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MÉTODOS

DIAGNÓSTICOS EM
PARASITOLOGIA

Professor: Jairo Figueiredo Junior


Referência: https://www.ebah.com.br/content/ABAAABOHwAD/metodos-diagnosticos-parasitologia#
Professora Carolina Zinn
 Grande importância para o diagnóstico de parasitoses
intestinais, causadas por helmintos e protozoários
 EPF não é o nome de uma técnica, e sim do pedido para
a realização de um exame de fezes em busca de
parasitos
 Grande desafio do diagnóstico na parasitologia é a baixa
sensibilidade das técnicas quando não realizadas
corretamente
 Falta de conhecimento sobre a coleta da amostra, os
fundamentos de conservação e da execução do
método, levam frequentemente a resultados falso-
negativos!!!

EXAME PARASITOLÓGICO DE
FEZES (EPF)
 Outro erro  indicação de anti-helmínticos sem solicitar
EPF para verificar a real necessidade
 O profissional responsável por escolher a técnica deve ter
claramente delimitado o objetivo do exame
 Pacientes assintomáticos  técnica capaz de detectar o
maior número possível de espécies
 Existem técnicas preferenciais para a busca de
determinadas estruturas
 É fundamental que o médico indique a suspeita clínica e,
se possível, a técnica desejada

EXAME PARASITOLÓGICO DE
FEZES (EPF)
 Tem como objetivo diagnosticar os parasitos intestinais,
por meio da pesquisa das diferentes formas parasitárias
que são eliminadas nas fezes.
 O exame macroscópico permite a verificação da
consistência das fezes, do odor, da presença de
elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes
adultos ou partes deles.
 O exame microscópico permite a visualização dos ovos
ou larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de
protozoários. Pode ser quantitativo ou qualitativo.

EXAME PARASITOLÓGICO DE
FEZES (EPF)
 A grande maioria dos métodos é apenas QUALITATIVO =
apenas indica a presença do parasita ou não
 Existem métodos QUANTITATIVOS (Kato-Katz) = se faz a
contagem dos ovos nas fezes, permitindo, assim, avaliar a
intensidade do parasitismo.

 Métodos QUALI  rotina


 Métodos QUANTI  pouco utilizados, pois a dose dos
medicamentos antiparasitária não leva em conta a carga
parasitária e sim o peso corporal do paciente. Estudos
epidemiológicos e/ou controle de cura

EXAME PARASITOLÓGICO DE
FEZES (EPF)
 Deve ser colhida sem contato com o vaso sanitário

 Utilizar recipientes limpos, isentos de água (pode conter


microorganismos de vida livre), urina (destrói a
mobilidade e os trofozoitas) ou outro material que possa
contaminar  pinico

 Jornais e outros tipos de papéis também devem ser


evitados a fim de não contaminar

 Transferir a amostra para o frasco coletor cedido pelo


laboratório

COLETA DA AMOSTRA
 Identificar o frasco com letra legível, indicando nome do
paciente, data e hora da coleta  lápis (não borrar com o
conservante)
 Tempo de entrega do material depende da suspeita clínica
 Fezes diarreicas – Giardia 30 min – estrongiloidíase com exame
de larvas vivas imediatamente após a emissão das fezes
 De preferência – coleta pela manhã no laboratório ou
enviada rapidamente
 Caso não seja possível enviar imediatamente o material será
necessário conservar o material

COLETA DA AMOSTRA
 MIF (mercúrio, iodo e formol) – mais popular
 Formol 10% - proibição do mercúrio
 Formol tamponado
SAF (acetado de sódio, ácido acético glacial,

formol e água destilada) – bom para
Semanas
trofozoítos em fezes diarreicas
 Embrulhar em papel e armazenar na
geladeira (5-10ºC) ou isopor com gelo – até
48hs

CONSERVANTES
 Colocar o conservante, a amostra, homogeneizar bem e
colocar mais conservante

 Quando são feitas várias coletas em dias alternados, elas


podem ser misturadas no mesmo recipiente

CONSERVANTES
 Usar luvas
 Trabalhar
com calma, identificando
corretamente
 Usarmaterial descartável  evita falso-
positivos

CUIDADOS FUNDAMENTAIS
 Não existe um método capaz de diagnosticar, ao mesmo tempo,
todas as formas parasitárias.
 Alguns métodos são mais gerais, permitindo o diagnóstico de vários
parasitos intestinais, outros são métodos específicos, indicados para
um parasito em especial.
 Métodos gerais  método de Hoffman, Pons e Janer e o os
métodos de centrifugação (MIFC, Ritchie e Coprotest).
 Na maioria dos pedidos de EPF, a suspeita clínica não é relatada, e
o exame é feito por um dos métodos gerais, acima citados.
 Quando é solicitada a pesquisa de um parasito que exige a
execução de um método específico  método específico e
método geral devem ser executados  o EPF ficará mais completo,
pois será feita a pesquisa dos vários parasitos intestinais e não
apenas daquele solicitado.

ESCOLHA DO MÉTODO
 Execução de vários métodos com cada amostra fecal
 um método geral
 um específico para larvas de helmintos
 um específico para cistos de protozoários.
 Procedimento é inviável - quantidade insuficiente de fezes, ou
pelo elevado número de exames a serem realizados por dia
 Interação médico-laboratório  contribuiria para que o EPF
fosse o mais exato possível.
 Automação – ainda não é uma realidade na parasitologia
 Testes imunológicos
 Testes moleculares

ESCOLHA DO MÉTODO
 Imunoenzimáticos - EIA ou ELISA
 Entamoeba histolytica/ dispar
 Giardia lamblia
 Cryptosporidium
 Imunofluorescentes-IFAs
 Cyclospora
 Isospora
 PCR
 detecção e subtipagem
 Cryptosporidium

ESCOLHA DO MÉTODO
 A fim de obter mais qualidade no EFP, devemos sempre ter
em mente que
 1. algumas espécies de parasitos só são evidenciadas por
técnicas especiais;
 2. um exame isolado, onde o resultado é negativo, não
deve ser conclusivo, sendo recomendável a sua repetição
com outra amostra;
 3. a produção de cistos, ovos ou larvas não é uniforme ao
longo do dia ou do ciclo do parasito.

ESCOLHA DO MÉTODO
 Exame de fezes direto a fresco
 Técnicas de concentração - Muitas vezes o número de formas
parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, havendo
necessidade de recorrer a processos de enriquecimento para
concentrá-las.
 Espontânea ou por centrifugação
 Flutuação ou sedimentação
 Técnicas para buscas de larvas

 Existem diversas técnicas semelhantes, baseadas no mesmo


fundamento, com nome diferente
 Um método será mais ou menos utilizado na rotina do EPF, quando,
além de permitir o diagnóstico de vários parasitos intestinais, é
também de fácil execução e pouco dispendioso.

MÉTODOS
 OVOS
 LARVAS  Ascaris lumbricoides
 Strongyloides stercoralis  Trichuris trichiura
 Enterobius vermicularis
 Ancylostoma duodenale
 VERMES ADULTOS
 Necator americanus
 Ascaris lumbricoides  Taenia solium
 Taenia sp. (proglotes)  Taenia saginata
 Enterobius vermicularis  Hymenolepis nana
 Schistosoma mansoni

HELMINTOS - FORMAS EVOLUTIVAS


ELIMINADAS VIA ANAL
 CISTOS/TROFOZOÍTOS
 Giardia lamblia
 Entamoeba histolytica/E. dispar
 Entamoeba coli
 Endolimax nana
 Iodamoeba bütschlii
 Chilomastix mesnili
 Blastocystis hominis (apenas cisto)

PROTOZOÁRIOS - FORMAS
EVOLUTIVAS ELIMINADAS VIA ANAL
 Procedimento simples

 Permite visualizar trofozoítos vivos

 Obtida diretamente da amostra fecal, sem


conservante, pouco material (falso-negativo)

 Métodos de concentração são melhores  mais


amostra, maior sensibilidade

MÉTODO DIRETO
 Recolhe-se uma porção bem pequena (cabeça
do palito de fósforo) e coloca-se sobre a lâmina
 Adiciona-se salina
 Homogeiniza
 Coloca lamínula
 Análise em microscópio em 10 e 40X

MÉTODO DIRETO
 Sedimentação espontânea: método de Hoffman, Pons e Janer, também
conhecido como método de Lutz. Permite o encontro de ovos e larvas de
helmintos e de cistos de protozoários;

 Sedimentação por centrifugação: método de Blagg (também conhecido por


método de MIFC), método de Ritchie, Coprotest. Usados para a pesquisa de
ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários;

 Flutuação espontânea: método de Willis. Indicado para a pesquisa de ovos


leves (principalmente ancilostomídeos);

 Centrífugo-flutuação: é o teste de Faust. Usado para a pesquisa de cistos e


alguns oocistos de protozoários, permitindo, também, o encontro de ovos leves.

 Concentração de larvas de helmintos por migração ativa, devido ao


hidrotropismo e termotropismo positivos: método de Baermann-Moraes e
método de Rugai. Indicados para a pesquisa de larvas de Strongyloides
stercoralis.

PROCESSOS DE
CONCENTRAÇÃO
 Método de concentração
 Cistos, oocistos, ovos ou larvas
 Procedimento:

 Colocar aproximadamente 2g de fezes em um frasco de Borrel (pode ser


substituído por copo plástico descartável), com cerca de 5mL de água, e
triturar bem com bastão de vidro (ou "palito de picolé").
 Acrescentar mais 20mL de água.
 Filtrar a suspensão para um cálice cônico de 200 mL de capacidade, por
intermédio de tela metálica ou de náilon com cerca de 80 a 100 malhas por
cm2, ou gaze cirúrgica dobrada em quatro; os detritos retidos são lavados
com mais 20mL de água, agitando-se constantemente com o bastão de
vidro, devendo o líquido da lavagem ser recolhido no mesmo cálice.
 Completar o volume do cálice com água.
 Deixar essa suspensão em repouso durante 2 a 24 horas

SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA, MÉTODO DE LUTZ


OU DE HOFFMAN, PONS E JANER (HPJ)
SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA, MÉTODO DE LUTZ
OU DE HOFFMAN, PONS E JANER (HPJ)
 Existem duas técnicas para se colher o sedimento para exame:
 a. introduzir uma pipeta obliterada pelo dedo indicador até o
sedimento contido no fundo do cálice, retirar o dedo e deixar subir
uma pequena porção do sedimento; recolocar o dedo e retirar a
pipeta;
 b. desprezar o liquido sobrenadante cuidadosamente,
homogeneizar o sedimento e colher uma gota do mesmo (esse
procedimento é melhor, pois a gota colhida é mais representativa
do sedimento).
 Colocar parte do sedimento numa lâmina com uma gota de
lugol e fazer um esfregaço.
 O uso de lamínulas é facultativo. Examinar com as objetivas de
10x e 40x. Deve-se examinar, no mínimo, duas lâminas de cada
amostra.

SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA, MÉTODO


DE LUTZ OU DE HOFFMAN, PONS E JANER
(HPJ)
 Método mais utilizado
 Barato
 Sensível para cistos de protozoários, ovos e larvas de
helmintos
 Desvantagem: demorado
 Coprotest – formol 10% - facilita o procedimento – paciente
coleta já com o conservante e homogeiniza por 2 minutos –
o laboratorista somente continua o procedimento anterior
 Paratest – formol 5% com sistema de filtragem – eficiência
reduzida devido a quantidade pequena de amostra

SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA, MÉTODO


DE LUTZ OU DE HOFFMAN, PONS E JANER
(HPJ)
 Baseia-se na sedimentação forçada pela centrifugação
 Ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocistos de protozoários
 Procedimento:
 Colher as fezes recém-emitidas em liquido conservador de MIF.
 Homogeneizar bem.
 Filtrar a suspensão de fezes em gaze dobrada em quatro ou em
filtro descartável, num copo plástico descartável.
 Transferir 1 a 2mL do filtrado para um tubo cônico de
centrifugação, com capacidade para 15mL
 Acrescentar 4 a 5mL de éter sulfúrico e agitar vigorosamente
(importante para desengordurar o material).
 Centrifugar por um minuto a 1.500rpm.
 Se formarão 4 camadas – no fundo está o sedimento com os
parasitos

CENTRÍFUGO-SEDIMENTAÇÃO, MÉTODO DE
RITCHIE, DE BLAGG OU “FORMOL-ÉTER”
 Com o auxílio de um bastão, descolar a camada de detritos
da parede do tubo.
 Inverter o tubo para desprezar o liquido, mantendo-o com a
boca voltada para baixo, até limpar a parede do mesmo,
utilizando um bastão de vidro (ou palito de picolé) contendo
algodão na extremidade.
 Inverter o tubo em uma lâmina, deixando escoar todo o
sedimento. Se a quantidade de sedimento for excessiva,
utilizar uma pipeta para colhê-lo e preparar as lâminas.
 Colocar uma gota de lugol
 Cobrir com lamínula e examinar com as objetivas de 10 e 40X
em “zig-zag”

CENTRÍFUGO-SEDIMENTAÇÃO, MÉTODO DE
RITCHIE, DE BLAGG OU “FORMOL-ÉTER”
 Método dos mais recomendados
 Rápido

 Fácil

 Sensível

 Desvantagem: necessita de centrífuga

CENTRÍFUGO-SEDIMENTAÇÃO, MÉTODO DE
RITCHIE, DE BLAGG OU “FORMOL-ÉTER”
 Indicado para pesquisa de cistos de protozoários; ovos
leves de helmintos podem ser detectados algumas
vezes
 Procedimento
 Diluir 10g de fezes em 20mL de água filtrada.
 Homogeneizar bem.
 Filtrar através de gaze dobrada em quatro, num copo plástico,
e transferir para um tubo de centrífuga.
 Centrifugar por um minuto a 2.500rpm.
 Desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento
em água.
 Repetir as operações 4 e 5 mais duas ou três vezes, até que o
líquido sobrenadante fique claro.

CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO OU
MÉTODO DE FAUST
 Desprezar a água sobrenadante e ressuspender o sedimento com
uma solução de sulfato de zinco a 33%, densidade de 1,18g/mL.
 Centrifugar novamente por um minuto a 2.500rpm.
 Os cistos e alguns oocistos de protozoários e os ovos leves, presentes
na amostra fecal, estarão na película superficial. Recolher a
película com alça de platina, colocar numa lâmina, acrescentar
uma gota de lugol e cobrir com lamínula.
 Examinar com as objetivas de 10x e 40 x.

 Observação: O material deve ser examinado imediatamente, pois o


contato com a solução de sulfato de zinco pode deformar as formas
parasitárias, especialmente os cistos de protozoários.

CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO OU
MÉTODO DE FAUST
 Bom para pesquisa de ovos leves como de ancilostomídeos
 Procedimento:
 Colocar 10g de fezes em um frasco Borrel (pode ser usado o próprio
frasco no qual as fezes foram enviadas).
 Diluir as mesmas em solução saturada de açúcar ou sal (NaCl).
 Completar o volume até a borda do frasco.
 Colocar na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato
com o líquido.
 Deixar em repouso por cinco minutos.
 Findo esse tempo, retirar rapidamente a lâmina, voltando a parte
molhada para cima.
 Levar ao microscópio e examinar com objetiva de 1ox e 40x.

FLUTUAÇÃO ESPONTÂNEA OU
MÉTODO DE WILLIS
 Avaliação de larvas de helmintos
 Baseado no hidrotropismo e termotropismo das larvas
 Necessidade de fezes frescas e sem uso de
conservantes
 Importante redobrar os cuidados a fim de evitar
contaminação no laboratório.

MÉTODO PARA DEMONSTRAÇÃO


DE LARVAS DE HELMINTO
 Necessário ter preparado o aparelho de Baermann –suporte de madeira com
orifícios para os funis que serão utilizados
 Procedimento
 Utilizar 8 a 10g de fezes.
 Colocar numa gaze dobrada em quatro ou em uma peneira.
 Colocar o material assim preparado sobre um funil de vidro,
contendo um tubo de borracha conectado a extremidade
inferior de sua haste.
 Obliterar o tubo de borracha com uma pinça de Hoffhan e
adicionar, ao funil, água aquecida (45°C) em quantidade
suficiente para entrar em contato com as fezes.
 Deixar uma hora em repouso.
 Findo esse tempo, colher 5 a 7mL da água, em um tubo de
centrífuga, abrindo-se a pinça.
 Centrifugar a 1.000rpm por um minuto.
 Colher o sedimento, sem desprezar o liquido sobrenadante e
examinar ao microscópio (10x). Caso se detecte a presença
de larvas, essas deverão ser coradas com lugol e observadas
com a objetiva de 40x, para identificação

MÉTODO DE BAERMANN-MORAES
MÉTODO DE BAERMANN-MORAES
 Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes
e envolvê-lo em uma gaze dobrada em quatro, fazendo
uma pequena "trouxa".
 Colocar o material assim preparado, com a abertura
voltada para baixo, num cálice de sedimentação,
contendo água aquecida (45°C), em quantidade
suficiente para entrar em contato com as fezes.
 Deixar uma hora em repouso.
 Retirar cuidadosamente a trouxa
 Colher o sedimento no fundo do cálice, com a ajuda de
uma pipeta.
 Examinar no microscópio, com a objetiva de 10x.
 Corar as larvas com o lugol e observá-las com o maior
aumento, para identificação.

MÉTODO DE RUGAI
MÉTODO DE RUGAI
 Preparar uma solução de verde malaquita (essa solução tem a
finalidade de conservar as fezes e clarificar as formas parasitárias),
de acordo com a seguinte fórmula: Glicerina 100mL, Água
destilada 100mL, Verde-malaquita a 3% 1 mL
 Cortar papel celofane semipermeável em pedaços de 24mm por
30mm e deixá-los mergulhados na solução de verde malaquita por
pelo menos 24 horas.
 Colocar, sobre um papel higiênico, uma porção da amostra de
fezes frescas sem conservantes.
 Comprimir as fezes com um pedaço de tela meiálica (marca IBRAS
- São Bemardo do Campo - no 120 – fios, urdume e trama: 0,091nm)
ou similar de náilon. Nesta malha passam ovos de helmintos e
detritos menores do que eles.
 Retirar as fezes que passaram para a parte superior da tela e
transferi-las, com o auxílio de um palito, para o orificio (6mm de
diâmetro) de um cartão retangular de plástico, colocado sobre
uma lâmina de microscopia.

MÉTODO QUANTITATIVO – KATO-KATZ


 Após encher completamente o orificio, retirar o cartão,
cuidadosamente, deixando sobre a lâmina de vidro.
 Cobrir as fezes com a lamínula de papel celofane
embebida na solução de verde malaquita, inverter a
lâmina, sobre uma folha de papel absorvente e comprimi-
la.
 Aguardar uma a duas horas e examinar ao microscópio,
contando todos os ovos presentes na preparação.
 O número de ovos encontrados no esfregaço fecal,
multiplicado por 23, corresponderá ao número de ovos por
grama de fezes (OPG).

MÉTODO QUANTITATIVO – KATO-KATZ


 Médico – às vezes pouco capacitado na indicação do
exame, na orientação à coleta de material e na
interpretação dos resultados. Pouca confiança no resultado
do laboratório. Tratamento prévio.
 Paciente – Coleta incorreta, atribui pouca importância à
infecção parasitária, questões culturais. Auto-medicação.
 Laboratório – exame trabalhoso, pouco padronizado, não
automatizado, variabilidade intra e interobservadores,
profissional pouco valorizado, qualificação profissional
insuficiente, pouco compromisso/envolvimento, sobrecarga,
métodos adaptados (não originais)

SITUAÇÃO ATUAL DO DIAGNÓSTICO


PARASITOLÓGICO
 Dados sócio-demográficos (sexo,idade, escolaridade,
ocupação, procedência)
 Indicação clínica: sintomatologia, investigação diagnóstica,
acompanhamento do tratamento, controle de cura,
tratamento prévio ao diagnóstico, rotina pré-natal/ pré-
operatória.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES NA
SOLICITAÇÃO
 Ingestão prévia de medicação, compostos químicos na
semana anterior ao exame
 Forma de coleta, tempo de coleta, preservação do
material, intercorrências na coleta.

QUESTIONAMENTOS IMPORTANTES NA
ENTREGA DO MATERIAL
 SENSIBILIDADE
 Um teste é sensível quando seu resultado é positivo
em indivíduos doentes. Pouco falso-negativo

 ESPECIFICIDADE
 Um teste é específico quando seu resultado é
negativo em indivíduos não doentes. Pouco falso-
positivo

 EPF - BAIXA SENSIBILIDADE (muitos falsos negativos)


e ALTA ESPECIFICIDADE (poucos falsos positivos)

SENSIBILIDADE X ESPECIFICIDADE
 EVITÁVEIS – PROFISSIONAIS
 Treinamento
 Escolha do método (sensibilidade)
 Inadequação do método
 Leitura parcial da lâmina
 Sobrecarga de trabalho

CAUSAS DE NEGATIVIDADE NO
EXAME PARASITOLÓGICO
 INEVITÁVEIS - BIOLÓGICAS
 A) Protozoários - períodos de negatividade
 B) Helmintos
 infecção unissexual por espécimes machos
 fêmeas sexualmente imaturas
 após eliminação do verme adulto
 carga parasitária leve
 irregularidade na postura/eliminação

CAUSAS DE NEGATIVIDADE NO
EXAME PARASITOLÓGICO
 Treinamento dos profissionais
 Controle externo de qualidade:
 CONTROL- LAB – SBPC/ML
 PNCQ – SBAC
 INTERLABORATORIAIS
 INTERNACIONAIS: CAP
 Controle interno de qualidade
 Amostra cega – amostra já processada no dia
 Pool de amostras positivas ( COCOTECA® )
 Amostras conservadas com parasita único
 Lâminas com coloração permanente
 Lâminas da rotina.

CONTROLE DE QUALIDADE
 Reportar todos os parasitas encontrados
 Sempre com os nomes científicos: grifados, ou em itálico, ou em
negrito
 Colocar o estágio de diagnóstico identificado
Exemplo:
 Foram encontrados:
 Ovos de Hymenolepis nana
 Ovos de Hymenolepis nana
 Ovos de Hymenolepis nana

 Larvas de Strongyloides stercoralis


 Larvas de Strongyloides stercoralis
 Larvas de Strongyloides stercoralis

LAUDO FINAL
 Para ausência de parasitos, reportar:
Exemplo
 “Negativo - Não foram visualizadas formas
diagnósticas de parasitas”
Ou
 “Negativo - Não foram visualizadas formas
diagnósticas de parasitas, na amostra enviada”

LAUDO FINAL
 Reportar o(s) método(s) utilizado(s).

 Reportar número de amostras analisadas:


Ex. “resultado positivo ou negativo e na Obs. o nº
de amostras”

 Reportar parasitas que não foram diferenciados


Ex. cistos de Entamoeba histolytica /dispar

LAUDO FINAL

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