mozzila Firefox, Internet
Explorer, ou outro e colocar o link : .
Ao aceder o link tem acesso à página inicial do Portal do CNAQ como ilusta a figura 1.

Figure 20: Página Inicial do Portal do CNAQ

1.1. Login

Através da página inicial do CNAQ pode-se ter acesso ao sistema de avaliação de avaliação da
qualidade. Só os utilizadores que possuírem credenciais podem ter acesso ao sistema e devem
autenticar-se indicando seu username e password como ilustra a figura 2. Após preencher as
credências devem clicar o botão entrar. Se as credências forem correctas o usuário terá acesso ao
sistema, caso contrário será demonstrada uma mensagem de erro.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 21: Login

1.2. Relatórios

Através da página inicial do CNAQ o público pode ter acesso a documentos, relatórios ou
brochuras disponibilizadas pelo CNAQ. Os documentos encontram-se categorizados como
demonstra a figura 3.

Figure 22: Relatórios

O utilizador pode visualizar ou fazer download do documento clicando no devido ficheiro como
ilustra a figura 4.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 23: Download de relatórios

1.3. Perfil de Instituições

Através da página inicial do CNAQ, o público pode verificar o perfil das instituições de ensino
superior através da opção demonstrada na figura 5. Para tal, deve clicar na instituição que deseja
visualizar e sera demonstrado o perfil da instituição com seus dados básicos, estatutos,
responsáveis, faculdades/escolas, cursos e infra-estruturas como ilustra a figura 6.

Figure 24: Lista de Instituições de Ensino Superior

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Figure 25: Perfil da Instituição de Ensino Superior

1.4. Inquéritos de Sondagem

O Portal do CNAQ disponibiliza uma plataforma de inquéritos de sondagem para o público em


geral. Para responder ao inquérito deve seleccionar a resposta da questão solicitada e clicar em
votar como ilustra a figura 7.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 26: Sondagem

1.5. Ranking de Qualidade

O Portal do CNAQ permite ao público em geral verificar o Ranking de qualidade por indicador.
Para tal, deve-se escolher o indicador que pretende visualizar o ranking e o sistema emite a lista
ordenada das instituições de acordo com a última avaliação, como ilustra a figura 8.

Figure 27: Ranking de Qualidade

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2. Página do CNAQ

Após o CNAQ aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial do CNAQ possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 9.

Figure 28: Página Inicial do CNAQ

2.1. Menu do CNAQ

Através do Menu do CNAQ este pode aceder às funcionalidades do sistema (figura 10).

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 29: Menu do CNAQ

2.2. Cadastro da Instituição de Ensino Superior

O CNAQ pode cadastrar uma nova instituição clicando na opção de menu “Nova Instituição”.
Para cadastro deve preencher o nome da instituição, seu telefone, email e o username do
responsável da instituição como ilustra a figura 11. Após o cadastro, a instituição receberá um
email notificando a criação da conta com as suas credenciais e o link de acesso ao Portal.

Figure 30: Cadastro da Instituição de Ensino Superior

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2.3. Pesquisa de Instituições

O CNAQ pode pesquisar instituições de ensino superior clicando na opção de menu


“Instituições”. Nesta opção o CNAQ tem acesso à lista de todas as instituições de ensino
superior cadastradas no sistema como ilustra a figura 12 e pode filtrar por tipo, categoria ou
provincial. O CNAQ pode também agrupar as instituições carregando a coluna a agrupar até a
primeira linha da grelha. Para verificar o perfil da instituição deve clicar no botão perfil da linha
correspondente à instituição onde terá acesso a todas informações da instituição como ilustra a
figura 6.

Figure 31: Pesquisa de Instituições

2.4. Pesquisa de Responsáveis

O CNAQ pode pesquisar responsáveis das instituições na opção de menu “Responsáveis”.


Nesta opção o CNAQ tem acesso à lista de todos os responsáveis cadastrados pelas instituições
como ilustra a figura 13 e pode filtrar por instituição, cargo ou nacionalidade e tem acesso ao
telephone e email do responsável. O CNAQ pod tambêm agrupar as instituições carregando a
coluna a agrupar até a primeira linha da grelha.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 32: Pesquisa de Responsáveis

2.5. Pesquisa de Faculdades ou Escolas

O CNAQ pode pesquisar faculdades/escolas das instituições na opção de menu


“Faculdades/Escolas”. Nesta opção o CNAQ tem acesso à lista de todos os responsáveis
cadastrados pelas instituições como ilustra a figura 14 e pode filtrar por instituição, tipo ou
província e tem acesso ao telephone e email do responsável. O CNAQ pod tambêm agrupar as
instituições carregando a coluna a agrupar até a primeira linha da grelha. Para verificar os
cursos da faculdade/escolar deve clicar na seta a esquera de cada linha da grelha.

Figure 33: Pesquisa de Faculdades/Escolas

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2.6. Pesquisa de Cursos

O CNAQ pode pesquisar responsáveis das instituições na opção de menu “Cursos”. Nesta
opção o CNAQ tem acesso à lista de todos os cursos cadastrados pelas instituições como ilustra
a figura 15 e pode filtrar por instituição, faculdade/escolar ou nível do curso. O CNAQ pode
também agrupar as instituições carregando a coluna a agrupar até a primeira linha da grelha.

Figure 34: Pesquisa de Cursos

2.7. Gestão de Indicadores

O CNAQ pode fazer a gestão dos indicadores de qualidade seleccionado a opção “Indicadores”.
Através desta opção o CNAQ tem acesso a uma lista de indicadores de qualidade como ilustra a
figura 16. Através da grelha pode editar um indicador, apagá-lo, adicionar um novo indicador
ou fazer um refresh o indicador clicar na opção “Edit”, “Delete”, ”Novo Indicador” e
“Refresh”, respectivamente.

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Figure 35: Lista de Indicadores de Qualidade

Após clicar a opção “Novo Indicador” é disponibilizada uma nova janela onde deve se
preencher o nome do indicador e clicar salvar como ilustra a figura 17. Ao salvar o indicador a
janela irá continuar aberta para novos cadastros. Se não desejar cadastrar mais indicadores deve
fechar a janela clicando no botão x no topo à direita da janela.

Figure 36: Cadastro de Indicador de Qualidade

2.8. Recomendar Auto-avaliação

O CNAQ pode recomendar às instituições de ensino superior para realizar uma auto-avaliação
como ilustra a figura 18. Para tal deve seleccionar a opção “Recomendar Auto-avaliação”. Deve
seleccionar os indicadores da auto-avaliação assinalando os indicadores desejados como ilustra
a figura 19 e as instituições de ensino superior como ilustra a figura 20. Após a marcação da

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auto-avaliação a instituição de ensino superior será notificada por email e pode preencher os
dados da auto-avaliação através da plataforma.

Figure 37: Recomendar Auto-Avaliação

Figure 38: Selecção de Indicadores da Auto-Avaliação

Figure 39: Seleccionar Instituições da Auto-Avaliação

2.9. Pesquisa de Auto-avaliações

O CNAQ pode verificar o estado de uma auto-avaliação ou pesquisar auto-avaliações passadas


clicando a opção do menu “Pesquisar Auto-avaliação”. Para pesquisar deve indicar o ano da
avaliação e a instituição a pesquisar e clicar no botão “search”. Será visualizada uma lista de
avaliações separadas em dois grupos : pendentes e submetidas como ilustra a figura 21. Para

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
cada auto-avaliação são disponibilizados os indicadores, seu valor, data de registo e o nome do
usuário que cadastrou o dado, assim como a data de início e fim da auto-avaliação.

Figure 40: Pesquisa de Auto-avaliações

2.10. Resultado de Auto-avaliação

O CNAQ pode publicar o resultado de uma auto-avaliação em qualquer auto-avaliação


submetida. Para tal deve clicar na opção “Adicionar resultado” abaixo dos indicadores como
ilustra a figura 22. Será disponibilizada uma janela com uma caixa de texto para preencher o
resultado e este será publicado para a instituição clicando a opção salvar.

Figure 41: Adicionar Resultado de Auto-Avaliação

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
Para visualizar os resultados de uma auto-avaliação deve-se seleccionar o opção do menu
“Resultado de Auto-avaliação” e sera disponibilizada uma plataforma de pesquisa de resultados.
Para o CNAQ pesquisar um resultado deve escolher a instituição ou o ano de publicação e clicar
na opção “Pesquisar”. Será disponibilizado o resultado contendo o nome da instituição, a
duração da auto-avaliação, data de submissão, o resultado e a data de publicação do resultado
como ilustra a figura 23.

Figure 42: Resultado de Auto-avaliação

2.11. Marcação de Avaliação Externa

O CNAQ pode marcar uma avaliação externa seleccionando a opção do menu “Marcar
Avaliação Externa”. Será disponibilizado um formulário onde deve indicar a instituição a ser
avaliada, seleccionar os avaliadores (seleccionando o nome da primeira lista e clicando a seta
para que passe para a segunda lista), seleccionar os indicadores a serem avaliados pondendo
filtrá-los por uma certa auto-avaliação e indicar a data da avaliação, como ilustra a figura 24.
Após a marcação da avaliação externa a instituição receberá uma notificação por email
alertando a data da avaliação.

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Figure 43: Marcação de Avaliação Externa

2.12. Gestão de Avaliadores

O CNAQ pode fazer a gestão dos avaliadores externos seleccionando a opção de menu
“Avaliadores”. Será disponibilizada uma lista de avaliadores e um formulário de registo como
ilustra a figura 25. Após o registro do avaliador este receberá um email notificando a criação da
sua conta no sistema com as credenciais e o link de acesso ao sistema.

Figure 44: Avaliadores

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2.13. Pesquisa de Avaliação Externa

O CNAQ pode pesquisar uma avaliação externa passada clicando a opção do menu “Pesquisar
Avaliação Externa”. Para pesquisar deve indicar o ano da avaliação ou a instituição a pesquisar
e clicar no botão “search”. Será visualizada uma lista de avaliações como ilustra a figura 26.
Para cada auto-avaliação são disponibilizados os avaliadores envolvidos, os indicadores, seu
valor, e o parecer do avaliador (se o indicador foi verificado e o comentário), assim como o
relatório de avaliação. O CNAQ pode cadastrar o resultado da avaliação clicando no botão
“Adicionar resultado” e será disponibilizada uma janela com um campo de texto para cadastro
do resultado. O resultado será publicado para as instituições quando o CNAQ seleccionar a
opção gravar.

Figure 45: Pesquisa de Avaliação Externa

2.14. Resultado de Avaliação Externa


Para pesquisar os resultados de uma avaliação externa deve-se seleccionar o opção do menu
“Resultado de Avaliação Externa” e será disponibilizada uma plataforma de pesquisa de
resultados. Para o CNAQ pesquisar um resultado deve escolher a instituição ou o ano de

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
publicação e clicar na opção “Pesquisar”. Será disponibilizado o resultado contendo o nome da
instituição, a data de submissão do relatório de avaliação, o resultado e a data de publicação do
resultado como ilustra a figura 27.

Figure 46: Resultado de Avaliação Externa

2.15. Acreditação da Instituição de Ensino Superior

O CNAQ pode acreditar uma instituição de ensino superior seleccionando a opção de menu
“Acreditar Instituição”. Será disponibilizada a lista de instituições acreditadas como ilustra a
figura 28.

Figure 47: Lista de Instituições de Ensino Superior Acreditadas

Para acreditar uma nova instituição deve clicar na opção “Nova Acreditação”, indicar a
instituição a acreditar e clicar o botão “Acreditar”, como ilustra a figura 29.

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Figure 48: Acreditar Instituição de Ensino Superior

Todas as instituições acreditadas possuem o símbolo abaixo na sua página inicial:

2.16. Acreditação de Curso

O CNAQ pode acreditar um curso de uma instituição de ensino superior seleccionando a opção
de menu “Acreditar Curso”. Será disponibilizada a lista de cursos acreditados como ilustra a
figura 30.

Figure 49: Lista de Cursos Acreditados

Para acreditar uma nova instituição deve clicar na opção “Nova Acreditação”, indicar a
instituição que lecciona o curso, o curso a acreditar e clicar o botão “Acreditar”, como ilustra a
figura 29.

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Figure 50: Acreditação de Curso da Instituição

2.17. Análise Comparativa

O CNAQ pode efectuar a análise comparativa para avaliar a diferença entre duas ou mais
instituições de ensino superior em certos indicadores de qualidade. Para efectuá-la deve
seleccionar a opção de menu “análise comparativa” e seguir as instruções abaixo:
Primeiro deve seleccionar as instituições de ensino superior que pretende comparar
seleccionando a linha da grelha e clicando o botão verde enviar. O nome da instituição será
transferido da lista de instituições para a lista de instituições seleccionadas como ilustra a figura
32. Após seleccionar as instituições deve clicar o botão “Next” ou “Passo 2-Indicadores”.

Figure 51: Selecção de Instituições para Análise Comparativa

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
No segundo passo deve seleccionar os indicadores a avaliar seleccionando a linha da grelha e
clicando o botão verde enviar. O nome da indicador será transferido da lista de indicadores para a
lista de indicadores seleccionados como ilustra a figura 33. Após seleccionar as instituições deve
clicar o botão “Next” ou “Passo 3- Gráfico”.

Figure 52: Selecção de Indicadores para Análise Comparativa

Para gerar o gráfico deve indicar o título do gráfico e o ano de análise e em seguida clicar o botão
carregar como ilustra a figura 34. e será carregado o gráfico da análise como ilustra a figura 35.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 53: Carregar Gráfico de Análise Comparativa

Figure 54: Gráfico de Análise Comparativa

2.18. Análise Progressiva

O CNAQ pode efectuar a análise progressiva para avaliar a progressão da qualidade da


instituição em certos indicadores. Para efectuá-la deve seleccionar a opção de menu “análise
progressiva” e seguir as instruções abaixo:
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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
Primeiro deve seleccionar as instituições de ensino superior que pretende comparar
seleccionando a linha da grelha e clicando o botão verde enviar. O nome da instituição sera
transferido da lista de instituições para a lista de instituições seleccionadas como ilustra a figura
36. Após seleccionar as instituições deve clicar o botão “Next” ou “Passo 2-Indicadores”.

Figure 55: Análise Progressiva - Selecção da Instituição

No segundo passo deve seleccionar os indicadores a avaliar seleccionando a linha da grelha e


clicando o botão verde enviar. O nome da indicador será transferido da lista de indicadores para a
lista de indicadores seleccionados como ilustra a figura 37. Após seleccionar as instituições deve
clicar o botão “Next” ou “Passo 3- Gráfico”.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 56: Análise Progressiva - Selecção dos Indicadores

Para gerar o gráfico deve indicar o título do gráfico e o intervalo dos anos de análise e em seguida
clicar o botão carregar como ilustra a figura 38. e será carregado o gráfico da análise como ilustra a
figura 39.

Figure 57: Análise Progressiva - carregamento

Figure 58: Gráfico de Análise Progressiva

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3. Página das Instituições de Ensino Superior

Após a Instituição aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial da Instituição possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 40.

Figure 59: Página Inicial da Instituição

3.1. Menu

Através do Menu do CNAQ este pode aceder às funcionalidades do sistema (figura 41).

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 60: Menu da Instituição de Ensino Superior

3.2. Dados Básicos

Após o registo a Instituição de Ensino Superior deve editar seus dados básicos. Para acede-los
deve seleccionar a opção de menu “Dados básicos” e terá acesso aos seus dados básicos como
ilustra a figura 42. Para editar deve clicar o botão “editar” e será visualizada a figura 43, onde
pode preencher os dados básicos e clicar o botão gravar.

Figure 61: Dados Básicos

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 62: Edição de Dados Básicos

3.3. Estatutos

Para editar seus estatutos, a Instituição deve seleccionar a opção de menu “Estatutos” e terá
acesso aos seus estatutos como ilustra a figura 44. Para editar deve clicar o botão “editar” e
pode preencher os dados básicos e clicar o botão gravar.

Figure 63: Estatutos da Instituição de Ensino Superior

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.4. Responsáveis

Para cadastrar seus responsáveis, a Instituição deve seleccionar a opção de menu


“Responsáveis” e terá acesso à lista dos seus responsáveis como ilustra 45. Para adicionar um
novo responsável deve seleccionar a opção “Novo Responsável” e uma janela irá surgir com o
formulário de cadastro. O formulário deve ser preenchido e se não pretende cadastrar outro
responsável deve fechar a janela.

Figure 64: Responsáveis da Instituição de Ensino Superior

3.5. Faculdades/Escolas

Para cadastrar suas faculdades/escolas, a Instituição deve seleccionar a opção de menu


“Faculdades/Escolas” e terá acesso à lista das suas faculdades/escolas como ilustra 46. Para
adicionar um nova deve seleccionar a opção “Nova Faculdade/Escola” e uma janela irá surgir
com o formulário de cadastro como ilustra a figura 47. O formulário deve ser preenchido

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
correctamente, se a instituição tiver a mesma localização/contacto que a instituição pai os dados
não precisam ser reescritos.

Figure 65: Faculdades/Escolas da Instituição de Ensino Superior

Figure 66: Cadastro de Faculdade/Escola

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.6. Cadastro de Responsável da faculdade/escola

Para adicionar o responsável da faculdade/escolar deve seleccionar a instituição e clicar o link


responsável como ilustra a figura 48. A instituição só pode ter um responsável cadastrado que
será responsável pela disponibilização de dados desta instituição. Se a instituição não tiver um
responsável deve clicar o botão “Adicionar Responsável” e será disponibilizado o formulário da
figura 49. Após preencher o formulário e clicar em gravar o responsável será notificado por
email sobre a criação da conta e receberá as credências e link de acesso ao sistema.

Figure 67: Responsável da Faculdade/Escola

Figure 68: Cadastro de Responsável da Faculdade/Escola

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.7. Cadastro de Cursos

A Instituição de ensino superior pode cadastrar seus cursos através da opção de menu
“Faculdades/Escolas” onde deve expandir a tupla da faculdade onde deseja cadastrar o curso e
clicar no botão “Novo Curso”, como ilustra a figura 50.

Figure 69: Cadastro de Cursos por Faculdade/Escola

Ou pode aceder a opção de Menu “Cursos” e tem acesso a lista de cursos. Para adicionar um
novo curso deve escolher a opção “Adicionar Curso” e preencher o formulário que sera
disponibilizado, como ilustra a figura 51.

Figure 70: Cadastro de Cursos

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.8. Cadastro de Infraestruturas

As Instituições de Ensino Superior devem cadastrar na plataforma as infra-estruturas que


possuem. Para tal devem seleccionar a opção de menu “Infra-estruturas” e terá acesso a lista de
infra-estruturas como ilustra a figura 52. Para adicionar uma nova infra-estrutura deve
seleccionar a opção “Nova infra-estrutura” e será disponibilizado o formulário ilustrado na
figura 53.

Figure 71: Lista de Infra-estruturas

Figure 72: Cadastro de Infra-estruturas

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.9. Marcação de Auto-Avaliação

A Instituição de Ensino Superior pode marcar uma nova auto-avaliação através do sistema. Para
tal, deve indicar os indicadores a serem avaliados, a data de início e fim da avaliação (figura
54). Se desejar adicionar um indicador deve clicar o botão + e será disponibilizada a janela de
cadastro do indicador. Após marcar a auto-avaliação, os responsáveis de todas as
faculdades/escolas da instituição são notificados por email e devem aceder a plataforma para
preencher seus dados até a data fim.

Figure 73: Marcação de Auto-Avaliação

3.10. Auto-avaliações

A Instituição pode verificar o estado das suas auto-avaliações e pesquisar auto-avaliações


passadas. Para tal deve seleccionar a opção de menu “Auto-Avaliações” e serão
disponibilizadas duas listas (auto-avaliações pendentes e submetidas). Em cada auto-avaliação a
instituição pode verificar a auto-avaliação de uma faculdade/escolar ou da própria instituição
como um total. Para verificar a auto-avaliação de uma faculdade/escolar deve seleccionar a
faculdade/escolar e serão disponibilizados os valores para cada indicador. A instituição não
pode editar os dados, apenas verificá-lo como ilustra a figura 55. Para verificar o total deve
seleccionar o nome da instituição e clicar no botão pesquisar. O total corresponde os somatórios
dos valores das faculdades/escolas para cada indicador. Após a instituição actualizar os valores
deve clicar o botão “salvar valores”, caso contrários os dados serão perdidos. Se a instituição

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013
terminar a sua auto-avaliação deve clicar o botão “submeter” para submeter a auto-avaliação ao
CNAQ e não poderá mais editar os dados.

Figure 74: Auto-Avaliações

3.11. Resultado de Auto-Avaliação

A Instituição de Ensino Superior pode verificar os resultados da sua auto-avaliação divulgados


pelo CNAQ. Para tal deve clicar a opção de menu “Resultados de Auto-Avaliação” e será
visualizada uma lista de resultados como ilustra a figura 56. O resultado contêm informação
como a data de início e fim da auto-avaliação, a data de submissão do relatório de avaliação
externa, a data de publicação do resultado e o resultado em forma de texto.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 75: Resultados de Auto-Avaliação

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.12. Solicitar Avaliação Externa

A Instituição de Ensino Superior pode solicitar uma avaliação externa ao CNAQ. Para tal deve
seleccionar a opção de menu “Solicitar Avaliação Externa” e preencher o formulário de
solicitação ilustrado na figura 57. Após clicar o botão solicitar o CNAQ receberá o pedido por
email.

Figure 76: Solicitação de Avaliação Externa

3.13. Resultados de Avaliação Externa

A Instituição de Ensino Superior pode verificar ou pesquisar os resultados das suas avaliações
externas. Para tal deve seleccionar a opção de menu “Resultados de Avaliação Externa” e
indicar o ano de avaliação. O sistema retornará a lista dos resultados.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

3.14. Cursos acreditados

A Instituição de Ensino Superior pode verificar os seus cursos acreditados. Para tal deve
seleccionar a opção de menu “Cursos Acreditados” e o sistema retornará a lista dos cursos
acreditados como ilustra a figura 58.

Figure 77: Cursos Acreditados

4. Página do Avaliador

Após o Avaliador aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial do Avaliador possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 59.

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Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior 2013

Figure 78: Página Inicial do Avaliador

4.1. Menu

O Avaliador tem acesso às seguintes funcionalidades do sistema:


 Verificar o Perfil das Instituições de Ensino Superior;
 Verificar indicadores de avaliação;
 Verificar auto-avaliações das instituições que fará avaliação externa;
 Preencher relatório de Avaliação Externa;
Como ilustra a figura 60:

Figure 79: Menu do Avaliador

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4.2. Relatório de Avaiação Externa

O Avaliador pode preencher o relatório de avaliação clicando a opção de menu “relatório de


avaliação externa”. O Avaliador deve escolher a avaliação que pretende preencher o relatório e
será dada a lista de indicadores da avaliação. Para cada indicador, o avaliador tem acesso ao
valor submetido pela instituição e deve preencher o campo “verificado” assinalando se o valor
estiver correcto e pode escrever um comentário em forma de texto para cada indicador como
ilustra a figura 61. Após preencher os dados o avaliador deve clicar o botão “Salvar Dados”,
caso contrário os dados serão perdidos. Se o avaliador tiver terminado de preencher o relatório
deve clicar o botão “Submeter” para submeter o relatório ao CNAQ. Ao submeter será
disponibilizado um campo de texto para que o avaliador preencha um relatório textual com o
parecer final sobre a avaliação da Instituição de Ensino Superior.

Figure 80: Relatório de Avaliação Externa

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