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Sumário
Introdução
A administração
Capítulo 1
A administração secular
Capítulo 2
A administração eclesiástica
Capítulo 3
O que significa administrar?
Capítulo 4
Características fundamentais para uma administração de sucesso
Capítulo 5
A administração da Igreja
Apêndice
A igreja e o novo código civil
Referências bibliográficas
Questionário
Introdução
A administração
Administração secular
Antes de adentrarmos em nosso tema, acreditamos ser relevante fazer uma breve menção de alguns
conceitos da administração secular (não sacra), reportando-nos a alguns acontecimentos históricos que,
aos poucos, ajudaram a construir a história da administração.
Os primórdios da administração
A administração atual fundamenta-se no resultado de inúmeras contribuições, experiências e
acontecimentos de grandes civilizações do passado. Fazem parte deste processo os filósofos, os físicos, os
economistas, os estadistas e os empresários que, através dos tempos, divulgaram suas obras e teorias.
A moderna administração utiliza conceitos e princípios empregados nas ciências humanas (psicologia,
sociologia, biologia, educação etc.), nas ciências matemáticas (inclusive a estatística), nas ciências físicas
(física, química etc.) e nos cursos de Direito, engenharia etc.
A história mostra que a maioria dos empreendimentos militares, sociais, políticos, econômicos e
religiosos tem uma estrutura orgânica piramidal que, por sua vez, retrata uma estrutura hierárquica,
concentrando no vértice as funções de poder e decisão. Toda esta estrutura hierárquica não é nova, pois
Platão, Aristóteles e Hamurabi já tratavam dela. Veremos, no próximo capítulo, o que a Bíblia ensina
sobre o assunto. Por ora, vejamos uma resumida tabela da cronologia dos principais eventos dos
primórdios da administração:
A administração eclesiástica
Administração eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor como
líder ou principal administrador da igreja a qual serve. Em relação à Bíblia, a administração eclesiástica
pode ser vislumbrada no livro de Êxodo, que narra a seguinte história:
“E aconteceu que, no outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé
diante de Moisés desde a manhã até a tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo,
disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde
a manhã até a tarde? Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a
Deus; quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os
estatutos de Deus e as suas leis.
“O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu
como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. Ouve
agora minha voz, eu te aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as
causas a Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a
obra que devem fazer. E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de
verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de
cinqüenta, e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio
grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e
eles a levarão contigo. Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este
povo em paz irá ao seu lugar.
“E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito; e escolheu Moisés homens
capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais
de cinqüenta e maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo trouxeram a
Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles. Então despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua
terra” (18.13-27).
Dando continuidade ao nosso estudo, nos prenderemos um pouco mais nos conceitos
administrativos básicos, uma vez que esses conceitos se constituem ferramentas indispensáveis, tanto para
o bom desenvolvimento da administração eclesiástica quanto para a administração secular. Obviamente, a
administração das coisas que envolvem a obra de Deus é digna de duplicada responsabilidade. Entretanto,
os princípios administrativos são os mesmos.
O que significa administrar?
Este é o tema de nosso próximo capítulo.
Capítulo 3
Habilidade técnica
Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a
realização de tarefas específicas. Esta habilidade é obtida por meio da instrução e/ou experiência.
Habilidade humana
Consiste na capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e
motivações e aplicar uma liderança eficaz.
Habilidade conceitual
Consiste em compreender a complexidade da organização global e o ajustamento comportamental
das pessoas dentro da organização. Esta habilidade permite que o administrador se comporte totalmente de
acordo com os objetivos da organização, e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de
seu grupo.
Contabilidade
É a ciência que tem a propriedade de captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os
fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas das pessoas físicas, jurídicas ou
mesmo de direito público com ou sem finalidades lucrativas.
O objetivo da contabilidade é manter gravado todos os atos praticados por agentes interessados em
manipular um patrimônio e, com isso, estudar as variações ocorridas sobre o ponto de vista econômico-
financeiro, verificando os acréscimos ou decréscimos de seus investimentos. Entende-se por patrimônio
um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes à pessoa física ou jurídica. Entende-se por bens
toda coisa passível de avaliação em moeda e que tenha a propriedade de satisfazer uma necessidade
humana.
Quem se utiliza das informações geradas pela contabilidade ?
1) Os sócios, acionistas, proprietários de empresas.
As informações contábeis oferecem uma análise de rentabilidade e segurança.
2) Os administradores em todos os escalões.
A contabilidade guia a tomada de decisões.
3) Os financiadores de capitais.
Também utilizam as informações analisando a rentabilidade e a segurança.
4) O governo.
Utilizam os dados fornecidos pela contabilidade para fins tributários (cobrança de impostos).
5) As pessoas físicas.
Orçamento familiar.
Para analisar, interpretar e gravar os acontecimentos econômicos e financeiros das organizações, a
contabilidade gera um demonstrativo chamado de balanço, uma das principais demonstrações contábeis.
É pelo balanço que podemos apurar a situação patrimonial e financeira das empresas em determinado
momento. Logo, o balanço, também chamado de demonstrativo patrimonial, reúne os bens, os direitos e
as obrigações pertinentes a uma pessoa física ou jurídica.
Ativo compreende todos os bens e direitos, expressos em moeda, de uma pessoa física ou jurídica,
com finalidades lucrativas ou não.
Passivo compreende as obrigações, ou seja, as dívidas que uma pessoa física ou jurídica assume,
ou se compromete. com terceiros.
Somando-se todos os bens e direitos (ativo) e todas as obrigações, chegaremos a dois valores que,
raramente, são iguais. Geralmente, teremos uma diferença entre o somatório dos bens e direitos e o
somatório das obrigações. Esta diferença chamamos de patrimônio líquido ou situação líquida no
demonstrativo patrimonial.
O patrimônio líquido pode apresentar as seguintes situações:
Lucro. Quando a soma de bens e direitos for maior que a soma de obrigações.
Prejuízo. Quando a soma de bens e direitos for menor que a soma das obrigações.
Situação nula. Quando a soma de bens e direitos for igual à soma das obrigações.
Capítulo 4
Para que o administrador obtenha sucesso, motivação, e possa levar a organização para frente, é
necessário que ele possua algumas características. A forma de trabalho e o perfil do administrador são
muito discutidos e estudados.
A seguir, algumas características para o bom desempenho das atividades do administrador:
Capacidade para liderar, motivar e orientar todos os funcionários em relação ao trabalho.
Tenacidade, firmeza e resistência para enfrentar as dificuldades.
Prazer em realizar o trabalho e em observar seu próprio crescimento na organização.
Sabedoria para administrar bem o seu tempo.
Capacidade para aceitar (e aprender com) seus erros e os erros dos outros.
Disposição e constância pela busca da qualidade.
Motivação pela realização.
Disposição para correr riscos.
Capacidade de análise que, muitas vezes, na realidade, é intuitiva.
Independência dos outros para agir, mas com sabedoria para atuar em conjunto (grupo).
Otimismo, mas sem perder o contato com a realidade.
Capacidade para administrar suas necessidades e frustrações, sem se deixar dominar por elas.
Automotivação, mesmo em situações difíceis.
Saber recomeçar, caso seja necessário.
Auto-estima, mesmo em situações de fracasso.
Facilidade e habilidade para as relações interpessoais.
Criatividade, principalmente para solucionar todos os tipos de problemas.
Capacidade para delegar.
Saber utilizar a própria intuição, e também a intuição de outras pessoas, para escolher os melhores
meios, corrigir sua atuação, descobrir caminhos que devem ser preenchidos em suas atividades (a
fim de avaliar a tendência dos negócios) e escolher pessoas, sejam sócios, parcerias ou
funcionários.
Procurar sempre a qualidade.
Não buscar posição ou reconhecimento social.
Independência, segurança e confiança na execução de sua atividade profissional.
Desejar o poder, consciente ou inconscientemente.
Caso o administrador não possua estas características, existem estratégias e formas para que ele
possa desenvolvê-las: estudo, pesquisa, dedicação, experiências pessoais e aliança com outra pessoa.
Somente assim sua organização terá, com certeza, mais chances de prosperar.
Além das características apresentadas, o administrador deve ser um bom negociador. A negociação
é estressante, mas o administrador poderá reduzir a pressão sobre sua equipe se observar os seguintes
comportamentos e atitudes quando estiver à mesa:
apresentar alternativas
apresentar controle do processo
criar uma boa primeira impressão
fazer simulações da negociação
não ter pressa
ser claro e objetivo nas suas intenções
fazer anotações
O administrador que conseguir somar ao seu perfil alguma dessas motivações, terá muita mais chance
de fazer que sua organização cresça e se desenvolva.
O administrador tem a visão do futuro. E faz de tudo para transformar o presente em um futuro de
sucesso!
Capítulo 5
A administração da igreja
A igreja deve ser administrada e organizada de acordo com o seu desenvolvimento e crescimento.
Para que haja um bom funcionamento, é preciso distribuir as atividades materiais e espirituais por
departamentos, tais como: administração geral, evangelização, missões, treinamento e desenvolvimento de
professores, assistência social, musical, entre outros, dependendo da necessidade da Igreja.
Secretaria
Deve atender a todas as necessidades da direção da igreja e possuir a lista de programação de todas
as atividades diárias. Deve manter arquivados todos os documentos, para fornecê-los, sem nenhum
problema e demora, quando solicitados.
Instalações da secretaria
Para que ocorra um bom funcionamento de suas atividades, a igreja deve ter um local próprio para
a secretaria e de fácil acesso a todos os membros. A sala deve ser agradável, para que cause boa
impressão. O ambiente deve ser bem iluminado e ventilado, para que os funcionários não tenham
problemas de saúde.
Ata
É o registro de tudo o que se discute em uma assembléia, na qual se reúne um corpo deliberativo,
consultivo, além de outros igualmente sujeitos às mesmas regras e estatutos. Todos os assuntos tratados
em reunião devem ser descritos em ata que, por sua vez, deve ser redigida em um livro registrado em
cartório, cujas folhas são numeradas. O redator da ata deve ser cuidadoso com o texto, deve escrevê-lo de
forma clara, simples e concisa, evitando, assim, possíveis fraudes.
Cartão de membro
Cada denominação tem o seu próprio modelo de cartão de membro, mas todos devem possuir
algumas informações imprescindíveis, tais como: timbre da igreja, número do registro, local para foto,
nome do membro, filiação, data de nascimento, naturalidade e nacionalidade, data de batismo, cargo e
assinaturas do membro e do responsável pela igreja.
Tesouraria
O tesoureiro é o responsável por cuidar dos fundos que a igreja lhe confia. Esta pessoa deve ser
eleita entre os membros da igreja local, por um período regimental ou estatutário. Funções do tesoureiro:
Receber e guardar o dinheiro, depositando-o em agência bancária;
Fazer pagamentos autorizados pelo presidente;
Registrar entradas e saídas no livro próprio;
Manter atualizada a escrituração da tesouraria;
Assinar, junto com o presidente, cheques e outros documentos da tesouraria;
Preparar e apresentar o balancete mensal e anual à igreja, examinados pela comissão de contas.
Os valores arrecadados (dízimos e ofertas) são somados e entregues ao tesoureiro, que emitirá um
comprovante de caixa, enviando o mesmo à comissão de finanças para obter o visto e, posteriormente, ser
lançado no movimento de caixa. O tesoureiro deve apresentar os livros contábeis à comissão de contas, ou
de finanças, que deverá ser examinado e apresentado à igreja em relatório.
Escrituração
Diário de caixa: são impressos em duas vias. A primeira via, depois de registrada, deve ser
destacada, junto com os comprovantes lançados. A segunda, fica no próprio livro, fixada.
Livro caixa: possui páginas numeradas, termos de abertura e encerramento. Serve para o competente
relatório mensal da tesouraria. Pode ser registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Guarda de documento: para devida comprovação junto à Comissão Fiscal. Os recibos devem ser
colocados em folha de papel, em ordem cronológica e arquivados em pastas próprias. Documentos
relativos a impostos, taxas e guias de recolhimento devem ser guardados separadamente.
Relatório: é o documento regularmente expedido pelo tesoureiro contendo a soma de cada conta (dívidas,
pagamentos) no período de janeiro a dezembro.
Balancete: é o documento que expressa os saldos das contas a pagar e a receber para a devida verificação.
Nota: O dízimo é a contribuição equivalente à décima parte do rendimento, ou seja, 10% (dez por cento)
do seu ganho.
A biblioteca
É o local onde se guardam os livros, coleção pública ou privada de obras e documentos congêneres
organizados para estudos, leituras e consultas.
Instalação
A biblioteca deve ser instalada em um local amplo, silencioso, bem iluminado, com boa ventilação,
com fácil acesso para as pessoas que trabalham no local e dela se utilizam. Deverá possuir mesas e
cadeiras, além de um microcomputador contendo informações sobre todo o acervo dos livros e revistas,
possibilitando, assim, a busca e localização rápida dos mesmos.
Organização e catalogação
Existem várias maneiras de organizar e catalogar uma biblioteca. Para isto, devemos estar atentos a
vários detalhes, como: tamanho do acervo, diversidades de livros etc.
Palavra final
Gostaríamos de concluir nossa abordagem salientando, mais uma vez, que o nosso objetivo foi tão-
somente compartilhar conceitos administrativos básicos. Como o aluno pôde perceber, preferimos abordar
princípios administrativos válidos para a aplicação nos diversos contextos possíveis, até porque sabemos
que existe certa distinção na aplicação administrativa observada pelas diversas denominações evangélicas.
Assim, uma vez que cada uma delas possui um perfil administrativo, não poderíamos privilegiar qualquer
um desses perfis em detrimento dos demais.
Esperamos, sinceramente, que este estudo tenha acrescentado conhecimentos!
Apêndice
O novo código civil brasileiro, em vigor desde janeiro de 2003, aponta muitas mudanças em seus
artigos, alterando, consideravelmente, a constituição jurídica e o sistema governamental das Igrejas.
Com a nova legislação, os membros das igrejas só podem ser excluídos mediante justa causa,
prevista no estatuto, podendo, posteriormente, entrar com um recurso contra a exclusão. A destituição dos
administradores só pode acontecer se votada em uma assembléia com 2/3 (dois terços) da igreja. Caso
ocorra de a igreja fechar as portas, os membros podem pedir restituição do patrimônio.
Estas são algumas mudanças presentes no novo código civil brasileiro, em vigor desde 11de
janeiro de 2003, com base na Lei 10.406, sancionada pelo ex-presidente da República, Fernando Henrique
Cardoso. A partir desta nova legislação, as igrejas deixam de ser sociedades religiosas e passam a ser
associações, obedecendo às regulamentações previstas na lei. O código revogado datava de 1916 e era
considerado ultrapassado pelos juristas. A mudança essencial, com a entrada no novo código, de acordo
com advogados e pastores, será feita no estatuto das igrejas. Ele precisará passar por uma série de
modificações para se adequar à lei.
O novo código civil chegou trazendo admiração e espanto, não só no meio cristão, mas também
nos diversos setores da sociedade.
Uma das mudanças que mais têm gerado polêmica no meio evangélico está relacionada à exclusão
dos membros, que agora passam a ser chamados de associados. De acordo com o artigo 57 da lei, “a
exclusão do associado só é admissível havendo justa causa”. Isso quer dizer que deverão constar no
estatuto as causas e, caso não estejam descritas, o membro poderá, mais tarde, entrar com um recurso.
Advogados especialistas em Direito Processual Civil explicam que, a partir deste artigo, as igrejas
não poderão mais excluir um membro usando motivos gerais, não podendo aduzir, por exemplo, que a
exclusão foi feita porque houve pecado ou porque não houve concordância com as doutrinas da igreja. As
igrejas adotavam um critério muito amplo em seus estatutos e normalmente escreviam no artigo de
exclusão que “os membros da igreja que praticarem condutas consideradas imorais ou não compatíveis
com a doutrina bíblica serão passíveis de exclusão”. Nesse tipo de explicação não estão discriminados os
motivos, mas agora é preciso dizer, por uma questão de segurança jurídica, visto a diversidade de
denominações, todas as causas, como adultério, furto de patrimônio, regras doutrinárias, dentre outras. Se
isso não constar no estatuto, a pessoa não pode ser excluída, ou, se for, poderá interpor recurso mais tarde.
De acordo com a nova Constituição Federal, toda pessoa tem direito ao contraditório, à defesa, e
agora esse princípio foi trazido para dentro das igrejas. No parágrafo único do artigo, diz: “decretar a
exclusão, caberá sempre recurso à assembléia geral”. Observamos que na lei não está descrito como deve
ser feito esse recurso, mas acreditamos ser mediante preenchimentos de formalidades, sendo que o
membro terá de colocar nesse recurso os motivos que o levaram à exclusão e o pedido de reconsideração
da exclusão, solicitando seu regresso à igreja.
Vejamos, agora, alguns trechos do novo código civil.
Capítulo II
Das Associações
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizam para fins não econômicos.
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto da associação conterá:
I – a denominação, os fins e a sede da associação;
II – os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados;
III – os direitos e deveres dos associados;
IV – as fontes de recursos para sua manutenção;
V – o modo de constituição e funcionamentos dos órgãos deliberativos e administrativos;
VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obedecido ao disposto no estatuto;
sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de motivos graves, em
deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente
convocada para esse fim.
Parágrafo único. Da decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão, caberá
sempre recurso à assembléia geral.
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:
I – eleger os administradores;
II – destituir os administradores;
III – aprovar as contas;
IV – alterar o estatuto.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois
terços dos presentes à assembléia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em
primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço nas convocações
seguintes.
Questionário
1.) Qual é o principal recurso de qualquer organização, segundo o nosso estudo? Justifique sua resposta.
2.) Relacione três eventos concernentes à cronologia administrativa. Indique o ano e o autor.
3.) O que é administração eclesiástica? Em que narrativa bíblica podemos vislumbrar conceitos de
administração eclesiástica?
4.) O que significa administrar?
5.) Quais são as habilidades administrativas necessárias nos vários níveis de uma organização?
6.) Qual é a diferença entre eficiência e eficácia?
7.) O que é processamento de dados?
8.) Qual é o conceito de contabilidade
9.) Cite cinco características fundamentais para que o administrador tenha sucesso.
10.) Qual é a importância do departamento de administração geral para a igreja?
11.) Qual é a função do secretário da diretoria?
12.) Como deve ser redigida um ata?
13.) Quais são as atribuições do tesoureiro?
14.) A partir de quando entrou em vigor o novo código civil brasileiro?
15.) Cite três mudanças importantes inseridas no novo código civil brasileiro.
Referências bibliográficas
PEREIRA, Odilon Alexandre Silveira Marques. O novo código civil e a igreja. Instituto Jetro.
MCCARTHY, Kevin W. A empresa com propósito. Tradução José Fernando Cristófalo. United Press.
CARVALHO, Antonio Vieira de. Planejando e administrando as atividades da igreja. Exodus Editora.
Empreendedorismo e estratégia. Harvard Business Review. Tradução Fábio Fernandes. Editora Campus.