Você está na página 1de 16

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

AULAS DE ANÁLISE E GESTÃO FINANCEIRA


Tema 4 Análise do desempenho económico

Fernando Lichucha

2019

FACULDADE DE ECONOMIA
Contents
4 Tema 4 Análise do desempenho económico .............................................................. 3
4.1 Medidas de eficiência de gestão ........................................................................... 3
4.1.1 Valor acrescentado ........................................................................................ 3
4.1.1.1 Óptica de produção ................................................................................ 3
4.1.1.2 Exercício 1 Calcular o VAB na óptica de produção da seguinte
empresa para o ano 2004.......................................................................................... 4
4.1.1.3 Óptica de repartição ............................................................................... 4
4.1.1.4 Exercício 2 Calcular o VAB na óptica de repartição da seguinte
empresa para o ano 2004.......................................................................................... 5
4.1.1.5 Rácios de eficiência de gestão da empresa utilizando VAB ................. 5
4.1.1.6 Excedente bruto de exploração - EBE ................................................... 6
4.1.1.7 Exercício 3 Calcular o VAB na óptica de repartição e EBE dada a
seguinte informação ................................................................................................. 7
4.1.1.8 Exercício 4 Calcular o VAB, EBE, meios libertos operacionais e
autofinanciamento dada a seguinte informação ....................................................... 7
4.2 Competitividade Empresarial ............................................................................... 8
4.2.1.1 Exercício 5 Calcular e analisar a taxa competitividade empresarial da
seguinte empresa .................................................................................................... 10
4.3 A rendibilidade e o Crescimento da Empresa .................................................... 11
4.3.1 O financiamento e o crescimento ................................................................ 11
4.3.1.1 Exercício 6 Qual é a taxa de crescimento interno para projectar o ano
2014 na base do ano 2013? Calcular a taxa de crescimento interno do ano 2013.
Utilizar a taxa de crescimento interno do ano 2013 para projectar as
demonstrações financeiras de 2014. Calcular a taxa de crescimento interno de
2014. 12
4.3.1.2 Exercício 7 Qual é a taxa de crescimento sustentável de 2013 para
projectar o ano 2014? Comparar a taxa de crescimento sustentável com a taxa de
crescimento da empresa e taxa de crescimento interno. Utilizar a taxa de
crescimento sustentável para projectar o ano 2014................................................ 14

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 2 de 16


4 Tema 4 Análise do desempenho económico

A analise do desempenho económico pode ser feito utilizando os seguintes indicadores

 Medidas de eficiência de gestão


 Competitividade Empresarial
 Rendibilidade e Crescimento da Empresa

4.1 Medidas de eficiência de gestão


As medidas de eficiência de gestão avaliam a eficiência das decisões de gestão utilizando
os seguintes indicadores:
 Valor acrescentado
 Excedente bruto de exploração

4.1.1 Valor acrescentado


O valor acrescentado bruto (VAB) mede o excedente de riqueza criada pela empresa e
corresponde, portanto, à contribuição da empresa para a criação de valor.

O VAB estabelece a ligação entre a contabilidade nacional e a contabilidade da empresa,


porque o Produto Interno Bruto resulta da soma dos valores acrescentados de todos os
agentes económicos que produzem bens e serviços, mais impostos indirectos (IVA e
direitos aduaneiros, se os houver).

O VAB é apurado, contabilisticamente, segundo duas ópticas: produção e repartição.

4.1.1.1 Óptica de produção

A formula de calculo do VAB na óptica de produção é = Volume de negócios –


consumos intermédios.

Consumos intermédios são:

a) Custos de matérias primas, isto CMV


b) Fornecimentos e serviços externos de terceiros, isto é FSE
c) Impostos indirectos relacionados com as compras (parcela do IVA, que não
confira direito à dedução no IVA cobrado nas vendas, isto é I.I.

Em resumo VAB = Volume de negócios – (CMV + FSE + I.I.)

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 3 de 16


4.1.1.2 Exercício 1 Calcular o VAB na óptica de produção da seguinte empresa
para o ano 2004

Informações económicas 2003 2004


Volume de negócios 2285700.00 2749697.10
Custo de matérias 721800.00 868325.40
FSE 421050.00 506523.15
Custo com o pessoal 529320.00 636771.96
Amortizações 130826.25 157383.98
Custos financeiros 105864.00 127354.39
Impostos indirectos 18045.00 21708.14
Impostos directos 143517.90 172652.03
Resultado liquido 2152276.85 258978.05

Exemplo do ano 2003

Na óptica de produção

VAB = 2285700.00 - 721800.00 - 421050.00 - 18045.00 = 1124805

4.1.1.3 Óptica de repartição

A formula de calculo do VAB na óptica de repartição é = soma dos rendimentos gerados


pela empresa

Rendimentos gerados são:

a) Custos com o pessoal


b) Amortizações e provisões
c) Custos financeiros
d) Impostos directos
e) Resultados liquidos

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 4 de 16


4.1.1.4 Exercício 2 Calcular o VAB na óptica de repartição da seguinte empresa
para o ano 2004
Informações económicas 2003 2004
Volume de negócios 2285700.00 2749697.10
Custo de matérias 721800.00 868325.40
FSE 421050.00 506523.15
Custo com o pessoal 529320.00 636771.96
Amortizações 130826.25 157383.98
Custos financeiros 105864.00 127354.39
Impostos indirectos 18045.00 21708.14
Impostos directos 143517.90 172652.03
Resultado liquido 215276.85 258978.05

Exemplo do ano 2003

Na óptica de repartição

VAB = 529320.00 + 130826.25 + 105864.00 + 143517.90 + 215276.85 = 1124805

Em 2003, a empresa contribuiu com 1124805 para o PIB

4.1.1.5 Rácios de eficiência de gestão da empresa utilizando VAB

Para apurar a eficiência de gestão ou desempenho económico de uma empresa utilizando


o VAB calcula-se os seguintes rácios:
𝑽𝑨𝑩𝒂𝒏𝒐𝟏−𝑽𝑨𝑩𝒂𝒏𝒐𝟎
 Variação do VAB = , o rácio apresenta a taxa de crescimento
𝑽𝑨𝑩𝒂𝒏𝒐𝟎
da empresa. O rácio é útil quando comparado com a rendibilidade da
empresa.
𝑽𝑨𝑩
 Produtividade Global = 𝑭𝒂𝒄𝒕𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔, compara a riqueza criada pela
empresa com os recursos que foram utilizados.
𝑽𝑨𝑩
 Produtividade de trabalho = 𝑵º 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔, evidencia o valor acrescentado
por cada trabalhador
𝑽𝑨𝑩
 Produtividade salarial = 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂𝒍

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 5 de 16


4.1.1.6 Excedente bruto de exploração - EBE

O EBE mede a rendibilidade económica da empresa. É um indicador de crescimento e


exprime a relação entre exploração e o financiamento. É a componente principal da
capacidade de autofinanciamento. O seu nível sustenta a manutenção e o crescimento da
empresa.

A formula de calculo do EBE é = Proveitos operacionais – CMV - O. C. Variáveis –


Custos fixos desembolsáveis

O EBE representa os meios libertos (cash flow) e utiliza-se no pagamento de dividas, de


juros suportados, dividendos e na realização de investimentos de manutenção com base
nas amortizações e investimentos de expansão utilizando o lucro nao distribuído.

O EBE difere dos meios libertos de exploração porque nao considera a variação das
necessidades de fundo de maneio.

Os meios libertos operacionais sao iguais à diferença entre EBE e a variação das
necessidades de fundo de maneio e evidenciam os meios monetários gerados pelo
negocio da empresa, bem como a capacidade em gerar tesouraria para solver os
compromissos e investir. É um indicador de avaliação de risco dos créditos concedidos.

O autofinanciamento bruto representa o excedente bruto da empresa, que é igual ao


resultado liquido + amortizações , ajustamentos e provisões. Tem um significado mais
lato do que o EBE.

O autofinanciamento liquido obtem-se deduzindo ao autofinanciamento bruto a


distribuição dos resultados.

Sumario das formulas

EBE = Proveitos operacionais – Custos operacionais desembolsáveis

Meios libertos operacionais ou de exploração (cash flow) = EBE – variação das


necessidades em fundo de maneio

Autofinanciamento bruto = resultado liquido + amortizações e provisões

Autofinanciamento liquido = autofinanciamento bruto – dividendos

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 6 de 16


4.1.1.7 Exercício 3 Calcular o VAB na óptica de repartição e EBE dada a
seguinte informação

Informação

Custos com o pessoal 30

Provisões e ajustamentos 5

Impostos directos 50

Vendas 1000

Resultado Liquido 640.50

IRPC 274.50

Resolução

VAB (óptica da repartição) = 30 + 5 + 50 + 640.50 + 274.50 = 1000

VAB (óptica produção) = 1000 – 0 = 1000

EBE = 1000 – 30 – 50 = 920

4.1.1.8 Exercício 4 Calcular o VAB, EBE, meios libertos operacionais e


autofinanciamento dada a seguinte informação

Informação

Custos com o pessoal 24 194

Amortizações e ajustamentos 63 074

Impostos indirectos 7214

Outros custos operacionais 123

Juros 5281

Proveitos financeiros 654

Proveitos operacionais 444 205

CMV 101 420

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 7 de 16


FSE 130 538

Resultados líquidos 80 894

Dividendos 1000

NFM em 2002 814,60

NFM em 2001 0

Resolução

VAB = 444 205 – (101 420 + 130 538 + 7214) = 180 716

EBE = 444 205 – 101 420 – 130 530 – 24194 – 123 – 7214 = 180 716

Ou EBE = VAB – Custos com o pessoal – O. custos

EBE = 205 033 – 24 194 – 123 = 188 716

Meios libertos operacionais = EBE – variação das NFM = 180 716 – 814,60 = 179 901,4

Autofinanciamento bruto = RL + amortizações, ajustamentos e provisões

= 80 894,60 + 63 074 = 143 968,60

Autofinanciamento liquido = autofinanciamento bruto – dividendos

= 143 968,60 – 1000

= 142 968,60

4.2 Competitividade Empresarial

A competitividade empresarial ou económica pode ser definida como a capacidade que


uma empresa possui de competir com outras empresas, de ser líder no mercado onde
operam outras empresas concorrentes com objectivos iguais.

As empresas tornam-se competitivas quando os preços que praticam são diferentes dos
seus concorrentes e ou os produtos/serviços que oferecem são diferenciados. Nesse
sentido, os gestores devem concentrar-se nas actividades com potencial de crescimento e
rendimento e racionalizar a utilização dos recursos que entram na “cadeia de valor”.

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 8 de 16


Deste modo, o papel do gestor reside em relacionar os recursos com os proveitos que
geram:

 Se os custos operacionais crescem numa proporção superior ao valor


acrescentado pelos recursos utilizados, a actividade não está a criar
condições para ser competitiva no mercado
 A situação agrava-se se houver flexibilidade no aumento dos preços dos
factores produtivos e se os preços são reduzidos num mercado de
concorrência desenfreada.

A formula de calculo da competitividade empresarial utiliza dois indicadores:

 Custos operacionais per capita (CO/N), onde CO são custos operacionais e


N é o numero de trabalhadores
 Produtividade económica (VAB/N)

Assim a taxa de competitividade empresarial (Tc) é:


𝟏+𝒕
Tc =( - 1) x 100
𝟏+𝒕𝟏

Em que:
𝑽𝑨𝑩
(𝑽𝑨𝑩/𝑵)𝑨𝑵𝑶𝟏−( )𝑨𝑵𝑶𝟎
𝑵
t= 𝑽𝑨𝑩
( )𝑨𝑵𝑶𝟎
𝑵

𝑪𝑶
(𝑪𝑶/𝑵)𝑨𝑵𝑶𝟏−( )𝑨𝑵𝑶𝟎
𝑵
t1 = 𝑪𝑶
( )𝑨𝑵𝑶𝟎
𝑵

TC – Taxa de competitividade da empresa

t – taxa de variação da produtividade económica

t1 – taxa de variação dos custos operacionais

n – numero de trabalhadores

Ano 1 – ano de avaliação da competitividade

Ano 0 – ano base para avaliação da competitividade

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 9 de 16


A competitividade económica será positiva se a empresa alcançar uma taxa de
produtividade acima de valor de crescimento dos custos operacionais. A empresa poderá
baixar o montante do seu ponto critico e melhorar deste modo a rendibilidade das vendas.

4.2.1.1 Exercício 5 Calcular e analisar a taxa competitividade empresarial da


seguinte empresa
Informações 2002 2003 2004
1 - Volume de negócios 3200000 3900000 5000000
2 – Custo das matérias 1100000 1300000 1800000
3 – FSE 420000 470000 500000
4 – Custo com o pessoal 344000 3500000 3600000
5 – Amortizações e 15000 17000 18000
ajustamentos
6 – Impostos directos 130000 140000 125000
7 – Impostos indirectos 20000 21000 19000
8 – Custos financeiros 70000 72000 75000
9 – RAI 1101000 -1620000 -1137000
10 – IRPC (30%) 330300
11 – Resultados liquídos 770700 -1620000 -1137000

Nº de Trabalhadores 80 90 100

Resolução

Indicadores 2002 2003 2004


VAB (1-2-3-7) 1660000 2109000 2681000
Custos operacionais (2 a 7) 2020000 5448000 6062000
VAB/N 20750 23433,33 26810
CO/N 25362,50 60533,33 60620
Variação t 0,1293 0,1441
t1 1,3867 0,0014
Taxa de competitividade -0,5268 0,1425

A competitividade económica do ano 2003 é negativa na ordem -52% relativamente ao


ano 2002 decorrente do baixo acréscimo da produtividade económica na ordem de 12.9%
que é insuficiente para superar o crescimento dos custos operacionais na ordem de 138%.

No entanto, no ano 2004, a competitividade económica foi positiva na ordem de 14,25%


relativamente ao exercício de 2003, decorrente da produtividade económica com um
crescimento de 14%, enquanto a relação CO/N só aumentou 0,14%. Em conclusão, no
ano 2004, a empresa reduziu custos e obteve vantagens competitivas.
@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 10 de 16
4.3 A rendibilidade e o Crescimento da Empresa

4.3.1 O financiamento e o crescimento

A taxa de crescimento interno pode ser calculada da seguinte maneira:

Resultados retidos (RR)Ano1


ti = . Esta expressão pode ser decomposta, multiplicando e
Activo Total (AT)ano0
dividindo simultaneamente pelo resultado liquido e pelos capitais próprios, da seguinte
maneira.
RR RL CP
ti = X CPX AT , onde
RL

ti = rácio de reinvestimento X rentabilidade de capitais próprios X autonomia

Assim a taxa de crescimento interno depende do rácio de reinvestimento, rentabilidade de


capitais próprios e autonomia

Taxa de crescimento sustentável: mede quão depressa uma empresa pode fazer crescer
os seus activos num determinado período (geralmente um ano) recorrendo à captação de
capital alheio adicional e à retenção do resultado líquido sem alterar a sua estrutura de
capital.

A Taxa de Crescimento Sustentável (g) é função da:


• Rendibilidade do Capital Próprio (RCP) (ROCE)
• Taxa de distribuição de lucros (d)

Formula de cálculo da taxa de crescimento sustentável:


g* = RCP x (1-d)
𝑹𝑹
g* = RCP x 𝑹𝑳
onde
d é taxa de distribuição de dividendos
1 – d é taxa de retenção
RR/RL rácio de reinvestimento
RL/CP rentabilidade de capitais próprios

O crescimento sustentável implica adequar estrutura financeira e a distribuição de


dividendos à estratégia de crescimento:
• Se a Taxa de Crescimento Sustentável for maior que a de crescimento da empresa
(crescimento histórico das vendas) quer dizer que há excedentes de recursos
financeiros
• Quando o crescimento> capacidade interna há aumento do endividamento ou
aumento de capital
• Maior endividamento torna o crescimento sustentável mais volátil
@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 11 de 16
4.3.1.1 Exercício 6 Qual é a taxa de crescimento interno para projectar o ano
2014 na base do ano 2013? Calcular a taxa de crescimento interno do
ano 2013. Utilizar a taxa de crescimento interno do ano 2013 para
projectar as demonstrações financeiras de 2014. Calcular a taxa de
crescimento interno de 2014.
VENDAS LIQUIDAS DE 2012 238 000

DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS 2013
VENDAS LIQUIDAS 246.000,00
CUSTOS TOTAIS (INCLUI CFL) 172.200,00
RESULTADO ANTES DO IMPOSTO 73.800,00
IRPC 25.830,00
RESULTADO LIQUIDO 47.970,00
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS
70% 33.579,00
RESULTADO RETIDO 30% 14.391,00

BALANÇO
CAPITAL FIXO 196800
CAPITAIS CIRCULANTES 295200
ACTIVO TOTAL 492000

CAPITAL PROPRIO
INCIAL 227352
RETIDO 14391
SUBTOTAL 241743
PASSIVO 250257
@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 12 de 16
CAPITAL PROPROO + PASSIVO 492000

Resolução
Calcular a taxa de crescimento interno do ano 2013

Resultados retidos (RR)Ano1


ti = ou
Activo Total (AT)ano0

RR RL CP
ti = X CPX AT , onde
RL

ti = rácio de reinvestimento X rentabilidade de capitais próprios X autonomia

Resultados retidos (RR)Ano1 47970∗30%


ti2013 = = = 3,013%
Activo Total (AT)ano0 492 000−47970∗30%

ti2013 0,030131342 3,013%


RR2013 14.391,00
AT2012 477.609,00

RR RL CP
ti = X CPX AT
RL

RR/RL X RL/CPX CP/AT 0,03013 3,013%


RR 14.391,00
RL 47.970,00
CP 241743
AT 477.609,00

Utilizar a taxa de crescimento interno do ano 2013 para projectar as demonstrações financeiras
de 2014.

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 13 de 16


DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS 2013 2014
VENDAS LIQUIDAS 246.000,00 253.411,98
CUSTOS TOTAIS (INCLUI CFL) 172.200,00 177.388,39
RESULTADO ANTES DO IMPOSTO 73.800,00 76.023,59
IRPC 25.830,00 26.608,26
RESULTADO LIQUIDO 47.970,00 49.415,34
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS
70% 33.579,00 34.590,74
RESULTADO RETIDO 30% 14.391,00 14.824,60

BALANÇO
CAPITAL FIXO 196800 202.729,58
CAPITAIS CIRCULANTES 295200 304.094,38
ACTIVO TOTAL 492000 506823,96

CAPITAL PROPRIO
INCIAL 227352 241.743,00
RETIDO 14391 14.824,60
SUBTOTAL 241743 256567,6008
PASSIVO 250257 250257
CAPITAL PROPROO + PASSIVO 492000 506824,6008

Calcular a taxa de crescimento interno de 2014.

Resultados retidos (RR)2014


ti2014 = Activo Total (AT)2013
= 14.824,60/506823,96 = 3,013%

ti2014 0,030131303 3,013%


rr2014 14824,60083
AT2013 492000

4.3.1.2 Exercício 7 Qual é a taxa de crescimento sustentável de 2013 para


projectar o ano 2014? Comparar a taxa de crescimento sustentável com
a taxa de crescimento da empresa e taxa de crescimento interno.
Utilizar a taxa de crescimento sustentável para projectar o ano 2014.

Resolução
Qual é a taxa de crescimento sustentável de 2013 para projectar o ano 2014?
Formula de cálculo da taxa de crescimento sustentável:
@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 14 de 16
g* = RCP x (1-d)
𝑹𝑹
g* = RCP x 𝑹𝑳

g* = RCP x (1-d)
= 0,0633
RL 47.970,00
CP 227352
1-d 30,00%

Comparar a taxa de crescimento sustentável com a taxa de crescimento da empresa e taxa de


crescimento interno.

Taxa de crescimento histórico das vendas = 0,033613445 = 3,36% de acordo com as vendas
históricas dadas no enunciado da secção 4.3.1.1.

• Como a Taxa de Crescimento Sustentável (6,33%) é maior que a de crescimento


da empresa (crescimento histórico das vendas 3,36%) quer dizer que há
excedentes de recursos financeiros.
• Sendo que, a taxa de crescimento sustentável supera a capacidade interna a
empresa terá que recorrer ao endividamento ou aumento de capital para atingir a
taxa de crescimento sustentável.

Utilizar a taxa de crescimento sustentável para projectar o ano 2014.

VENDAS 2012 238000 0.03361345 3.013%


Taxa de crescimento 3.013% 6.330%
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADOS 2013 2014 2014

VENDAS LIQUIDAS 246,000.00 253,411.98 261571.8

CUSTOS TOTAIS (INCLUI CFL) 172,200.00 177,388.39 183100.26

RESULTADO ANTES DO IMPOSTO 73,800.00 76,023.59 78471.54

IRPC 25,830.00 26,608.26 27465.039

RESULTADO LIQUIDO 47,970.00 49,415.34 51006.501


@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 15 de 16
DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS
70% 33,579.00 34,590.74 35704.5507

RESULTADO RETIDO 30% 14,391.00 14,824.60 15301.9503

BALANÇO

CAPITAL FIXO 196800 202,729.58 209257.44

CAPITAIS CIRCULANTES 295200 304,094.38 313886.16


ACTIVO TOTAL 492000 506823.96 523143.6

CAPITAL PROPRIO

INCIAL 227352 241,743.00 241743

RETIDO 14391 14,824.60 15301.9503


SUBTOTAL 241743 256567.601 257044.95
PASSIVO 250257 250257 266098.65
CAPITAL PROPROO + PASSIVO 492000 506824.601 523143.6

NOTA:
custos financeiros crescem 6.33% pode não ser correcto dependendo do montante
adicional e do seu custo Caso haja disparidade as retenções do período podem
desequilibrar o balanço quando corrigido com a diferença entre o montante do
financiamento e retenções do ano anterior 31 143.6 e 14391 que da 16 752.60 e a
diferença do balanço é 15841.6497

A taxa de crescimento sustentável requer um empréstimo adicional de 15841.6497, por


que os resultados retidos no valor de 14391 não cobrem na totalidade as necessidades de

@2019 UEM – FE ANALISE E GESTÃO FINANCEIRA TEMA 4 Página 16 de 16

Você também pode gostar