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PÚBLICO E COMUNITÁRIO:
PROJETO ARQUITETÔNICO COMO PROMOTOR
DO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
DÉBORA MACHADO
PÚBLICO E COMUNITÁRIO:
PROJETO ARQUITETÔNICO COMO PROMOTOR DO ESPAÇO DE
CONVIVÊNCIA
CDD – 711.5
Ao Leandro pelo que significa em minha vida e por fazer parte dos
meus sonhos.
4
Agradecimentos
Ao meu pai Milton, grande professor, por ser integro, digno e livre.
Agradeço pelo respeito, por sua enorme disposição em me ajudar e por mostrar-
me a importância da pesquisa.
Índice
Resumo ________________________________________________________08
Abstract ________________________________________________________08
Introdução ______________________________________________________09
2.2. Trajetória das escolas públicas da rede estadual de São Paulo ____62
Conclusão _____________________________________________________120
Anexos ________________________________________________________122
Resumo
Abstract
Introdução
1
SENNETT, Richard. O declínio do homem público. São Paulo, Companhia Das Letras, 1974, p.
30.
2
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 12.
3
Larousse Cultural – Grande Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo. Nova Cultural Ltda,
1999.
4
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 13.
13
O conceito de público não deve ser tratado como espaço sem dono, como
se a sociedade não tivesse responsabilidade sobre aquilo, essa conduta vem
causando a destruição das principais cidades do mundo por conta da alienação
das pessoas em relação à preservação do espaço público. Dessa forma a
população não se sente responsável por aquele espaço e o vandalismo e a
violência crescem de forma negativa.
É importante destacar que todas as pessoas têm acesso ao espaço público,
desde que façam o que é proposto ali, entretanto observou-se que em alguns
casos o uso pré-determinado indica um espaço público com uma função
específica. Por exemplo, uma biblioteca pública é um espaço público aberto para
as atividades de leitura a todas as pessoas, sejam elas crianças, estudantes,
adultos universitários, entre outros. Todos obrigatoriamente devem seguir as
regras da biblioteca, seu uso é controlado com horários de funcionamento e
silêncio exigido para leitura. É diferente de uma praça pública que permite
diversos usos a qualquer momento para qualquer um. As pessoas podem circular,
conversar, cantar, etc. Dessa forma, a praça é um espaço público de uso coletivo5,
porém ali a multiplicidade de usos distingue-os de espaços de uso específico.
Ambos são públicas, mas a utilização de cada um é diferente, a praça permite
usos variados, enquanto a biblioteca pressupõe uso específico de atividade.
Analisando o termo como um adjetivo para espaço, conclui-se que o espaço
de uso público implica sempre no uso coletivo, gerando um espaço coletivo, o que
faz com que vários usuários utilizem o espaço ao mesmo tempo, estabelecendo
assim, maior respeito entre as pessoas. Por outro lado pode-se dizer que se o
espaço público pressupõe o uso coletivo, o espaço de uso coletivo nem sempre é
público, pode ser privado ou comunitário.
5
A palavra coletivo no dicionário Larousse Cultural, quer dizer “que compreende, abrange muitas
pessoas ou muitas coisas, ou lhes diz respeito”; é também o “que pertence a um conjunto de
pessoas ou de coisas”. Assim, podemos considerar que todo espaço público é de uso coletivo, mas
nem todo espaço de uso coletivo é público. Um exemplo de espaço público e de uso coletivo é o
parque. Lá é permitida a utilização por várias pessoas ao mesmo tempo e a estrutura do parque
oferece diversas opções de atividades, como caminhada, exercícios físicos, passeios em contato
com a natureza, o encontro de pessoas, entre outros. Fonte: Larousse Cultural – Grande Dicionário
da Língua Portuguesa. São Paulo. Nova Cultural Ltda, 1999. p. 244.
14
6
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 45.
15
7
Segundo o arquiteto e paisagista Benedito Abbud, “as praças são espaços inseridos no tecido
urbano, no qual a paisagem da cidade está bastante presente. Os parques são áreas que podem
ou não estar dentro da cidade, mas a visão da natureza prevalece sobre a paisagem urbana do
entorno. Em geral, embora necessariamente, os parques são maiores que as praças, e as formas
de gestão também diferenciam esses espaços: os parques freqüentemente possuem
administradores, as praças não.” em seu livro ABBUD, BENEDITO. Criando paisagens: guia de
trabalho em arquitetura paisagística. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2006. p. 182.
8
Segundo Eugenio Fernandes Queiroga em sua tese de doutorado, onde ele defende a “praça
como um espaço da realização do mundo vivido e da esfera de vida pública” em QUEIROGA,
Eugenio Fernandes. A megalópole e a Praça: O espaço entre a razão de dominação e a ação
comunicativa. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo,
2001. p. 50.
16
pracialidade que podem ser destinados a exemplos de espaço público como ruas,
avenidas, calçadas e até mesmo edifícios.
9
Conceito aplicado a praça em QUEIROGA, Eugenio Fernandes. A megalópole e a Praça: O
espaço entre a razão de dominação e a ação comunicativa. São Paulo, Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo - Universidade de São Paulo, 2001. p. 50.
17
Existem espaços privados que se abrem para o uso público, nesses casos,
são espaços privados que se tornam público porque permitem o acesso de todas
as pessoas, em alguns casos respeitando regras daquele lugar e em outros
respeitando regras apenas da sociedade.
No caso dos edifícios, o limite entre o espaço público formado pela calçada
e pela rua, e o espaço privado existe de maneira muito discreta, onde uma grande
“soleira” une os dois ambientes (Fig. 1.5), essa idéia pode ser compreendida
através do texto de Hertzberger:
“A concretização da soleira como intervalo significa, em primeiro lugar e
acima de tudo, criar um espaço para as boas-vindas e as despedidas, e,
portanto, é a tradução em termos arquitetônicos da hospitalidade. Além
disso, a soleira é tão importante para o contato social quanto às paredes
grossas para a privacidade. Condições para a privacidade e condições para
manter os contatos sociais com os outros são igualmente necessários.” 10
10
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 35.
19
11
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 74.
12
Idem, ibidem. p. 77.
20
13
Uma das primeiras galerias foi a Vittorio Emanuele (Fig. 1.6), construída
em 1865, em Milão, na Itália e desenhada pelo arquiteto Giuseppe Mengoni. A
arquitetura da galeria oferece luminosidade, seu interior comercial constitui
também um espaço de encontro e circulação da sociedade italiana atraída pelas
lojas. A partir da referência das antigas galerias, a Rua 24 horas (Fig. 1.7), em
Curitiba, capital do Paraná, é um exemplo de espaço destinado ao uso público.
Inaugurada em 1991, é uma via exclusiva para pedestres, essa rua tem seu
funcionamento 24 horas por dia, oferece uma série de serviços como área de
alimentação, revistaria, ótica e banco 24 horas, foi uma das primeiras proposta de
galeria de comércio no Brasil, toda a estrutura é metálica tubular formando arcos e
14
sua cobertura é composta de vidros curvos .
O arquiteto Marcelo Ursini, diz que “o senso comum define o espaço público
como oposição ao espaço privado, reduzindo estes conceitos a valores de uso e
posse. Desta maneira, público e privado se separam de forma nítida, desprezando
15
qualquer possibilidade de continuidade entre estes espaços.” Sua pesquisa de
mestrado, com o título “Entre o Público e o Privado: os espaços francos na
Avenida Paulista” permitiu essa identificação da integração do público com o
privado através de análises dos espaços privados de uso público na Avenida
Paulista, dentre eles, as galerias de comércio, que oferecem a possibilidade de
travessia, além da venda de produtos.
13
Fonte: “Galeria Vittorio Emanuele II” em
http://olhares.aeiou.pt/galeria_vittorio_emanuele_ii_1/foto728714.html (acesso em 24/05/2008).
14
Hertzberger explica a sensação de quem circula nas galerias: “As passagens altas e compridas,
iluminadas de cima graças ao telhado de vidro, nos dão a sensação de um interior: deste modo,
estão do lado de “dentro” e de “fora” ao mesmo tempo. O lado de dentro e o de fora acham-se tão
fortemente relativizados um em relação ao outro que não se pode dizer quando estamos dentro de
um edifício ou quando estamos no espaço que liga dois edifícios separados.” Em HERTZBERGER,
Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 76.
15
URSINI. Marcelo. Entre o Público e o Privado: os espaços francos na Avenida Paulista. São
Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo, 2004. p. 15.
21
Fig. 1.6 – Galeria Vittorio Emanuele, em Milão, Itália Fig. 1.7 - Rua 24 horas em Curitiba, Paraná.
16
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 48.
17
Idem, ibidem. p. 52.
22
é necessário que haja um equilíbrio, assim a rua não é apenas uma via que leva
de um ponto ao outro, mas sim, um local onde as crianças podem brincar, os
moradores possam se encontrar e conversar, as pessoas possam passear, o que
se assemelha muito a praça. (Fig. 1.8) Hertzberger também diz que é “uma área
de rua com a qual os moradores estão envolvidos, onde marcas individuais são
criadas por eles próprios, é apropriada conjuntamente e transformada num espaço
comunitário.” 18
18
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 43.
23
Vale ressaltar que espaço comunitário e espaço público não são sinônimos.
Comunitário é relativo à comunidade que se referem ao conjunto de pessoas com
os mesmos interesses e que se organizam respeitando seus próprios costumes e
hábitos, essas pessoas podem usar tanto espaços públicos quanto espaços
privados. O termo comunidade se originou da palavra comum, que, nesse caso,
significa o lugar comum de convivência, necessário para a habitação, cultura,
serviços, educação e lazer, naquele onde as pessoas vivem experiências em
comuns e percebem o mundo. Como exemplo, a escola pública da rede estadual,
onde o espaço da escola está sob a administração pública, do estado, porém, os
usuários têm interesses em comum, entre eles estão os estudantes, os pais de
alunos, os funcionários e outros moradores que utilizam o espaço da escola para
atividades diversas, tais como esporte e eventos.
A palavra “comunitário”, conforme o dicionário Aurélio, significa “respeitante
à comunidade, considerada quer como estrutura fundamental da sociedade, quer
19
como tipo ou forma específica de agrupamento.” Ou seja, para se considerar o
conceito de comunitário é preciso sempre associar com o conceito de
comunidade.
No Dicionário Prático de Filosofia20, o conceito classificado como sociologia
e filosofia política diz que comunidade é o “grupo de indivíduos vivendo juntos,
tendo interesses comuns, e partilhando um certo número de valores ou tradições”,
Nesse caso, comunidade está relacionado a um grupo de pessoas com
características e necessidades em comum buscando soluções em conjunto.
Podemos perceber que o espaço só é de uso comunitário quando atende a
comunidade, o que nos faz sempre associar o espaço comunitário de um
equipamento arquitetônico à necessidade da população que ali vive, seja essa da
região, do bairro ou do município. Em alguns casos, como em bairros residenciais,
a rua pode ser um espaço comunitário também, lá acontecem atividades
comunitárias como eventos do bairro, feiras ao ar livre, encontros da população.
19
Novo Aurélio – O Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira,
1999. p. 517.
20
CLÉMENT, Élisabeth,; DEMONQUE, Chantal; HANSEN-LOVE, Laurence; Kahn, Pierre.
Dicionário Prático de Filosofia. Lisboa, Terramar, 1999. p. 66.
24
21
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 54.
22
Idem, ibidem. p. 59.
25
arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer. Esse projeto foi implantado em uma área
ampla que mais tarde seria arborizada contando com uma grande marquise
ligando os elementos arquitetônicos, o parque é composto pelo Palácio das
Nações e o Palácio dos Estados na face noroeste, a Bienal de São Paulo, antigo
Palácio das Indústrias na face sudeste e o Pavilhão de Exposições, atualmente
conhecido como Oca, juntamente com o Museu da Aeronáutica e o Museu de
Artes na mesma edificação circular na face leste. Hoje a área é cercada por
grandes avenidas, entre elas a Avenida República do Líbano, Avenida Pedro
Álvares Cabral, Avenida Quarto Centenário e Avenida Vinte Três de Maio, que
corta a cidade. Atualmente, o Parque do Ibirapuera, além de ser o maior parque
de São Paulo, é um local significante para metrópole por vários aspectos, tanto
culturais e educacionais, como de esporte e lazer.
O projeto arquitetônico original passou por várias transformações por
questões de custo, o projeto final foi aprovado em 1953 e a construção do parque
foi concluída em 1954. Ocupando uma área de um milhão e 584 mil metros
quadrados, esse terreno compreende as edificações interligadas pela grande
marquise, os três lagos e um jardim. Esse projeto arquitetônico, mesmo antes de
ser executado, já prometia grandes áreas de uso público, pois, além de ser um
grande parque público, também oferece vários espaços de uso coletivo para a
população de São Paulo, tais como prática de esporte, lazer, cultura, espaços
para shows e eventos, ponto de encontro para as pessoas, espaços de
convivência, entre tantos outros. (Fig. 1.11 e Fig. 1.12).
27
Teatro
Oca
Bienal
Auditório
Marquise
Oca
23
considerado uma arquitetura de imenso valor para São Paulo, nela é possível
perceber o caráter de utilização variada, onde as pessoas se apropriam de forma
criativa e das mais variadas comunidades.
O MASP, Museu de Arte de São Paulo (Fig. 1.13), projeto da arquiteta Lina
Bo Bardi, foi construído em 1957 e está situado na Avenida Paulista, no terreno do
antigo Belvedere do Trianon, atualmente uma região bastante movimentada de
São Paulo. Esse projeto é uma representação clara do modernismo, movimento
que defende a praticidade e a liberdade, Lina dizia que o museu era dedicado ao
público em massa, era a “arquitetura como serviço social”.
23
O Parque do Ibirapuera é hoje um patrimônio histórico tombado pelo Condephaat desde 25 de
janeiro de 1992 em CONDEPHAAT. “Lista dos Bens Tombados no Estado de São Paulo” em
http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/?vg
nextoid=c88fcf75c7e9b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD&cpsextcurrchannel=1 (acesso em
25/05/2008).
31
Parque Trianon
MASP
24
Palavras de Lina Bo Bardi, em BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu de Arte de São Paulo.
São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p. 12.
25
Escritos de Lina em FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e
P.M. Bardi, 2008. p. 102.
36
O vão do Masp sempre foi e ainda é uma grande área livre, oferecendo um
espaço público onde ocorre as mais variadas atividades, como shows, feiras,
eventos, exposições, manifestações, entre outros. (Fig. 1.21).
A análise do Masp revela nos dias de hoje, ainda um espaço público, de
acesso público e coletivo, seu uso é contínuo, ou seja, 24 horas por dia. O
pavimento térreo é uma extensão da calçada, o que mantém a relação com a
Avenida Paulista. Além dessa grandeza de área livre, o limite do terreno é
marcado por um enorme banco cercado de vegetação, no qual se encontra um
ambiente agradável, todo o pavimento térreo deveria ser livre para uso público e
coletivo, porém nem tudo se mantém como no projeto original de Lina Bo Bardi,
37
17 Corredor
de acesso
26
Em Portal Sesc SP. “Quem somos, nossas unidades, Vila Mariana” em
http://www.sescsp.org.br/sesc/quem_somos/index.cfm?index=3&lg=pt&idcat=3&iditem=1 (Acesso
em 22/06/2009).
43
1. Acesso principal – A entrada das pessoas é feita pela Rua Clélia, esta da
acesso ao grande corredor que caracteriza o eixo principal de circulação.
2. Uso coletivo e cultural de acesso público – É formada pelo pavilhão de
exposições e pelo teatro, oferece atividades muitas vezes gratuita, essas áreas
são destinadas ao público em geral, qualquer pessoa pode acessar no horário de
funcionamento do Sesc.
3. Espaço privado de acesso público – Composto pelos ambientes de
27
Restaurante (Fig. 1.37), biblioteca de lazer (Fig. 1.38), espaço de estar (Fig.
1.34) com lareira (Fig. 1.36) espelho d’água (Fig. 1.35) e por último, o foyer. Esses
locais oferecem ao público em geral a possibilidade de momentos de descanso,
diversão e contemplação, permite a integração dos usuários, onde é possível
interagir com as pessoas e com os elementos 28.
4. Espaço privado de acesso restrito à usuários do Sesc – as áreas
29
exclusivas para usuários são constituídas por um edifício esportivo com 5
30
pavimentos e outro edifício para atividades diversas com 11 pavimentos, além
31 32
dos ateliês e dos laboratórios , a circulação nessa área é feita principalmente
através do deck, amplo espaço de uso coletivo, onde as pessoas podem tomar
banho de sol, descansar, caminhar, etc.
27
O restaurante do Sesc oferece também os serviços de bar em um único espaço.
28
Comida, bebida, livros, fogo, água, objetos, etc.
29
Formado por piscinas, ginásio e quadras.
30
É composto por lanchonete, vestiário, sala de ginástica, lutas e danças.
31
Os ateliês são de cerâmica, pintura, marcenaria, tapeçaria, gravura e tipografia.
32
Os laboratórios são para curso de fotografia e música.
44
33
Em FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 2008.
p. 220.
34
Idem, ibidem. p. 220.
46
dos menores e humildes meios...” Assim, dediquei meu trabalho da Pompéia aos
35
jovens, às crianças, à terceira idade: todos juntos”.
35
Em FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 2008.
p. 231.
47
Consolação
Subsolo
Pavimento superior
36
Memorial descritivo do projeto arquitetônico disponível no site
http://www.unaarquitetos.com.br/vp/inicial.htm (acesso em 10/05/2008).
37
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 35.
52
Cultural Maria Antonia é de oferecer para São Paulo, um espaço cultural público,
como é possível perceber através do desenho. (Fig. 1.46 e 1.47.)
No memorial, identifica-se claramente a intenção de promover o espaço de
caráter público: “Requalificar os espaços livres, oferecendo uma ligação generosa
do conjunto com a cidade, é a contribuição do projeto para a memória do
38
movimento acadêmico, cultural e político que teve sede à rua Maria Antônia.”
Entende-se assim que o projeto estabelece essa relação do edifício com a cidade,
promovendo no centro, a praça pública.
Fig. 1.48 - Centro Cultural Maria Antonia Fig. 1.49 - Instituto de Arte Contemporânea
38
Memorial descritivo do projeto arquitetônico disponível no site
http://www.unaarquitetos.com.br/vp/inicial.htm (acesso em 10/05/2008).
54
39
Texto de HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p.
86.
55
40
São consideradas escolas públicas, todas as escolas que são do estado. Ainda que escolas
mantidas por organizações do terceiro setor também oferecem ensino gratuito.
57
41
SEGAWA, Hugo. “Hélio Duarte moderno, peregrino, educador”. Arquitetura & Urbanismo. São
Paulo, n.º 80, ano 14, p. 63, out./nov. 1998.
42
Palavras de Hélio Duarte, retiradas do livro PINTO, Gelson de Almeida e BUFFA, Ester.
Arquitetura e Educação: Organização do Espaço e Propostas Pedagógicas dos Grupos
Escolares Paulistas, 1893 / 1971. São Carlos: Edufscar, 2002. p. 115.
59
43
PINTO, Gelson de Almeida e BUFFA, Ester. Arquitetura e Educação:Organização do Espaço e
Propostas Pedagógicas dos Grupos Escolares Paulistas, 1893 / 1971. São Carlos: Edufscar, 2002.
p. 100.
44
Texto de Anísio Teixeira, retiradas do livro PINTO, Gelson de Almeida e BUFFA, Ester.
Arquitetura e Educação: Organização do Espaço e Propostas Pedagógicas dos Grupos
Escolares Paulistas, 1893 / 1971. São Carlos: Edufscar, 2002.p. 103.
60
1949 – 1959
Acordo entre o Governo Estadual e a
Prefeitura de São Paulo
1959 – 1976
Nasceu dentro do Plano de Ações
do Governador Carvalho Pinto
1976 – 1987
Padronização dos materiais e dos
componentes para aceleração do processo
construtivo
1987 – 2009
Vinculada à Secretaria da
Educação, atua até os
dias atuais
Organograma 2.1. Órgãos que atuaram na administração das escolas da rede pública estadual de
45
São Paulo
45
Organograma de autoria da autora.
61
48
Tabela 2.1. Programa Arquitetônico para Escola-parque
46
Destinado ao recreio e à ginástica.
47
Os consultórios ofereciam atendimento médico, odontológico e assistência social.
48
Tabela de autoria da autora.
62
49
Muitas escolas foram construídas no período do Convênio Escolar , vários
arquitetos trabalharam na elaboração dos projetos, porém, destacamos aqui a
primeira escola classe projetada em São Paulo, essa por sua vez foi projetada por
Hélio Duarte no bairro do Limão chamada Visconde de Taunay, posteriormente,
foram construídas no bairro da Mooca, a escola Pandiá Calógeras e na Vila
50
Mariana, a escola Pedro Voss , as duas também de autoria de Hélio Duarte.
Outro arquiteto, também desse período, que participou da criação das escolas foi
o Eduardo Corona, com o projeto da escola Erasmo Braga, no bairro do Tatuapé.
49
O Convênio Escolar teve sua existência de 1949 a 1959, nesse período foram construídos 70
edifícios escolares, 500 galpões provisórios, 30 bibliotecas populares, 90 recantos infantis, 20
parques infantis e outras obras de restauração e conservação de edifícios escolares já em
funcionamento.
50
Apresenta-se o projeto arquitetônico no capítulo 3.
51
Em LIMA, Mayumi Watanabe de Souza. Arquitetura e Educação. São Paulo, Studio Nobel, 1995.
p. 108.
63
52
Ambos os projetos podem ser vistos a seguir, com identificação das áreas comunitárias.
64
53
Área coberta destinada ao recreio dos alunos, um espaço de circulação e integração das
pessoas, chamado pela FDE de galpão.
66
PROGRAMA ARQUITETÔNICO
Convênio Escolar Fece Conesp FDE
Administrativo Administrativo Administrativo Administrativo
Diretor Diretor Diretor Diretor
Sala dos Sala dos Sala dos
Sala dos Professores
Professores Professores Professores
Sala de Aula Sala de Aula Sala de Aula Sala de Aula
Laboratório Laboratório Laboratório Laboratório
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Museu Jardim Jardim Ciclo Básico
Auditório Auditório Auditório Auditório
Pátio interno Pátio interno Pátio interno Pátio interno
Zelador Zelador Zelador Zelador
Grêmio Grêmio Grêmio Grêmio
Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha
Depósito Depósito Depósito Depósito
Sanitário/
Sanitário / Vestiário Sanitário / Vestiário Sanitário / Vestiário
Vestiário
Assistente Social Assistente Social Assistente Social Assistência Escolar
Quadra Quadra Quadra Quadra
Cantina Cantina Cantina Cantina
Piscina Centro Cívico Educação Física
Consultório Médico Almoxarifado Almoxarifado
Consultório
Sala Multiuso Sala Multiuso
Odontológico
Sala de Vídeo
Refeitório
Sala de Leitura
Tabela 2.2. – Transformações no programa arquitetônico das escolas com ênfase nas áreas de
59
uso comunitário.
59
Tabela de autoria da autora.
69
60
ANELLI, Renato “Centros Educacionais Unificados: arquitetura e educação em São Paulo” em
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq055/arq055_02.asp, arquitexto nº 055.02 (acesso em
30/03/2007).
71
intervenções dos CEUs foram implantadas nos setores mais pobres do município,
o objetivo era que a arquitetura desses edifícios proporcionasse não apenas
educação, mas um espaço de uso comunitário para a população dentro dos
bairros. Nas palavras de Anelli, ele identifica a influência de Anísio Teixeira no
surgimento da arquitetura do CEU:
“Os projetos dos Centros Educacionais Unificados – CEU,
gigantescas intervenções educacionais da Periferia da cidade de São Paulo
nos seus bairros periféricos, constituem o capítulo mais recente de uma
série de ações para reverter o quadro da desigualdade social no Brasil...
Teixeira desenvolveu e aplicou políticas educacionais onde a escola pública
deveria ser estendida a todas as classes sociais e ser capaz de cumprir um
61
papel formador do cidadão..."
Na idealização do CEU’s, buscou-se a construção de uma praça de
equipamentos sociais, com a intenção de abrir o espaço para a comunidade
através de um desenho de projeto arquitetônico atento a essas questões. O CEU,
conhecido como Centro de Educação Unificado, também chamado pelos
idealizadores de Centro de Estruturação Urbana ou Centro de Equipamentos
Urbanos foi criado para atender a comunidade de maneira geral, desde o recém-
nascido até a terceira idade, o que fez com que no programa fossem
determinadas as atividades de ensino. Já a proposta de cursos profissionalizantes
pretendia atender outra faixa-etária da população, oferecendo cursos de formação
para adolescentes e adultos.
É interessante perceber que o CEU nasce de uma proposta onde a
presença do espaço comunitário não é somente uma qualidade de projeto e sim
uma diretriz determinada pela prefeitura de São Paulo para a elaboração de cada
projeto. Esse trabalho desafiou arquitetos e educadores a levar um equipamento
público e social com atividades de educação, cultura, esporte e lazer ao alcance
de todos, respeitando cada um como cidadão para que o espaço público seja uma
das bases de estruturação da sociedade e da cidade.
61
ANELLI, Renato “Centros Educacionais Unificados: arquitetura e educação em São Paulo” em
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq055/arq055_02.asp, arquitexto nº 055.02 (acesso em
30/03/2007).
72
62
ANELLI, Renato. “Centros Educacionais Unificados: arquitetura em São Paulo” em
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq055/arq055_02.asp , arquitexto n.º 055.02 (acesso em
04/05/2008).
63
Cada equipamento do CEU conta com um Centro de Educação Infantil (CEI) que atende
crianças de zero a 3 anos, também uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) para os
alunos de 4 a 6 anos e para o público de jovens e adultos, proporciona a Escola Municipal de
Ensino Fundamental (EMEF). Fonte: “ Apresentação dos Ceus” em
http://portaleducacao.prefeitura.sp.gov.br/WebModuleSme/itemMenuPaginaConteudoUsuarioActio
n.do?service=PaginaItemMenuConteudoDelegate&actionType=mostrar&idPaginaItemMenuConteu
do=6270 (acesso em 12/03/2009).
73
64
VENTURA, Alessandro. “Notas sobre a arquitetura escolar paulista, dos anos 50 até os anos 90:
Os programas e os partidos”. Revista Sinopses. n.º 38, p. 21-38, out. 2002.
76
EMEI
Subprefeitura V. Mariana
65
A Escola Estadual Pedro Voss oferece ensino de primeira a quarta série no período das 7 as
16:10 h, as crianças tem três refeições na escola contando com café da manhã, almoço e lanche
da tarde.
77
aulas, quando a escola abre os portões para que os pais possam entrar no edifício
para buscar seus filhos, juntos, podem permanecer por um período na escola,
brincando com as crianças, interagindo com outros pais, conversando com os
professores, etc, fazendo com que o espaço seja utilizado de forma coletiva e
comunitária durante um período do dia. A quadra, o pátio e o jardim formam um
amplo espaço comunitário, no pátio, parte é coberta e parte é descoberta,
podendo ser utilizada independente do clima, a parte coberta da quadra interliga o
refeitório que oferece mesas e bancos para os alunos a para comunidade utilizar,
além dos pais que acessam a escola diariamente e podem permanecer sentados
aguardando seus filhos.
Esse caráter da escola é reconhecido por Hertzberger como uma escola
agradável não só para os alunos, como para os pais também:
“A entrada de uma escola primária devia ser mais do que uma mera
abertura através da qual as crianças são engolidas quando as aulas
começam e expelidas quando elas terminam. Deveriam ser um lugar que
oferecesse algum tipo de conforto para as crianças que chegam cedo e
para os alunos que não querem ir logo para casa depois das aulas. As
crianças também têm seus encontros e compromissos. Muros baixos em
que se possa sentar são o mínimo a se oferecer; um canto bem abrigado é
melhor, mas o melhor mesmo seria uma área coberta para quando chove.
A entrada de um jardim-de-infância é freqüentado pelos pais – ali eles se
despedem de seus filhos e esperam por eles quando as aulas terminam. Os
pais que esperam os filhos têm assim um bela oportunidade para se
conhecer e para combinar visitas das crianças às casas dos colegas. Em
suma, este pequeno espaço público, como local de encontro para pessoas
com interesses comuns, cumpre um importante função social.” 66
66
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 33.
78
Fig. 3.6 – Acesso dos alunos. Rua Dr. Fig. 3.7 – Praça na esquina em frente Fig. 3.8 – Rua de acesso à escola e
Bacelar a EMEI. Rua Pedro de Toledo a subprefeitura
Praça externa
84
Legenda:
1 – Sala de aula; 2 – Auditório; 3 – Pátio Coberto; 4 – Administrativo; 5 – Quadras; 6 – Jardim; 7 –
Quadra
Fig. 3.18 – Jardim e espelho d’água Fig. 3.19 – Corredor de acesso ao segundo bloco
67
Informações obtidas através de entrevista, com Edmilson Kaloczi, vice-diretor da Escola
Conselheiro Crispiniano, no dia 11 de novembro de 2008. Anexo 2, p. 139.
88
68
Entrevista concedida por Ana Maria Baptista Alves, diretora da Escola Conselheiro Crispiniano,
no dia 10 de novembro de 2008, ver anexo 3, p. 137.
69
Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau Conselheiro Crispiniano.
89
Praça pública
Fig. 3.29 – Quadra coberta e quadra descoberta Fig. 3.30 – Quadra com praça pública no fundo
passou a ser um grande espaço de uso público para a comunidade. Na foto aérea,
é possível identificar essa relação com o entorno limitada pela Rodovia Ayrton
Senna e pela linha férrea.
Fig. 3.35 – Vista a partir da janela da escola, comunidade da região de União da Vila Nova
Legenda:
1. Praça de acesso
2. Recreio coberto
3. Sanitário
4. Secretaria
5. Almoxarifado
6. Diretoria
7. Coordenação
8. Professores
9. Refeitório
10. Cozinha
11. Despensa
12. Uso Múltiplo
13. Leitura
14. Informática
15.Quadra Poliesportiva
Fig. 3.41 – Acesso à EE Prof.º Paulo Kobayashi Fig. 3.42 – Acesso à EE Helio Helene
70
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999. p. 32.
100
Fig. 3.43 – Área descoberta da escola Fig. 3.45 – Vão livre na entrada dos alunos
Fig. 3.47 – Escada de acesso à quadra Fig. 3.48 – Sala de suporte para Ed. Física
todos os espaços, com exceção das salas administrativas. Isso faz com que as
salas de aulas do primeiro e segundo pavimento sejam utilizadas com atividades
de cursos, palestras, entre outros; as quadras, tanto do pavimento térreo como do
quarto pavimento são utilizadas para prática de esportes, jogos e atividades
diversas como capoeira e danças. O pátio do quarto pavimento que se estende
ocupando parte do quinto pavimento também é utilizado como espaço
comunitário, integrado com a quadra, oferece um espaço de utilização
comunitária.
Essa escola é livre de vandalismo, a comunidade do bairro formada por
pais, alunos e outros moradores mantém a conservação do equipamento. A
presença da escola no bairro mudou a vida cotidiana da comunidade trazendo
para o bairro, um local público de cultura e lazer. 71
71
Fonte: FERREIRA, Avany de Francisco e MELLO, Mirela Geiger de. et al. Arquitetura Escolar
Paulista – Estruturas Pré-fabricadas. São Paulo: FDE, 2006. p. 170.
103
Fig. 3.53 –
Foto aérea
105
Fig. 3.54 – Edifício escolar Fig. 3.55 – Piscina, espaço de uso comunitário
Fig. 3.62 –
Equipamento
Fig. 3.65 – Conjunto habitacional e equipamento do CEU Fig. 3.66 – CEU Butantã e o bairro Butantã
112
Fig. 3.67 – Edifício escolar, piscina e creche Fig. 3.68 – Edifício escolar
113
Fig. 3.78 – Creche Fig. 3.79 – Quadra coberta, edifício cultural e esportivo
Conclusão
72
Informações obtidas através de entrevista com o Arquiteto Alexandre Delijaicov, em anexo na
página 135.
122
Anexos
das escolas pede para aterrar, porque argumentam que é muito difícil de manter,
além de ser pouco utilizada.
A sala multiuso, por exemplo, sai do programa arquitetônico que segue o
programa pedagógico, neste espaço são desenvolvidas atividades de laboratório,
oficinas de arte, sala de estudo, entre outras atividades.
Sim, a escola pode ser considerada um espaço de uso público por ser
gratuito. É comunitário também, pois a comunidade tem acesso. Em muitos casos,
principalmente na periferia, a escola é o único espaço público da região.
6. Nos projetos da CONESP, existiam dois acessos à escola, isso era uma
diretriz de projeto? Por qual motivo?
Faz parte do programa arquitetônico, isso é uma diretriz de projeto. São três
áreas que se integram: galpão, onde existe um acesso da escola; a quadra de
esportes; um pátio descoberto e um pátio coberto que envolve o refeitório e os
sanitários.
126
Anísio Teixeira tinha uma visão humanista e social, defendia que não era a
sala de aula que formava o aluno e sim a escola por completo, o ambiente em que
se vive é que forma o cidadão. Baseado nesse pensamento, é que se
desenvolveu o projeto do CEU, nasceu como uma praça de equipamento social
com o objetivo de atender a comunidade da região.
11. Quais são os critérios de escolha dos terrenos para implantação do CEUs?
Existe uma diretriz de projeto para integração do edifício com a natureza?
12. Foi construído um equipamento do CEU projeto pelo arquiteto Ruy Otake.
Como está a atual coordenação dos projetos dos CEUs?
EE Conselheiro Crispiniano
EE Conselheiro Crispiniano
1. Qual a sua opinião sobre a arquitetura da escola, o que acha que contribui
na qualidade do ensino e na vida dos alunos, professores e funcionários?
Sinto que uma escola com características ímpares seja positiva para toda
comunidade escolar na formação de repertório visual, instigação à pesquisa,criação
de laços afetivos com o espaço e preocupação com sua conservação, apropriação
dos espaços, no caso dessa escola em particular tudo isso é muito claro, percebo
relações muito intensas com a arquitetura da escola, existe um orgulho por parte de
toda comunidade escolar em pertencer a local tão sui generes e ao mesmo tempo
certa resistência em relação a procedimentos de preservação e respeito ao prédio,
antagonismos necessários na formação do caráter, reconhecimento da realidade
pessoal e a criação de parâmetros valorativos dos espaços e suas relações
intelectuais / afetivas, principalmente para a realidade dos alunos, cuja vivência ainda
carece tanto de repertório, para alguns a beleza é desejo e ao mesmo tempo afronta
a sua realidade pessoal, refém de horizontes tão estreitos que lhe oferece a família,
tem que se debater para se encontrar como parte de algo além e mais rico.
133
Lista de Figuras73
Capítulo 1
Fig. 1.6 – Galeria Vittorio Emanuele, em Milão, Itália. “Galleria Vittorio Emanuele II”
em http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Galleria_Vittorio_Emanuele.jpg (acesso
em 24/05/2008).
Fig. 1.11 – Vista aérea do parque. Foto: Nelson Kon em setembro / 2007.
73
As figuras que não constam indicação de fonte foram preparadas pela autora.
134
Fig. 1.15 – Museu de Arte de São Paulo. Programa Google Earth (acesso em
11/05/2009).
Fig. 1.16 – Museu de Arte de São Paulo. Programa Google Earth (acesso em
11/05/2009).
Fig. 1.17 – Planta e Análise. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu de Arte de
São Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p. 16.
Fig. 1.18 – Plantas. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu de Arte de São
Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p. 106 e 108.
Fig. 1.19 – Corte A. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu de Arte de São
Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p. 110.
Fig. 1.20 – Corte B. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu de Arte de São
Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p. 110.
Fig. 1.21 – Projeto de Lina para o circo Piolin . BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van.
Museu de Arte de São Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi,
1997. p. 15.
Fig. 1.22 – Movimentos populares no vão livre. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van.
Museu de Arte de São Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi,
1997. p. 29.
Fig. 1.23 – Movimentos populares no vão livre. FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo
Bardi. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 2008. p. 114.
Fig. 1.24 – Vão Livre. Década de 70. BARDI, Lina Bo e EYCK, Aldo Van. Museu
de Arte de São Paulo. São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1997. p.
23.
Fig. 1.27 – Sesc Pompéia. BARDI, Lina Bo; SANTOS, Cecília Rodrigues dos;
FERRAZ, Marcelo e VAINER, André. Sesc – Fábrica da Pompéia. São Paulo.
Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1998. p. 03.
Fig. 1.30. – Planta e elevações. FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo:
Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 2008. p. 222.
Fig. 1.31. – Sesc Vila Mariana. Em Portal Sesc SP. “Quem somos, nossas
unidades, Vila Mariana” em
http://www.sescsp.org.br/sesc/quem_somos/index.cfm?index=3&lg=pt&idcat=3&idi
tem=1 (Acesso em 22/06/2009)
Fig. 1.32. – Sesc Pompéia. Em Portal Sesc SP. “Quem somos, nossas unidades,
Pompéia” em
http://www.sescsp.org.br/sesc/quem_somos/index.cfm?index=3&lg=pt&idcat=3&idi
tem=15 (Acesso em 22/06/2009)
Fig. 1.36 – Grande lareira. FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo.
Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1996. p. 225.
Fig. 1.37 – Restaurante. FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi. São Paulo.
Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1996. p. 228.
Fig. 1.38 – Área de leitura da biblioteca. FERRAZ, Marcelo (org.) Lina Bo Bardi.
São Paulo. Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1996. p. 225.
Fig. 1.39 – Rua interna, Solarium. BARDI, Lina Bo; SANTOS, Cecília Rodrigues
dos; FERRAZ, Marcelo e VAINER, André. Sesc – Fábrica da Pompéia. São Paulo.
Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi, 1998. p. 28.
Fig. 1.42. – Foto aérea, destaque para o Centro Universitário Maria Antônia.
Programa Google Earth (acesso em 11/05/2009).
Fig. 1.43. – Planta, análise e cortes. UNA Arquitetos. “Centro Universitário Maria
Antonia e Instituto de Arte Contemporânea” em
http://www.unaarquitetos.com.br/vp/inicial.htm (acesso em 10/05/2008).
Fig. 1.47. – Café. UNA Arquitetos. “Centro Universitário Maria Antonia e Instituto
de Arte Contemporânea” em http://www.unaarquitetos.com.br/vp/inicial.htm
(acesso em 10/05/2008).
Capítulo 2
Fig. 2.4 - Escola de Guarulhos. ZEIN, Ruth Verde. Site Vitruvius “Brutalismo, sobre
sua definição (ou, de como um rótulo superficial é, por isso mesmo, adequado)”
137
Capítulo 3
Fig. 3.2 – Foto aérea, escola Pedro Voss. Programa Google Earth (acesso em
11/05/2009)
Fig. 3.6 – Acesso dos alunos. Rua Dr. Bacelar. Outubro / 2008.
Fig. 3.7 – Praça na esquina em frente a EMEI. Rua Pedro de Toledo. Outubro /
2008.
Fig. 3.10 – Pátio coberto e auditório, espaço de permanência dos pais. Outubro /
2008.
Fig. 3.12 – Acesso de alunos, pátio coberto, quadra e área livre. Outubro / 2008.
Fig. 3.22 – Pátio com painel de arte do artista plástico Mário Gruber. Outubro /
2008.
Fig. 3.25 – Foto aérea. Fonte: Programa Google Earth (acesso em 11/05/2009).
Outubro / 2008.
Fig. 3.32 – Vista da praça com gramado e a quadra em frente à escola. Outubro /
2008.
Fig. 3.33 – EE União de Vila Nova III e IV. FERREIRA, Avany de Francisco e
MELLO, Mirela Geiger de. et al. Arquitetura Escolar Paulista – Estruturas Pré-
fabricadas. São Paulo: FDE, 2006. p. 169. Foto: Nelson Kon
Fig. 3.37 – Plantas. FERREIRA, Avany de Francisco e MELLO, Mirela Geiger de.
et al. Arquitetura Escolar Paulista – Estruturas Pré-fabricadas. São Paulo: FDE,
2006. p. 173.
Fig. 3.46 – EE Helio Helene – Pátio e quadra no pavimento térreo. Outubro / 2008.
Fig. 3.54 – Edifício escolar. CEU Jambeiro, São Paulo. Site Arcoweb -
http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura428.asp# (acesso 17/04/2008)
Fig. 3.55 – Piscina, espaço de uso comunitário. CEU Jambeiro, São Paulo. Site
Arcoweb - http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura428.asp# (acesso
17/04/2008)
Fig. 3.66 – CEU Butantã e o bairro Butantã. Foto: Nelson Kon. Abril / 2004.
Fig. 3.67 – Edifício escolar, piscina e creche. Foto: Nelson Kon. Abril / 2004.
Fig. 3.70 – Edifício cultural e usuários. Foto: Nelson Kon. Abril / 2004.
141
Fig. 3.79 – Quadra coberta, edifício cultural e esportivo. Foto: Nelson Kon
Referências Bibliográficas
Livros
Periódicos
Dissertações e Teses
Sites
http://www.docomomo.org.br/seminario%205%20pdfs/048R.pdf (acesso em
25/05/2008).