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CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

LARYSSA PAYOLLA
MAIARA RODRIGUES
MARIANA BONARETTI

CATEGORIA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E AGRÁRIAS

RELATÓRIO DO PROJETO
ESTUFA SOLAR

CAMPINAS, NOVEMBRO DE 2010.


2

LARYSSA PAYOLLA
MAIARA RODRIGUES
MARIANA BONARETTI

RELATÓRIO DO PROJETO:
ESTUFA SOLAR

Relatório do projeto apresentado como


exigência para a 4ª Feira Tecnológica do
Centro Paula Souza - FETEPS 2010, na Área
de Meio Ambiente, sob a Orientação da
Professora Erica Gayego Bello Figueiredo
Bortolotti e Professor Eduardo Jintoku Nako.

CAMPINAS, NOVEMBRO DE 2010.


3

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado a todos os nossos amigos e familiares que nos apoiaram e
nos ajudaram de alguma maneira.
4

AGRADECIMENTOS

A realização deste projeto só foi possível graças à colaboração de algumas pessoas


fundamentais, especialmente: Erica Gayego Bello Figueiredo Bortolotti, Flavia de
Almeida Gonçalves, Claudimir de Oliveira , Clemar Batista Prado, Dito e Willian
Navarro Junior.

À Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado - ETECAP, por apoiar e


incentivar as ideias e o projeto.
Sumário

1. RESUMO...................................................................................................... 06

2. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 07

3. OBJETIVO E RELEVÂNCIA DO TRABALHO .............................................. 07

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 08

5. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 15

6. CRONOGRAMA: .......................................................................................... 17

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 18

7.1. RESULTADOS E DISCUSSÃO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL.............21

8. CONCLUSÃO............................................................................................... 23

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 24

10. APÊNDICE ................................................................................................. 25


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1. RESUMO

A Escola possui um Laboratório de Alimentos muito utilizado pelos alunos do Curso


de Bioquímica. Uma das atividades práticas é a desidratação de alimentos: ervas,
temperos, frutas etc, realizada em um estufa elétrica que fica em funcionamento por
mais de 24 horas seguidas, consumindo energia elétrica e gerando gases de efeito
estufa. Os alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente, analisando essa situação,
propõem a construção de uma estufa movida a energia solar, reutilizando um freezer
velho e analisando o seu desempenho por meio de medidas de temperatura e tempo
de desidratação. O princípio de funcionamento é criar um efeito estufa na parte
interna, com chapas de metal pintadas de preto fixadas na parte externa do
equipamento. De acordo com os resultados obtidos, o equipamento se mostra
viável, pois atinge a temperatura média de 30ºC, necessários para a secagem de
ervas e temperos. A técnica FOI apresentada aos alunos do Curso, sendo discutidas
as vantagens da estufa, com o objetivo de ampliar a educação ambiental e as
mudanças de hábitos, por meio da utilização da energia solar, que é renovável e não
emite GEE (gás de efeito estufa).

PALAVRAS-CHAVE: energia solar; estufa solar; desidratação de alimentos;


secagem ao sol.
7

2. INTRODUÇÃO

Um dos maiores problemas ambientais hoje é o Aquecimento Global. As


atuais fontes energéticas contribuem muito para essa situação, o que aponta para
tendência ao desenvolvimento de fontes renováveis e limpas de energia. Fontes
limpas são aquelas que não emitem GEE (gases de efeito estufa), ou que
apresentam um ciclo do “Berço ao Berço”, tal como o álcool: na queima desse
combustível ocorre liberação de GEE, mas parte deste é sequestrado (absorvido)
pela própria cultura de cana-de-açúcar (fotossíntese).
A energia solar, fonte limpa e renovável, pode ser utilizada como energia
calorífica no aquecimento da água e de alimentos, como ainda transformada em
energia, para atividades diversas.
A proposta é construir uma estufa solar a partir de um freezer usado, para ser
utilizada pelos alunos do Curso de Bioquímica nas aulas práticas de Desidratação
de Alimentos (ervas, temperos e frutas).
A estufa solar proporciona a secagem de alimentos dispensando o uso de
combustível, sistemas de ignição ou procedimentos de ativação e energia elétrica.
Além de ser isento de fumaça, poluição atmosférica e dos perigos relativos ao uso
dos combustíveis, concorre para a diminuição do desmatamento e/ou transporte e
queima de combustíveis convencionais, representando alternativa para evitar a
liberação de GEE e economia de energia elétrica.
Com os resultados obtidos, o equipamento desenvolvido se mostra totalmente
viável.

3. OBJETIVOS E RELEVÂNCIA DO TRABALHO

A escola possui um Laboratório de Alimentos que é muito utilizado pelos


alunos do Curso de Bioquímica. Uma das atividades práticas realizadas nesse
laboratório é a desidratação de alimentos como: ervas, temperos, frutas e etc. A
desidratação é realizada em estufa elétrica e esta fica em funcionamento por mais
de 24 horas seguidas, consumindo energia elétrica e gerando gases de efeito estufa
Segundo os dados do projeto “Inventário de GEE da Escola Técnica
Conselheiro Antônio Prado”, a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa
8

é pelo uso de energia elétrica [1].


A construção da Estufa Solar se mostra extremamente relevante, pois não
utiliza energia elétrica e por utilizar uma fonte renovável, não libera GEE.
Acredita-se que furando o fundo de um freezer usado e colocando chapas de
metal pintado de preto do lado de fora e expondo ao sol, o ar vai se aquecer e
dilatar, subindo por dentro do equipamento, desidratado os alimentos, devido ao
aumento da temperatura (hipótese).

Os objetivos do projeto são:

• Desenvolver uma estufa movida a energia solar, reutilizando um freezer


velho;

• Realizar medidas de temperatura e testes de desidratação com ervas,


flores e frutas;

• Ensinar os alunos do Curso de Bioquímica como utilizar a estufa solar;

• Promover a educação ambiental e a mudança de hábito.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. DESIDRATAÇÃO DE ALIMENTOS

A preocupação em conservar alimentos surgiu com os primeiros grupos


humanos. O homem pré-histórico intuiu que as provisões dos dias futuros poderiam
ser mantidas para os tempos de escassez. Passando a secar carne ao sol, observou
que a camada externa, depois de seca, possibilitava a conservação da parte interna
por mais tempo [2].
Com o advento do fogo, surgiram os métodos de defumação utilizados até
hoje. Em seguida, descobriu-se a salga, outro sistema de conservação de prática
simples, além de higiênica. Na Grécia antiga, por exemplo, a salga do peixe era
muito utilizada [2].
Já os fenícios descobriram um método específico para conservação da carne
de caça: mantinham-na mergulhada no mel [2].
Alguns povos da Ásia Menor tinham o hábito de preservar a carne imersa em
banha, o que reduziria consideravelmente o risco de deteorização. Costumavam,
9

também, alimentar-se com uma espécie de farinha feita de carne seca triturada que
era de fácil transporte [2].
Outro método de conservação de alimentos descoberto há muito tempo é a
fermentação. O chucrute, repolho cortado em tiras e deixado para fermentar, hábito
comum em algumas regiões européias, é uma imitação do que os fazem os
habitantes das regiões polares, no intuito de conservar alimentos vegetais por
longos invernos [2].
Esses métodos antigos, alguns deles ainda hoje utilizados, chegaram ao
Brasil com os primeiros colonizadores. Colombo provavelmente nunca teria
descoberto a América sem as provisões desidratadas que serviam a tripulação.
A desidratação ou secagem de um alimento é a operação de remoção de
água, ou de qualquer outro líquido na forma de vapor, para uma fase gasosa
insaturada por meio de um mecanismo de vaporização térmica, numa temperatura
inferior à de ebulição [2].
Esta desidratação é realizada por calor produzido artificialmente ou
naturalmente (solar) em condições de temperatura, umidade e corrente de ar
cuidadosamente controladas. O ar é o mais usado meio de secagem dos alimentos.
O mesmo conduz calor ao alimento, provocando evaporação da água, sendo
também o veículo no transporte do vapor úmido literalmente do alimento [2].
A primeira máquina para desidratar frutas e vegetais por métodos artificiais
surgiu na França em 1795. O aparelho funcionava com duplo sistema: um de
aquecimento de ar e outro de controle de temperatura [2].
Entretanto, a desidratação só passou a ser aplicada de forma significativa na
Primeira Guerra Mundial, em razão da necessidade de alimentos em larga escala
destinados a suprir as tropas em combate [2].
Já na Segunda Guerra Mundial, haviam sido desenvolvidas, nos Estados
Unidos, técnicas para a desidratação de mais de 160 tipos de vegetais, que foram
produzidos às toneladas e serviram para alimentar soldados e marinheiros [2].
Nos últimos 50 anos, tanto a ciência quanto a tecnologia se emprenharam no
sentido de aprimorar novos sistemas na área de preservação de alimentos. Esses
esforços tornaram viável a desidratação de enorme variedade de produtos para fins
comerciais [2].
Hoje, grande parte dos países desenvolvidos utiliza métodos avançados de
secagem e desidratação. Frutas, carnes e vegetais são processados ao sol ou por
10

meio de sistemas artificiais, sendo comercializados no mundo todo. Vantagens da


desidratação de alimentos:
• O alimento desidratado é mais nutritivo;
• É leve, compacto, fácil de transportar, além de manter o sabor inalterado por
longo período de tempo;
• A produção é mais econômica, tem baixo custo de armazenagem;

Desvantagens:
• Há perda de vitaminas A e C, que por outro lado, também se volatizariam
num processo de cozimento;
• Poe esse motivo, as vezes é necessário aplicação de ácido ascórbico
(vitamina C) durante o período de pré-tratamento do produto a ser
desidratado.
• Pode ocorrer a proliferação de micro-organismo anaeróbios.

4.2. EQUIPAMENTOS DE DESIDRATAÇÃO

Existem diversos tipos de desidratadores. A escolha de um determinado tipo é


ditado pela natureza do produto que vai ser desidratado, pela forma que se deseja
dar ao produto processado, pelo fator econômico e pelas condições de operações.
Os equipamentos de secagem podem ser classificados de acordo com o fluxo
de carga e descarga (contínuo ou descontínuo); pressão utilizada (atmosférica ou
vácuo); métodos de aquecimento (direto ou indireto); ou ainda de acordo com o
sistema utilizado para fornecimento de calor (convecção, condução, radiação, ou
dielétrico) [2, 3].
Os procedimento de eliminação da umidade dos diversos alimentos não é
fácil. Para tanto, deve-se controlar rigorosamente os princípios físico-químicos sobre
a ação da água nos alimentos. Durante o processo de secagem, um dos problemas
que pode ocorrer é o escurecimento do produto devido ação das enzimas. A escolha
adequada do equipamento de desidratação é fundamental, para a obtenção de um
produto final adequado e de boas características e conservação do mesmo [2].
11

1 - SECADORES DE BANDEJA [3]

Basicamente consiste de uma câmara com isolamento térmico, com sistemas


de aquecimento e ventilação do ar circulante sobre as bandejas e através das
bandejas, que ficam em uma base fixa. O ar aquecido circula por meio de
ventiladores e o sistema permite uma circulação de ar para conservação do calor. A
eficiência térmica nesse tipo de secador varia de 20 a 50%, dependendo da
temperatura utilizada e da umidade do ar de saída. É utilizado para a secagem de
frutas, legumes e hortaliças em pequena escala.

2 - SECADORES DE ESTEIRA [3]

Estes secadores possibilitam o transporte contínuo do alimento em processo


por meio de uma esteira perfurada. Os secadores de esteira contínuo,são
normalmente construídos de forma modular de modo que, cada seção apresenta o
seu ventilador e aquecimento próprio. Essas seções são unidas em série formando
um túnel através do qual a esteira se movimente.
Os legumes, frutas e hortaliças neste tipo de secador, são submetidas a uma
temperatura de secagem no primeiro estágio, que pode chegar até 130ºC e, a
velocidade do ar em torno de 1,4 a 1,5 metros/segundo, possibilitando uma
capacidade de secagem muito alta sem prejudicar as qualidades dos alimentos,
devido o efeito de resfriamento na evaporação da água.

3 - SECADORES PNEUMÁTICO - "FLASH DRYER" [3]

Os secadores pneumáticos "Flas Dryer", são adequados especialmente a


sólidos úmidos, resultante de processos de filtragem, decantação e centrifugação,
onde se deseja principalmente a remoção da umidade para obtenção de pós secos.
No Flash Dryer, o alimento a ser desidratado, é introduzido em um sistema de
transporte por tubulações onde o próprio ar de secagem, à medida que transporta o
material, vai evaporando a água nela contida. Após a secagem, é recuperada em
um ciclone. A velocidade do ar na saída do sistema é da ordem de 10 a 30
metros/segundo. O tempo de retenção do alimento que esta sendo seco, mesmo
para sistemas de grande percurso, é da ordem de 4 a 5 segundos. A capacidade
volumétrico do evaporação do Flash Dryer varia de 10 a 200 kg/h. m3.
12

4 - SECAGEM POR "SPRAY DRYER" – ATOMIZAÇÃO [3]

Este processo tem por princípio a atomização ou pulverização do alimento a


ser desidratado em diminutas partículas. Este tipo de desidratador é muito utilizado
na indústria de alimento para secagem de produtos na forma líquida ou pastosa. A
característica neste tipo de sistema é o tempo extremamente curto, variando de 3 a
12 segundos e, a temperatura do produto durante o processo de secagem é
relativamente baixo. As partículas formadas apresentam diâmetro da ordem de 10 a
200 microns, resultando desta forma uma maior superfície de exposição por
umidade de volume do alimento que esta sendo secado e, assim a ocorrência de
uma secagem rápida.

5 - SECADORES DE ALIMENTOS LÍQUIDOS [3]

Estes secadores são utilizados para alimentos líquidos sensíveis ao calor;


utiliza portanto no processo ar com baixa velocidade e temperatura em torno de
30ºC. O alimento é introduzido no topo da torre de secagem e é pulverizado na
forma de pequenas gotas que realizam uma trajetória no sentido descendente, e
recebe o ar de secagem.
Este tipo de sistema evita uma desidratação muito rápida do alimento líquido
na forma de gotas, eliminando assim, a sua exposição a altas temperaturas com
perdas dos seus componentes voláteis. O produto seco é separado do ar por um
ciclone de separação. As partículas mais finas retornam à torre de secagem para um
novo tratamento térmico (figura 1).

Figura 1. Secador de Alimento Líquido [3].


13

6 - SECADORES DE LEITO FLUIDIZADO [3]

O sistema de leito fluidizado consiste na secagem do alimento, fazendo a


circulação de ar quente através de um leito de sólidos, de modo que estes
permanecem suspensos no ar. Esse tipo de secador apresenta aplicação limitada,
principalmente devido à adequação do sistema de alimentação para fluidização dos
alimentos e, ocorre geralmente a velocidade muito alta. Este sistema de secagem
tem sido utilizado para desidratação de batata em grânulos ou flocos, cebola em
flocos, farinhas, cenouras, cacau, etc.

7. SECADORES SOLARES [2]

A desidratação com energia solar pode ser realizadas diretamente ao sol


(bandejas) ou pode ser em salas de secagem (estufas solares).
É aplicável em regiões com dias consecutivos de sol e uma temperatura
média de 30 a 40º.
Suas vantagens são: baixo custo; desinfecção pelos raios ultravioletas
(inibem o desenvolvimento de micro-organismo) e boa aparência (os alimentos
desidratados ao sol preservam mais a cor); a maioria das ervas e temperos
desidratam á temperatura de 30ºC.
Desvantagens: pode ser mais demorado que um sistema elétrico; nem todos
os alimentos podem ser desidratados ao sol, apenas aqueles que apresentam
razoáveis teores de açúcar e acidez; suscetibilidade ao clima (senão tiver sol ou se
chover) e a perda de nutrientes pode ser maior na secagem direta ao sol do que em
outros processos.

7.1. ESTUFA SOLAR

È uma estrutura que armazena calor em seu interior, onde a fonte de calor é o
Sol. O calor absorvido circula por dentro da estrutura.

Principio de Funcionamento
14

Os raios solares são refletidos nas placas de metal pintadas de preto,


absorvendo o calor, devido ao processo de transmissão. A transmissão de calor
consiste em dois principais processos: condução e radiação [4].
• Condução: É um fenômeno onde ocorre a transferência de temperatura do
ponto mais quente para o ponto mais frio através de choques entre as
moléculas.
• Radiação: É um Fenômeno onde ocorre a transferência de temperatura do
ponto mais quente para o ponto mais frio mesmo sem o contato das
moléculas, com o objetivo de formar um equilíbrio térmico.

Após a transmissão adquirida pela placa, produz-se um vapor quente que


infiltra na estufa pelas aberturas inferiores, através da diferença de densidade, onde
o ar frio é mais denso e tende a descer, logo o ar quente que é menos denso sobe
(figura 2). Na parte superior, há aberturas para a circulação interna do ar [2].
Dentro do equipamento, cria-se um Efeito Estufa, que mantém a temperatura
aquecida.

Figura 2. Esquema de uma Estufa Solar [2].

7.1.2. ENERGIA SOLAR

Devido à nossa localização geográfica e clima, o uso da energia solar se


mostra totalmente viável. Embora possam ser de uso generalizado em todo o globo,
nos países de clima tropical e equatorial. As regiões de até 40º de latitude se
mostram as melhores para essa utilização, com uso possível até mesmo no inverno.
O mapa da Figura 1 mostra as regiões de maior potencial em todo o planeta,
15

dispondo-se de uma estimativa de que na Índia e China existam mais de 100.000


equipamentos solares (estufas, fornos e fogões) em funcionamento.

Figura 3: Mapa com as 25 melhores regiões para a utilização do fogão solar [5]

Vantagens

• A energia Solar não polui durante seu uso individual;


• È excelente em lugares remotos e de difícil acesso;
• É Abundante no Ambiente;
• Gratuita.

Desvantagens

• Pouca eficiência de armazenamento;


• Não funciona em dias chuvosos

5. MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados, bem como o custo, estão listados na tabela 1.


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Tabela 1. Materiais e Custos


Material Quantidade/descrição Valor Unitário Valor total
Freezer 1 (1,46m X 0,53m X
*** ***
0,56m)
Mesa de madeira 1 *** ***
Tambor de Metal 2 *** ***
Tinta Preta 1 lata *** ***
Massa plástica 1 lata R$ 8,00 R$ 8,00
Tinta Protetora 1 lata *** ***
Furadeira 1 *** ***
Rebite 50 *** ***
Serra Circular 1
Termômetro escola 2
interna 110ºC
*** Materiais sem custo, pois são de doação ou empréstimos.

Procedimento:

1. Primeiramente executou-se a construção da base de metal.


2. Desmanchou-se 2 tambores usados de alumínio para construção das chapas,
que contornam o freezer, utilizando uma serra circular;
3. Recortou-se o suporte as estufa (mesa), para a passagem do ar quente;
4. Fixou-se as chapas de metal na mesa de madeira, que dá sustentação a
estufa, com auxilio de rebites (figura 4);
5. Furou-se o fundo e o topo da geladeira;
6. Colocou-se o equipamento em cima da base de metal/mesa de modo que
ficasse seguro;
7. Fixou-se o termômetro na parte superior do freezer;
8. A Estufa foi revestida com uma tinta protetora e tinta preta.
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Figura 4. Esquema da Estufa Solar.

6. CRONOGRAMA

ANO 2010
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAIO JUN JU L AGO SET OUT NOV DEZ
Planejamento X X X X X

Envio resumo X
para FETEPS
Aprovação X
Projeto na
FETEPS
Construção da X X X X
Estufa Solar
Medidas de X X
Temperatura e
Testes
Interpretação e X X
Tabulação de
resultados
Atividades de X
EA (alunos bio)
Relatório X
Parcial
Relatório Final X

Preparação X X X
para
apresentação
Mostra de X
projeto FETEPS
18

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A estufa foi construído com êxito, seguindo a metodologia proposta. A ajuda


dos funcionários da escola foi fundamental para essa etapa. As fotos (apêndice)
ilustram esse processo.
As medições de temperatura foram realizadas com o auxilio de um
termômetro de escala interna até 110ºC, localizado na parte superior da estufa,
apresentando os resultados da tabela 1, 2 e 3 e gráficos 1, 2 e 3.

Tabela 1: Medidas de temperatura no dia 11/09/2010.


Leitura Horário Temperatura Temperatura Condição Sol nas
Ambiente Estufa climática Chapas
1 9h20min 25ºC 25ºC Sol intenso sem 1 inteira
nuvens
2 9h40min 25ºC 26ºC Sol intenso sem 1 inteira
nuvens 2 parcial
3 10h00min 26ºC 27ºC Sol intenso 1 inteira
sem nuvens 3 parcial
4 10h20min 27ºC 29ºC Sol intenso sem 2 inteira
nuvens 2 parcial
5 10h40min 27ºC 30,5ºC Sol intenso 3 parcial
sem nuvens
6 11h06min 27ºC 31,5ºC Sol intenso sem 3 bem
nuvens parcial

Comparação Temperatura interna e


ambiente

Temperatura
26 27 27 27
25 25 Estufa
26 27 29 30,5 31,5 Temperatura
25
Ambiente

1 2 3 4 5 6

Gráfico 1. Comparação de Medidas de temperatura interna e ambiente no período da


manhã.
19

Tabela 2: Medidas de temperatura no dia 13/09/2010.


Leitura Horário Temperatura Temperatura Condição Sol nas
Ambiente Estufa Climática Chapas
1 8h00min 23º C 21ºC Sol sem nuvens Nenhuma
2 8h20min 24ºC 21ºC Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
3 9h20min 26ºC 25ºC Sol intenso sem 1 inteira
nuvens 1 parcial
4 10h20min 28ºC 30ºC Sol intenso sem 2 inteira
nuvens
5 10h40min 29ºC 31ºC Pouco sol com 1 inteira
nuvens
6 11h00min 29ºC 31ºC Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
7 11h20min 30ºC 32ºC Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
8 11h40min 30ºC 32ºC Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
9 12h00min 31ºC 32ºC Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
10 12h20min 32ºC 34ºC Sol intenso sem 1 inteira
nuvens
11 12h40min 32ºC 34ºC Sol intenso sem 2 inteira
nuvens
12 13h00min 33ºC 33ºC Sol intenso sem 2 inteira
nuvens
13 13h20min 34ºC 34ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1parcial
14 14h00min 34ºC 35ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial

15 14h20min 36ºC 38ºC Sol intenso sem 3 inteira


nuvens 1 parcial
16 14h40min 36ºC 39ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial
17 15h00min 36ºC 41ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial
18 15h20min 36ºC 42ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial
19 16h20min 34ºC 43ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial
20 16h40min 34ºC 45ºC Sol intenso sem 3 inteira
nuvens 1 parcial
21 17h00min 33ºC 44ºC Sol sem nuvens Nenhuma

22 17h20min 32ºC 42ºC Sol fraco sem Nenhuma


nuvens
23 17h40min 31,5ºC 42ºC Sol Nenhuma
desaparecendo
24 18h00min 30ºC 40ºC Sem sol Nenhuma
20

Com paração Temperatura interna e


ambiente período todo

Temperatura
Estufa
Temperatura
Ambiente

Gráfico 2. Comparação de Medidas de temperatura interna e ambiente no período todo.

Tabela 3. Medidas de temperatura dia 29/11/2010 (estufa pintada de preto)


Leitura Horário Temperatura Temperatura Condição Sol nas
Ambiente ºC Estufa ºC Climática Chapas
1 8h00min 26 26 Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
2 8h30min 26 27 Sol intenso sem Nenhuma
nuvens
3 9h00min 27 27 Sol intenso sem 1 inteira
nuvens 1 parcial
4 9h30min 28 30 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens
5 10h00min 29 31 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens
6 10h30min 30 32 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens 1 parcial
7 11h00min 31 32 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens 1 parcial
8 11h30min 32 34 Sol intenso sem 3 inteiras
nuvens
9 12h00min 32 36 Sol intenso sem 3 inteiras
nuvens
10 12h30min 33 40 Sol intenso sem 3 inteiras
nuvens 1 parcial
11 13h00min 34 43 Sol intenso sem todas
nuvens
12 13h30min 34 43 Sol intenso sem todas
nuvens
13 14h00min 34 43 Sol intenso sem todas
nuvens
14 14h30min 33 33 Sol intenso sem 3 inteiras
nuvens 1 parcial

15 15h00min 34 44 Sol intenso sem 3 inteiras


nuvens 1 parcial
16 15h30min 34 46 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens 1 parcial
17 16h00min 35 47 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens 1 parcial
18 16h30min 36 47 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens
21

19 17h00min 34,5 48 Sol intenso sem 3 inteiras


nuvens
20 17h30min 34 48 Sol intenso sem 2 inteiras
nuvens 1 parcial
21 18h00min 34 47,5 Sol intenso sem Nenhuma
nuvens

Comparação entre Temperatura Ambiente e da


Estufa Solar Pintada de Preto

Temperatura Interna
Estufa Solar ºC
Temperatura
Ambiente ºC

Gráfico 3.. Comparação de Medidas de temperatura interna e ambiente no período


todo com a Estufa Solar pintada de preto.

Pela análise dos gráficos, pôde-se perceber que a Estufa Solar se aquece
internamente e que após a pintura preta, aumentou a temperatura, devido à maior
retenção de calor pelas partes metálicas, conforme evidenciado nos gráficos 2 e 3.
A temperatura média é de 30ºC, sendo o suficiente para a desidratação de
ervas e temperos para as aulas práticas.
Notou-se uma variação de 1ºC a cada 20 minutos aproximadamente e que um
fator de influência relevante é a energia térmica nas placas. Se elas estão com
sombra, à temperatura tende a diminuir. Observou-se que na temperatura de 45 e
48ºC, aproximadamente 90% das chapas estavam com sol, comprovando o efeito da
transmissão térmica.

7.1. Resultados e Discussão para Educação Ambiental

Essa atividade foi realizada com os alunos do Curso Técnico em Bioquímica.


Para a realização da Educação Ambiental, foram utilizadas 5 figuras distintas porém
com uma semelhança entre elas, todas utilizavam a iluminação solar de alguma
maneira.
22

A sala foi dividida em 5 grupos, para cada grupo foi entregue uma figura. O
alunos observaram e em seguida trocaram as figuras entre os grupos.
Após a observação das figuras, foi questionado para os grupos o que eles
observaram em comum nas 5 imagens e as respostas obtidas foram: meio
ambiente e pessoas. Nenhum grupo “percebeu” a luz solar.
Em seguida começou-se a explicação do projeto, chamando a atenção para a
questão das fontes de energia renováveis, como a solar. Depois, foram levados para
conhecer a Estufa Solar, e nesse momento explicou-se o princípio de funcionamento
e a importância da utilização dela para o Curso de Bioquímica. Foi realizado um
questionário com 4 perguntas:
1. Você acredita que, com o Projeto “Estufa Solar”,realizado pelo curso de Meio Ambiente
,ocorrerá a economia de energia?
2. Se sim, você vê importância ambiental nessa economia? Qual e por quê?
3. Você acha que a desidratação feita em uma estufa solar terá a mesma eficiência de uma
realizada em estufa elétrica?
4. Você acredita que a energia elétrica pode ser substituída pela energia solar em outras
situações na escola? Se sim, quais?

Os gráficos 4 e 5 relacionam as respostas.

Gráfico 4. Questionamento em relação à economia de energia.


23

Gráfico 5. Relação de Eficiência entre a estufa solar e a elétrica.

Os alunos do Curso de Bioquímica que participaram dessa atividade de, se


mostraram empolgadas com relação ao uso da Estufa Solar nas aula práticas e
acreditam que o equipamento desenvolvido é viável.
Os testes de desidratação/secagem começaram a ser realizados e já tem
atualmente 2 grupos da Bioquímica continuando o projeto, com enfoque nas
técnicas de desidratação.

8. CONCLUSÃO

Como a temperatura média utilizada na desidratação de ervas e temperos é


de 30ºC, analisando-se o desempenho do equipamento, concluí-se que a Estufa
Solar, construída a partir do freezer velho, é totalmente viável, atinge a temperatura
necessária para a secagem dos alimentos, apresenta baixo custo e não libera GEE
e nem gasta energia elétrica. A hipótese foi confirmada, pois as chapas de metal
absorvem o calor, dilatando o ar quente, que corre por dentro da estufa.
24

9. Referências Bibliográficas

[1] SOARES, D. et al. Projeto: Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da


Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado. Trabalho de Conclusão de Curso do
Curso Técnico em Meio Ambiente. Centro Paula Souza: Campinas, p. 33.

[2] CRUZ, Guilherme A. Desidratação de Alimentos: frutas, vegetais, ervas,


temperos, carnes, sementes, nozes. São Paulo: Globo, 1999. p21-43.

[3] Tema: Desidratação de Alimentos


http://bragante.br.tripod.com/desidratacao.html
Acesso: 14/04/2010

[4] HALLIDAY, D. Fundamentos de física – vol. único(3ª edição). Rio de Jane iro:
LTC, 1994.

[5] SILVA, M. R. M. “Projeto e Construção de um Fogão Solar”, Projeto de


Graduação do Curso de Engenharia Química da UFU, 2007.

[6]. CHIQUETTO. Marcos José. Física na escola de hoje: termologia, óptica,ondas, e


oscilações.São Paulo:Vol.2. Editora Scipione SP, 1987.

[7] KLEIBER,J. Termologia e noções de meteorologia – Física. 4ed. Rio de


Janeiro:Globo 1959.

[8] Tema: Energia Solar


http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./energia/index.html&conteu
do=./energia/solar.html
Acesso: 08/04/2010

[9] Tema: Manual de desidratação de Alimentos

http://www.cienciamao.if.usp.br/dados/pdf/_comodesidrataralimentosl.arquivopdf.pdf

Acesso:12/04/2010
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10. APÊNDICE

Foto 1. Freezer original Foto 2. Freezer original

Foto 3. Início da fixação das Chapas (Clemar).

Foto 4 e 5 . Finalização da construção da base metálica (Claudimir e Dito)


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Foto 6. Estrutura de metal pronta.

Foto 7. Furos inferiores e superiores para circulação do ar quente.

Foto 8. Medidas de temperatura (Laryssa).


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Foto 8. Apresentação da Estufa Solar para os alunos do Curso de Bioquímica.

Foto 9. Construção da maquete para apresentação do projeto na 4ª Feria


Tecnológica do Centro Paula Souza –FETEPS.

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