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INVESTIMENTO
Análise de
investimentos
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incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-110-5
CDD 332
Sumário
1.1 Juros 13
1.2 Taxa de juros 13
1.3 Juros simples 14
1.3.1 Modificações algébricas na fórmula juros simples 16
1.4 Juros compostos 17
1.4.1 Modificações algébricas da fórmula juros compostos 19
1.5 Taxas equivalentes e efetivas 22
1.5.1 Taxas equivalentes 22
1.5.2 Taxas efetivas 24
1.5.3 Taxa over 25
METODOLOGIA DE
CÁLCULO FINANCEIRO
Leuter Duarte Cardoso Jr
Objetivos de aprendizagem:
Esta é uma seção para estudar a forma pela qual se calculam as taxas
de juros simples e compostos. Os conteúdos desta seção servirão de
base para algumas análises na seção 2, uma vez que as convenções de
cálculo para juros compostos podem ser empregadas em outros cálculos
financeiros.
Introdução à unidade
Com a ideia do que será estudado nesta unidade, podemos apresentar inicialmente
as propostas de estudos, que são: verificar como podemos calcular juros simples e
compostos em operações no mercado financeiros; determinar taxas de inflação por
meio dos números índices para determinar as taxas nominais e reais existentes do
mercado financeiro.
Desta forma, leitor e estudante, aproveite esta unidade de estudo para compreender
os fundamentos elementares de cálculo financeiro e, com isso empregar estes
conhecimentos em suas atividades acadêmicos e/ou profissionais, uma vez que é
de extrema relevância ter estes conhecimentos para as suas atividades presentes ou
futuras na área da gestão de negócio.
Seção 1
1.1 Juros
Podemos entender juros como a remuneração de um capital empregado em
uma atividade produtiva ou financeira. Deste modo, quando um investidor aplica
uma determinada quantidade de capital em banco e recebe no futuro a quantidade
inicial aplicada mais uma remuneração, podemos entender que esta remuneração
foi o juro sobre o capital que o investidor recebeu.
Exemplos:
Fórmula: J = Pv . i. n
Onde:
J = juros
Pv = valor presente
i = taxa de juros
n = período de tempo
J = (2.000).(0,05).(2) = $ 200,00
Ou
1º Ano:
J = (2.000).(0,05) = $ 100,00
2º Ano:
J = (2.000).(0,05) = $ 100,00
2º Ano:
J = (2.000).(0,05) = $ 100,00
Montante de Juros (2 anos) = Juros 1º Ano + Juro 2º Ano = $ 100,00 + $
100,00 = $200
Cabe ressaltar que o período de tempo para um investimento deverá ser igual
ao período de tempo da taxa de juros para efeitos de cálculo dos juros simples
e também para juros compostos (os fundamentos de juros compostos iremos
estudar com a sequência dos estudos).
Exemplos:
calcule o valor dos juros para um capital de $ 1.000 aplicado por 2 meses a
uma taxa de juros de 6% ao semestre.
Solução:
J = (1.000).(0,6).(0,3333) = $ 200,00.
J = (1.000).(0,1).(2) = $ 200,00
J = Pv.i.n
i = J/ Pv.n com esta fórmula será possível encontrar o valor da taxa de juros.
Portanto, os juros simples são calculados a partir do capital inicial ou valor presente,
além disso, sabe-se que o crescimento dos juros é linear. São raros os casos em que se
aplica o regime de juros simples no mercado financeiro ou para qualquer outro tipo de
aplicação que empregue a ideia de juros como forma de remuneração, uma vez que
este regime sempre considera o valor do capital inicial como base de cálculo.
Fv = Pv (1+i)n
Onde:
Suponha que uma empresa tenha investido parte dos seus lucros em títulos de
banco. Assim sendo, consideramos as seguintes informações:
Pede-se:
J = (500.000).(0,04).(5) = $ 100.000,00
|B. Cálculo Juros Compostos:
J = 500.000 [(1,04)⁵ - 1] =
Solução:
1º passo: inserir o valor do investimento inicial: 650.000, logo após inserir este
valor tecle CHS, com isso valor ficará negativo. Esta operação é necessária, pois
a calculadora irá interpretar como um desembolso para uma aplicação a uma
determinada taxa de juros.
650.000 CHS
2º passo: tecle PV: ao tomar esta ação a calculadora estará interpretando este
valor como um valor presente (presente value).
- 650.000 PV
1 i
4º passo: inserir o período de tempo: 18, logo após teclar n. Esta tecla é
compreendida como o período de tempo.
18 n
FV
Seguindo ainda o mesmo exemplo, suponha que este investidor aplique todos
os meses $ 5.000 durante o período de 18 meses. Assim sendo, qual será o valor
futuro?
É possível fazer este cálculo utilizando a fórmula que foi apresentada. Porém,
iremos utilizar a calculadora HP12C, uma vez que esta operação é mais ágil
e segura.
5.000 PMT
6º passo: Tecle FV
Resultado = Fv = $ 876.550,33
Fórmula: Fv = Pv(1+i)n
Transformação: Pv = Fv/(1+i)n (valor presente)
Pv = 322.500/ (1,03)¹²
Pv = 322.500/ 1,4257 = $ 226. 204,67
Verificação:
Fv = Pv.(1+i)n
Fv = 226.204,67 (1,04)¹²
Fv = 226.204,67 (1,4257) = $ 322.500,00
1º passo: 322.500 FV
2º passo: 3 i
3º passo: 12 n
4º passo: tecle PV, pois o objetivo é encontrar o valor presente.
Nota:
É possível encontrar o valor dos juros por meio da diferença entre o valor
futuro e o valor presente:
J = Fv – Pv
∆%
ie = [(1+i)nl⁄nk - 1] x 100
Onde:
ie = taxa equivalente
i = taxa de juros
ni = período que pretendo encontrar
nk = período que está taxa de juros
Exemplo: Suponha que um CDI tenha como taxa de juros 32% ao ano, assim,
qual será a taxa de juros do CDI semestral e bimestral?
Neste caso, o objetivo é encontrar a taxa de juros para cada bimestre e sabe-se
que cada ano tem seis bimestres, logo:
1 ENTER
6 ÷
Resultado: 0,16667
Com isso, você irá encontrar o resultado desta divisão. Qualquer outra
operação matemática (+; - e X) pode ser feita adotando estes comandos.
STO 1 (você pode selecionar qualquer valor, pois é o código do seu armazenado.
Para encontrar o valor armazenado basta teclar RCL e o valor de referência da
armazenagem).
5º passo:
0,32 ENTER
1 + (ficará o resultado de 1,32). Logo após este resultado: Tecle ENTER
RCL 1 (irá voltar ao resultado armazenado 0,16667)
Tecle Y^X o resultado será da operação (1,32)¹⁄⁶ = 1,0473
6º passo:
1,0473 ENTER
1-
100 x
Resultado: 4,73% ao bimestre
A taxa básica de juros da economia ABC é 10% ao ano. Qual é a taxa equivalente
para cada mês?
ie = [(1,10)¹⁄¹² - 1] x 100 =
ie = [(1,0079) – 1] x 100 = 0,7974% ao mês
Podemos concluir que para o cálculo das taxas equivalentes precisamos apenas
adequar os prazos no expoente e, com isso determinar qualquer tipo de taxa
de equivalente.
if = [(1,02)¹² - 1] x 100 =
if = [(1,2682) – 1] x 100 = 26,82%
Veja que uma taxa de juros 2% ao mês é igual a 26,82% ao ano. Portanto, em
todos os casos em que se têm juros iguais em todos os períodos pode-se utilizar esta
fórmula para acumulação de taxas, porém quando a taxa é diferente é necessário
realizar uma modificação na fórmula para encontrar a taxa acumulada.
if = [(1+i1).(1+i2).(1+i3).(1+in) – 1] x 100
Onde:
CASOS PRÁTICOS:
Logo o custo efetivo da dívida é 17,37% no período de 1 ano, visto a taxa juros do
financiamento e da correção monetária.
iq = [(1+i)n⁄t - 1] x 100
Onde:
iq = taxa over
n= período desejado (um dia)
t = período efetivo da taxa de juros
Exemplo:
Suponha que o Comitê de Política Monetária tenha definido que taxa Selic seja
14% a.a. Assim sendo, qual será a taxa over?
Algumas conclusões podem ser apontadas dentro desta seção de estudo, tais como:
Seção 2
As taxas nominais e reais são importantes, uma vez que esta última mostra
o poder de compra de um capital qualquer, visto que a inflação pode corroer o
poder de compra de capital financeiro. Deste modo, conhecer o quanto se ganhou
em uma aplicação financeira, atividade produtiva, atividade profissional etc. em
termos nominais e reais é importante para saber se o ganho auferido foi superior
ao crescimento da inflação.
a) Índice de Laspeyres
b) Índice Paasche
c) Índice de Fischer
Este índice não considera apenas as variações de preços como também vem
considerar as variações de quantidades para obter a média ponderada entre um
período e outro. Logo se tem a seguinte fórmula para este índice:
∑
n
i= 1 Pti qti
x 100
∑
IL=
n
i= 1 Poi qti
Onde:
IL = índice de laspeyres
Pti= preço dos insumos (i) do período atual (t)
qti = quantidade dos insumos (i) no período atual (t)
P0i = preço dos insumos (i) no período anterior (0)
O índice de Paasche tem por finalidade ponderar os preços dos insumos pelas
quantidades do período atual (t). A fórmula é:
∑
n
i= 1 Pti qti
x 100
∑
IP=
n
i= 1 Poi qti
Onde:
IP = índice de Paasche
Pti= preço dos insumos (i) do período atual (t)
qti = quantidade dos insumos (i) no período atual (t)
P0i = preço dos insumos (i) no período anterior (0)
Exemplo:
Preços e Quantidades
Preço do mês de Abril (R$) Quantidade do Mês de Abril
Produto
2008 2009 2008 2009
Preços e Quantidades
Laspeyres Paasche
Produto
Pit x qt0 Pi0 x Pi0 Pti x qti P0i x qti
Produto A 1323100 1294820 1362400 1333280
Produto B 2280000 2152320 2302500 2173560
Produto C 3409550 2985660 3115400 2728080
TOTAIS 7012650 6432800 6780300 6234920
Fonte: O autor (2014)
Índice de Laspeyres:
Índice de Paasche:
IF =√(IL .IP)
Onde:
IF = Índice de Fischer
IL = Índice de Laspeyres
IP = Índice de Paasche
Considerando o exemplo que foi apresentado nas tabelas 1.2 e 1.3 iremos
calcular o índice de Fischer a fim de compreender.
A política econômica brasileira tem como um dos seus objetivos a estabilidade dos
preços, ou seja, controle da inflação. As autoridades econômicas no Brasil adotaram
um sistema de metas de inflação a partir do ano de 1999. Este é um sistema, pelo qual
o governo tem por princípio manter a taxa da inflação na meta de 4,5% ao ano, porém
tolera-se que uma taxa de inflação até 6,5% ao ano ou em 2,5% ao ano.
c) A base para o cálculo são as famílias com 1 a 40 salários mínimos por mês.
IPCA IPCA
IPCA
Acumulado Acumulado IPCA IPCA
Acumulado
12 Meses ; 12 Meses; 12 Meses
Acumulado Acumulado IPCA
2004; 6,08 2013; 6,14
2003; 5,92 12 Meses 12 Meses Acumulado
IPCA
2010; 5,61 2011; 5,53 12 Meses
IPCA IPCA IPCA Acumulado IPCA 2012; 5,36
Acumulado Acumulado Acumulado 12 Meses Acumulado
12 Meses 12 Meses 12 Meses 2008; 4,93 12 Meses
2005; 4,46 2006; 4,08 2007; 4,45 2009; 4,4
Ainda existem outros índices que podem medir a inflação no Brasil, tais como:
Índice de Preços do Atacado (IPA): este é um índice que calcula o aumento dos
preços para o produtor por meio das variações de preços no atacado para produtos agrícolas
e industriais. Este índice é medido pela fundação Getúlio Vargas (FGV).
Índice de preços ao consumidor (IPC): este índice é calculado pela FGV nas
sete principais capitais do país (Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Salvador e Recife). Este índice é calculado para famílias com rendimentos
mensais entre 1 e 33 salários mínimos.
Índice Nacional da Construção Civil (INCC): este índice mede o crescimento dos
custos para a construção civil para as seguintes metrópoles: Salvador, São Paulo, Recife,
Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. Este é um índice calculado pela
FGV.
Índice Geral de Preços (IGP): o cálculo deste índice ocorre a partir de uma média
aritmética ponderada dos seguintes índices:
Este índice, em muitas situações, é utilizado como um fator para deflacionar valores
monetários, ou ainda, pode servir como um índice de correção monetária. O IGP pode
ser calculado em três versões:
1) IGP – 10: o período para efeitos de cálculo é do dia 10 do mês subsequente até o
dia 10 do mês vigente.
2) IGP-M: o período para o cálculo é do dia 20 do mês subsequente até o mês 21 do
mês vigente.
3) IGP – DI: a contabilização ocorre entre o dia 1 a 30 do mês.
π = taxa de inflação
Exemplo:
IPCA*
Ano/Mês Índice (Dez/93 =100)
JAN 3.836,38
FEV 3.862,84
MAR 3.898,38
2014
ABR 3.924,50
MAI 3.942,55
JUN 3.958,32
Fone: IBGE (2014)
Cálculo:
Por meio do Gráfico 1.2 notam-se as variações acumuladas a cada mês dentro
do ano de 2013. Cabe apenas ressaltar como curiosidade que a inflação neste ano
teve alguns momentos de aceleração em função dos preços da alimentação, visto a
demanda por estes gêneros neste ano.
O objetivo é compreender qual é o valor real da taxa, uma vez que as taxas de
inflação diminuem o poder de compra; por exemplo, da remuneração das taxas de
juros de remuneração de um capital, ou ainda podemos entender também que uma
taxa de lucro real é aquela que já está deflacionada.
A ideia de taxas nominais e reais é importante para compreender qual é o real poder
de compra de uma taxa juros/lucro quando estamos tratando de remunerações de
capitais, visto que o aumento da inflação diminui o poder de compra da remuneração
de um capital.
Onde:
Exemplo:
CASOS PRÁTICOS:
Considerando o índice oficial de inflação do país, o IPCA, nos primeiros seis meses
do ano de 2014. Qual é a taxa de juros real da caderneta de poupança para o acumulado
dos seis primeiros meses do ano de 2014.
IPCA*
Ano/Mês Índice (Dez/93 =100) Mês
JAN 3.836,38 0,55
FEV 3.862,84 0,69
MAR 3.898,38 0,92
2014
ABR 3.924,50 0,67
MAI 3.942,55 0,46
JUN 3.958,32 0,40
Outro caso que é passível de análise é a taxa básica de juros (SELIC) na economia
brasileira. Assim, podemos determinar a taxa Selic real para os últimos anos conforme
os dados dos gráficos 1.3 e 1.4:
Gráfico 1.3: IPCA acumulado de 12 meses
IPCA
IPCA
IPCA
Acumulado
Acumulado
12 Meses;
12 Meses;
2004; 6,08 IPCA
2008; 4,93
Acumulado
12 Meses;
IPCA IPCA 2013; 6,14
IPCA
Acumulado Acumulado IPCA Acumulado
12 Meses; 12 Meses; Acumulado 12 Meses;
2003; 5,92 IPCA 2010; 5,61 12 Meses; 2012; 5,36
Acumulado IPCA IPCA 2011; 5,53
12 Meses; IPCA Acumulado Acumulado
2005; 4,46 Acumulado 12 Meses; 12 Meses;
12 Meses; 2007; 4,45 2009; 4,4
2006; 4,08
Série 1; 2005;
Série 1; 2004; 18,00%
17,75%
Série 1; 2003;
16,50%
Série 1; 2008;
Série 1; 2006; 13,75%
13,25%
Série 1; 2011;
Série 1; 2007; 11,00%
11,25% Série 1; 2010;
10,75% Série 1; 2013;
10,00%
Série 1; 2009;
8,75%
Série 1; 2012;
7,25%
Podemos notar no Gráfico 1.3 que há um crescimento da inflação nos últimos anos
e este fato pode levar a uma redução na taxa SELIC real. No Gráfico 1.4 observou-se
que a taxa de juros reduziu em comparação ao ano de 2003, porém sofreu altas e
baixas entre o período de 2003 e 2013.
Série 1;
2005;
12,96%
Série 1;
2008;
Série 1; 8,41%
2004;
Série 1; 11,00%
2003;
9,99%
Série 1;
2006;
8,81% Série 1;
Série 1; 2013;
Série 1; 2011; 3,64%
2007; 5,18%
6,51%
Série 1;
2010;
Série 1; 4,87%
2009;
4,71%
Série 1;
2012;
1,79%
Fone: IBGE (2014)
No Gráfico 1.5 e na Tabela 1.8 notaram-se a queda da taxa Selic ao longo dos anos
na economia brasileira. No ano de 2012 teve-se a menor taxa de juros real durante esta
década e no ano de 2005 foi a maior taxa real. Deste modo, a taxa de juros real irá
depender das variações da inflação na economia.
Da mesma forma que temos taxas nominais e reais, também há valores monetários
nominais e reais. Para calcular um valor monetário real utiliza-se a seguinte fórmula:
Na Tabela 1.9 há o valor do salário mínimo na economia brasileira para cada ano
entre 2003 e 2013. Cabe ressaltar que os valores do salário mínimo são nominais/bruta
e nosso objetivo será encontrar os valores reais.
Tabela 1.9: Salário Mínimo
Calculando o salário mínimo real
ANO Sálario Mín.
2003 R$ 240,00 Com os dados da Tabela 1.9 vamos calcular o
2004 R$ 260,00 salário mínimo real para este intervalo de tempo.
Será considerado o IPCA como índice de inflação
2005 R$ 300,00
para deflacionar os valores do salário mínimo, este
2006 R$ 350,00 índice está sendo considerado apenas como forma
2007 R$ 380,00 de didática para compreender melhor o assunto que
2008 R$ 415,00 estamos estudando e, além disso, o IPCA, é o índice
de inflação para o Bacen, porém o salário mínimo
2009 R$ 465,00
não é corrigido por este índice.
2010 R$ 510,00
2011 R$ 545,00 Salário mínimo real (2003):
2012 R$ 622,00 240 = 226,59
2013 R$ 678,00 (1,0592)
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (2014)
Tabela 1.10: Salário Mínimo Real Podemos notar na Tabela 1.10 a valor do salário
real de cada ano, ou seja, real poder de compra do
ANO Sálario Mín.
salário na economia brasileira após o desconto da
2003 R$ 226,59 inflação. Estes valores representam de forma teórica
2004 R$ 245,10 o poder de compra da renda dos assalariados por
2005 R$ 287,19 estes valores.
2006 R$ 336,28
2007 R$ 363,81
2008 R$ 395,50
2009 R$ 445,40
2010 R$ 482,91
2011 R$ 516,44
2012 R$ 590,36
2013 R$ 638,78
Fonte: O autor (2014)
a) 3,77% a.m.
b) 4,03% a.m.
c) 4,47% a.m.
d) 6,03% a.m.
a) $ 92.060,83
b) $ 91.200,83
c) $ 91.805,83
d) $ 92.610,83
a) 18,37%
b) 17,37%
c) 14,37%
d) 16,80%
a) 189.964
b) 178.432
c) 189.120
d)168.964
a) $ 619.637,75
b) $ 602.637,75
c) $ 719.637,75
d) $ 809.437,75
Referências
SUGESTÃO DE LEITURA
INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE
DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
Regis Garcia
Objetivos de aprendizagem:
Nessa unidade esperamos que você reconheça a importância das análises
aplicadas sobre as demonstrações financeiras das empresas. As demonstrações
financeiras serão aqui apresentadas como instrumentos de apoio à tomada
de decisões empresariais, portanto, objetivamos demonstrar que as análises
econômicas e financeiras aplicadas sobre elas poderão melhorar a capacidade
decisória dos usuários das demonstrações.
Apresentaremos também o conjunto de indicadores que permitem o melhor
conhecimento da situação econômica e financeira das empresas.
Além do conhecimento dos principais indicadores demonstraremos a
importância da interpretação desses, ou seja, é fundamental que o analista tenha a
capacidade de calcular, mas, sobretudo, de avaliar as informações que podem ser
obtidas a partir desses indicadores.
Ao final da leitura dessa unidade, você deverá ter a capacidade de calcular,
avaliar e interpretar os indicadores de análise das demonstrações financeiras com
o objetivo de conhecer a situação econômica e financeira da organização.
Além do conhecimento da situação econômica e financeira da organização,
objetivamos lhe demonstrar os mecanismos estratégicos voltados à alavancagem
financeira como instrumentos de alavancagem dos resultados por meio da
utilização de capital de terceiros.
Demonstraremos também que a gestão empresarial vem se adaptando às
demandas do mercado no que se refere à ideia de valor como balizador das
análises envolvendo rentabilidade do negócio.
Queremos que a avaliação do desempenho seja vista como algo que permite
à empresa saber se aquilo que estão fazendo apresenta ou não os resultados
esperados, permitindo, dessa forma, a correção de rumo.
A motivação dos profissionais das áreas relacionadas à gestão empresarial em
implantar os mecanismos de análise em sua rotina de trabalho também é nosso
objetivo. Nosso objetivo maior, ao destacar todos esses instrumentos de análise, é
o de evidenciar que a gestão empresarial tem na avaliação de suas ações um dos
principais instrumentos.
U2
Introdução à unidade
Seção 1
• Notas Explicativas.
Demonstração
das Mutações
do Patrimônio Facultativa Obrigatório Obrigatório
Líquido –
DMPL
Demonstração
do Fluxo de Facultativa Obrigatório Obrigatório Obrigatório
Caixa – DFC
Notas Explica-
Obrigatório Obrigatório Obrigatório Obrigatório
tivas – NE
Demonstração
do Valor Adi- Facultativa Facultativa Facultativa Obrigatório
cionado – DVA
Não vamos aqui tratar de todas as demonstrações contábeis, visto que iremos
nos concentrar naquelas mais utilizadas para fins de análise.
Passivo, ou seja, podemos por maio do balanço analisar de onde vieram os recursos
aplicados nos bens e direitos classificados no Ativo.
EQUAÇÃO PATRIMONIAL
Ativo – Passivo = Patrimônio Líquido
CAIXA/BANCOS R$ 50.000,00
ESTOQUES R$ 100.000,00
VEÍCULOS R$ 150.000,00
FORNECEDORES R$ 50.000,00
FINANCIAMENTOS R$ 100.000,00
EQUAÇÃO PATRIMONIAL
Bens + Direitos – Obrigações = Patrimônio Líquido
De forma bem “coloquial” podemos dizer que nossa estrutura patrimonial está
organizada a partir da evidenciação dos valores correspondentes à aquilo que
a empresa tem em contrapartida à aquilo que a empresa deve para terceiros,
sobrando, dessa forma, os elementos que correspondem àquilo que a empresa
possui em termos líquidos.
Diante dos fatos acima podemos apurar o montante de recursos de cada conta
contábil, ou seja, o montante que a empresa possui em termos de bens, direitos e
obrigações além de seu patrimônio líquido conforme segue.
Quadro 2.3: Movimentação das contas do exemplo 1
Saldo
anterior
R$ - Saldo anterior R$ -
Integral-
Venda de
ização do R$ 100.000,00
mercadorias
R$ 40.000,00
capital
Compra de
-R$ 20.000,00
mercadorias
Venda de
R$ 40.000,00
mercadorias
Pagamento
-R$ 10.000,00
de despesa
Saldo
R$ 110.000,00 Saldo atual R$ 40.000,00
atual
ESTOQUE FORNECEDORES
Saldo
R$ - Saldo anterior R$ -
anterior
Compra de Compra de
R$ 40.000,00 R$ 20.000,00
mercadorias mercadorias
Venda de
-R$ 40.000,00
mercadorias
É possível observar no Quadro 2.3 que as contas contábeis que servirão para a
elaboração dos demonstrativos financeiros recebem débitos e créditos de acordo
com os fatos descritos no exemplo.
Cada conta tem seu saldo apurado a partir das entradas e saídas de recursos
derivadas dos fatos contábeis. São essas contas que darão origem ao balanço
patrimonial e demais demonstrações contábeis.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE
150.000,00
CIRCULANTE 20.000,00
BANCOS
CONTA 110.000,00 FORNECEDORES 20.000,00
MOVIMENTO
DUPLICATAS A
40.000,00
RECEBER
PATRIMONIO
ESTOQUES - 130.000,00
LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
CAPITAL
100.000,00
INTEGRALIZADO
RESULTADOS
CORRENTES
RESULTADO DO
30.000,00
EXERCÍCIO
TOTAL TOTAL DO
150.000,00 150.000,00
DO ATIVO PASSIVO
Lucro bruto – que evidencia o primeiro resultado obtido pela empresa a partir da
dedução dos custos das receitas da receita operacional líquida. Esse lucro é denominado
de bruto tendo-se em vista o fato de que ainda precisamos considerar as despesas
operacionais que serão deduzidas, assim como os impostos sobre o lucro: imposto de
renda e contribuição social sobre o lucro líquido.
Lucro líquido – que representa o resultado líquido obtido a partir da dedução das
despesas operacionais, bem como dos impostos sobre o lucro: imposto de renda
e contribuição social sobre o lucro líquido. Esse é o lucro que será destinado pela
organização para que sejam constituídas as reservas de lucro e distribuído o resultado
para os sócios e acionistas.
DESCRIÇÃO VALORES
RECEITA BRUTA DE VENDAS 80.000,00
Vendas de Produtos 80.000,00
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA -
Impostos -
RECEITA LÍQUIDA 80.000,00
(-) CUSTO DAS VENDAS 40.000,00
Custo dos Produtos Vendidos 40.000,00
LUCRO BRUTO 40.000,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 10.000,00
Despesas com Pessoal -
Despesas Administrativas 10.000,00
Depreciação e Amortização -
LUCRO OPERACIONAL 30.000,00
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA -
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
(-) Provisão para o Imposto de Renda da Pessoa -
Jurídica
(-) Provisão para a Contribuição Social -
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 30.000,00
a) R$ 150.000,00.
b) R$ 250.000,00.
c) R$ 50.000,00.
d) R$ 500.000,00.
Essa demonstração possui caráter gerencial uma vez que procura evidenciar
o patrimônio líquido atualizado considerando receitas e despesas cujas
movimentações financeiras são de certa forma incertas, mas que na verdade
irão ocorrer em algum momento futuro. São expurgadas receitas e despesas que
derivem de investimentos de longo prazo sem a certeza dos resultados em termos
financeiros.
As únicas variações até aqui que envolvem o patrimônio líquido são relativas à
integralização do capital social e o ingresso do resultado corrente.
Reser- Total do
Descrição Capital Reservas Lucros
vas de Patrimônio
da Conta Social de Capital Prejuízos
Lucro Líquido
Saldo Inicial - - - - -
Ajustes de
Exercícios - - - - -
Anteriores
Aumento/
Redução do - - -
100.000,00 100.000,00
Capital Social
Realização de
- - - - -
Reservas
Ações em
- - - - -
Tesouraria
Lucro/Prejuízo
- - - 30.000,00 30.000,00
do Exercício
Destinações - - - - -
Reserva Legal - - - - -
Dividendos
- - - - -
Distribuídos
Outros - - - - -
Subvenções p/
investimentos - - - - -
ICMS
Subvenções p/
investimentos - - - - -
Imp. Renda
Vale se destacar que a legislação atual exige que todo o lucro gerado pela
organização necessita ser destinado, seja para a constituição de reservas, seja para
ser distribuído aos acionistas.
Seção 2
Análise dos indicadores econômicos e financeiros
Como podemos facilmente verificar, nossas empresas estão geralmente atuando
em mercados competitivos que impõem uma constante vigilância em relação ao seu
desempenho frente aos concorrentes.
Vale então o destaque de que os indicadores que vamos apresentar servem como
parâmetros de avaliação organizacional e devem ser levados em consideração durante
os processos de decisão empresarial. Por outro lado é importante reconhecer que a
organização está em um contexto e dessa forma não deve ignorar o desempenho de
seus demais competidores em sua análise.
DESCRIÇÃO REALIZADO
RECEITA BRUTA DE VENDAS 200.000,00
Vendas de Produtos 200.000,00
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 40.000,00
Impostos 40.000,00
RECEITA LÍQUIDA 160.000,00
(-) CUSTO DAS VENDAS 80.000,00
Custo dos Produtos Vendidos 80.000,00
LUCRO BRUTO 80.000,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 47.100,00
Despesas com Pessoal 24.200,00
Despesas Administrativas 16.400,00
Depreciação e Amortização 5.200,00
Despesas financeiras 2.500,00
(-) Receitas financeiras - 1.200,00
LUCRO OPERACIONAL 32.900,00
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA 32.900,00
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
(-) Provisão para o Imposto de Renda da Pessoa 4.935,00
Jurídica
(-) Provisão para a Contribuição Social 2.961,00
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 25.004,00
Fonte: O autor (2014)
Sua apuração envolve a divisão do lucro operacional pela receita liquida da empresa
no mesmo período. Ele representa quanto a organização obteve de resultado operacional
por cada real gerado de receita líquida.
MARGEM OPERACIONAL
Análise: é preciso saber a média que as demais empresas do mesmo setor e porte
da organização têm em termos de margem operacional. Esse indicador é importante
isoladamente, pois apresenta uma margem de lucro que pode servir de parâmetro
para a empresa saber se é compensadora determinada operação, porém somente
comparando-a com as demais empresas ela terá de forma mais consistente condições
de analisar esse indicador.
MARGEM EBITDA
Notem na DRE que temos, além das despesas financeiras, as receitas financeiras
que nesse caso devem ser compensadas com as despesas para apuração das
despesas financeiras líquidas que serão adicionadas ao lucro para fins de apuração
do EBITDA.
Sua apuração é feita a partir do lucro líquido gerado pela empresa dividido pela
receita líquida conforme apresentado a seguir.
MARGEM LÍQUIDA
Todavia é sempre bom que haja uma análise desse indicador em relação às
expectativas dos investidores.
ATIVO PASSIVO
BANCOS
CONTA 80.004,00 FORNECEDORES 240.000,00
MOVIMENTO
DUPLICATAS A
320.000,00 FINANCIAMENTOS 200.000,00
RECEBER
ESTOQUES 160.000,00
EXIGÍVEL A
110.000,00
LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO
825.004,00
LÍQUIDO
NÃO RESULTADO DO
815.000,00 30.000,00
CIRCULANTE EXERCÍCIO
REALIZÁVEL A CAPITAL
80.000,00 800.000,00
LONGO PRAZO |INTEGRALIZADO
RESULTADOS
IMOBILIZAÇÕES 735.000,00
CORRENTES
RESULTADO DO
25.004,00
EXERCÍCIO
TOTAL TOTAL DO
1.375.004,00 1.375.004,00
DO ATIVO PASSIVO
Fonte: O autor (2014)
A liquidez geral aponta o quanto a empresa dispõe de recursos para pagar cada
real de suas dívidas.
LIQUIDEZ GERAL
Para a avaliação desse índice podemos considerar que quanto maior for o
quociente acima, melhor para a empresa, uma vez que mais recursos sobrariam
depois de pagarmos nossas dívidas.
Para a avaliação desse índice podemos considerar que quanto maior for o
quociente acima, melhor para a empresa, uma vez que mais recursos sobrariam
depois de pagarmos nossas dívidas.
LIQUIDEZ CORRENTE
LIQUIDEZ CORRENTE
Análise: Nossa análise desse indicador segue a mesma linha que já descrevemos
nos demais indicadores de liquidez, ou seja, quanto maior for o indicador, melhor
para a empresa, pois mais próxima de pagamento com superávit ela estará em
relação às suas dívidas de curto prazo.
Seu cálculo é feito a partir da divisão entre o total das dívidas que a empresa
possui (curto e longo prazo) dispostas no passivo e o patrimônio líquido.
ENDIVIDAMENTO DO PL
Sempre que esse indicador for menor do que 1 significa que temos menos
dívidas do que contamos de recursos no patrimônio líquido. Sempre que ele
indicar um quociente maior do que R$ 1,00 significa que nosso patrimônio líquido
é menor do que nossas dívidas.
Esse indicador nos evidencia qual é o prazo em termos de dias que a empresa
demora para receber suas duplicatas derivadas de suas vendas.
Para obtermos esse indicador dividimos o valor das duplicatas a receber pela
receita operacional bruta. O quociente dessa conta é então multiplicado por 360
dias que representa o número de dias de um ano.
Nesse nosso exemplo utilizamos apenas o saldo final por não dispormos do
saldo anterior.
Esse índice é muito importante, pois nos evidencia quantas vezes nosso estoque
girou durante o período.
É sabido que é saldável que a empresa consiga girar muitas vezes seus estoques
durante o período. Quanto maior o giro de estoques melhor, pois, mais vezes, ela
fechará seu ciclo operacional e financeiro.
Temos outros índices que poderiam ser apresentados, porém os que foram
discutidos nessa seção representam os principais e oferecem uma boa visão sobre
a situação econômica e financeira da organização.
Seção 3
A medida certa na utilização desses recursos é aquela que permite que o custo
do capital captado seja compensado pelo retorno da operação em que o mesmo foi
investido e que merece um acompanhamento em termos de desempenho de forma
bastante constante e rigorosa.
indicadores sendo que o Balanced Score Card – BSC – é um dos exemplos mais
conhecidos quando tratamos do tema.
MISSÃO
VISÃO
ESTRATÉGIA
AUMENTO DAS ARRECADAÇÕES EM 10 %
REDUÇÃO DOS CUSTOS EM 20%
INVESTIMENTO NOVA SEDE R$ 1.200.000,00
MAPA ESTRATÉGICO
EXEMPLOS DE CONTAS DO ORÇAMENTO
PERSPECTIVAS DO BSC
1) FINANCEIRA
Financiamentos
Arrecadações
2) DO CLIENTE
Assessoria de imprensa
Imobilizações e instalações
3) DOS PROCESSOS INTERNOS
Custos dos serviços
Automações
4) APRENDIZADO E DO CRESCIMENTO
Cursos e treinamentos
Comunicação técnica
seus colaboradores que precisam ser capacitados a fim de serem mais eficazes.
A outra diz respeito aos processos de pesquisa e desenvolvimento que são tão
necessários para manter a empresa à frente de seus concorrentes. Geralmente
temos a inovação como o maior objetivo dessa segunda frente relacionada aos
processos de aprendizagem e obtenção de conhecimento.
De forma sintética podemos dizer que o BSC revisa a missão e visão da empresa
alinhando a elas os indicadores de desempenho relacionados aos objetivos e
metas necessários para se atender ao planejamento estratégico.
Vale destacarmos que não existe um padrão único para a organização do BSC
e que cada empresa com suas necessidades individuais deve procurar adequar seu
BSC à sua realidade e principalmente ao seu planejamento estratégico.
Nesse sentido, Kallás (2003) resgata uma ilustração de BSCOL (2000) que ilustra
bem o BSC em seu viés estratégico conforme segue.
Mercado
Vôo Preços
pontual mais baixos Objetivos Indicadores Meta Iniciativa
Aprendizado &
Inovação Alinhamento
do pessoal
de terra
Para você saber mais sobre esse assunto, sugiro a consulta do capítulo 1 do
e-Book “Guia Balanced Scorecard” disponível no link:
<http://www.secth.com.br/imagens/editor/e-book/GUIA_Balance_
Scorecard.pdf>.
Você sabia que a legislação e normas para a comercialização de ações têm se voltado
para a preocupação com os acionistas minoritários? Ações como a exigência de
destinação dos resultados obtidos, a governança corporativa e a exigência de auditoria
independente procuram proteger esse investidor de gestões fraudulentas ou ineficazes.
∞∞ Avaliar o desempenho com base nos drivers que estão sendo alimentados
pelas operações em prol da geração de valor.
De uma forma simplificada podemos considerar que os drivers seriam para a GBV o
que os indicadores são para o BSC.
Outro aspecto que também está alinhado à gestão eficaz da organização e que
igualmente procura a maximização dos resultados do acionista é a utilização da
alavancagem financeira.
Uma forma de medirmos o risco sob o qual a empresa está sujeita por estar
alavancada é o Grau de Alavancagem Financeira – GAF.
Torna-se importante uma gestão eficiente dos recursos, bem como das
operações de forma a se atingir esse objetivo.
Referências
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A CURTO PRAZO
Regiane Alice B. Moraes
Introdução à unidade
Seção 1
Capital de giro
O estudo do capital de giro é fundamental para investimento de recursos, bem
como outras áreas operacionais da empresa, os conceitos apresentados nesta
seção facilitam o entendimento das estruturas básicas das análises de investimento
e fazem parte do dia adia do trabalho do analista, do investidor, economista entre
outros profissionais. O principal objetivo é a compreensão de análises em curto
prazo. O presente estudo irá levar você à compreensão das análises de liquidez.
Vários especialistas afirmam que as empresas encerram suas atividades exatamente
por problemas de liquidez. O entendimento sobre o assunto irá acontecer através
de uma boa leitura.
Esta expressão pode ter vários significados, capital de giro podem ser as
disponibilidades da empresa como um produto ofertado em uma instituição
financeira.
∞∞ Ciclos econômicos
∞∞ Sazonalidade
As empresas de serviço, por sua vez, não possuem ou possuem poucos ativos
permanentes e têm como enfoque as contas a receber.
Assim, como afirmamos em nosso Tópico 1, o Capital de giro pode ter vários
significados, na própria área financeira, os analistas indicam capital de giro como
um produto a ser ofertado.
I- Ativo circulante
II- Capital circulante
III- Capital de giro próprio
IV- Capital imobilizado líquido
V- Ativo circulante líquido
1. Ativo
Imobilizado
tangível
2. Ativo
Imobilizado
intangível
caso para encontrar o valor total da conta caixa é preciso somar seus valores e
compor esta informação de forma global. Alguns modelos de gestão adotam
usualmente a expressão fundo fixo de caixa que significa um valor permanente no
caixa usado para pagamento de pequenas despesas. O Caixa é o valor mais líquido
existente na empresa, representa o dinheiro em espécie e cheques recebidos.
Eles também são mantidos nas organizações para atender às suas transações
operacionais, pequenos imprevistos e para poder negociar condições de
pagamento com descontos junto aos fornecedores.
CCL= AC-PC
Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa R$ 2.600,00 Fornecedores R$ 10.000,00
Duplicatas
R$ 21.800,00 Empréstimos R$ 15.000,00
a Receber
Estoques R$ 8.400,00 Salários e Encargos R$ 8.600,00
Aplicação R$ 1.100,00
Ativo Não Passivo não
Circulante Circulante
Realizável a Exigível a longo
R$ 100,00 R$ 1.300,00
longo prazo (RLP) prazo (ELP)
Imobilizado R$ 24.00,00
Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 23.100,00
O conceito apresentado pelo autor nos leva a pensar que a aquisição dos ativos
circulantes, deve ser financiada através do exigível a longo prazo ou mesmo pelo
patrimônio líquido. A representatividade do CCL é:
Vamos voltar a utilizar como exemplo o balanço apresentado acima, para reforçar
o conhecimento relembramos que do lado direito temos o ativo representando as
aplicações de recursos da organização, o lado do passivo representa as fontes que
Na figura a Necessidades
Permantes
seguir percebam as Ativo Imob
Recursos
- Exigível a Longo prazo
PASSIVOS CIRCULANTES
ATIVOS CIRCULANTES
Capital de Giro Positivo
PASSIVOS CIRCULANTES
ATIVOS CIRCULANTES
Capital de Giro Negativo
A empresa estará favorável sempre que seu capital de giro for positivo.
A organização que tem seu capital de giro negativo, significa que o valor obtido no
ativo circulante não é suficiente para o pagamento das dívidas a curto prazo.
Este prazo está vinculado ao setor de insumos, ele corresponde a uma ação do
setor de compras e do setor financeiro, os dois setores avaliaram a necessidade da
obtenção da estocagem de matéria-prima.
É o prazo definido pela indústria para que o setor de produção fabrique produtos.
Este tempo tem como medida abastecer o estoque da empresa de modo a suprir
os pedidos do cliente.
CAIXA
PRODUTOS ACABADOS
Fonte: Berti (1999, p. 17)
CAIXA
Seção 2
As informações dos fluxos de caixa de uma entidade, conhecidas por DFC, são
úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para
avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como
suas necessidades de liquidez. As decisões econômicas que são tomadas pelos
usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes
de caixa, bem como da época e do grau de segurança de geração de tais recursos.
Para melhor entender o contexto teórico da DFC, convido você para acessar o
link que informará sobre o envolvimento legislativo da DFC.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=61hfhj8zyto>.
– Atividades Operacionais
– Atividades de Investimento
– Atividades de Financiamento
Exemplos de saídas:
Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
Pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
Pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda,
a menos que possam ser especificamente identificados com as
atividades de financiamento ou de investimento. (COMITÊ DE
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2014, p. 5).
Para o CPC 03 R2
∞∞ Exemplos de Entradas:
∞∞ Exemplos de Saídas:
• Entre outros...
∞∞ Exemplos de entradas:
∞∞ Exemplos de saídas:
Temos dois métodos para elaborar a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
– Podendo ser pelo método direto ou pelo método indireto.
Não seria exagero lembrar que, por força do art. 3º da Lei nº 11.638/2007, as
sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade
anônima, estão obrigadas à elaboração da DFC. Para esse fim, considera-se de
grande porte a sociedade ou o conjunto de sociedades sob controle comum que
tenha no exercício social anterior ativo total superior a R$ 240.000.000,00, ou
receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.
A DFC tem como base elaborativa ser classificada por suas atividades
operacionais, de investimento e de financiamento.
Exemplo:
Balanço Patrimonial:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Disponível 700.000
PL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Disponível 650.000
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 50.000 PL
Capital Social 700.000
Total 700.000 Total 700.000
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Disponível 550.000 Fornecedores 300.000
Estoque 400.000
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 50.000 PL
Capital Social 700.000
Total 1.000.000 Total 1.000.000
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Disponível 1.050.000 Fornecedores 300.000
Estoque 100.000
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 50.000 PL
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Disponível 1.050.000 Fornecedores 300.000
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 50.000 PL
NÃO CIRCULANTE
Imobilizado 50.000 PL
Ativo Circulante
Duplicatas a Receber (aumento – adia (300)
Recebimento, piora o Caixa)
Estoque (aumento- mais dinheiro saindo do caixa) (150) (450)
Passivo Circulante
Fornecedores (aumento- melhora o caixa) 300
Investimentos
O VLP pode ser definido como uma concentração de todos os valores esperados
de um fluxo de caixa na data zero, o VLP permite estabelecer comparativos entre
os valores investidos e o valor presente dos fluxos incertos que o projeto deverá
gerar no futuro. Quando representamos o vlp no fluxo de caixa de um projeto,
identificamos a correlação direta entre o VLP e a taxa de desconto utilizada, esta
taxa é o custo de capital de um projeto. A relação é apresentada em nosso gráfico.
Vejam o VLP é função da taxa de desconto (custo do capital da empresa), conforme
na medida em que a taxa de desconto cai (diminui) é possível ver esta queda em
no eixo horizontal do
gráfico, o VPL
aumenta eixo vertical,
e assim ocorre ao
contrário também.
Em um projeto
de investimento, é
importante que a
taxa de desconto seja
maior, e menor seja
o VPL projetado.
Há alguns métodos de avaliação nas quais permite que o gestor tome sua decisão
de modo a atingir o objetivo, o mesmo precisa optar por aquele que utiliza o fluxo de
caixa e o resultado encontrado seja a melhor condição para os proprietários do capital.
VF = VP (1 + TIRM)
As expressões significam
VF = valor futuro.
VP = valor presente.
VP = valor presente.
TIRM = taxa interna de
retorno modificada.
Exemplo:
Voltamos ao uso do fluxo de caixa, para calcular o payback para realiza o confronto
do fluxo de caixa estimado com o investimento inicial (desembolso). Este cálculo vai
acontecendo até o momento no qual os dois se igualam. Para critério de decisão
utilizar o projeto com prazo menor de retorno em comparação ao prazo máximo de
recuperação do investimento.
Portanto:
Se o payback é simples > prazo máximo tolerável, o projeto deve ser rejeitado.
Se o payback é simples < prazo máximo tolerável, o projeto deve ser aceito
Podendo ser determinado como o tempo necessário para que a organização possa
reaver o investimento inicial do projeto, a partir de entrada de caixa operacionais geradas,
convertendo-se ao valor presente e a uma taxa determinada, assim a consequência de
um Payback Descontado é mostrada em um período de tempo.
225.000
205.000
155.000
125.000
tempo
500.000,00
a) 52.833,00
b) 49.433,09
c) 59.632,00
d) 50.000,00
e) 22.500,00
Seção 3
Sem dúvida, a preferência dos gestores são as vendas à vista do ponto financeiro
é bem melhor, o recebimento imediato paga o custo do produto mais a margem
de lucro que está refletida no preço de venda.
Estas ações irão manter os atuais clientes satisfeitos, o prazo para pagamento
é atrativo, vários consumidores adquirem produtos exatamente por causa da
concessão de prazo, talvez em uma situação que a venda é determinada somente
à vista muitos consumidores deixam de comprar.
Ressaltamos que o risco e o custo, sendo estes fatores nos quais são associadas
as contas a receber, têm variação conforme o segmento da atividade econômica
da empresa, e também há variação conforme o mercado em que atuam.
COMPRA DE
PRODUÇÃO FATURAMENTO RECEBIMENTO
MATÉRIA
PRESTAÇÃO DE
PROFISSIONAL FATURAMENTO RECEBIMENTO
SERVIÇO
Exemplo 1
Dias 1 2 3 4 ... 29 30 31 32
Exemplo 2
Dias 1 2 3 4 ... 59 60 61 62
Neste tópico nós apresentamos as principais informações para uma boa política de
crédito, vejamos agora os componentes necessários para esta política:
a) Prazo de crédito.
b) Prazo de desconto.
c) Prazo de recebimento.
d) Prazo de pagamento.
e) Prazo de antecipado.
a) 30 dias.
b) 20 dias.
c) 28 dias.
d) 10 dias.
e) 25 dias.
a) $ 300.000.
b) $ 82.192.
c) $ 32.145.
d) $ 365.
e) $ 31. 255.
5.000,00
$ 20.000
a) 7.00%.
b) 6.58%.
c) 5.58%.
d) 4.00%.
e) 2.55%.
A) Condições de vendas.
b) Análise de crédito.
c) Padrões de créditos.
d) Política decobrança.
e) Política governamental.
Referências
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA; César Augusto Tibúrcio. Administração do capital de
giro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
BERTI, Anélio. Análise do capital de giro: teoria e prática. São Paulo: Ícone, 1999.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ROSS, Stephen A. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas, 1998.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
SUGESTÃO DE LEITURA
SANTOS, Joenice Leandro Diniz. Administração financeira. São Paulo: Pearson, 2010.
FUNDAMENTOS DA
ENGENHARIA ECONÔMICA
Regina Lucia Sanches Malassise
Introdução à unidade
A eficiência nada mais é que buscar produzir mais com menos, ou ainda, ganhar
mais investindo menos obtendo desta forma o melhor retorno. Com certeza
existem outros significados, mas do ponto de vista econômico, este é o de maior
relevância.
Para tornar conhecidas as noções básicas desta complexa área de estudos que
une a Economia e a Engenharia propomos a divisão desta unidade em três seções,
quais sejam:
Seção 1
Neste sentido compreender como ela surgiu e como ganhou corpo estruturado
para poder ser utilizada no processo de tomada de decisão é importante. Assim, a
Engenharia Econômica liga duas importantes áreas de empresa, a de operações que
se ocupa daquele produto que será entregue e finanças que cuida da gestão dos
recursos da empresa.
Para cumprir tais funções a Engenharia Econômica trabalha com análises que
envolvem formas físicas, em períodos diversos e que por isto carecem de um fator
em comum que permita a análise econômica. Por isto utilizam-se os fluxos de renda
e custos envolvidos no projeto. Os projetos são avaliados de acordo com seu fluxo
monetário ou fluxo de caixa; trabalha-se com a noção de fluxo descontado tanto
de receitas quanto de despesas; a avaliação do projeto é feita em termos de melhor
alternativa e não em valores absolutos e para isto o projeto deve considerar todas as
alternativas promissoras e imagináveis para ter um bom termo para a comparação
custo-benefício do projeto.
Seção 2
- Benefício: é o valor dos bens que são produzidos pelo projeto e que atenda
alguma demanda.
este tipo de cálculo é útil como forma de indicar se vale a pena realizar um investimento
ou aplicar o dinheiro em uma opção que proporcione o rendimento mínimo, ou seja,
uma taxa mínima de atratividade (TMA), também utilizada como taxa de desconto.
ATMA é a taxa que representa o mínimo de retorno que um investidor espera obter
para aplicar seu dinheiro. Temos que ter em mente que o dinheiro não ficará parado
porque o investidor sempre tem a opção de aplicá-lo num investimento que remunere
a taxa de juros mínima representada pela TMA. Lembre-se que estamos interessados
em apurar o valor do dinheiro no tempo. Normalmente, no mercado observa-se a taxa
do investimento de menor risco, por isto muitas vezes adota-se como TMA a taxa de
juros da caderneta de poupança. Souza e Clemente (2008) informam que as taxas de
juros que também são utilizadas como TMA são: Taxa Básica Financeira (TBF), a Taxa
Referencial (TR), a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e a Taxa do Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (SELIC).
VPL=-CF0 +
∑ (1+i)
CF > 0
j
Sendo que:
j = período ou tempo.
a remuneração de uma opção que já existia antes do projeto. Pois bem, vamos a alguns
exemplos de cálculo do VPL com utilização da calculadora HP 12C.
Uma empresa tem uma TMA de 12% ao ano, e quer saber a viabilidade financeira de
um projeto cujo fluxo de caixa está representado da seguinte forma.
D = 4.000,00
i = 15% a.a
80.0000,00
Um investidor foi procurado por dois agentes financeiros que lhe fizeram propostas
distintas de aplicações financeiras, conforme destacado a seguir.
Considerando que a TMA fosse 15% a.a. qual das duas propostas é mais vantajosa
para o investidor?
0 1 10 0 1 10
23.0000 14.0000
Um dos motivos para tal ressalva é que os agentes apresentam propostas para
captação de recursos para atender a uma necessidade deles e não do investidor, logo
sua proposta não fica sujeita a alterações por parte do investidor.
Exemplo 4: Uso VPL com alternativas de custo com duração igual
Alternativa A
1 15
27.000
230.000 i = 6% a.a
Alternativa B
1 15
13.000
320.000 i = 6% a.a
Resolução:
a) Carregando as informações na HP 12C
Alternativa A Alterativa B
VFLj = ∑ P (n+1)
0
n
Equipamento A Equipamento B
Custo 50.000 80.000
Custo anual de conservação 20.000 15.000
Valor residual para venda 4.000 4.000
Duração em anos 10 10
i 6% 6%
4.000
equipamento A
1
10
0
20.000
i = 20% a.a
50.000
8.000
equipamento B
1
10
0
15.000
i = 20% a.a
80.000
Resolução:
a) Carregando as informações na HP 12C
Equipamento A Equipamento A
Supondo uma aplicação que renda dividendos de 20, 30, 10 e 40, correspondendo
ao período de 1, 2, 3 e 4. Considerando uma TMA de 20% pede-se identificar qual
é o valor uniforme líquido, ou o fluxo uniforme líquido deste fluxo de caixa.
U=?
20 30 10 40
0 1 2 3 4 0 1 2 3 4
i = 20% a.a
P P
Resolução:
a) Carregando as informações na HP 12C
A taxa interna de retorno (TIR), ou taxa interna de juros é utilizada para tornar
o valor presente liquido de um fluxo de caixa igual a zero, também pode ser
comparada ao retorno de um investimento em um ativo.
Porque poderíamos fazer tal comparação? Podemos dizer que quando uma
pessoa física faz um investimento em uma aplicação financeira, ou mesmo constitui
um empreendimento, faz com expectativa de retorno, ganhar uma quantia maior
do que aplicou, o retorno desta aplicação ou empreendimento corresponde à
chamada taxa mínima de atratividade (TMA), e pode ser chamada também de taxa
de expectativa ou taxa de equivalência.
Quando a TIR for maior que TMA, significa que a rentabilidade do projeto é maior
do que mínimo determinado pela organização como referencial de ganho. O projeto
obterá ganho financeiro.
TIR menor que TMA, significa que o investimento possui característica de rentabilidade
menor do que o mínimo determinado pela empresa. O projeto inviabilizado resulta em
perda financeira.
TIR = TMA
TIR igual TMA significa que a rentabilidade é igual à rentabilidade mínima determinada
pela empresa, o projeto não gera nem perda e nem ganho financeiro.
Para calcular a TIR não é preciso conhecer a taxa de desconto, o investidor irá
apenas deixar claro o valor do investimento inicial e o fluxo de caixa do projeto.
O cálculo da TIR pode ser realizado por tentativas e erro, neste caso, não possui
auxílio de planilhas eletrônicas.
Não existe TIR para projeto que não tenha investimento inicial.
Análise de custo benefício (ACB) pode ser aplicada às mais diversas atividades
e investimentos. Neste sentido precisamos ter em mente que benefícios é um
termo utilizado como sinônimo para receitas, faturamentos, dividendos e tudo
que possa beneficiar um empreendimento previsto. Também se deve atentar aos
benefícios sociais de um empreendimento, que embora difícil de avaliar, envolve
muitas interpretações divergentes, não pode ser menosprezada.
Quanto aos custos este pode ser um termo utilizado como sinônimo
para dispêndio, gasto, despesa, pagamentos e tudo mais que possa levar ao
endividamento do empreendimento previsto
A ACB tem por objetivo determinar se um projeto é viável, o que pode ocorrer
em termos de bem-estar social e/ou em termos valores de monetários expressos
Figura A
0 1 ....
380
a) Calculando o VPL
- Carregando as informações na HP
O IBC é uma medida que indica quanto se espera ganhar por unidade de capital
investido. O IBC considera que “os recursos liberados ao longo da vida útil do
projeto sejam reinvestidos à taxa mínima de atratividade”. (SOUZA; CLEMENTE,
2008, p. 79).
Conclusão: O IBC indica que neste projeto se espera que cada R$ 1,00 investido
permita retirar R$1,21, após expurgado a TMA. Pode-se dizer que haveria um ganho
de 21,08% real.
1. O que é o VPL?
Seção 3
Revisando a análise de balanço
A análise de balanço tem como função aplicar índices e percentuais que permitam
ao gestor verificar a situação da empresa no momento tempestivo da informação.
Para melhor entender este assunto vamos iniciar nosso estudo. Vamos exemplificar
as demonstrações contábeis Balanço e DRE.
Quadro 4.1 – Exemplo – Balanço Patrimonial – Cia. Sonho Me
ATIVO PASSIVO
20X1 20X2 20X3 20X1 20X2 20X3
Circulante Circulante
Dupl. a
700 1.000 1.500 Contas a Pagar 400 2.000 3.000
Receber
Estoque 1.200 1.800 2.200 1.000 3.000 5.000
2.000 3.000 4.000
Não
Não Circulante
Circulante
Realizável Financiamento
300 600 600 2.000 2.000 2.000
a LP (ELP)
Patrimônio
Investimentos 500 1.000 2.000
Líquido
Imobilizado 800 1.600 2.200 Capital 500 500 500
Reservas de
Intangível 400 600 1.200 400 1.000 1.500
Capital
Reservas de
2.000 4.000 6.000 100 500 1.000
Lucros
1.000 2.000 3.000
Total 4.000 7.000 10.000 Total 4.000 7.000 10.000
3.2 Índices
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Cálculo:
Com esse índice observamos que caso a empresa parasse com suas vendas, ela
conseguiria pagar mais da metade de suas dívidas.
EG =PC +PNC
AT
Calculando:
X1
790.000 790.000
X2
830.000 830.000
X1 = 0,55 X2= 0, 52
Calculando:
X1
X2
Calculando:
X1
350.000 350.000
X2
400.000 400.000
X1 = 125,71% X2 = 70%
Calculando:
X1
350.000 350.000
X2
400.000 400.000
X1 = 45,71% X2 = 35%
Estes percentuais demonstram que a cada exercício social que passa os recursos
imobilizados, que são utilizados para adquirir imobilizado, intangível e ações de
outras companhias, estão aumentando. Isto ao mesmo tempo evidencia um maior
comprometimento do patrimônio líquido com recursos fora de giro, também
pode sinalizar que a empresa está modernizando suas máquinas e instalações ou
aumentando seus investimentos estratégicos.
- Margem bruta – MB
Calculando:
X1
800.000
Margem operacional – MO
Margem líquida – ML
Calculando:
800.000
a) Liquidez corrente.
b) Liquidez geral.
c) Liquidez seca.
d) Endividamento.
Projeto A
Investimento inicial: R 15.000,00. E fluxos de recursos dados por:
Cf1= $3.000,00
Cf2= $5.000,00
Cf3= $5.000,00
Cf4= $3.000,00
Cf5= $2.000,00
Cf6= $4.000,00
Referências