Disciplina: Enfermagem em Urgências e Emergências Clínicas e Cirúrgicas
Identificação da tarefa: Tarefa 4. Unidade 2. Envio de arquivo
Pontuação: 15 pontos
Tarefa 4
Baseando-se no conceito de Emergência e Urgência e em leituras adicionais,
como por exemplo, o texto complementar “Definições de Urgência e Emergência: critérios e limitações”, disponível na Biblioteca da disciplina, responda as seguintes perguntas:
1 – Defina o significado de urgência. (2,5 pontos)
Urgência significa que existe um processo agudo que pode ser clínico ou cirúrgico, sem risco de vida iminente. Há riso de evolução para complicações mais graves ou mesmo fatais, porém não existe um risco iminente de vida. Giglio-Jacquemot, Armelle. Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários. Editora Fiocruz, 2005.
2 – Defina o significado de emergência. (2,5 pontos)
Uma situação ou uma ocorrência de urgência para nós profissionais da saúde, significa um processo com risco iminente de vida, que precisa de resolução imediata na tentativa de manter funções vitais e evitar incapacidade ou complicações graves. Giglio-Jacquemot, Armelle. Urgências e emergências em saúde: perspectivas de profissionais e usuários. Editora Fiocruz, 2005.
3 – Elabore um estudo de caso de uma situação de urgência, descrevendo
todas as condutas de enfermagem pertinentes ao caso apresentado. (5 pontos) História clínica Paciente de 15 anos, sexo masculino, chega ao pronto socorro infantil (PSI), com dor abdominal, relata que a mesma se iniciou há 3 dias com piora progressiva, difusa em região periumbilical, com dor de intensidade 6/10, sem sinais de melhora, associada a náuseas e vômitos nas ultimas 12 horas, relata que houve migração da dor para região da fossa ilíaca direita com piora da dor para 9/10. Relata que se sentiu muito quente e deduz que teve febre, porém não aferida. Nega disuria ou hematúria. Exame físico Cabeça e pescoço: REG, Glasgow 15, PIFR, calmo, eupneico em ar ambiente, comunicativo, mucosas coradas e hidratada, sem gânglios palpáveis. Tergumentar: Acianótico, anictérico, hipocorado 1+/4+, desidratado 2+/4+, afebril. Tórax: simétrico, AP: MV+ S/RA. AC: BRNF 2T S/S. Abdome: plano, RHA+, flácido, doloroso a palpação, sinal de Blumberg positivo. Genitália: tipicamente masculina, s/alt. Membros: com pulsos+, sem edemas, força motora preservada, perfusão periférica preservada, TEC<2s. Aferido sinais vitais FC: 105bpm PA: 125x90mmhg FR: 20irpm, SpO² 98%, eupneico em ar ambiente. Tº 37ºC Após a triagem, classificado como urgente, identificado com pulseira amarela. Após atendimento médico, conforme exame físico, evidenciado HD: Dor abdominal A/E. Acomodado paciente em leito de observação para conforto, realizado punção venosa, coletado amostra de sangue conforme solicitação médica, medicado com analgésico conforme prescrição, instalado soroterapia para hidratação e comunicado que permanecerá em jejum até segunda ordem. Orientado se náuseas e vômitos comunicar, pois tem sintomáticos prescritos S/N. Resultados de exames laboratoriais com alteração. Hb e Ht normais. Plaquetas normais. Leucócitos alterados. PCR alterado. Orientação de manter o paciente em jejum até completar 06:00hs para realizar a TC com contraste. Após resultado de TC e reavaliação médica, fechado HD: Apendicite aguda? Solicitado avaliação do cirurgião pediátrico.
Após avaliação do cirurgião pediátrico e o laudo da TC, confirmado quadro de
apendicite aguda. Geralmente inicia antibiótico profilático.
Realizado comunicação aos pais sobre o fechamento do diagnóstico e
esclarecimento sobre o procedimento cirúrgico que precisa ser realizado. Entregue termo de responsabilidade para o responsável assinar. Realizar comunicação prévia com o centro cirúrgico. Encaminhar aviso cirúrgico ao Enfº (a) responsável do centro cirúrgico (CC) ou a secretária responsável, se caso houver. Obter informação do horário que a sala cirúrgica será disponibilizada. Aguardar o Enfº(a) responsável pelo centro cirúrgico solicitar o paciente para procedimento de apendicectomia.
OBS: Tem casos de suspeita de apendicite supurada com quadro de sepse
que precisa ser tratada como emergência, mas na maioria dos casos se enquadra como urgência. 4 - Elabore um estudo de caso de uma situação de emergência, descrevendo todas as condutas de enfermagem pertinentes ao caso apresentado. (5pontos)
Paciente de 08 anos, do sexo feminino, da entrada no pronto socorro
acompanhado pelo pai, com quadro de agitação, ansiedade, taquidispneica, taquicárdica, síndrome de sibilância, retração de fúrcula, tiragem intercostal e cianótica 2+/4+. Ação imediata: Acomodada em sala de emergência, instalado monitorização e oximetria de pulso, saturando 84%, instalado mascará de venturi há 50% O², realizado punção venosa e coletado amostra de sangue para exame e solicitado pelo médico socorrista uma amostra de sangue arterial para gasometria a qual constatou uma acidose respiratória. HDA: O pai informa que criança é asmática e que a ultima crise que teve já faz três anos, estava em acompanhamento, e que há 06 meses não faz o uso correto das medicações e não passa nas consultas periódicas na UBS, pois pensavam que não teria problema, porque como já estava há três anos sem crise possivelmente não teria mais crises. Conduta médica / Enfermagem Após rápida avaliação médica foi realizado resgate com broncodilatador, Salbutamol spray acoplado em espaçador, 6 jatos a cada 20 minutos, três vezes e medicada com corticoide, metilprednisolona intravenoso conforme prescrição médica. Meta: A meta de tratamento de crise asmática grave tem por finalidade manter adequada saturação de oxigênio arterial e aliviar o fluxo aéreo através de repetidas administrações de broncodilatadores e reduzir a inflamação das vias aéreas através dos corticoides sistêmicos. OBS: A avaliação da gravidade da crise de asmática tem por finalidade avaliar o paciente de maior risco que requer monitorização e abordagem mais agressiva para evitar a insuficiência respiratória e morte. Estabilização do paciente Após estabilização do quadro asmático, paciente foi acomodada em sala de observação, realizado orientações aos pais sobre a gravidade das crises de asma e importância de manter o uso correto das medicações receitadas e o acompanhamento ambulatorial. Desfecho Criança foi internada, encaminhada para enfermaria pediátrica mantendo uso de cateter de O² há 02lts, salbutamol spray 03 jatos com espaçador a cada 03:hs e metilprednisolona IV a cada 06hs. Realizado abertura de interconsulta para o serviço psicossocial atender os responsáveis pela criança.