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I. Dedicatória
II. Agradecimentos
Em especial, aos meus supervisores Dr. Carlos Cumbana e dr. Vali Issufo, pelas orientações,
pela paciência e disponibilidade para a realização deste trabalho.
Ao doutor Gildo Cossa pelas instruções dadas durante a elaboração desta pesquisa.
O meu muito obrigado ao doutor Ermínio Jasse e a doutora Judite Mandlate pela confiança e
apoio incondicional.
Por último, não menos importante, o meu agradecimento a todos os docentes e funcionários do
Departamento de Matemática e Informática, pelo apoio prestado.
Declaro por minha honra que o presente Trabalho de Licenciatura é resultado da minha
investigação e que o mesmo foi concebido para ser submetido apenas para a obtenção do
grau de Licenciatura em Informática, na Faculdade de Ciências da Universidade Eduardo
Mondlane.
____________________________________
IV. Resumo
O Ensino Superior contribui para a formação de quadros especialistas em suas áreas. Estudos
indicam que a qualidade das instituições de ensino superior contribui para a qualidade dos seus
formandos. Para avaliar a qualidade do ensino superior em Moçambique surge o Conselho Nacional
de Avaliação da Qualidade (CNAQ) cujo objectivo é implementar o Sistema Nacional de Avaliação
da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES), que estabelece os indicadores de qualidade que as
instituições devem seguir para serem acreditadas.
O CNAQ periodicamente recebe dados das instituições de ensino superior e deve sintetizá-los para
criar relatórios, estatísticas, avaliação da progressão da qualidade da instituição, assim como a gerar
rankings de qualidade. Com base nestes dados e na progressão da qualidade da instituição o CNAQ
deve tomar decisões sobre a acreditação de uma instituição ou aspectos a recomendar para a
melhoria da qualidade.
O sistema proposto consiste em uma aplicação web que contêm o módulo de perfil das instituições,
preenchido por cada instituição, módulo de auto-avaliação, onde o CNAQ pode gerar inquéritos de
auto-avaliação respondidos pelas instituições, um módulo de avaliação externa onde cada avaliador
dá seu parecer e uma plataforma para acreditação, geração de estatísticas e relatórios.
Para desenvolvimento do sistema foram usadas várias técnicas de recolha de dados como
entrevistas e pesquisa documental para melhor recolha de requisitos. Para o desenvolvimento foram
aplicadas metodologias ágeis e diferentes ferramentas de programação.
V. Índice
Figure 1: Modelo Iterativo e Incremental, fonte Laskoski et All (2012), Desenvolvimento de Software: Modelo
Incremental ............................................................................................................................................................ 10
Figure 2: Modelo do Sistema Actual, fonte: autor ................................................................................................. 29
Figure 3: Arquitectura do Sistema Proposto, fonte: autor ...................................................................................... 33
Figure 4: Casos de uso do CNAQ, fonte: autor...................................................................................................... 38
Figure 5: Casos de uso da instituição de ensino superior, fonte: autor .................................................................. 39
Figure 6: Casos de uso do avaliador, fonte: autor .................................................................................................. 39
Figure 7: Casos de uso do administrador do sistema, fonte: autor ......................................................................... 40
Figure 8: Casos de uso do público em geral, fonte: autor ...................................................................................... 40
Figure 9: Diagrama de Classes, fonte: autor .......................................................................................................... 45
Figure 10: Diagrama de Sequência de eventos de registro de instituição, fonte: autor .......................................... 46
Figure 11: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de auto-avaliação, fonte: autor ................................ 46
Figure 12: Diagrama de sequência de eventos de submissão de auto-avaliação, fonte: autor ............................... 47
Figure 13: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor ........................... 47
Figure 14: Diagrama de Sequência de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor ............................ 48
Figure 15: Diagrama de sequência de eventos de análise comparativa, fonte: autor ............................................. 48
Figure 16: Diagrama de pacotes, fonte: autor ........................................................................................................ 49
Figure 17: Diagrama de estados da instituição, fonte: autor .................................................................................. 49
Figure 18: Diagrama de componentes, fonte: autor ............................................................................................... 50
Figure 19: Diagrama de distribuição, fonte: autor ................................................................................................. 51
Figure 1: Página Inicial do Portal do CNAQ ......................................................................................................... 62
Figure 2: Login ....................................................................................................................................................... 63
Figure 3: Relatórios ................................................................................................................................................ 63
Figure 4: Download de relatórios ........................................................................................................................... 64
Figure 5: Lista de Instituições de Ensino Superior................................................................................................. 64
Figure 6: Perfil da Instituição de Ensino Superior ................................................................................................. 65
Figure 7: Sondagem ............................................................................................................................................... 66
Figure 8: Ranking de Qualidade............................................................................................................................. 66
Figure 9: Página Inicial do CNAQ ......................................................................................................................... 67
Figure 10: Menu do CNAQ.................................................................................................................................... 68
Figure 11: Cadastro da Instituição de Ensino Superior .......................................................................................... 68
Figure 12: Pesquisa de Instituições ........................................................................................................................ 69
Figure 13: Pesquisa de Responsáveis ..................................................................................................................... 70
Figure 14: Pesquisa de Faculdades/Escolas ........................................................................................................... 70
Figure 15: Pesquisa de Cursos ............................................................................................................................... 71
Figure 16: Lista de Indicadores de Qualidade ........................................................................................................ 72
Figure 17: Cadastro de Indicador de Qualidade ..................................................................................................... 72
Figure 18: Recomendar Auto-Avaliação................................................................................................................ 73
XP – Extreme Programming
Qualidade: totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer
as necessidades implícitas e explícitas.
Indicadores: sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo.
Ensino Superior: nível mais elevado dos sistemas educativos, referindo-se normalmente a uma
educação realizada em universidades, faculdades, institutos politécnicos, escolas superiores ou
outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas profissionais.
Web: Serviço da Internet que contém documentos em formato de hipermédia, uma combinação de
hipertexto com multimédia.
Aplicação Web: termo utilizado para designar de forma geral, sistemas informáticos projectados
para utilização através de navegador (em inglês browser), na Internet ou Intranet (redes privadas).
Crédito académico: é a unidade de medida do trabalho realizado com sucesso pelo estudante, sob
todas as suas formas, para alcançar os resultados de aprendizagem previstos numa disciplina ou
módulo.
1.1. Contextualização
Actualmente, o ensino superior responde, a longo prazo, aos desafios da construção da nação, de uma
sociedade aberta e democrática com exercício activo da cidadania e do desenvolvimento económico
num ambiente competitivo à escala global.
O Ensino Superior surge em Moçambique com a abertura dos Estudos Gerais Universitários de
Lourenço Marques, actual UEM, a 21 de Agosto de 1962. Actualmente, o número de Instituições de
Ensino Superior é de quarenta e duas (42) das quais dezoito (18) são públicas e vinte e quartas (24)
privadas (Portal do Governo de Moçambique, 2012). O número de estudantes do Ensino Superior
ascende hoje a 28.000, com cerca de 1389 docentes a tempo inteiro em todas as Instituições de Ensino
Superior (Portal do Governo de Moçambique, 2012).
A qualidade é indispensável para o sucesso de qualquer área. Um Ensino Superior sem qualidade forma
jovens com dificuldades no acto de saber fazer, o que contribui para o não avanço da sociedade. Para
garantir a qualidade no Ensino Superior surge o conceito de Gestão de Qualidade do Ensino Superior.
Este conceito surge em Moçambique em Janeiro de 2003 documentado na Lei 5/2003 em que
estabelece-se o Sistema Nacional de Avaliação da Qualidade do Ensino Superior (SINAQES), de modo
a adequar o ensino superior às necessidades internas e aos padrões regionais e globais de qualidade
(MINED, 2012).
Segundo a Colectânea de Legislação do Ensino Superior (2012), SINAQES é um sistema que integra
normas, mecanismos e procedimentos coerentes e articulados que visam concretizar os objectivos da
qualidade no ensino superior e que são operados pelos actores que nele participam. Este aplica-se a
todas as instituições públicas e privadas que exerçam actividades de ensino superior em Moçambique.
Para implementação do SINAQES foi criado um órgão específico, o Conselho Nacional de Avaliação
de Qualidade, abreviadamente designado por CNAQ (Boletim da República, 2009). Cabe ao CNAQ
implementar e supervisionar o SINAQES, dotando-se para o efeito das necessárias funções específicas
deliberativas e reguladoras em matéria de avaliação e acreditação das instituições de ensino superior na
defesa do interesse público (Boletim da República, 2009).
Actualmente o número de Instituições de Ensino Superior vêm crescendo, tendo que hoje o país conta
com 42 (quarenta e duas) instituições (Portal do Governo de Moçambique, 2013). O CNAQ tem a
função de controlar a qualidade destas Instituições e para tal deve recolher dados específicos destas
baseando-se nos indicadores de qualidade definidos pelo SINAQES.
1.3. Objectivos
O presente trabalho está organizado em capítulos, sendo que cada um deles explana um determinado
tema. Eis a estrutura do trabalho:
Capitulo I: Introdução, neste capítulo far-se-á o enquadramento do tema dentro da situação actual,
descrevendo a contextualização do tópico em questão, bem como a descrição sucinta do problema que
motiva a realização deste estudo.
Capitulo II: Metodologias, neste capítulo foca-se de forma detalhada, os passos seguidos para a
elaboração do presente trabalho. Duas metodologias foram usadas consoante os objectivos específicos:
a metodologia de pesquisa e a metodologia de desenvolvimento.
Capitulo III: Revisão de Literatura, neste capítulo pretende-se fazer o enquadramento teórico que irá
alicerçar o estudo, abrangendo desde conceitos adjacentes até ao escopo central trabalho, os sistemas de
gestão de avaliação da qualidade do ensino superior.
Capitulo IV: Modelo do Sistema Actual, neste capítulo pretende-se elucidar o leitor sobre o
funcionamento do sistema actual. É representado de forma ilustrativa o fluxo de dados e os utilizadores
envolvidos no Sistema de Gestão da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior.
Capitulo V: Modelo do Sistema Proposto, neste capítulo pretende-se enunciar a descrição do sistema
proposto. Para elaborar a proposta do sistema foram usadas ferramentas UML para criação de
diagramas e engenharia de requisitos.
Capitulo VI: Conclusões e Recomendações, neste capítulo pretende-se fazer um breve resumo sobre o
presente trabalho, indicando se os objectivos definidos foram preenchidos e a implicação do projecto.
Também colocam-se recomendações para o CNAQ e para futuros pesquisadores.
Neste capítulo foca-se de forma detalhada, os passos seguidos para a elaboração do presente
trabalho. Duas metodologias foram usadas consoante os objectivos específicos: a metodologia de
pesquisa e a metodologia de desenvolvimento.
Segundo Bogdan e Biklen (1994) a abordagem Qualitativa caracteriza-se como sendo uma fonte directa
de dados no ambiente natural, constituindo-se o pesquisador no instrumento principal. Os dados
recolhidos são ricos em pormenores descritivos relativamente as pessoas, locais e conversas.
Para desenvolver um Sistema informatizado capaz de responder as necessidades dos utilizadores finais
é necessário entender de forma clara, como os processos decorrem no sistema em uso (Bogdan e
Biklen, 1994). É nesta perspectiva que no desenvolvimento do presente trabalho, optou-se pela
abordagem qualitativa já que esta, é descritiva e permite que os investigadores se interessem mais pelos
processos do que pelos resultados.
Na óptica de Moreira (2002), a entrevista pode ser definida como uma conversa entre duas ou mais
pessoas com um propósito específico em mente. As entrevistas são aplicadas para que o pesquisador
obtenha informações que provavelmente os entrevistados têm. O autor vai buscar as contribuições de
Richardson, Dohrenwend e Klein (1965) para classificar as entrevistas em: estruturadas, não
estruturadas ou completamente abertas e semiestruturadas.
Neste caso, foram feitas entrevistas semiestruturadas ao responsável do pelouro no CNAQ para obter
mais informações sobre o funcionamento do Sistema actual, levantamento dos constrangimentos
encontrados na sua implementação e dos requisitos do sistema a propor.
Segundo Manzo (1973), a pesquisa bibliográfica é o conjunto de conhecimentos reunidos nas obras,
tendo como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e à produção, colecção,
armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações colectadas para o
desenvolvimento da pesquisa.
Para a realização deste trabalho, consultou-se à documentação existente sobre o Sistema Nacional da
Avaliação da Qualidade (SINAQES) na Colectânea de Legislação do Ensino Superior, nos estatutos do
Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade, nos princípios globais de qualidade do Ensino Superior,
no Boletim da República e outras fontes.
É uma representação abstracta do processo de desenvolvimento que define como as etapas relativas ao
desenvolvimento de software serão conduzidas e interrelacionadas para atingir o objectivo do
desenvolvimento que é a obtenção de um produto de software de alta qualidade a um custo
relativamente baixo.
Figure 1: Modelo Iterativo e Incremental, fonte Laskoski et All (2012), Desenvolvimento de Software: Modelo Incremental
O desenvolvimento de um produto comercial de software é uma grande tarefa que pode ser estendida
por vários meses, possivelmente um ano ou mais. Por isso, é mais prático dividir o trabalho em partes
menores ou iterações em que cada iteração resultará num incremento. Iterações são passos em fluxo de
trabalho e incrementos são crescimentos do produto (Laskoski et All, 2012). Como a figura acima
demostra, o modelo iterativo incremental possui cinco fases, nomeadamente comunicação,
planeamento, modelação, construção e implementação. As cinco fases são repetidas a cada nota
incremento do sistema e a cada incremento temos um empregável para o cliente.
Na perspectiva de Laskoski (2012) usando o modelo iterativo e incremental obtemos várias vantagens
devido à divisão do processo de desenvolvimento em iterações. Usando este modelo as necessidades do
sistema não são todas especificadas nas fases iniciais, estas podem ser desenvolvidas nos incrementos.
A cada iteração são produzidos um conjunto de funcionalidades prontas e utilizáveis e as entregas
parciais do sistema facilitam a identificação e correcção de erros pelo cliente. Tornando assim o
resultado final o desejado pelo cliente.
Para a modelação dos requisitos do sistema, optou-se pela linguagem de modelação UML, que segundo
O´Neill e Nunes (2003) é uma linguagem de modelação que utiliza uma notação padrão para
especificar, construir, visualizar e documentar sistemas de informação orientados a objectos.
Um modelo em UML é constituído por um conjunto de diagramas que representam aspectos
complementares de um sistema de informação. Em cada um desses diagramas são utilizados símbolos
que representam os elementos que estão a ser modelados e linhas que relacionam esses elementos. Os
símbolos e as linhas têm significado específico e possuem formas distintas, constituindo uma forma de
notação (O´Neill e Nunes, 2003).
A escolha de UML para a modelação do sistema deveu-se ao facto de, segundo O’Neill e Nunes (2003)
permitir:
Integrar os aspectos organizacionais que constituem o negócio e os elementos de natureza
tecnológica que irão constituir o sistema;
Ajudar a dominar a complexidade das regras de negócio e definir os processos e fluxos
informáticos;
Utilizar um conjunto padrão de símbolos;
Funcionar como um meio de comunicação entre os diversos elementos envolvidos no processo
(utilizadores, gestores, equipe de desenvolvimento).
Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar a linguagem C#. C# é uma linguagem de
programação orientada a objectos, fortemente tipada, desenvolvida pela Microsoft como parte
da plataforma. NET. A sua sintaxe orientada a objectos foi baseada no C++ mas inclui muitas
2.3.2.3. Framework
Para desenvolvimento do Sistema em questão optou-se pelo Framework Microsoft Entity Framework
pois é um framework baseado na linguagem C#. É uma ferramenta de mapeamento objecto relacional
(ORM – Object Relational Management), que permite aos desenvolvedores trabalhar com classes
(entidades) que correspondem a tabelas em uma base de dados, tornando transparente o acesso a estes
dados e principalmente, eliminando a necessidade de escrever os métodos para o CRUD na aplicação.
2.3.2.4. IDE
Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar a IDE Microsoft Visual Studio 2010 que é um
pacote de programas da Microsoft para desenvolvimento de software especialmente dedicado ao .NET
Framework às linguagens Visual Basic (VB), C, C++, C# (C Sharp) e J# (J Sharp). Também é um
grande produto de desenvolvimento na área web, usando a plataforma do ASP.NET. Esta IDE permite
criar aplicações de forma rápida e eficiente agilizando o processo de conexão à base de dados, criação
de formulários, debug entre outros.
Para desenvolvimento do Sistema em questão irá se usar SQL Server 2008 R2. SQL Server 2008 R2 é
um sistema de gestão de base de dados abrangente, pronto para as cargas de trabalho corporativas mais
exigentes, com altos níveis de desempenho, disponibilidade e segurança.
Para desenvolvimento do Sistema em questão optou-se pelo Telerik Reports pois este cria relatórios
que permitem examinar dados de forma de tabelas e gráfica. Permite exportar relatórios para Microsoft
Word, Microsoft Excel, Microsoft Powerpoint ou criar livros de relatórios. Este pode ser usado por
desenvolvedores para gerar relatórios a partir do Visual Studio.
Neste capítulo pretende-se fazer o enquadramento teórico que irá alicerçar o estudo, abrangendo
desde conceitos adjacentes até ao escopo central trabalho, os sistemas de gestão de avaliação da
qualidade do ensino superior.
Segundo a Colectânea de Legislação do Ensino Superior, 2012, as instituições de ensino superior são
pessoas colectivas de direito público ou privado, com personalidade jurídica, que gozam de autonomia
científica e pedagógica, administrativa, disciplinar, financeira e patrimonial, e se classificam consoante
a sua missão ou tipo de propriedade e financiamento.
Formar, nas diferentes áreas do conhecimento, técnicos e cientistas com elevado grau de
qualificação;
Incentivar a investigação científica, tecnológica e cultural como meio de formação, de solução
dos problemas com relevância para a sociedade e de apoio ao desenvolvimento do país,
contribuindo para o património científico da humanidade;
Assegurar a ligação ao trabalho em todos os sectores e ramos de actividade económica e social,
como meio de formação técnica e profissional dos estudantes;
Realizar actividades de extensão, principalmente através da difusão e intercâmbio do
conhecimento técnico-científico.
Quanto ao tipo as instituições de ensino superior podem ser públicas ou privadas. As instituições de
ensino superior públicas são aquelas cuja fonte principal de receita é o Orçamento de Estado e são por
estas supervisionadas. As instituições de ensino superior privadas são as instituições pertencentes a
pessoas colectivas privadas ou mistas, cujas fontes principais de receita são privadas, podendo-se
classificar em lucrativas e não lucrativas e revestir a forma de associação, fundação, sociedade
comercial ou cooperativa.
Com base na Colectânea de Legislação do Ensino Superior (2012), as instituições de ensino superior e
suas unidades orgânicas classificam-se, consoante a sua missão, em:
As instituições de ensino superior são dirigidas por Reitores, Directores ou outros, conforme
estabelecido no estatuto. A duração e limitação dos mandatos dos Reitores e Vice-Reitores, Directores
ou outros das instituições de ensino superior são fixadas nos respectivos estatutos tendo em
consideração a natureza e o estado de desenvolvimento de cada instituição.
O Ensino Superior surge em Moçambique com a abertura dos Estudos Gerais Universitários de
Lourenço Marques, então capital de Moçambique a 21 de Agosto de 1962. Como resultado das
profundas transformações político-sociais decorrentes da ascensão do País à Independência, a
De acordo com Matos & Mosca, 2010, a necessidade de não permitir o colapso da educação levou a
que o governo de Moçambique adoptasse medidas no sentido de direccionar maior número de
graduados do ensino secundário para a formação de professores. Foi criada na UEM a Faculdade de
Educação com a função específica de formar professores para diferentes níveis. Com o crescimento da
demanda (número de cidadãos para a escola), foi criado em 1985 o Instituto Superior Pedagógico sob
tutela do Ministério de Educação, com a finalidade de formação de professores.
No âmbito de enquadramento da Lei nº 1/92, é esse Instituto transformado em Universidade
Pedagógica em 1994. Esta instituição pública de ensino superior foi a primeira a ter delegações
(Cidades da Beira e Nampula) fora da Cidade Capital, Maputo.
Ressentindo-se o país de deficiências na área de cooperação e diplomacia, o governo cria o Instituto
Superior de Relações Internacionais em 1986, sob a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação.
Com a reforma do Estado iniciada com o acordo entre Moçambique e FMI em 1984 que levou à
revisão da Constituição em 1990, inicia-se a abertura para a economia do mercado e consequentemente
a possibilidade de criação de instituições educacionais não mais sob tutela do Estado; é permitida a
criação de instituições de ensino superior não estatais de carácter lucrativo. A Lei 6/92 de 6 de Maio e a
Lei 1/93 de 24 de Junho servirão de base para esta nova realidade de educação no país.
As primeiras instituições de ensino superior privadas foram criadas em 1995, nomeadamente o Instituto
Superior Politécnico e Universitário (ISPU) e a Universidade Católica de Moçambique (UCM), e no
ano seguinte (1996) o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM).
Hoje, o número de Instituições de Ensino Superior é de quarenta e duas (42) e o número de estudantes
do Ensino Superior ascende hoje 28.000, com cerca de 1.389 docentes a tempo inteiro em todas
Instituições de Ensino Superior (Portal do Governo de Moçambique, 2012) vide a lista no anexo 1.
Para Matos & Mosca (2010), após a independência nacional, e sobretudo depois dos primeiros anos da
década dos anos 90, o ensino superior expandiu-se em número de alunos e instituições em todo o
território nacional, embora inicialmente com alguma concentração em Maputo. A formação pós-
graduada teve uma evolução semelhante, primeiro no exterior e mais recentemente com mestrados e
alguns doutoramentos em Moçambique, a maioria com parcerias de instituições de ensino superior
estrangeiras.
Na óptica de Jamisse, U.T., 2010, o país enfrenta várias dificuldades no ensino superior,
nomeadamente:
O fraco desenvolvimento do ensino secundário e pré-universitário em todas as províncias;
O número de estudantes a nível das instituições públicas recai maioritariamente sobre UEM e
UP, cabendo às restantes instituições um número não superior ao dessas duas universidades;
A maioria dos professores não têm tempo de se dedicar à pesquisa por conta de estarem
envolvidos na leccionação em várias instituições de ensino superior e também pelo facto de as
instituições de ensino superior privadas não possuírem um quadro de professores a tempo
integral e dedicação exclusiva. Para um total de 11.311 estudantes, as instituições privadas
somente contam com 185 professores a tempo inteiro e 517 a tempo parcial. As instituições
públicas contam com 1205 professores a tempo inteiro e 797 professores a tempo parcial para
um universo de 31.422 estudantes matriculados.
A concentração das instituições do Ensino Superior na região sul do País, produzindo-se
consequentemente um desequilíbrio regional na oferta e oportunidade de Ensino Superior;
A inexistência de um fundo para a investigação, atribuído pelo Estado para o desenvolvimento
da Ciência e Tecnologia, não contribuindo para a existência de programas científicos capazes de
apoiar a resolução de problemas do país;
Falta de flexibilização curricular e dificuldades nas formas de ministração dos conteúdos. Isto é,
ao longo dos anos percebeu-se que os currículos eram muito fixos. É necessário haver oferta de
novos cursos para responder às necessidades do país.
Dificuldades no controle de qualidade do Ensino Superior incluindo um processo (avaliação
interna – avaliação externa – acreditação) e uma proposta para o estabelecimento institucional
de um organismo regulador.
Para Vroeijenstijn (1995) “...É uma perda de tempo procurar uma definição de qualidade”, uma vez que
a noção de qualidade depende do observador; um investigador associará a noção de qualidade a um
curso com elevado padrão de exigência académica e uma componente de investigação, enquanto um
aluno olhará para os aspectos pedagógicos e para as perspectivas de emprego futuro, um futuro
empregador olhará para a capacidade de efectuar trabalho na empresa com pouca preocupação para o
treino do candidato como investigador e o governo, provavelmente, dirá que qualidade significa ensinar
o máximo de alunos ao mais baixo custo compatível com a qualidade aceite pelo mercado de trabalho.
A ISO (International Organization for Standardization) define qualidade como “o conjunto das
propriedades e características de um produto, processo ou serviço, que lhe fornecem a capacidade de
satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas". A Associação de Normas da França (AFNOR)
propõe uma definição de qualidade muito próxima: "a qualidade é a capacidade de um produto ou
serviço satisfazer as necessidades dos usuários”.
Nos últimos tempos os sistemas de indicadores têm sido um dos instrumentos mais importantes e
utilizados em âmbito mundial para estudar e analisar o desenvolvimento, o desempenho e a qualidade
dos sistemas nacionais de educação. Alguns dos mais importantes organismos internacionais e diversos
países têm desenvolvido, elaborado e aplicado sistemas de indicadores com vistas a avaliar sistemas de
educação.
Segundo Bertolini (2007), na generalidade dos sistemas Europeus de avaliação da qualidade do ensino
superior combinam-se dois objectivos fundamentais, porventura contraditórios: melhoria da qualidade
Alguns dos mais importantes organismos internacionais têm baseado avaliações, medições e
acompanhamentos do desempenho dos sistemas nacionais de educação por meio de sistemas de
indicadores, que também consideram aspectos de entradas e/ou recursos, processo e saídas e/ou
resultados. Dentre outros, destacam-se os sistemas de indicadores desenvolvidos pela UNESCO,
Comissão Europeia e pela OCDE vide anexo 2 os indicadores de qualidade elaborados pela OCDE.
De acordo com A3ES (2013), os sistemas de avaliação da qualidade foram até há poucos anos muito
populares nos países Europeus. O Reino Unido, a França e os Países Baixos, seguidos pela Dinamarca,
foram os primeiros países Europeus a desenvolver estes sistemas sendo, posteriormente, imitados por
outros países como a Finlândia, a Suécia, a Noruega e Portugal.
De acordo com as entrevistas realizadas, Moçambique ainda não possui um sistema de indicadores
estruturados em aspectos de entradas, processo e resultados para avaliar e acompanhar o
desenvolvimento da qualidade do ensino superior.
Mais recentemente, um número crescente de países também tem organizado sistemas de indicadores e
publicações de avaliação dos seus sistemas de educação, dentre os quais se incluem Bélgica, Canadá,
Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Holanda, Luxemburgo e Reino Unido (Bertolini, 2007).
Em Portugal foi criado o A3ES – Sistema de Avaliação da qualidade do ensino superior em Portugal
que é informatizado e baseado em uma plataforma web onde as instituições submetem dados
necessários para a avaliação da qualidade. Em Moçambique o SINAQES, Sistema Nacional de
Avaliação da Qualidade do Ensino Superior em Moçambique que ainda funciona de forma manual.
De acordo com a Colectânea da Legislação do Ensino Superior (2012), SINAQES é um sistema que
integra normas, mecanismos e procedimentos coerentes e articulados que visam concretizar os
objectivos da qualidade no ensino superior e que são operados pelos actores que nele participam;
O SINAQES aplica-se a todas as instituições públicas e privadas que exerçam actividades de ensino
superior em Moçambique.
Sugere-se que as instituições realizem periodicamente, num intervalo não inferior a dois anos,
avaliações internas (das instituições e dos cursos), que têm por objectivo preparar as avaliações
externas e dar indicações para que os órgãos de gestão académica tomem as medidas correctivas
pertinentes. As metodologias de avaliação interna são definidas pelas próprias instituições, sugerindo-
se o máximo de convergência com a metodologia de avaliação externa, que será igual para todas as
universidades e cursos segundo as áreas de conhecimento. As avaliações internas são feitas por equipas
constituídas por professores doutorados, coordenadas pelo membro que possuir maior qualificação. As
equipas são nomeadas pelo Reitor ou Director do centro de ensino ou investigação.
Avaliação Externa: é um conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são operados por
entidades externas às instituições do ensino superior para avaliarem o seu desempenho. A avaliação
externa parte da auto-avaliação e fornece os elementos para a acreditação.
É desejável que as avaliações científicas e pedagógicas possuam uma periodicidade regular, no mínimo
Trienal (três anos). A transparência é assegurada com a constituição aleatória das equipas a partir de
uma bolsa de avaliadores do ensino superior, sendo que nenhum membro da equipa pode possuir
relações laborais ou de outro tipo com a entidade a avaliar. É importante envolver elementos de
organizações da sociedade civil nas equipas de avaliação de forma a incluir padrões de valoração
apercebidos e necessários no contexto da evolução do mercado. A competência é obtida através da
obrigatoriedade de todos os membros da equipa possuírem o grau de Doutor e desta ser chefiada pelo
membro com categoria profissional mais elevada, preferentemente um Professor Catedrático. Em caso
de empate, prevalece o critério da antiguidade na categoria. As áreas de formação dos membros das
equipas corresponderão em pelo menos a 2/3 às áreas dos cursos ou das instituições a avaliar. Nenhuma
instituição deverá ser avaliada por uma equipa cujo coordenador possua uma categoria inferior ao
Professor ou investigador mais qualificado da instituição ou curso avaliado.
As recomendações das avaliações possuem prazos de correcção, findos os quais se procede à
verificação pela mesma equipa de avaliadores. A não consideração das recomendações implica
penalizações que podem, em caso extremo, significar o encerramento da instituição ou do curso e, em
casos justificados, determinar o levantamento de processos-crime dos responsáveis.
O bom funcionamento das equipas de avaliação sugere a existência de lei onde, por exemplo, são
definidos os assuntos a avaliar, os métodos de recolha de informação, as classificações a atribuir, o
funcionamento e modo de intervenção na instituição avaliada e o tipo de relatório a elaborar, os
mecanismos de reclamação da instituição avaliada, entre outros aspectos. Para além de avaliações e
inspecções regulares, poderão ser determinadas inspecções extraordinárias quando são detectados,
verificados ou aconteçam fenómenos que não permitam o normal funcionamento científico, pedagógico
e administrativo das instituições ou dos cursos. Nestes casos, as equipas de inspecção são constituídas
de modo similar às de avaliação, assim como os procedimentos de intervenção e actuação.
e) Corpo Discente: admissão, equidade, acesso aos recursos, retenção e aprovação, desistência,
participação na vida da instituição, apoio social;
O CNAQ para o cumprimento das tarefas que lhe são incumbidas, estrutura-se em unidades orgânicas,
designadamente:
Neste capítulo pretende-se elucidar o leitor sobre o funcionamento do sistema actual. É representado
de forma ilustrativa o fluxo de dados e os utilizadores envolvidos no Sistema de Gestão da
Avaliação da Qualidade do Ensino Superior.
O CNAQ é uma instituição tutelada pelo Ministério da Educação que é responsável por implementar o
SINAQES para a avaliação e acompanhamento da qualidade das Instituições de Ensino Superior.
O SINAQES possui três fases nomeadamente: fase de auto-avaliação, avaliação externa e acreditação.
A auto-avaliação contribui para que instituição avalie seu próprio desempenho e serve como ponto de
partida para a avaliação geral. Esta é obrigatória para todas as Instituições de ensino superior, públicas
e privadas e têm um carácter regular e progressivo. Cada instituição define a periodicidade da avaliação
e o CNAQ pode apenas recomendar a época da realização.
Após a fase de auto-avaliação o CNAQ marca uma avaliação externa na instituição. Nesta fase é
reunida uma equipe de avaliadores constituída por entidades externas às instituições para participarem
do processo de avaliação externa. A avaliação externa é periódica e tem em conta os avanços
conseguidos pela instituição de ensino superior visada relativamente à avaliação externa anterior. Nesta
Estas três fases são periódicas e progressivas baseando-se na avaliação e fase (s) anteriores como ilustra
a figura 2.
Neste capítulo pretende-se enunciar a descrição do sistema proposto. Para elaborar a proposta do
sistema foram usadas ferramentas UML para criação de diagramas e engenharia de requisitos.
O sistema proposto será uma plataforma Web em que o CNAQ e as instituições de ensino superior
poderão interagir para cumprir com o objectivo principal: avaliar e acompanhar a qualidade das
instituições de ensino superior.
No início o CNAQ cadastra as instituições de ensino superior, indicando dados como o nome, correio
electrónico, telefone e o nome do responsável da instituição. O sistema notifica a instituição sobre a
criação da conta e fornece as credenciais de acesso. O responsável da instituição pode aceder a sua
conta e cadastrar os dados da sua instituição, nomeadamente dados básicos como logotipo, endereço,
tipo (faculdade, escola superior, universidade), categoria (pública, privada, público-privada) e outros.
Deve também indicar os seus estatutos (missão, visão, regulamento e outros) e infra-estruturas. O
responsável também cadastra as suas faculdades e escolas, assim como seus responsáveis. O
responsável de cada faculdade/escolar recebe credenciais para o sistema e deve acedê-lo para cadastrar
dados como cursos, planos curriculares, infra-estruturas e outros. O responsável de cada instituição
verifica os dados submetidos pelas faculdades/escolas e valida-os.
O CNAQ faz o acompanhamento da submissão dos dados por parte das instituições e pode fazer
pesquisas e agrupamentos com base em diversos filtros por exemplo: pesquisar instituições de uma
certa provincial, tipo, categoria, localidade ou pesquisar faculdades, escolas, cursos entre outros.
Usando a plataforma o CNAQ define um conjunto de indicadores de qualidade que devem ser
preenchidos pelas instituições. Para cada indicador deve indicar o tipo de resposta e se este deve ser
verificado. As instituições preenchem estes indicadores de forma geral ou baseando-se nos dados
enviados pelas faculdades/escolas.
Após todos os dados e indicadores serem preenchidos o CNAQ pode fazer a análise da auto-avaliação
da instituição podendo comparar certos indicadores com avaliações anteriores ou de outras instituições
de ensino superior. A comparação é feita de forma gráfica e poderá ser impressa para posterior análise.
Através da plataforma o CNAQ pode marcar uma avaliação externa e alocar os avaliadores. Quando a
avaliação externa é marcada a instituição é notificada e confirma a marcação. Cada avaliador, usando a
plataforma, faz a verificação dos indicadores que necessitam de uma verificação e dizem se o dado
inserido está correcto ou não e submetem comentários.
Através da página web do CNAQ que estará integrada com o sistema proposto o público em geral
poderá pesquisar instituições, faculdades, escolas e cursos, podendo visualizar alguns detalhes
qualitativos como o plano dos cursos, a localização da instituição, entre outros. O público em geral
poderá também visualizar rankings de qualidade gerados pelo sistema e responder a inquéritos de
sondagem que serão definidos pelo CNAQ.
Usabilidade
Segurança
Performance
Hardware e software
Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ marcar avaliação externa com as instituições
Descrição: Este caso de uso começa quando o CNAQ deseja marcar uma avaliação externa com
as instituições. Deve indicar as instituições, os avaliadores e marcar a data da auto-avaliação. A
Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ analisar a progressão da instituição de forma gráfica
Descrição: Este caso de Uso começa quando o CNAQ deseja analisar a progressão da
instituição baseando-se em certos indicadores. O sistema demonstra os resultados de forma
gráfica.
Actor: CNAQ
Finalidade: Permite ao CNAQ analisar comparativamente a qualidade de duas ou mais
instituições
Descrição: Este caso de Uso começa quando o CNAQ deseja analisar instituições de forma
comparativa baseando-se em certos indicadores. O sistema demonstra os resultados de forma
gráfica.
Actor Sistema
1. O Actor escolhe a opção de realizar análise
comparativa.
2.O sistema emite a lista de instituições.
3.O Actor escolhe as instituições que deseja
analisar.
4.O sistema emite a lista de indicadores.
5.O Actor escolhe os indicadores que deseja
analisar.
6.O Sistema emite o gráfico da análise.
Table 7: Sequência típica de eventos de geração de análise comparativa, fonte: autor
Registo de Instituição
Marcação de Auto-avaliação
Figure 13: Diagrama de Sequência de eventos de marcação de avaliação externa, fonte: autor
Figure 14: Diagrama de Sequência de eventos de geração de análise progressiva, fonte: autor
Análise comparativa
Com o crescente uso da Internet, cada vez mais empresas abrem o seu sistema de informação aos seus
parceiros ou aos seus fornecedores, é por conseguinte essencial conhecer os recursos da empresa a
proteger e dominar o controlo de acesso e os direitos dos utilizadores do sistema de informação. No
presente sistema, por ser uma plataforma web e tratando-se de um sistema de informação para uma
entidade como o CNAQ que lida com avaliação das instituições de ensino superior, foram
implementados alguns níveis de segurança para garantir confidencialidade e integridade dos seus
dados.
b) Encriptação de palavra-chave
Esta técnica consiste em encriptar a palavra-chave do usuário na base de dados do sistema. A
encriptação permite a transformação reversível da informação de forma a torná-la ininteligível a
terceiros. Utiliza-se para tal, algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir de um
conjunto de dados não criptografados, produzir uma sequência de dados criptografados. Esta
técnica permite que mesmo que alguém consiga ter acesso à Base de Dados não teria acesso às
credenciais de utilizados, apenas se tivesse a chave da encriptação.
c) Níveis de acesso
Para proteger os dados do sistema foram estabelecidos níveis de acesso. Cada tipo de utilizador
pode verificar apenas as suas funcionalidades e operações sobre as diversas entidades.
Neste presente sistema temos os seguintes níveis de acesso: CNAQ, Instituição, Avaliador,
Faculdade/Escola e Administrador do Sistema.
Neste capítulo pretende-se fazer um breve resumo sobre o presente trabalho, indicando se os
objectivos definidos foram preenchidos e a implicação do projecto. Também colocam-se
recomendações para o CNAQ e para futuros pesquisadores.
O CNAQ vem desempenhando as suas funções como órgão implementador do Sistema Nacional da
Qualidade do Ensino Superior com louvor desde à sua criação. Apesar do cumprimento das tarefas
notou-se a necessidade de um sistema de informação baseado em TICs para dar suporte no processo de
avaliação da qualidade.
O objectivo pretendido no trabalho foi alcançado, que é desenvolver o sistema de gestão de avaliação
da qualidade do ensino superior. Inicialmente foi feita a análise do funcionamento do SINAQES e o
levantamento dos indicadores de qualidade atravês de entrevistas e pesquisa documental. Este processo
de levantamento dos requisitos do sistema levou consequentemente ao desenho do modelo do sistema
proposto. Usando uma metodologia de desenvolvimento XP e diversas ferramentas de desenvolvimento
de sistemas foi criado o protótipo do sistema proposto.
O sistema proposto permite facilitar o processo de análise de dados e auxílio à tomada de decisão pelo
CNAQ atravês de mecanismos de pesquisas avançadas, gráficos comparativos e geração de relatórios.
O sistema visa melhorar a gestão e organização histórica dos dados submetidos pelas instituições de
ensino superior e proporciona uma plataforma de iterração entre o CNAQ e as instituições de ensino
superior permitindo troca de dados de forma electrónica. O sistema tambêm visa permitir ao público
em geral conhecer melhor as instituições de ensino superior visualizando seus perfis e acompanhando o
progresso da qualidade do ensino superior fazendo pesquisas, acedendo certos relatórios, rankings de
qualidade e respondendo inquéritos de sondagem.
O protótipo do sistema proposto encontra-se funcional e pode ser implementado no CNAQ para testes e
possível uso futuro.
Como forma de melhorar a gestão do Sistema Nacional da Avaliação da Qualidade do Ensino Superior
recomenda-se aos futuros pesquisadores:
Desenvolvimento de uma plataforma de inquéritos para estudantes das instituições para que possam
também ser envolvidos no processo de avaliação das instituições;
Maior nível de detalhes de dados para cada curso de cada instituição (plano académico, precedência, e
outros);
Possibilidade de criação de indicadores qualitativos e de resposta livre;
Sugestão de auto-avaliação da instituição usando compilação automática das auto-avaliações das
faculdades/escolas;
Estabelecimento de critérios de comparação geral da qualidade das instituições para geração de ranking
de qualidade;
Criação de módulo de gestão de utilizadores com controle de permissões para o sistema;
Cadastro de Logs no sistema para contro de acesso e auditoria.
Recomenda-se ao CNAQ:
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Instituições Privadas
Nome Sigla Provincia
Universidade Politécnica A Politécnica
Escola Superior de Economia e Gestão ESEG
Instituto Superior Cristão ISC
Instituto Superior de Comunicação e Imagem ISCIM
de Moçambique
Instituto Superior de Ciência e Tecnologia ISCTAC
Alberto Chipande
Instituto Superior Dom Bosco ISDB
Instituto Superior de Educação e Tecnologia ISET
Instituto Superior de Formação, Investigação e ISFIC
Ciência
Instituto Superior de Gestão, Comércio e ISGECOF
Finanças
Instituto Superior Monitor ISM
Instituto Superior Maria Mãe de África ISMMA
Instituto Superior de Tecnologia e Gestão ISTEG
Instituto Superior de Transportes e ISUTC
Fonte: Bertolini, 2007 : Indicadores em Nível de Sistema para avaliar o Desenvolvimento e a Qualidade da
Educação Superior Brasileira
Manual de Utilizador
1. Página Inicial
1.1. Login
Através da página inicial do CNAQ pode-se ter acesso ao sistema de avaliação de avaliação da
qualidade. Só os utilizadores que possuírem credenciais podem ter acesso ao sistema e devem
autenticar-se indicando seu username e password como ilustra a figura 2. Após preencher as
credências devem clicar o botão entrar. Se as credências forem correctas o usuário terá acesso ao
sistema, caso contrário será demonstrada uma mensagem de erro.
1.2. Relatórios
Através da página inicial do CNAQ o público pode ter acesso a documentos, relatórios ou
brochuras disponibilizadas pelo CNAQ. Os documentos encontram-se categorizados como
demonstra a figura 3.
O utilizador pode visualizar ou fazer download do documento clicando no devido ficheiro como
ilustra a figura 4.
Através da página inicial do CNAQ, o público pode verificar o perfil das instituições de ensino
superior através da opção demonstrada na figura 5. Para tal, deve clicar na instituição que deseja
visualizar e sera demonstrado o perfil da instituição com seus dados básicos, estatutos,
responsáveis, faculdades/escolas, cursos e infra-estruturas como ilustra a figura 6.
O Portal do CNAQ permite ao público em geral verificar o Ranking de qualidade por indicador.
Para tal, deve-se escolher o indicador que pretende visualizar o ranking e o sistema emite a lista
ordenada das instituições de acordo com a última avaliação, como ilustra a figura 8.
2. Página do CNAQ
Após o CNAQ aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial do CNAQ possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 9.
Através do Menu do CNAQ este pode aceder às funcionalidades do sistema (figura 10).
O CNAQ pode cadastrar uma nova instituição clicando na opção de menu “Nova Instituição”.
Para cadastro deve preencher o nome da instituição, seu telefone, email e o username do
responsável da instituição como ilustra a figura 11. Após o cadastro, a instituição receberá um
email notificando a criação da conta com as suas credenciais e o link de acesso ao Portal.
O CNAQ pode pesquisar responsáveis das instituições na opção de menu “Cursos”. Nesta
opção o CNAQ tem acesso à lista de todos os cursos cadastrados pelas instituições como ilustra
a figura 15 e pode filtrar por instituição, faculdade/escolar ou nível do curso. O CNAQ pode
também agrupar as instituições carregando a coluna a agrupar até a primeira linha da grelha.
O CNAQ pode fazer a gestão dos indicadores de qualidade seleccionado a opção “Indicadores”.
Através desta opção o CNAQ tem acesso a uma lista de indicadores de qualidade como ilustra a
figura 16. Através da grelha pode editar um indicador, apagá-lo, adicionar um novo indicador
ou fazer um refresh o indicador clicar na opção “Edit”, “Delete”, ”Novo Indicador” e
“Refresh”, respectivamente.
Após clicar a opção “Novo Indicador” é disponibilizada uma nova janela onde deve se
preencher o nome do indicador e clicar salvar como ilustra a figura 17. Ao salvar o indicador a
janela irá continuar aberta para novos cadastros. Se não desejar cadastrar mais indicadores deve
fechar a janela clicando no botão x no topo à direita da janela.
O CNAQ pode recomendar às instituições de ensino superior para realizar uma auto-avaliação
como ilustra a figura 18. Para tal deve seleccionar a opção “Recomendar Auto-avaliação”. Deve
seleccionar os indicadores da auto-avaliação assinalando os indicadores desejados como ilustra
a figura 19 e as instituições de ensino superior como ilustra a figura 20. Após a marcação da
O CNAQ pode marcar uma avaliação externa seleccionando a opção do menu “Marcar
Avaliação Externa”. Será disponibilizado um formulário onde deve indicar a instituição a ser
avaliada, seleccionar os avaliadores (seleccionando o nome da primeira lista e clicando a seta
para que passe para a segunda lista), seleccionar os indicadores a serem avaliados pondendo
filtrá-los por uma certa auto-avaliação e indicar a data da avaliação, como ilustra a figura 24.
Após a marcação da avaliação externa a instituição receberá uma notificação por email
alertando a data da avaliação.
O CNAQ pode fazer a gestão dos avaliadores externos seleccionando a opção de menu
“Avaliadores”. Será disponibilizada uma lista de avaliadores e um formulário de registo como
ilustra a figura 25. Após o registro do avaliador este receberá um email notificando a criação da
sua conta no sistema com as credenciais e o link de acesso ao sistema.
O CNAQ pode pesquisar uma avaliação externa passada clicando a opção do menu “Pesquisar
Avaliação Externa”. Para pesquisar deve indicar o ano da avaliação ou a instituição a pesquisar
e clicar no botão “search”. Será visualizada uma lista de avaliações como ilustra a figura 26.
Para cada auto-avaliação são disponibilizados os avaliadores envolvidos, os indicadores, seu
valor, e o parecer do avaliador (se o indicador foi verificado e o comentário), assim como o
relatório de avaliação. O CNAQ pode cadastrar o resultado da avaliação clicando no botão
“Adicionar resultado” e será disponibilizada uma janela com um campo de texto para cadastro
do resultado. O resultado será publicado para as instituições quando o CNAQ seleccionar a
opção gravar.
O CNAQ pode acreditar uma instituição de ensino superior seleccionando a opção de menu
“Acreditar Instituição”. Será disponibilizada a lista de instituições acreditadas como ilustra a
figura 28.
Para acreditar uma nova instituição deve clicar na opção “Nova Acreditação”, indicar a
instituição a acreditar e clicar o botão “Acreditar”, como ilustra a figura 29.
O CNAQ pode acreditar um curso de uma instituição de ensino superior seleccionando a opção
de menu “Acreditar Curso”. Será disponibilizada a lista de cursos acreditados como ilustra a
figura 30.
Para acreditar uma nova instituição deve clicar na opção “Nova Acreditação”, indicar a
instituição que lecciona o curso, o curso a acreditar e clicar o botão “Acreditar”, como ilustra a
figura 29.
O CNAQ pode efectuar a análise comparativa para avaliar a diferença entre duas ou mais
instituições de ensino superior em certos indicadores de qualidade. Para efectuá-la deve
seleccionar a opção de menu “análise comparativa” e seguir as instruções abaixo:
Primeiro deve seleccionar as instituições de ensino superior que pretende comparar
seleccionando a linha da grelha e clicando o botão verde enviar. O nome da instituição será
transferido da lista de instituições para a lista de instituições seleccionadas como ilustra a figura
32. Após seleccionar as instituições deve clicar o botão “Next” ou “Passo 2-Indicadores”.
Para gerar o gráfico deve indicar o título do gráfico e o ano de análise e em seguida clicar o botão
carregar como ilustra a figura 34. e será carregado o gráfico da análise como ilustra a figura 35.
Para gerar o gráfico deve indicar o título do gráfico e o intervalo dos anos de análise e em seguida
clicar o botão carregar como ilustra a figura 38. e será carregado o gráfico da análise como ilustra a
figura 39.
Após a Instituição aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial da Instituição possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 40.
3.1. Menu
Através do Menu do CNAQ este pode aceder às funcionalidades do sistema (figura 41).
Após o registo a Instituição de Ensino Superior deve editar seus dados básicos. Para acede-los
deve seleccionar a opção de menu “Dados básicos” e terá acesso aos seus dados básicos como
ilustra a figura 42. Para editar deve clicar o botão “editar” e será visualizada a figura 43, onde
pode preencher os dados básicos e clicar o botão gravar.
3.3. Estatutos
Para editar seus estatutos, a Instituição deve seleccionar a opção de menu “Estatutos” e terá
acesso aos seus estatutos como ilustra a figura 44. Para editar deve clicar o botão “editar” e
pode preencher os dados básicos e clicar o botão gravar.
3.4. Responsáveis
3.5. Faculdades/Escolas
A Instituição de ensino superior pode cadastrar seus cursos através da opção de menu
“Faculdades/Escolas” onde deve expandir a tupla da faculdade onde deseja cadastrar o curso e
clicar no botão “Novo Curso”, como ilustra a figura 50.
Ou pode aceder a opção de Menu “Cursos” e tem acesso a lista de cursos. Para adicionar um
novo curso deve escolher a opção “Adicionar Curso” e preencher o formulário que sera
disponibilizado, como ilustra a figura 51.
A Instituição de Ensino Superior pode marcar uma nova auto-avaliação através do sistema. Para
tal, deve indicar os indicadores a serem avaliados, a data de início e fim da avaliação (figura
54). Se desejar adicionar um indicador deve clicar o botão + e será disponibilizada a janela de
cadastro do indicador. Após marcar a auto-avaliação, os responsáveis de todas as
faculdades/escolas da instituição são notificados por email e devem aceder a plataforma para
preencher seus dados até a data fim.
3.10. Auto-avaliações
A Instituição de Ensino Superior pode solicitar uma avaliação externa ao CNAQ. Para tal deve
seleccionar a opção de menu “Solicitar Avaliação Externa” e preencher o formulário de
solicitação ilustrado na figura 57. Após clicar o botão solicitar o CNAQ receberá o pedido por
email.
A Instituição de Ensino Superior pode verificar ou pesquisar os resultados das suas avaliações
externas. Para tal deve seleccionar a opção de menu “Resultados de Avaliação Externa” e
indicar o ano de avaliação. O sistema retornará a lista dos resultados.
A Instituição de Ensino Superior pode verificar os seus cursos acreditados. Para tal deve
seleccionar a opção de menu “Cursos Acreditados” e o sistema retornará a lista dos cursos
acreditados como ilustra a figura 58.
4. Página do Avaliador
Após o Avaliador aceder ao sistema usando suas credenciais tem acesso à sua página inicial. A
página inicial do Avaliador possui informação sobre o CNAQ, um slide show de imagens
demonstrando o processo de avaliação, um menu de acesso às funcionalidades do sistema, um
campo de pesquisa rápida e a opção de fazer log-out, como ilustra a figura 59.
4.1. Menu