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MONOGRAFIA
MONOGRAFIA
“Há pessoas tão pobres que só têm dinheiro. Há pessoas tão incultas que só têm
cultura acadêmica.”
-Augusto Cury
I
DEDICATÓRIA
II
AGRADECIMENTOS
Como não podia deixar de ser, agradeço em primeiro lugar a Deus por permitir
que eu tivesse força e saúde essenciais para a conclusão do trabalho. Em seguida, mas
não menos importante, agradeço ao Dr. Amândio Francisco por ter prestigiado esse
humilde trabalho, pela sua orientação com afinco, rigor técnico e moral no decorrer de
todo o trabalho, dando sempre o melhor de si na elaboração do mesmo aplicando o
devido rigor técnico científico exigido.
Aos meus Pais que tanto amo, Alberto Daniel José e Eva Amélia N´gueve, por
cuidarem sempre de mim de modo incondicional independentemente das adversidades,
por me incutirem valores que me tornaram numa pessoa melhor, mais dedicada e
comprometida com os seus objectivos, e também por serem a pedra angular que
sustentou a edificação da minha formação académica em aspetos de cariz moral e
também financeiro. Agradeço também à minha querida irmã Evandra Joana Wanassi
Daniel por também cuidar de mim e por ter sido uma das minhas primeiras grande
ajuda no que toca ao aprendizado primário e nos meus primeiros anos do ensino
fundamental.
III
DECLARAÇÃO DO AUTOR
Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os
regulamentos da Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular das
Normas Orientadoras de Preparação e Elaboração da Monografia, emanadas pelo
Departamento de Altos Estudos e Formação Avançada (DAEFA). O trabalho é
original, excepto onde indicado por referência especial no texto. Quaisquer visões
expressas são as do autor e não representam, de modo nenhum, as visões da
UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para a avaliação
noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mas informo que a
norma seguida para a elaboração do trabalho escrito foi a:
Assinatura:_________________________________Data:___/___/____
IV
SIGLÁRIO
V
RESUMO
Pode se dizer que a fiscalidade é um processo pelo qual há arrecadação de receitas por
parte do Estado tendo em vista a satisfação das necessidades dos cidadãos de
determinado território. E à medida que as economias dos países e territórios se
desenvolvem e suas receitas públicas se tornam mais dependentes das receitas fiscais
derivadas dos impostos às empresas, esses mesmos impostos são apurados com
recurso a contabilidade que fornece os elementos de análise da situação financeira,
através das suas demonstrações financeiras. Com os dados recolhidos pudemos aferir
que na prática o valor das vendas por si só não constitui resultados positivos, embora a
empresa seja eficiente na realização da tarefa de maximizar as vendas se não fizer uma
correcta gestão de custos e devida análise aos factores geradores dos mesmos, não terá
resultados positivos, apenas uma falsa sensação de os ter. Valendo-se disso e outros
mais factores, o presente trabalho procurou demonstrar de modo concreto esses
aspectos. Tratou-se dum estudo bibliográfico, exploratório e descritivo, com
abordagem quantitativa e qualitativa, os propósitos deram vida a pesquisa foram os de:
estabelecer uma ponte e relevar a importância existente entre a fiscalidade,
contabilidade e gestão financeira, bem como demonstrar como funciona esse triângulo
relacional, usando como referência basilar a empresa DW Lda. e de que forma de
encontram alinhados paralelamente os seus objetivos, bem como o elo de ligação entre
a concretização dos objectivos do Estado (arrecadação de receitas fiscais) e da
Empresa (o lucro e saúde financeira para prosperar e expandir). Em suma, quanto aos
resultados obtidos, é de referir que através dos mesmos chegou-se a conclusões
satisfatórias de permitiu determinar o papel da fiscalidade bem como sua influência na
estrutura gerencial da Empresa.
VI
ABSTRACT
It can be said that taxation is a process by which revenue is collected by the State in
order to meet the needs of the citizens of a given territory. And as the economies of the
countries and territories develop and their public revenues become more dependent on
tax revenues derived from business taxes, these same taxes are calculated using
accounting that provides the elements of analysis of the financial situation through
financial statements. With the data collected we could verify that in practice the value
of sales alone does not constitute positive results, although the company is efficient in
accomplishing the task of maximizing sales if it does not make a correct management
of costs and due analysis to the factors that generate them, will not have positive
results, only a false sense. Using this and other factors, the present work sought to
demonstrate these aspects in a concrete way. The purpose of the research was to
establish a bridge and to highlight the importance of taxation, accounting and financial
management, as well as to demonstrate how this work works. triangle, using as a
baseline the company DW Lda., and how they are aligned in parallel with their
objectives, as well as the link between the achievement of the state objectives (revenue
collection) and the Company (profit and loss). Financial health to thrive and expand).
In summary, with regard to the results obtained, it is worth mentioning that they
reached satisfactory conclusions by allowing the determination of the role of taxation
as well as its influence on the Company's management structure.
VII
ÍNDICE GERAL
EPÍGRAFE……………………………………………………………………………………..I
DEDICATÓRIA……………………………………………………………………………….II
AGRADECIMENTOS………………………………………………………………………..III
DECLARAÇÃO DO AUTOR………………………………………………………………..IV
SIGLÁRIO…………………………………………………………………………………….V
RESUMO…………………………………………………………………………………..…VI
ABSTRACT…………………………………………………………………………………VII
INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………11
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA………………………………………………………..12
OBJECTIVOS DO ESTUDO………………………………………………………………...12
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO……………………………………………………………...12
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO……………………………………………………………...12
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS……………………………………………………………...13
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO- CIENTÍFICA………………………….16
1. NOÇÕES GERAIS………………………………………………………………………...16
1.1. Evolução e harmonização da normalização contabilística internacional ................................... 16
1.1.1. Origem e evolução da contabilidade ................................................................................... 17
1.2. Evolução e normalização contabilística em Angola ................................................................... 19
1.2.1. Perspetiva de evolução (Histórica após independência) ..................................................... 19
1.2.2 - O Plano de contas de Angola ............................................................................................. 21
1.2.3 - Princípios contabilísticos ................................................................................................... 22
1.2.4. Classes do plano geral de contabilidade angolano .............................................................. 23
1.2.5. Princípios fundamentais da fiscalidade ............................................................................... 24
1.3. Contabilidade financeira ............................................................................................................ 25
1.3.1. Os utentes da informação financeira ................................................................................... 27
1.3.2. Componente das demonstrações financeiras do plano geral de contabilidade angolano .... 28
1.3.3. Objectivos das demonstrações financeiras .......................................................................... 29
1.3.4. Objetivos e relação entre a contabilidade e fiscalidade....................................................... 30
1.4. Enquadramento do normativo legal, contabilístico e fiscal angolano ........................................ 31
1.4.1 O sistema fiscal angolano ..................................................................................................... 33
1.4.2. Regime jurídico das facturas e documentos equivalentes ................................................... 48
CAPÍTULO II – OPCÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO…………………………….51
2.1. Modo de investigação................................................................................................................. 51
VIII
2.2. Grupo de sujeitos........................................................................................................................ 51
2.3. Instrumentos de investigação ..................................................................................................... 51
2.4. Processamento e tratamento dos dados ...................................................................................... 51
CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO………………………………………….52
3.1. Estudo de caso para a empresa DW, Lda. .................................................................................. 52
3.1.1. Apresentação da empresa DW, Lda. ................................................................................... 52
3.1.1. Contabilidade financeira...................................................................................................... 54
3.1.2. Numeração de documentos, análise de factos e sua classificação contabilística ................ 56
3.1.3. Lançamento dos documentos na plataforma informática ................................................... 57
3.1.4. Obtenção de balancetes e verificação das contas do imposto de selo ................................. 57
3.1.5. Apuramento, contabilização e submissão do imposto de selo............................................ 58
3.1.6. Análise geral do balancete e reconciliações bancárias ....................................................... 58
3.1.7. Reconhecimento e lançamento de elementos do activo fixo tangível, activo fixo intangível e
depreciações .................................................................................................................................. 59
3.1.8. Sistema laboral e regulamentação do trabalho .................................................................... 65
3.1.9. Elementos de contas ............................................................................................................ 70
CONCLUSÕES………………………………………………………………………………78
RECOMENDAÇÕES………………………………………………………………………...79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………….80
GLOSSÁRIO…………………………………………………………………………………83
ANEXOS……………………………………………………………………………………..84
IX
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 - Evolução da contabilidade no decorrer do tempo………………….…...17
Quadro 2 - Caracterização dos sistemas contabilísticos ……………..……….….…18
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Limites tributário do IPU…………………………………….………...…42
Tabela 2 - Taxas para o Cálculo do IRT……………………………………………...46
Tabela 3 - Amortização acumulada……………………………………………...…...63
Tabela 4 – Mapa mensal de remuneração ao pessoal…………………….…….…….69
Tabela 5 – Demonstrações do exercício……………………………………………...72
Tabela 6 – Comparação do volume de vendas entre dois períodos……………..…....75
Tabela 7 – Fluxos de caixa mensais…………………………………………………..77
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Capacidade financeira ………………………………….….…...…….…...27
X
INTRODUÇÃO
11
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Objectivo geral
Objectivos específicos
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
12
se refere ao relacionado com o nosso estudo em termos quantitativos, por isso
achamos necessários também usarmos como recurso a adoção de algum mas não de
modo absoluto, conteúdo de carater genérico oriundos de outras perspectivas
territoriais dando assim subsídio que se mostrou relevante à nossa abordagem.
DEFINIÇÃO DE CONCEITOS
13
«O Imposto é uma prestação pecuniária, definitiva, unilateral, estabelecida
por lei, sem carácter de sanção, exigida pelo Estado a particulares, para
realização de fins públicos.» (COXE, 2012, p. 41).
14
«Finanças – estado de um país, de uma empresa ou de uma pessoa em termos
de recursos económicos.» (DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2009, p.
397)
15
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-
CIENTÍFICA
1 - NOÇÕES GERAIS
16
1.1.1 - Origem e evolução da contabilidade
Nesse ponto de vista podemos dizer que talvez antes disto o homem
primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponíveis, ao
contar seus rebanhos já estava a praticar uma forma rudimentar de contabilidade.
Final do século Publicação, em 1494, do Tractatus de computis et scriptus do Frei Luca Pacioli, que deu
XV início ao pensamento científico da contabilidade.
O crescente comércio em toda a Europa e a expansão do capitalismo propiciaram um
Revolução grande impulso para a profissão do contador e auditor, devido ao surgimento das
Industrial em
primeiras fábricas com o uso intensivo de capital e com a consequente necessidade de
1756 na
Inglaterra delegação de funções, atividades e atribuição de responsabilidades quanto ao uso dos
recursos produtivos e comercias.
17
Início do século Surgimento das grandes corporações americanas, tais como a Ford, Dupont e rápida
XX expansão do mercado de capitais nos Estados Unidos.
Criação da Security Exchange Commission (SEC) nos Estados Unidos, que aumentou a
importância da profissão do contador e do auditor como guardiões da adoção e
1934 transparência das informações financeiras das organizações e sua divulgação para o
mercado de capitais e toda a sociedade.
Criação do FASB – Financial Accounting Standards Board – Junta de Normas de
Contabilidade Financeira, com o objetivo de determinar e aperfeiçoar os procedimentos,
1973 conceitos e normas contábeis. É composta de 7 membros indicados pelo AICPA, sendo
um órgão independente, reconhecido pelo SEC.
Criação nos Estados Unidos, da Lei SOX que penaliza a falta de ética nas práticas
2002
contábeis.
18
Holanda Itália
Nova Zelândia Japão
Reino Unido Portugal
CARACTERÍSTICAS CONTABILÍSTICAS
Separação entre a Contabilidade e a fiscalidade Existência duma relação estreita entre a
Contabilidade e a fiscalidade
Forte implicação dos profissionais na Domínio do Estado na elaboração de
elaboração das normas contabilísticas. normas contabilísticas
Informação orientada para o investidor Informação orientada para o credor
Direito Comum Direito Romano
Fonte: LANDU (2014), Adaptado de NOBES (1998)
20
1979 Aprovado o plano de contas nacional, pelo Decreto nº250/79 de 19/10.
1982 Aprovado o plano geral de Contabilidade, pelo Decreto nº82/01 de 16/11 Plano de
contas de Angola, ainda em vigor.
21
«A International Federation of Accountants (IFAC), que tem como objectivo
primordial a harmonização contabilística a nível mundial, tem vindo a
desenvolver esforços para a consecução do seu objectivo, através do
International Accounting standards commitee (IASC), órgão dependente do
IFAC, mediante a emissão de normas de contabilidade internacionais»
(PGC, 2013, p. 8)
1. Consistência
2. Materialidade
Uma divulgação, mesmo que prevista neste plano, não necessita de ser
efectuada se a informação daí resultante for imaterial.
22
Ganhos e perdas na venda de activos não correntes, os quais são relatados
pela diferença entre o proveito da venda e o valor contabilístico do activo e
respectivas despesas de venda.
4. Comparabilidade
De forma que a informação possa ser útil aos utentes, estes deverão ficar
habilitados a:
Este quadro faz uma demonstração das classes constantes no Plano Geral de
Contabilidade de Angola (PGCA), aprovado por decreto no 82/01 de 16 de
novembro.
3 Classe 2: Existências
4 Classe 3: Terceiros
23
7 Classe 6: Proveitos e ganhos por Natureza
9 Classe 8: Resultados
B) Princípio da tipicidade
C) Princípio da anualidade
E) Princípio da igualdade
25
Pode se dizer que a contabilidade financeira é um sistema de informação que
recolhe, organiza, regista e relata informação sobre a atividade das entidades, para a
tomada de decisões por parte dos stakeholders (Parte interessada, intervenientes,
accionistas).
26
permite obter:
Capacidade
financeira
Permite obter
Existe informações sobre as entidades que são úteis para determinados utentes
por permitirem avaliações e tomada de decisões importantes, das quais se destacam
as mencionadas no quadro a baixo.
- Determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas dentro do prazo;
Fornecedores e
outros credores - Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continuada, caso
estejam dependentes da entidade.
27
- Avaliar a capacidade da entidade em operar de forma continua, caso hajam
Clientes assumido compromissos de longo prazo com a entidade ou dela estejam
dependentes.
Nível Interno
28
Quadro 7 - Componente das demonstrações financeiras do PGCA
N/O DESCRIÇÃO PGCA
1 Balanço Obriga
Obriga a Demonstrações de
Resultados por Natureza (DRN), ou
2 Demonstrações de Resultados (DR)
em substituição a Demonstrações de
Resultados por Funções (DRF)
6 Anexo Facultativo
29
1.3.4 - Objetivos e relação entre a contabilidade e
fiscalidade
30
1.4 - Enquadramento do normativo legal, contabilístico e
fiscal angolano
31
1. Os impostos só podem ser criados por lei que determina a sua incidência, a
taxa, os benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes.
2. As normas fiscais não têm efeito retroactivo, salvo as de carácter
sancionatório, quando sejam mais favoráveis aos contribuintes.
3. A criação de impostos de que sejam sujeitos activos os órgãos do poder
local, bem como a competência para a sua arrecadação são determinados
por lei.
Essa relação estabelecida permite-nos concluir que não existe uma autonomia
completa em qualquer ramo do Direito porque, afinal o Direito é um só tendo a lei
como fonte Primária. Mas o Direito Fiscal é considerado autónomo na medida em
que tem conceitos próprios que, muitas vezes são expressos através de termos
idênticos aos utilizadores noutros ramos de Direito a que se relaciona.
Pode-se deste modo afirmar-se que as regras fiscais influenciam a forma como
é elaborada a contabilidade em Angola, o principal objetivo deste trabalho é analisar
de que forma tal influência é exercida e determinar por meio da análise financeira a
32
forma como essas informações geradas criam uma simbiose e fornecem os
instrumentos necessários à aplicação da gestão financeira na organização.
33
realizadas pela empresa a qual se refere o presente estudo, que a posterior será
devidamente apresentada, mas sem desmérito a importância que as demais
representam no quotidiano das empresas e na economia nacional em geral,
primamos nas questões mais concretas e evitando assim exaustão.
Dito isso, começamos por referir as taxas e impostos mais usuais incorporadas
as actividades comerciais e civis em Angola, que são:
34
Setembro.
8. Decreto Executivo nº 660/17 de 27 de Novembro
Importa também realçar que entre esses impostos a cima referidos, os que
incidem directamente sobre o rendimento são os seguintes:
35
Trabalho (IRT)
36
às transações do mês anterior (artigo 4.º
do citado Decreto)
Sujeitos passivos
37
a) As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas,
fundações, associações, fundos autónomos, empresas públicas e as demais
pessoas colectivas de direito público ou privado, com sede ou Direcção
efectiva em território angolano;
b) As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou Direcção
efectiva em território angolano, cujos rendimentos não sejam directamente
tributáveis em Imposto Industrial, quer estejam na titularidade de pessoas
singulares ou colectivas;
c) As pessoas colectivas que não tenham, sede ou Direcção efectiva em Angola
mas que obtenham rendimentos no País.
Grupos de tributação
38
Tributação pelo Grupo B
São tributados pelo Grupo B, todos os contribuintes referidos no artigo 5.º não
abrangidos pelo Grupo A.
Taxas
Importa realçar que a matéria colectável dos contribuintes do Grupo B que não
possuam contabilidade organizada, nos termos do número anterior, apresentam a
Declaração Modelo 2, em duplicado, relativamente ao conjunto de actividades
exercidas no ano anterior, assinada por contabilista, que permita o apuramento
integral das vendas e prestação de serviços ou das compras efetuadas e serviços
contratados, e corresponde ao volume de vendas de bens e serviços prestados,
aplica-se a taxa de 6,5% (seis vírgula cinco por cento). Isenta-se dessa tributação
quaisquer serviços, cujo valor integral da prestação não ultrapasse os Kz: 20.000,00
(vinte mil kwanzas), bem como Serviços de Ensino, serviços prestados por jardim-
de-infância, lactários, berçários e estabelecimentos análogos a estes, serviços de
39
assistência médico-sanitária e operações conexas efetuadas por clínicas, hospitais e
similares, os transportes de passageiros.
b) Descrição do serviço;
40
Figura 2 - Penalizações e Multas Fiscais
Incidência
Isenções
Taxa
Sujeito passivo
42
Liquidação
Incidência objectiva
Segundo o artigo 1.º da Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro nos seus n.os 1 e 2,
dizem o seguinte:
Grupos de tributação
43
Grupo C - Todos os rendimentos recebidos pelo desempenho de actividades
industriais e comerciais, que se presumem todas as constantes na tabela de lucros
mínimos em vigor.
Incidência Subjectiva
Rendimentos de:
a) Pessoas singulares
Não sujeição
44
- Os subsídios de renda de casa até ao limite de 50% do valor do contrato de
arrendamento, excluídos os trabalhadores sujeitos ao regime remuneratório da
função pública. (carece da entrega de cópia do contrato na Repartição Fiscal, caso
contrário constitui matéria colectável na sua totalidade);
45
Tabela 2 - Taxas para o Cálculo do IRT
RENDIMENTO EM KWANZAS/IMPOSTO
Rendimentos Taxa
sobre o
De 35.001,00 a 40.000,00 Parcela fixa 550,00 + 7% 35.000,00
excesso de
sobre o
De 40.001,00 a 45.000,00 Parcela fixa 900,00 + 8% 40.000,00
excesso de
sobre o
De 45.001,00 a 50.000,00 Parcela fixa 1.300,00 + 9% 45.000,00
excesso de
sobre o
De 50.001,00 a 70.000,00 Parcela fixa 1.750,00 + 10% 50.000,00
excesso de
sobre o
De 70.001,00 a 90.000,00 Parcela fixa 3.750,00 + 11% 70.000,00
excesso de
sobre o
De 90.001,00 a 110.000,00 Parcela fixa 5.950,00 + 12% 90.000,00
excesso de
sobre o
De 110.001,00 a 140.000,00 Parcela fixa 8.350,00 + 13% 110.000,00
excesso de
sobre o
De 140.001,00 a 170.000,00 Parcela fixa 12.250,00 + 14% 140.000,00
excesso de
sobre o
De 170.001,00 a 200.000,00 Parcela fixa 16.450,00 + 15% 170.000,00
excesso de
sobre o
De 200.001,00 a 230.000,00 Parcela fixa 20.950,00 + 16% 200.000,00
excesso de
Mais sobre o
230.001,00 Parcela fixa 25.750,00 + 17% 230.000,00
de excesso de
46
Liquidação
Grupo A
Grupo B
Grupo C
47
1.4.1.5 - O IVA e suas e características
48
Elementos obrigatórios nas facturas e documentos equivalentes.
49
1 – Os custos incorridos com qualquer despesa, são apenas aceites para
efeitos de apuramento da matéria colectável, quando devidamente
documentados, nos termos da legislação em vigor.
2 – Os custos indevidamente documentados não são aceites como custo
dedutível à matéria colectável do imposto, e são objecto de tributação
autónoma à taxa de 2% (dois por cento) do seu valor.
3 – Os custos não documentados, não são aceites como custos dedutíveis à
matéria colectável do imposto, e são objecto de tributação autónoma à taxa de
4% (quatro por cento) do seu valor.
4 – Os custos incorridos com despesas confidenciais, não são aceites como
custos dedutíveis à matéria colectável do imposto, e são tributados
autonomamente à taxa de 30% (trinta por cento).
5 – A taxa referida no número anterior é elevada para 50% (cinquenta por
cento) nas circunstâncias em que estas despesas originem um custo ou um
proveito na esfera de um sujeito passivo, por qualquer forma, isento, ou não
sujeito, a tributação em sede de Imposto Industrial.
6 – Entende-se por despesas indevidamente documentadas, nos termos do n.º 2
do presente artigo, aquelas em que a documentação em posse do contribuinte
apenas identifica o nome ou entidade legal e respectivo número de
identificação fiscal do beneficiário do seu pagamento.
7 – Entende-se por despesas não documentadas, nos termos do n.º 3 do
presente artigo, aquelas em que não existe documentação válida de suporte da
despesa nos termos da lei, mas em que a sua ocorrência e natureza são
materialmente comprováveis.
8 – Entendem-se por despesas confidenciais, nos termos do n.º 4 do presente
artigo, aquelas em que não existe documentação válida de suporte da despesa
nos termos da lei, e em que a sua natureza, função ou origem, não são
materialmente comprováveis.
9 – As realidades sujeitas a tributação autónoma, nos termos dos números
anteriores implicam o seu acréscimo, nas percentagens estabelecidas, ao lucro
tributável do imposto.
50
CAPÍTULO II – OPCÕES METODOLÓGICAS DO
ESTUDO
51
CAPÍTULO III – RESULTADOS E DISCUSSÃO
52
n.º 30/11, de 13 de Setembro, das Micro, Pequenas e Médias Empresas e demais
legislação aplicável, o reconhecimento do estatuto de MPME é feito por
certificação, a realizar pelo INAPEM, nos termos do presente Regulamento. ”
Não tendo respeitado este último requisito estabelecido no n.º1 do Artigo 13º da
lei supra citada, e embora detenha as características necessárias à inclusão na
referida categoria, não recebe o estatuto nem o tratamento especial previsto por
lei para as MPME por esse facto só.
A DW, Lda. é uma sociedade por quotas, (alínea b) do artigo 2.º - Tipos de
sociedades) Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro - Lei das comerciais. Com começo da
sua actividade em 25 de Novembro de 2014, com a sede e o estabelecimento situada
em Luanda, no Município de Viana, tem como valor nominal das quotas que forma
o montante do capital social a quantia de Kz 500.000,00 equivalente à USD
4.855,78 ao câmbio do período da escritura pública que segundo o BNA foi o de Kz
102,97 por cada unidade de dólar.
«A sociedade por quotas não pode constituir-se com um capital social inferior
ao valor correspondente, em moeda nacional, equivalente a USD 1.000,00
sempre actualizado de acordo com a flutuação da mesma, nem o seu capital
social pode ser reduzido a importância inferior a essa.»
Os valores nominais das quotas podem ser diversos, mas nenhuma quota pode
ter valor nominal inferior ao equivalente, em moeda nacional, a USD 100,00, salvo
quando a lei o permitir. artigo 241.º (Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro).
53
limitada, KZS 150.000,00 equivalente a USD 1.456,73 (correspondente a 30% das
quotas).
54
Na DW, Lda. a receção dos documentos é realizada de duas formas: ou um
representante da empresa fornecedora se desloca a empresa ou um dos sócios
desloca-se, para o efeito, à sede da empresa fornecedora. No primeiro caso, a
receção é feita pelo funcionário que trata da contabilidade da empresa.
Após a receção, este aponta num mapa, que está dividido e classificado de
acordo ao tipo de artigo e por mês, mapa este que corresponde ao PGC da empresa e
funciona em simultâneo como um livro-diário.
55
pagamentos a esses fornecedores, que são inseridos nos diários de Caixa ou
Bancos. Neste diário são arquivadas todas as faturas e notas de crédito originais
referentes à aquisição de bens e serviços necessários para a atividade da empresa
no período em causa.
56
culminando com a atribuição dos códigos de conta. Este processo concretiza-se
com o preenchimento de folhas com os códigos e quantias a lançar. Para esta tarefa
é muito importante ter o conhecimento do ramo de atividade da empresa para que
não ocorram erros.
Mercê da atribuição dos códigos das contas do PGC e das quantias respetivas
procede-se à introdução informática, no sistema de contabilidade, operação
vulgarmente designada por lançamento. O lançamento dos documentos no
programa informático, no caso da DW, Lda., o Primavera, é uma tarefa rotineira
mas muito importante do ponto de vista do rigor, pois é necessário verificar se os
diários informáticos e os meses de lançamento são os corretos e se não ocorrem
erros de digitação de contas.
57
contas, procedendo o seu apuramento e respetiva execução de acordo as normas do
Código de Imposto de Selo (Decreto Legislativo Presidencial nº. 3/14, de 21 de
Outubro) que determina que o IS é equivalente a 1% dos recebimentos mensais. Um
dos testes feito no âmbito desta verificação consiste em multiplicar as bases das
contas de vendas pelo IS correspondente e seguidamente averiguar se os saldos das
subcontas respetivas da conta 34.1.1 (Impostos sobre os lucros) vão ao encontro
das quantias apuradas.
58
com recursos que não foram contabilizados, decorrentes de operações anteriormente
realizadas e também não contabilizadas.
59
3.1.7.1 - Activo fixo tangível (Imobilizações corpóreos)
Caso ocorra alienação do bem antes do fim da sua vida útil apurar-se-á e
contabilizar-se-á a mais ou menos-valia consoante haja um ganho ou perda com a
transmissão do bem.
60
A taxa de depreciação do ativo tem em conta os períodos de vida útil mínimo
e máximo do bem, o setor em que o bem é utilizado e as condições da sua
utilização, de acordo à s t a x a s d e d e p r e c i a ç ã o c o n t e m p l a d a s no Decreto
acima mencionado constam na Tabela em anexo.
Quanto ao AFI importa realçar que segundo o estabelecido pelo n.º 3 e n.º 4
do Artigo 39.º da Lei n.º19/14, de 22 de Outubro (Código do Imposto Industrial)
Quando o período de utilização esperado não for determináveis os elementos do
activo imobilizado incorpóreo são amortizados para efeitos fiscais, durante um
período de 5 (cinco) anos. E os programas informáticos que tenham sido
contabilizados como imobilizados incorpóreos, quer tenham sido adquiridos a
terceiros, quer tenham sido desenvolvidos internamente pela empresa, são
amortizados para efeitos fiscais durante um período de 3 (três) anos.
61
utilização, do decurso do tempo, do progresso tecnológico ou de quaisquer outras
causas. Decreto Presidencial n.º 207/15, de 5 de Novembro (Artigo 2º, nos 1 e 2).
São considerados como custo ou perdas do exercício os encargos de reintegração e
amortizações dos bens e elementos do activo imobilizado, corpóreos e incorpóreos,
sujeitos a deperecimento, nos termos definidos pelo Código do Imposto Industrial.
Em contabilidade, o valor residual é um termo usado para definir o valor de
um ativo que sofre depreciação, ao final de sua vida útil e poderá ser calculado
recorrendo a sua taxa de depreciação anual, e é de caracter facultativo. A tabela de
amortização apresenta a seguinte forma e conteúdo:
62
Tabela 3 - Amortização acumulada
EXERCÍCIO CONTABILÍSTICO DE 2016
Valores expressos em
Kwanza
MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES
Ano Valor de Valor Tempo Amortização
Valor
Conta Descrição Qtd aquisição contabilístico de vida Taxa Exerci.
Aquisição Utilização Exercício Acumuladas contabilístico
imobilizado anterior útil Anteriores
11 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
63
Subtotal Equipamento administrativo 3.905.968,00 3.168.986,23 736.981,77 736.981,77 1.473.963,54 2.432.004,46
Contabilizar a quota anual de amortização pelo método das quotas constantes quer dizer que as amortizações serão iguais todos os anos
subsequentes, i.e, os custos (quota anual calculada) inerentes aos imobilizados (corpóreos e incorpóreos) serão sempre iguais em todos os
períodos no decorrer da sua vida útil. Para efeito de registo no Livro-diário Contábil ou razão, Debita-se o valor da Amortizações do exercício
(quota anual) à conta 73.1.3 – Amortizações do exercício, na sua respectiva subconta e em cada ano subsequentes, representando assim um
custo a deduzir em cada ano, e Credita-se os respectivos valores das Amortizações Acumuladas à conta 18.1.3 (Amortizações acumuladas), na
sua respectiva subconta, isso no decorrer da sua vida útil.
64
Gráfico 1 - Quota Constante (Equipamento Básico -
Gerador)
3.000.000,00
2.250.000,00
1.500.000,00
750.000,00
0,00
65
exemplificado abaixo, seguindo o que já anteriormente foi referido relactivamente
a Tributação de Rendimento.
SB 60.000,00
TDSS 3%
DSS (TDSSxSB) 3%x60.000,00 = 1.800,00
SDDSS (SB-DSS) 60.000,00-1800,00=58.200,00
Dedução Sobre o Excesso de 50.000,00
Excesso (SDDSS-Dedução prevista na
58.200,00-50.000,00=8.200,00
tabela)
Taxa de 8% prevista na tabela referida 8.200,00x8%=656
Parcela fixa prevista na tabela 1.750,00
IRT (Parcela fixa+8% do excesso) 1.750,00+656,00=2.406,00
60.000,00-1.800,00-2.406 =
S.L (SB-DSS-IRT) 55.794,00
66
Registados na razão (ou em diário) obtém-se as seguintes contas a movimentar:
D 36.1.1 Pessoal-remunerações C
55.794,00
67
Os vencimentos podem incluir subsídios, ajudas de custo, comissões, horas
extras e outros rendimentos.
68
Período: Dez/2016 Tabela 4 – Mapa mensal de remuneração ao pessoal
1 Gora Leite Gerente 80.000,00 3% 0,00 0,00 80.000,00 2.400,00 4.586,00 0,00 0,00 0,00 0,00 73.014,00
2 Ana N´gueve Farmacêutica 1ª Classe 60.000,00 3% 0,00 0,00 60.000,00 1.800,00 2.570,00 0,00 4.370,00 0,00 0,00 55.630,00
3 Ina Vunda Farmacêutica 1ª Classe 60.000,00 3% 0,00 0,00 60.000,00 1.800,00 2.570,00 0,00 4.370,00 0,00 0,00 55.630,00
4 Leor Futa Técnico de contas 40.000,00 3% 0,00 0,00 40.000,00 1.200,00 816,00 0,00 0,00 0,00 0,00 37.984,00
5 Mário Liz Farmacêutico 2ª Classe 30.000,00 3% 0,00 0,00 30.000,00 900,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 29.100,00
6 Dora Telma Funcionária de limpeza 25.000,00 3% 0,00 0,00 25.000,00 750,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 24.250,00
7 Filémon Gará Farmacêutico 3ª Classe 23.000,00 3% 0,00 0,00 23.000,00 690,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22.310,00
8 Rosa Bege Farmacêutica 3ª Classe 23.000,00 3% 0,00 0,00 23.000,00 690,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 22.310,00
TOTAL
341.000,00 297.918,00
INSS - Empresa 8%
VALORES A PAGAR
IRT
10.542,00 Elaborado por:_______________ Conferido/Aprovado por:____________
69
3.1.8.2 - Segurança Social
3.1.9.1 - O balanço
70
patrimoniais em períodos sucessivos por forma a avaliar a sua evolução e fazer
previsões quanto ao futuro.
71
Tabela 5 – Demonstrações do exercício
Exercícios
Designação
Notas Dez-16 Dez-15
Prestações de serviço…………………………………………………………….. 23 0 -
72
3.1.9.3 - Análise das demonstrações de resultados
Pode se transpor essa situação deficitária fazendo uma reavaliação aos preços de
venda praticados podendo os mesmos ter sito afectados pelas oscilações no sentido
ascendente dos preços nos mercados (inflação) e a empresa não ter acompanhado essa
dinâmica e feito os devidos ajustes aos mesmos e por consequência fez uma análise e
gestão de custos erronia.
Sendo as despesas gastas com bens/serviços com objetivo de gerar uma receita.
Ex.: despesas com publicidade, com vendas, despesas administrativas etc. As despesas
administrativas, apesar de não serem registradas, habitualmente, como custos
contábeis, precisam ser mensuradas e acrescentadas à planilha de custos, para a correta
formação do preço, pois se tratam de encargos necessários e que devem ser
remunerados pelas vendas. Basicamente, a formação do preço de venda pode ser
simplificada pela equação (Custo + Lucro + Despesas Variáveis = Preço de Venda.)
74
Dessa forma, o valor da aquisição da mercadoria deve entrar na soma da
rentabilidade, mas não o lucro obtido. Ou seja, você deve abater no preço de
comercialização o gasto que teve com a confecção ou obtenção da mercadoria para
identificar sua receita bruta em cada transação comercial.
Portanto, tanto em uma loja de calçados com fabricação própria quanto em uma
farmácia de medicamentos, é necessário contabilizar o custo dos produtos assim que
o comprador o adquire no estabelecimento. Tem de se repensar a estrutura dos custos
e seguir com cautela cada etapa desde a encomenda, entrega, liquidação e pagamento
da mercadoria, e assim vender ao preço que realmente vale a mercadoria e se
incorporar correctamente a margem de lucro para que do outro lado também não
saiam lesados os cliente ao se fazer estimativas irrealistas do preço de venda.
Quanto ao lucro, convém ressaltar que este pode ser fixado por produto, por
hora de serviço ou atividade, ou ainda em termos de percentual sobre as vendas.
Este dado dá-nos a conhecer que a empresa do exercício N para o exercício N+1
aumentou as suas vendas em 28,43%, que é um factor positivo. No entanto este facto
por si só não representou bons resultados, ou seja, os custos que suportou no exercício
que deram origem ao resultado negativo no ano N+1 têm que ser levados em conta,
isso quer dizer que independentemente da empresa obter um volume de vendas
positivo, o que realmente determina e assegura a saúde financeira da empresa é a
75
redução ao máximo possível dos custos a suportar sem no entanto reduzir a qualidade
dos bens e serviços prestados. Um dos instrumentos de análise dos custos suportados
em cada período são nomeadamente os livros diários contábil e fluxos de caixa.
«Os fluxos de caixa das actividades operacionais podem ser relatados usando um
dos seguintes métodos:
Método directo, segundo o qual os fluxos de caixa são apurados através do
relato, pela quantia bruta, das principais classes de recebimentos e das principais
classes de pagamentos (…)»
(PGC, 2013, p. 172)
No geral, a verificação de cada custo e sua natureza para assim saber lidar com os
mesmos e minimizá-los evitando que os mesmos tomem proporções alarmantes com o
decorrer do tempo, e tendo em conta a análise feita a cima, descrevemos a baixo, de
forma mais detalhada as operações em cada período que deram origem ao resultado do
ano N+1.
76
Tabela 7 – Fluxos de caixa mensais
Ano: 2016
Fluxo de caixa Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
Saldo Inicial
500 980,19 1 420 271,08 2 707 479,52 1 704 856,20 -81 252,80 32 416,33 446 041,29 379 954,72 567 490,71 406 193,66 -455 413,63 788 642,54 488 736,02
(R-D)
Receitas 4 408 978,37 3 789 568,39 1 985 500,61 6 110 589,36 1 812 398,56 2 892 548,38 1 690 900,71 2 175 103,23 1 731 289,99 2 987 645,91 3 348 972,38 5 189 328,39 38 122 824,28
Despesas 3 489 687,48 2 502 359,95 2 988 123,93 7 896 698,36 1 698 729,43 2 478 923,42 1 756 987,28 1 987 567,24 1 892 587,04 3 849 253,20 2 104 916,21 5 489 234,91 38 135 068,45
Lucro/Prejuízo - -
919 290,89 1 287 208,44 113 669,13 413 624,96 -66 086,57 187 535,99 -161 297,05 -861 607,29 1 244 056,17 -299 906,52 -12 244,17
(EI+R-D) 1 002 623,32 1 786 109,00
Acumulado
1 420 271,08 2 707 479,52 1 704 856,20 -81 252,80 32 416,33 446 041,29 379 954,72 567 490,71 406 193,66 -455 413,63 788 642,54 488 736,02 476 491,85
(EI+L/P)
Lucratividade
20,85% 33,97% -33,55% -22,62% 6,27% 14,30% -3,76% 8,62% -8,52% -22,38% 37,15% -5,46% -0,03%
(%)
77
CONCLUSÕES
A elaboração do trabalho em termos gerais permitiram-nos chegar as seguintes
conclusões: apesar da evolução da normalização contabilística internacional terem
pontos de convergência com as normas utilizadas em Angola, as nacionais ainda não se
encontram perfeitamente alinhadas com as de outros países no que toca a adoção de
novas práticas no tratamento e elaboração das informações prestadas pelas Empresas,
sendo como causa provável, os factores geopolíticos e culturais. Podemos também
dizer que falta um certo enraizamento da cultura tributária por parte dos Contribuintes,
principalmente as Empresas que têm desde a sua gênese um quadro de pessoal da área
de gestão e contabilidade pouco qualificado e incapaz de responder aos desafios da
empresa e do mercado global de negócios.
78
RECOMENDAÇÕES
1. Recomendamos uma gestão de custos mais rigorosa e gestor que projetem não
apenas o presente mas sim o caminho a percorrer a longo prazo;
2. Propomos também que tenha em atenção ao volume de negócio não se
deixando levar pelo “aparente” superavit vislumbrado, mas sim recorrendo
sempre a análise mais profunda dos custos gerados;
3. Ter em atenção a flutuação do mercado e de que modo a mesma pode
afetar o seu negócio;
4. Ter profissionais de Gestão e Contabilidade sincronizados e capazes de
responder aos desafios, bem como prestar contas das suas respectivas
áreas com o devido rigor técnico.
5. Fazer uma análise financeira rigorosa, para identificar fragilidades e prevenir
problemas a curto, médio e longo prazo.
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Marisol Diliana Figueira. Contabilidade em angola e a harmonização
contábil em nível mundial: estudo comparativo entre as normas adotadas no brasil e
angola. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade do Extremo Sul Catarinense -
UNESC, Brasil, 2011.
COXE, Ferreira. Fiscalidade angolana. Lisboa: Instituto Piaget, 2012. ISBN 978-
989-659-097-0.
80
FREITAS, Fátima et al. Legislação fiscal. 4ª ed. Luanda: Plural Editores, 2016.
ISBN 978-989-611-564-7.
PGC Decreto n.º 82/2001: 2001. Plano Geral de Contabilidade, Angola, Plural
Editores, 2013. ISBN 978-989-611-068-0.
81
Escola Superior de Gestão - Universidade do Minho Escola de Economia e Gestão.
Portugal. (s.n.t).
82
GLOSSÁRIO
Volume de negócios: Volume de negócios diz respeito ao valor de bens e serviços
vendidos por uma determinada empresa. Tem em conta o período de tempo estabelecido para
a análise.
Custos: são gastos que a entidade realiza com até tornar o seu produto pronto para ser
comercializado (fabricando-o ou apenas revendendo-o) ou até realizar um serviço contratado.
Despesa: é um gasto com a atividades meio e não gera retorno financeiro, apenas
propiciando um certo "conforto" ou funcionalidade ao ambiente empresarial.
83
ANEXOS
84
ANEXO I
01/01/16 04/01/16 201601 21.2.2 Artigos de higiene, nutrição e puericultura 0,00 261 848,55 261 848,55
03/01/16 06/01/16 201603 21.2.4 Farmacos 0,00 399 956,08 399 956,08 850 192,63
04/01/16 04/01/16 201604 26.1 Aparelhos e instrumentos médicos ligeiros 61 878,00 110 000,00 150.550,00 21 328,00
05/01/16 05/01/16 201605 26.2 Artigos de higiene, nutrição e puericultura 97 857,00 261 848,55 270 700,00 89 005,55
06/01/16 06/01/16 201606 26.3 Material gastável 11 870,00 78 388,00 80 800,00 9 458,00
07/01/16 09/01/16 201607 26.4 Farmacos 57 800,00 399 956,08 400 470,00 57 286,08 177 077,63
08/01/16 08/01/16 201608 43.1.1 Banco BFA 912 123,97 1 988 489,35 1 370 000,00 1 530 613,32 1 530 613,32
09/01/16 09/01/16 201609 45.1 Fundo fixo 0,00 0,00 0,00 0,00
11/01/16 11/01/16 201611 45.3.2 Compra de mercadorias 0,00 0,00 200 000,00 200 000,00
12/01/16 12/01/16 201612 45.3.3 Fornecimentos e serviços de terceiros 0,00 0,00 75 200,00 75 200,00 75 700,00
61 VENDAS
13/01/16 13/01/16 201613 61.3.1.1 Aparelhos e instrumentos médicos ligeiros 2 170 127,84 2 170 127,84
14/01/16 14/01/16 201614 61.3.1.2 Artigos de higiene, nutrição e puericultura 398 587,34 398 587,34
16/01/16 16/01/16 201616 61.3.1.4 Farmacos 987 280,87 987 280,87 3 566 875,97
18/01/16 18/01/16 201618 71.5.1 Custo das mercadorias vendidas 1 189 955,94 1 189 955,94 1 198 856,70
24/01/16 25/01/16 201625 75.2.16 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 3 000,00 3 000,00
Modelo de balanço
Exercícios
Designação Notas 2xxx 2xxx-1
ACTIVO
Activos não correntes:
Imobilização corpórea…………………………………………………………….. 4
Imobilização incorpórea…………………………………………………...……… 5
Investimento em subsidiárias e associadas…………………………………..…… 6
Outros activos financeiros…………………………………………………..…….. 7
Outros activos não correntes……………………………………………………… 9
Total do activo não corrente
Activos correntes:
Existências………………………………………………………………………… 8
Contas a receber………………………………………………………...………… 9
Disponibilidades………………………………………………………….……….. 10
Outros activos correntes…………………………………………………...……… 11
Total do activo corrente
CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital………………………………………………………………….………….. 12
Reservas……………………………………………………………….…………… 13
Resultados transitados…………………………………………………….……….. 14
Resultado do exercício………………………………………………….………….
Passivo não corrente:
Empréstimo de médio e longo prazo……………………..……………………….. 15
Imposto deferido………………………………….………………….……………. 16
Provisões para pensões ……………………………..………………………….….. 17
Provisões para outros riscos e encargos ………………………………………..…. 18
Outros passivos não correntes………………...…………………………………… 19
Passivo corrente:
Contas a pagar …………………………………………………………………….. 19
Empréstimo de curto prazo…………………………………..…………………….. 20
Parte cor. Dos empréstimos a médio e longo prazo……………………………..… 15
Outros passivos correntes…………………………………………………………. 21
Total do Capital Próprio e Passivo
ANEXO IV
ANEXO V
ANEXO VI