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NO BRASIL 2019
relatório executivo
EMPREENDEDORISMO
NO BRASIL 2019
relatório executivo
Coordenação do GEM Parceiro Master no Brasil
Internacional Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas
Global Entrepreneurship Research Association (GERA), (Sebrae)
London Business School
Babson College, Estados Unidos
Korea Entrepreneurship Foundation, Coreia do Sul José Roberto Tadros – Presidente do Conselho
Deliberativo Nacional
Carlos do Carmo Andrade Melles – Diretor Presidente
No Brasil Bruno Quick Lourenço de Lima – Diretor Técnico
Eduardo Diogo – Diretor de Administração e Finanças
Instituto Brasileiro da Qualidade e Ronaldo Morado Nascimento – Gerente da Unidade de
Produtividade (IBQP) Gestão Estratégica (UGE)
Fausto Ricardo Keske Cassemiro – Gerente Adjunto da
Sandro Nelson Vieira – Presidente do Conselho
Unidade de Gestão Estratégica (UGE)
Anderson Luiz da Luz – Diretor Presidente
Marco Aurélio Bedê – Gestor do Projeto pelo Sebrae
Equipe Técnica
Coordenação Geral
Simara Maria de Souza Silveira Greco – IBQP
Arte e Diagramação
Marcela Rolim Ribas
Revisão de Texto
Eugênio Vinci de Moraes
Pesquisadores e acadêmicos são capazes de Este ano, o Brasil completou seu 20º ciclo de
adotar abordagens exclusivas nos estudos de participação, neste que é um dos mais signi-
empreendedorismo em nível nacional; ficativos projetos mundiais de pesquisa so-
cioeconômica.
Formuladores de políticas públicas são capa-
zes de tomar decisões mais bem informadas no A condução do projeto no Brasil, desde sua pri-
intuito de colaborar com o aperfeiçoamento do meira edição, está sob a responsabilidade do
ecossistema empreendedor, em diferentes ní- Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtivi-
veis de abrangência; dade (IBQP) em parceria técnica e financeira
com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Empreendedores têm melhores informações Pequenas Empresas (SEBRAE).
sobre onde investir ou atuar;
A pesquisa com a população adulta no Brasil
Patrocinadores colaboram com o GEM para consiste em um levantamento domiciliar junto
promover seus interesses organizacionais; a uma amostra representativa de pessoas com
As taxas gerais de empreendedorismo são calcu- A taxa de empreendedorismo total (TTE) en-
ladas a partir da pesquisa com a população adulta globa todos os indivíduos envolvidos com uma
(APS), ou seja, pessoas entre 18 e 64 anos. Essas atividade empreendedora, ou seja, é o conjunto
taxas apresentam um panorama do fenômeno dos empreendedores tanto iniciais quanto es-
do empreendedorismo no país no que tange à tabelecidos;
proporção de pessoas envolvidas com essa ati-
vidade e ao estágio do empreendimento com os A taxa de empreendedorismo inicial e a taxa de
quais estão envolvidas e, revelam também suas empreendedorismo estabelecido serão identifi-
principais motivações para empreender. Em cadas pelas siglas TEA e TEE respectivamente.
complemento ao que já foi tratado na introdu-
ção, vale ressaltar que:
Em 2019, a taxa de empreendedorismo total no alta da série histórica, e revelando mais uma vez
Brasil foi de 38,7% (tabela 1.1), ligeiramente su- o quanto o empreendedorismo é presente e sen-
perior à do ano anterior, sendo a segunda mais tido no cotidiano de grande parte dos brasileiros.
39,3 38,7
38,0
36,0 36,4
34,5
32,3 32,3
30,2
26,4 26,9 26,9
23,0 23,4 22,4 23,3
20,9 20,3 21,1 21,0 20,3
19,6
17,5 17,3 17,2 17,9
15,3 14,9 15,4
13,5 12,9 13,5 12,7 20,2
11,3 11,7 12,0 18,9
17,5 16,9 16,5
15,3 15,2 15,4 16,2
14,6
12,1 11,8 12,2
10,1 10,1 9,9
7,8 7,6
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Em 2019, a metodologia GEM apresenta uma avaliadas (tabela 1.2). Nessa nova abordagem,
inovação ao avaliar a motivação para empreen- foram apresentadas quatro afirmações aos em-
der, não mais restringindo as opções de respostas preendedores, para que esses se manifestassem
às categorias “por necessidade” e “por oportu- positiva ou negativamente em relação a cada
nidade”, e ampliando a gama de possibilidades uma delas.
Motivação Taxas
Quase 90% dos empreendedores iniciais concor- classificação anterior de empreendedorismo por
dam (total ou parcialmente) que a escassez de necessidade ou oportunidade, fica evidente que
emprego constitui uma das razões para desen- a motivação “ganhar a vida porque os empre-
volver a iniciativa empreendedora com a qual es- gos são escassos” expressa o mesmo sentido de
tão envolvidos. Da mesma forma, pouco mais da empreender por necessidade. Assim sendo, para
metade deles apontam que “fazer a diferença no possibilitar a comparação dos resultados obtidos
mundo” (contribuir para um mundo melhor) foi com a nova metodologia e o resultado do ano
um dos motivos que os levaram a empreender. passado do empreendedorismo por necessidade,
na tabela 1.2.1 estão apresentadas as motivações
Em contraposição, um terço dos empreende- principais mencionadas pelos empreendedores
dores confirmaram que a ambição de construir iniciais, ou seja, o percentual dos que respon-
uma grande riqueza ou obter renda muito alta deram de forma afirmativa exclusivamente para
está presente no espectro das motivações que os uma das questões.
levaram a iniciar um novo negócio. E, por fim,
um quarto dos empreendedores se envolvem em Nessa diferente leitura, tem-se que 26,2% dos
novos negócios para dar continuidade a uma tra- empreendedores iniciais mencionaram que “ga-
dição familiar, evidenciando, dessa forma, que o nhar a vida porque os empregos são escassos”
comportamento das famílias em relação ao em- foi a única motivação para começar um negócio.
preendedorismo exerce uma influência direta ou Estabelecendo uma analogia com o empreende-
indireta nas aspirações de carreira e futuro de dorismo por necessidade na antiga classificação,
uma parcela significativa da população. é possível afirmar que esse valor é compatível e
coerente com a trajetória que vinha sendo ob-
Embora essa nova metodologia não garanta o servada pelo empreendedorismo por necessidade
estabelecimento de uma equivalência exata com a nos últimos anos no Brasil.
As taxas específicas, cujos resultados encontram-se uma diferença de 4,5 pontos percentuais. Em
na tabela 1.3, diferentemente das taxas gerais termos absolutos, estima-se que existam quase
que consideram a população como um todo, têm três milhões de homens a mais do que mulheres
por objetivo evidenciar as variações na intensi- empreendendo nesse estágio.
dade da atividade empreendedora entre os estra-
tos que compõem variáveis sociodemográficas, Contudo, praticamente não existe diferença en-
como sexo (masculino e feminino), faixa etária tre homens e mulheres quando se trata de em-
(25 a 34 anos, por exemplo), escolaridade (ensino preendedorismo inicial.
médio completo, por exemplo) e renda familiar
(mais de 1 até 2 salários mínimos, por exemplo). Esse tem sido um retrato constante da face do
empreendedorismo brasileiro ao longo dos anos,
Em 2019, os homens se mostraram mais ati- ou seja, proporções semelhantes de empreen-
vos no que se refere ao seu envolvimento com dedores iniciais tanto entre a população mascu-
o empreendedorismo em estágio estabelecido do lina quanto entre a feminina, e um percentual
que as mulheres. A taxa dos empreendedores es- maior de empreendedores à frente de negócios já
tabelecidos do sexo masculino foi de 18,4%, en- consolidados (empreendedorismo estabelecido)
quanto a do sexo feminino foi de 13,9%, ou seja, entre a população masculina.
Sexo
Masculino 23,5 16,1 50,0 18,4 12,6 56,5
Feminino 23,1 16,1 50,0 13,9 9,7 43,5
Total 32,2 100,0 Total 22,3 100,0
Faixa Etária
18 a 24 anos 24,3 6,2 19,3 7,2 1,8 8,2
25 a 34 anos 26,1 8,9 27,7 12,7 4,3 19,4
35 a 44 anos 26,7 8,7 27,1 18,2 5,9 26,5
45 a 54 anos 22,6 5,8 18,2 23,8 6,1 27,5
55 a 64 anos 12,4 2,5 7,7 20,5 4,1 18,4
Total 32,2 100,0 Total 22,3 100,0
Escolaridade³
Fundamental incompleto 18,4 5,5 17,2 23,2 7,0 31,3
Fundamental completo 23,3 6,8 21,0 20,2 5,9 26,2
Médio completo 24,4 14,9 46,2 12,0 7,3 32,7
Superior completo ou maior 27,6 5,0 15,6 12,1 2,2 9,7
Total 32,2 100,0 Total 22,3 100,0
Renda Familiar
Até 1 salário mínimo 23,4 5,5 17,2 13,5 3,3 14,7
Mais de 1 até 2 salários mínimos 20,6 8,4 26,0 13,4 5,6 24,9
Mais de 2 até 3 salários mínimos 22,0 6,1 18,8 17,2 4,8 21,6
Mais de 3 até 6 salários mínimos 27,1 8,6 26,8 18,0 5,8 26,2
Mais de 6 salários mínimos 31,8 3,6 11,1 24,6 2,8 12,7
Total 32,2 100,0 Total 22,3 100,0
Apesar da menor permanência das mulheres na população é de um ano superior à média dos ho-
atividade empreendedora, deve-se destacar que mens. Portanto, pelo menos, na média, não são
o nível de escolaridade média das mulheres² na déficits de conhecimento formal que explicam
² http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-06/mulheres-aumentam-escolaridade-em-relacao-aos-
-homens-mostra-pesquisa
A pesquisa GEM Brasil 2019 demonstra que, Em relação aos negócios com patamar de con-
para população cuja renda familiar é de até 3 sa- solidação mais avançado, nota-se que nas duas
lários mínimos, a intensidade no envolvimento faixas de renda mais baixas localizam-se também
com o empreendedorismo em estágio inicial não as menores taxas de empreendedores estabele-
apresenta grandes diferenças. Nas três faixas de cidos. Entre as famílias com renda de até dois
menor renda, as taxas variam de 20,6%, para ren- salários mínimos de renda familiar, a taxa é de
da familiar de 1 até 2 salários mínimos, até 23,4%, aproximadamente 13,5%. No caso de rendas en-
para os que recebem até 1 salário mínimo. tre dois até seis salários mínimos, a taxa sobe
aproximadamente 4 pontos percentuais. E, entre
Considerando apenas essas duas faixas de renda, os adultos que pertencem a núcleos familiares
até 2 salários mínimos, tem-se um contingente cuja renda é superior a seis salários mínimos,
de quase 14 milhões de pessoas envolvidas com 24,6% desses são empreendedores estabelecidos.
atividades relacionadas à criação ou estruturação Considerando o empreendedorismo total, nes-
de novos negócios (empreendedorismo inicial). sa faixa de renda, mais de 56% das pessoas são
O maior nível de atividade empreendedora ini- empreendedoras, proporção superior em mais
cial, por outro lado, é registrado entre os que de 10 pontos percentuais em relação a todas as
auferem mais de 6 salários mínimos como renda demais faixas de renda.
familiar. Nesta faixa de renda, a taxa é de 31,8%,
com cerca de 3,6 milhões de empreendedores,
contingente quase três vezes menor que aquele
dos empreendedores iniciais cuja renda familiar
Mínima diferença entre mulheres e homens. As mulheres se mostram menos ativas que os
homens.
Os mais ativos são os indivíduos de 25 a 44 anos. Indivíduos na faixa etária de 45 a 54 anos são os
Os menos ativos encontram-se na faixa de 55 a mais ativos. Na faixa dos 18 a 24 anos encon-
64 anos. tram-se os menos ativos.
Os mais ativos são aqueles que possuem o Os mais ativos são aqueles que possuem o
ensino superior completo. Os menos ativos ensino fundamental incompleto. Os menos
possuem o ensino fundamental incompleto. ativos possuem o ensino médio e superior
completo.
Os mais ativos são os indivíduos na faixa de Na faixa de renda superior a 6 salários mínimos
renda superior a 6 salários mínimos. estão os mais ativos. Os com renda de até 2
Na faixa de renda entre 1 até 2 salários mínimos salário mínimo são os menos ativos.
estão os menos ativos.
Assim como o conhecimento acerca do perfil dos por esses empreendedores. Portanto, nesta
do empreendedor é fundamental para compre- seção, serão apresentadas as principais caracte-
ender a face do empreendedorismo brasileiro, o rísticas dos negócios conduzidos pelos empre-
mesmo pode-se dizer acerca do perfil dos em- endedores brasileiros.
preendimentos planejados, criados ou manti-
A partir da tabela 2.1 se observa que, em linhas dedores brasileiros são eminentemente locais,
gerais, o empreendedorismo no Brasil é um fe- focados na própria cidade onde mora o empre-
nômeno tipicamente voltado para o mercado endedor, conforme afirmaram 97,3% dos em-
interno. Apenas 3% dos empreendedores, sejam preendedores iniciais e 99% dos estabelecidos.
iniciais ou estabelecidos, afirmam que têm ou Cerca de 33% dos empreendedores iniciais e 26%
terão clientes de fora do Brasil. dos estabelecidos dizem que têm ou terão clien-
tes oriundos de cidades diferentes daquela em
Aprofundando um pouco mais a análise, cons- que moram.
tata-se que os negócios gerados pelos empreen-
No Brasil, em 2019, o setor de serviços respon- se ocupam desse setor de atividade, 7,6% entre
deu por mais de 76% dos negócios liderados por iniciais e 5,0% entre estabelecidos.
empreendedores em estágio inicial (tab. 2.2).
Entre os estabelecidos, essa proporção foi um Enquanto se constata uma proporção menor de
pouco menor, de 61%. Considerando apenas os empreendedores estabelecidos envolvidos com
empreendimentos de serviços orientados para o setor de serviços, comparativamente aos em-
outros negócios, sendo possível, portanto, apli- preendedores iniciais, o contrário se observa
car aqui a expressão B2B (business-to-business), em relação às atividades industriais: 22,9% dos
nota-se que, nos dois estágios de empreende- iniciais estão envolvidos com o setor industrial,
dorismo, menos de 10% dos empreendedores percentual 13 pontos percentuais menor do que
Pode-se dizer que uma das principais razões 3,5 anos de existência –, é possível estimar a
que credenciam o empreendedorismo como geração de ocupação para aproximadamente
uma das principais alternativas para o desen- 18 milhões de pessoas.
volvimento econômico e social é a capacidade
potencial para a geração de ocupação ou de Dos empreendedores estabelecidos, 36,9%
postos de trabalho para a população. proporcionavam, pelo menos, um posto de
trabalho ou ocupação para, no mínimo, uma
No Brasil em 2019, segundo a tabela 2.4, po- pessoa além de si próprio. Essa proporção foi
de-se afirmar que 28,2% dos empreendedores 8,7 pontos percentuais superior à dos iniciais,
iniciais geraram ocupação para pelo menos fato esperado dado o maior tempo de vida dos
uma outra pessoa além de si mesmos. Apesar empreendimentos estabelecidos. Em números
de uma característica marcante do empreen- absolutos estima-se que esse grupo, composto
dedorismo brasileiro ser o “autoemprego”, por aproximadamente 22 milhões de empre-
apenas considerando esses aproximadamente endedores, esteja gerando ocupação para mais
30 milhões de empreendedores em estágio 18 milhões de pessoas.
inicial – à frente de negócios com menos de
A pesquisa GEM constatou que, em 2019, pou- (tabela 2.5)³, apresentando expressivo cresci-
co mais de 26% dos empreendedores brasileiros mento de 14,5% em relação à proporção veri-
estavam formalizados com a obtenção do CNPJ ficada em 2018.
% dos empreendedores
Motivo COM CNPJ¹
A tabela 2.5 informa também que 73,6% dos em- ver vantagem na formalização do seu empreen-
preendedores não obtiveram o CNPJ para seus dimento, enquanto 12,5% deles estavam incertos
empreendimentos. Na tabela 2.5.2 se observa quanto à continuidade do negócio no futuro e,
que 27,4% desses empreendedores disseram não por isso, não se esforçaram para obter o CNPJ.
³ A proporção de empreendedores com CNPJ (26,1%) identificada no GEM difere de dados levantados por outras or-
ganizações (por exemplo, o IBGE identificou que, em 2019, 29% dos empregadores e trabalhadores por conta própria
possuem CNPJ), devido a diferenças metodológicas. Entre as diferenças, destacam-se: o universo do GEM, do qual
fazem parte pessoas de 18 a 64 anos, enquanto o IBGE inclui pessoas a partir dos 14 anos; o GEM considera empre-
endedores que ainda não iniciaram efetivamente seus empreendimentos (por exemplo, empreendedores nascentes); o
erro amostral inerente a qualquer pesquisa realizada por amostragem (no GEM esse erro é de 2,2 pontos percentuais).
TABELA 2.5.2 Principais razões para NÃO obtenção do CNPJ- Brasil - 2019
% dos empreendedores
Motivo SEM CNPJ¹
Para compor o retrato completo do empreen- compreender o contexto que abriga a atividade
dedorismo no Brasil, além de conhecer a sua empreendedora no país: em que medida o ato
“face”, ou seja, as características dos empreen- de empreender se configura como um desejo da
dedores e seus empreendimentos, também é população; o grau de aceitação dos empreende-
fundamental entender o pano de fundo em que dores na sociedade; e, por fim, as condições que
são desenvolvidos os negócios. Nesse sentido, o ambiente oferece para que efetivamente as
os itens a seguir exploram questões que buscam atividades empreendedoras aconteçam.
A tabela 3.1 revela que, para os brasileiros em outros grupos, incluindo o dos não empreende-
geral, independentemente desses já serem ou não dores. Embora já considerados empreendedores,
empreendedores, o sonho de possuir um negócio dois terços desses indivíduos dizem sonhar com
próprio é maior do que o sonho de desenvol- o negócio próprio. Isso pode ser explicado pelo
ver uma carreira profissional em uma empresa fato de que iniciativas já foram tomadas para
privada ou pública, indicando que a sociedade a realização desse sonho e que, portanto, esse
brasileira enxerga na alternativa do empreende- resultado expressa a “vontade” de as ações já re-
dorismo a melhor e mais compensadora forma alizadas levarem à concretização do negócio pla-
de atuação profissional. nejado. Esses indivíduos, já inseridos no processo
de empreender, estão mais ávidos na realização
Porém, as proporções dos que se enquadram em do sonho do que aqueles que não fazem parte do
cada opção apresentam variações que merecem grupo de empreendedores.
ser exploradas quando comparados os indivíduos
que já são empreendedores com os que não o são. Por sua vez, como esperado, no grupo dos “não
empreendedores”, a parcela dos que sonham em
Para aqueles categorizados como empreendedo- se tornar um (38,7%) é maior do que entre os em-
res nascentes, o sonho de ter o próprio negócio preendedores novos e estabelecidos com 33,8%
alcança a proporção mais elevada, com valor e 19,2%, respectivamente.
(66,7%) expressivamente superior a todos os
TABELA 3.2 Percepções da população sobre o ambiente para empreender - Brasil - 2019
A pesquisa GEM também aproveita o esforço comendações para melhorar o ambiente para
na coleta de dados e informações para buscar, empreender no país.
junto aos especialistas e à população adulta, re-
Ao apresentarem suas recomendações, quase 60% dos especialistas desenvolveram argumentos que
se relacionam com os fatores “políticas governamentais” e “educação e capacitação”.
4.2 Da População
Ação % da população
Outras 0,4
Não sabe 3,7
TABELA 4.3 Sugestões da população sobre ações para estimular pessoas com
mais de 55 anos a se tornarem empreendedoras - Brasil 2019
Ação % da população
Por meio de cursos voltados especificamente para esta faixa etária 54,3
Por meio de organização de grupos de pessoas dessa faixa etária 25,5
Por meio de palestras específicas para pessoas desta faixa etária 16,9
Ação % da população
N AC I O N A L
I N T E R N AC I O N A L
PA R C E I R O M A ST E R N O B R A S I L