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FÍSICO-QUÍMICA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA


2ºANO

Profª Msc. Kátia Gabriel

Luanda, 2017 1
NÚCLEO DE QUÍMICA

MISSÃO

Formar profissionais qualificados e comprometidos com o


desenvolvimento sustentável de Angola, por meio da geração e
disseminação do conhecimento.
VISÃO

Ser reconhecida como a Instituição de Referência em Angola nas próximas


duas décadas.
VALORES

Ética, Honestidade e Justiça;


Responsabilidade social e ambiental;
Estímulo ao pensamento crítico e reflexivo;
Gestão participativa da Academia e trabalho em equipa;
Dedicação à investigação e desenvolvimento, ensino e extensão. 2
NÚCLEO DE QUÍMICA

INTRODUÇÃO À FÍSICO-QUÍMICA

Termodinâmica

Termodinâmica
Electroquímica
Estatística

Físico- Fenómenos de
Cinética Química
Química Transporte

Estrutura da
Espectroscopia
Matéria

Mecânica Quântica
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PROGRAMA DE FÍSICO-QUÍMICA

 CAPÍTULO 1: Gases Ideais e Gases Reais

 CAPÍTULO 2: Conceitos básicos de termodinâmica

 CAPÍTULO 3: Termoquímica

 CAPÍTULO 4: Equilíbrio Químico

 CAPÍTULO 5: Cinética Química

 CAPÍTULO 6: Electroquímica 4
NÚCLEO DE QUÍMICA

O ENGENHEIRO QUÍMICO DO ISPTEC

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AVALIAÇÃO

RExame = [(0,3 AC + 0,7 PP)* 0,4 + 0,6 Exame]


RRecurso = 0,2 RExame + 0,8 RRecurso
Escala 0 à 20: Aprovado ≥ 10

RExame = resultado final, incluindo a nota do exame ordinário;

AC = média da avaliação contínua incluindo a avaliação dos seminários;

PP- média da avaliação das provas parcelares;

RRecurso = resultado final incluindo a nota do exame de recurso.


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NÚCLEO DE QUÍMICA

AVALIAÇÃO

 Varias avaliações contínuas ao longo do semestre;

 Duas provas parcelares;

 Um Exame normal;

 Um de Recurso.

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LIVROS RECOMENDADOS

1. Peter W. Atkins, Julio de Paula, Físico-Química, Vol.1, 9ª Edição,


LTC - LIVROS TECNICOS E CIENTÍFICOS

2. Peter W. Atkins, Julio de Paula, Físico-Química, Vol.2, 5ª Edição,


LTC - LIVROS TECNICOS E CIENTÍFICOS

3. Peter W. Atkins, Loretta Jones, Princípios de Química, 3ª Edição

4. Willian L. Masterton, Cecile N. Hurley, Química Princípios e


Reações, 6ª Edição, gen LTC

5. Kenneth Goldsby e Raymond Chang; Química Geral; 11ª


edição, McGraw Hill, ISBN: 9789899717275.

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CAPÍTULO I: LEI DOS GASES


GASES

Um gás consiste em um grande

número de partículas que colidem

com paredes do recipiente que as

contêm.

Os gases estão sujeitos a mudanças de temperatura e pressão.

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I.1 CARACTERÍSTICAS DE UM GÁS

 Os gases tomam o volume e a forma dos recipientes


onde estão contidos
 O estado gasoso é o mais compressível dos estados
da matéria;
 Dois ou mais gases contidos no mesmo recipiente
misturam-se completamente de um modo homogéneo;
 Os gases têm densidades muito baixas do que
líquidos e os sólidos.
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I.1 PRESSÃO DE UM GÁS

𝑭𝒐𝒓ç𝒂 𝑭
𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 = 𝑷=
Á𝒓𝒆𝒂 𝑨

Unidades de Pressão: atm, mmHg, Torr, bar (1 atm = 760 mmHg)


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I.2 TEMPERATURA

Lei Zero da Termodinâmica


Se A está em equilíbrio térmico com B e
se B está em equilíbrio térmico com C,
então C também está em equilíbrio
térmico com A. 12
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I.3 LEI DE BOYLE

Robert Boyle, 1661

𝟏 𝟏
𝑷𝜶 ; 𝑷=𝒌 ×
𝑽 𝑽
𝑷𝑽 = 𝒌
k – constante de proporcionalidade

𝑷𝟏 𝑽𝟏 = 𝑷𝟐 𝑽𝟐
A lei de Boyle estabelece que a pressão de uma quantidade de um gás
mantida à temperatura constante é inversamente proporcional ao
volume do gás. 13
NÚCLEO DE QUÍMICA

I.4 LEI DE BOYLE

A lei de Boyle é uma lei limite pois só é valida estritamente num


certo limite, no caso quando p → 0 (zero).
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I.4 LEI DE CHARLES E GAY -LUSSAC

𝑽 𝜶 𝑻; 𝑽=𝒌𝑻

𝑽 𝑽𝟏 𝑽𝟐
=𝒌 → =𝒌=
𝑻 𝑻𝟏 𝑻𝟐

𝑽𝟏 𝑽𝟐
= Jacques Charles Joseph Gay-Lussac
𝑻𝟏 𝑻𝟐
k – constante de proporcionalidade

A lei de Charles e Gay-Lussac, ou simplesmente lei de Charles,


estabelece que o volume de uma certa quantidade de gás, mantendo-
se a pressão constante, é directamente proporcional à temperatura
absoluta do gás. 15
NÚCLEO DE QUÍMICA

I.4 LEI DE CHARLES E GAY -LUSSAC

Jacques Charles Joseph Gay-Lussac

𝑽𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝑷𝟏 𝑷𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.4 LEI DE CHARLES E GAY -LUSSAC

Variação do volume de uma amostra de gás com a temperatura, a pressão


contante. As pressões aumentam de P1 a P4
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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.5 LEI DE AVOGADRO

Amedeo Avogadro

𝑽 𝑽𝜶 𝒏 → 𝑽 = 𝒌𝒏
𝑽𝒎 =
𝒏
Onde: n é o número de moles; k é a constante de proporcionalidade.

A Avogadro, estabelece que a pressão e temperatura constantes, o


volume de um gás é directamente proporcional ao número de moles
do gás. 18
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I.6 EQUAÇÃO DOS GASES IDEAIS

𝟏
𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐵𝑜𝑦𝑙𝑒 𝑽𝜶 ;
𝑷
𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐶ℎ𝑎𝑟𝑙𝑒𝑠 𝑽 𝜶 𝑻;

𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐴𝑣𝑜𝑔𝑎𝑑𝑟𝑜 𝑽 𝜶 𝒏;
𝒏𝑻
𝑽𝜶
𝑷
𝒏𝑻
𝑽= 𝑹
𝑷
→ 𝑷𝑽 = 𝒏𝑹𝑻
Equação dos gases ideais

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CONSTANTE DOS GASES

A constante R é conhecida como


constante universal dos gases e
independe da pressão, da
temperatura ou do número de
moles contidos na amostra

Constante dos gases, R

8,31451J/molK = 8,20578.10-2 L.atm/K.mol = 8,31451.10-2 L.bar/K.mol =


8,31451Pa m3/molK = 62,364L.torr/molK = 1,98722cal/molK
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I.7 DENSIDADE DE UM GÁS

𝑷×𝑴
𝝆 =
𝑹×𝑻

Dispositivo para medir a


densidade de um gás.
Onde:
𝝆 – densidade do gás; P – pressão do gás; M – massa molecular;
R – constante dos gases; T - temperatura

Unidade da densidade de um gás


𝝆 =𝒈 𝑳 21
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I.8 – LEI DAS PRESSÕES PARCIAIS

John Dalton

𝑷𝑻 = 𝑷𝑨 + 𝑷𝑩 + … … . 𝑷𝑨 = 𝑿𝑨 𝑷𝑻
A Lei de Dalton das pressões parciais, estabelece que a pressão total
de uma mistura de gases é a soma das pressões que cada gás
exerceria estivesse presente sozinho. 22
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I.9 – TEORIA CINÉTICA DOS GASES


Ludwig Boltzmann James Clerk Maxwell James Prescott Joule

O modelo cinético dos gases apresenta as seguintes hipóteses:

 O gás é constituído por moléculas de massa m em movimento aleatório


incessante;

 O tamanho das moléculas é desprezível, entendendo-se por isto que


os diâmetros moleculares são muito menores do que a distância
média percorrida pelas moléculas entre duas colisões sucessivas;

 As moléculas não interagem umas com as outras excepto quando em


contacto, nas colisões perfeitamente elásticas. 23
NÚCLEO DE QUÍMICA

I.9 – TEORIA CINÉTICA DOS GASES

O modelo cinético dos gases apresenta as seguintes hipóteses:

 Não existem forças atractivas nem repulsivas entre as moléculas de um


gás;

 A energia cinética média das moléculas é proporcional à temperatura de


um gás, em kelvin Quaisquer gases à mesma temperatura têm a mesma
energia cinética média.;

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10 – GASES REAIS


I.10.1 – INTERAÇÕES MOLECULARES
Os gases reais exibem desvios em relação à lei dos gases perfeitos em
virtude das interações moleculares.

 As forças repulsivas entre as


moléculas de um gás
contribuem para expansão;

 As forças atrativas entre as


moléculas de um gás
contribuem para compressão.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.2 – FACTOR DE COMPRESSIBILIDADE

𝑷𝑽
𝒁=
𝑹𝑻

Z é o factor de compressibilidade

 Quando 𝒁 ≈ 𝟏 𝑜 𝑔á𝑠 𝑡𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙; (𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠õ𝑒𝑠 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑎𝑠)


 Quando Z > 1 domina as forças repulsivas; (𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠õ𝑒𝑠 𝑎𝑙𝑡𝑎𝑠)
 Quando Z < 1 domina as forças atrativas.(𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠õ𝑒𝑠 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠)
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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.3 – COEFICIENTES DE VIRIAL

Os coeficientes de virial são característicos do potencial de interação entre


as partículas e, em geral, dependem da temperatura

𝑷𝑽𝒎 = 𝑹𝑻 𝟏 + 𝑩´ 𝑷 + 𝑪´ 𝑷𝟐 + … .

B C D
PVm  RT (1   2  3  ...)
Vm Vm Vm

Os coeficientes B,C etc, são os coeficientes de Virial que dependem da temperatura


(segundo, terceiro, etc). O primeiro coeficiente de Virial é igual a 1.

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I.10.4 – EQUAÇÃO DE VAN DER WAALS

Equação de van Der Waals

𝑛2 𝑎
𝑃+ 2 𝑉 − 𝑛𝑏 = 𝑛𝑅𝑇
𝑉
Volume corrigido
Pressão corrigida

Johannes Diderik van der Waals

a e b são constantes de van Der Waals

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NÚCLEO DE QUÍMICA

CONSTANTES VAN DER WAALS DE ALGUNS GASES

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.4.1 – CARACTERÍSTICAS DA EQUAÇÃO DE VAN


DER WAALS

1. Nas temperaturas elevadas e nos volumes grandes, as isotermas de


van Der Waals coincidem com as isotermas do gás perfeito.

2. Os líquidos e os gases coexistem quando os efeitos de coesão e os de


dispersão estão equilibrados.

3. As coordenadas críticas estão relacionadas com as constantes de van


Der Waals.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.5 – EQUAÇÕES DOS GASES

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.5 – PRINCÍPIO DOS ESTADOS


CORRESPONDENTES
O Princípio dos Estados Correspondentes foi formulado por Van der Waals:
“ Substâncias comportam-se da mesma forma quando em seus estados
reduzidos. Substâncias em seus estados reduzidos estão em estados
correspondentes. Isto é, substâncias em estados correspondentes se
comportam da mesma forma.”

Propriedades reduzidas são utilizadas para definir estados correspondentes.


Propriedades reduzidas fornecem uma medida da “distância” das condições
da substância de suas condições críticas e são definidas como:

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NÚCLEO DE QUÍMICA

I.10.5 – PRINCÍPIO DOS ESTADOS


CORRESPONDENTES

Princípio dos estados correspondentes: Gases reais diferentes, em


estados com o mesmo volume reduzido, na mesma temperatura
têm a mesma pressão reduzida.

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NÚCLEO DE QUÍMICA

AVALIAÇÃO CONTÍNUA Nº 01

1. Resolver e apresentar na próxima aula os exercícios de 1.1 até

1.22b do Livro de Peter W. Atkins, Julio de Paula, Físico-

Química, Vol.1, 9ª Edição, LTC - LIVROS TÉCNICOS E

CIENTÍFICOS, páginas 31 -33

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