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Patologia Geral

 Calcificação Patológica
Cálcio – indivíduo adulto – 1 a 2 kg – 99% no
esqueleto e dentes na forma de hidróxico
básico de cálcio ou hidroxiapatita

500 mg são mobilizados diariamente (osteólise osteocítica)


e redepositados.
Quantidade necessária na dieta:
Muito – fase de crescimento
Pouco – adultos jovens
Aumenta -‐idade avançada (evitar osteopenia)
Cálcio:
Dieta normal: 600 a 1.000 mg /dia

Excreção:
Tubo intestinal – 760 mg/dia
Rins – 100 a 300 mg/dia
Suor

Absorção: no duodeno por transporte ativo.


Inibida na deficiência de vit. D, uremia ou excesso de
ácidos graxos.

Calcemia normal: 8,8 a 10,4% (2,2 a 2,6 mM).


Cálcio
:No plasma: na forma de:
Íons livres (Importantes na regulação: da coagulação
sanguínea);
Ligados a proteínas (50% do cálcio sanguíneo);
Como complexos difusíveis.

Apesar de essencial – é tóxico para as células (baixíssima


concentrações no citoplasma)
Elevado gradiente entre extracelular e intracelular;
Possibilitando sua participação como segundo mensageiros
na maioria das sinalizações de processos intracelulares.
Calcificação ou Mineralização
Patológica
Quando sais (fosfatos, carbonatos, citratos e outros) de
cálcio são depositados em tecidos frouxos não-‐osteóides,
enrijecendo-‐os.

Duas formas:
1-‐Calcificação distrófica 2-‐Calcificação metastática

Afeta tecidos pré-‐lesados; Acomete tecidos normais;


Não depende dos níveis plasmáticos Resulta da hipercalcemia.
Considerações

A distinção entre os dois tipos é muitas vezes artificial:


Aspecto morfológico final semelhante;
Depósitos em tecidos sadios causa lesões nestes;
Por outro lado a hipercalcemia aumenta o depósito em
tecidos lesados.

Sinais de lesão prévia aliados à maior intensidade de


deposição calcária sugere Calcificação Distrófica

A distribuição normalmente ajuda a distinguir a Calcificação


Metastática

Calcinose = calcificação de derme e tecido subcutâneo


1) Defina calcificação patológica.

2) Quais são os dois tipos de calcificação patológica de


tecidos moles?
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE

Calcificação distrófica (mais frequente)


Mais localizada
Principalmente – conjuntivo fibroso hialinizado de lesões
antigas
Vasos esclerosados – aterosclerose, arterosclerose, artérias
uterinas de idosas
Tendões
Válvulas cardíacas
Alguns tumores
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE

Calcificação distrófica (mais frequente)


Áreas de necrose antiga
Tuberculose pulmonar e de linfonodos
Infartos antigos
Ao redor de parasitas e larvas mortas encistadas
Necrose do tecido adiposo (esteatonecrose)
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE

Mecanismos de formação (calcificação


distrófica)

Detritos de lesões – não degradados, absorvidos ou


fagocitados – permanecem no tecido – funcionam como
matriz orgânica para a deposição de sais de cálcio

A calcificação é um processo ativo mediado por células,


resultado do desequilíbrio de fatores promotores e
inibidores da mineralização.
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
Mecanismos de formação (calcificação distrófica)

Duas etapas:
1) Nucleação (iniciação)
Depósito de sais de cálcio em estruturas chamadas de vesículas
da matriz;
2) Propagação (crescimento)
Ruptura das vesículas liberando os cristais já formados com
progressão autocatalítica.
Depende de:
Níveis de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, osteocalcina,
vit. D, pH local, conteúdo de proteínas do local, balanço
hormonal, etc.
ETIOLOGIA E PATOGÊNESE
Calcificação metastática
Distribuição mais disseminada

Decorre de :
1)Absorção aumentada de cálcio por excesso de vit. D, sarcoidose
(aumento da ativação da vit. D) ou hipersensibilidade à vit. D
(hipercalcemia idiopática do lactente – síndrome de Willians)
2)Mobilização excessiva de cálcio dos ossos (imobilização
prolongada), osteólise (mieloma ou metástases ósseas difusas) e
doença de Paget óssea.
3)Aumento do paratormônio por hiperparatiroidismo (primário ou
secundário) e sindrome paraneoplásica.
Consequências e complicações

Dependem do local e intensidade da calcificação


Em geral são inócuas e inertes apesar de permanentes e
irreversíveis.

Grave quando atingem válvulas cardíacas


Complicam as placas de aterosclerose
“Benéficas” na contenção dos bacilos da tuberculose
Pode ocorrer insuficiência respiratória ou renal
Cálculos
Concreções ou litiases

Massas esféroidais, ovoides ou facetadas, sólidas, concretas e


compactadas, de consistência argilosa a pétrea, que se formam no
interior de órgãos ocos (vesícula biliar e bexiga), cavidades naturais,
condutos naturais (ureter, colédoco, ducto pancreático ou salivar) ou
no interior dos vasos.

Nomenclatura:
Local + sufixo (litiase – fenômeno; lito – cálculo. Ex.: urolitiase -‐urolito)

Repercussões

Dores, obstrução, icterícia e perda de função.

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