Você está na página 1de 3

OSCE

HANSENÍASE

HMA: ALEXANDRA 30 ANOS, VEM A UBS QUEIXANDO DE LESÃO EM PERNA DIREITA E DORSO
HÁ 5 MESES.

LESÃO COM BORDA HIPEREMIADA E CENTRO HIPOCROMICO E MARGES BEM DELIMITADAS

Perguntas que paciente faz ao final da consulta: doutor, como peguei isso? Doutor quanto
tempo vou ficar tomando remédio?

1. APRESENTE-SE PARA O PACIENTE


2. QUESTIONA MANIFESTAÇÕES ASSOCIADA A LESÃO (PRURIDO, DESCAMAÇÃO,
SANGRAMENTO, COLORAÇÃO, ALTERAÇÃO RECENTE
3. QUESTIONA LESÃO EM OUTROS LUGARES. EXAMINE EM OUTROS LUGARES
4. DESCREVER LESÃO
5. QUESTIONA OUTRO SINTOMAS: DORES, FEBRE, TOSSE, FRAQUEZA, DORMENCIA,
PERDA DE PESO
6. QUESTIONA SE HÁ OUTRAS PESSOAS NO DOMICILIO COM ESSAS LESÕES OU JÁ TEVE
CONTATO
7. COMORBIDADES
8. ALERGIA A MEDICAÇOES
9. TABAGISMO/ALCOL/DROGAS SE USOU ALGUM REMEDIO RECENTE
10. PEDE AUTORIZAÇÃO NO EXAME FISICIO E HIGIENE DE MÃOS
11. EXAME FÍSICO: GERAL, INSPEÇÃO EM TODA SUPERFICIE CORPORAL, BUSCA POR
ALOPECIA (ANALISA ORELHAS, FACE, NADEGAS, BRAÇO, PERNA, COSTAS
12. REALIZE TESTE SENSIBILIDADE TÉRMICA, DOLOROSA, TATIL. (SE TIVER ESTESIOMETRO
UTILIZAR) A PRIMEIRA PERDA É DO LARANJA
13. AVALIAÇÃO NEUROLOGICA (PALPA NERVOS PERIFÉRICOS- SE TEM DOR,
ESPESSAMENTO, SIMETRIA, FORMA- TEM O TIBIAL, FACIAL, ULNAR, TIBIAL POSTERIOR
PALPAR PELO MENOS 3 NERVOS)
14. SOLICTE A PESQUISA DE BAAR NO RASPADO DA LESÃO, ORELHA E COTOVELO
15. ESCLARECE O DIAGNÓSTICO DE HANSENIASE SE MB OU PB, EXPLICANDO A
EVOLUÇÃO, CONTÁGIO E TRATAMENTO.
16. SOLICITAR HMG E HEPATOGRAM
17. FAZER TRATAMENTO
Formas paucibacilares - PQT-U 6 meses
Formas multibacilares - PQT-U 12 meses.
-PQT-U : 1 dose mensal supervisionada - Rifampicina + Dapsona + Clofazimina E 1 dose
diária autoadministrada - Dapsona + Clofazimina
18. TRATAMENTO EXPLICAR QUE É TODO E EFEITOS COLATERAIS
19. CONVOQUE OS CONTACTANTES PARA TESTAGEM
20. PERGUNTA SE RESTA DUVIDAS E ESCLARECA
21. MARQUE O RETORNO EVIDENCIANDO QUE É DE EXTREMA IMPORTANCIA O
TRATAMENTO
OUTRA BANCA

1. IDENTIFICOU A HD DE HANSENIASE
2. ESCLARECEU A NATUREZA INFECTOCONTAGIOSA DA DOENÇA QUE ELA É
TRANSMITIDA POR BACTERIA QUE FICA INCUBADA POR ANOS
3. ESCLARECEU A FORMA DE CONTAGIO (Contato frequente com pessoas ou
prolongado)
4. ESCLARECEU SOBRE OS EXAES (BACILOSCOPIA 3 AMOSTRAS E
ANATOMOPATOLOGICO)
5. ESCLARECEU A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAR FILHO E ESPOSO
6. ESCLARECEU SOBRE A NECESSIDADE DE TRATAMENTO DE FILHO E ESPOSO
SE APRESENTAREM A DOENÇA
7. VACINAÇÃO DE BCG PARA AQUELES QUE NÃO APRESENTOU DOENÇA MAS
TIVERAM CONTATO PROLONGADO
8. NÃO PRECISA SEPRAR ITENS DE USO PESSOAL (COPO, GARFO)
9. TRATAMENTO DA DOENÇA (TEMPO, QUAIS MEDICAÇÕES)
10. COMPLICAÇÕES (MADAROSE, PÉ CAIDO, PONTA DO NARIZ PODE CAIR, MÃO EM
GARRA, PERFURAÇÃO DO SEPTO)

NÃO ESQUECER
• Perguntar: tempo do surgimento, sobre sensibilidade, quantidade de lesões, se teve
contato com alguém com lesão parecida, se tem parestesias ou deformidades de nervos
periféricos, comorbidades e condições de vida
• DESCREVER A LESÃO:
-Indeterminada: lesão hipocrômica, plana de margem bem delimitada
-Tuberculóide: placa eritemato-acastanhada de limites precisos
-Dimorfa: placas diversas eritemato-acastanhadas de bordas mais elevadas
-Virshowiana: placas, pápulas e nódulos assimétricos, eritemato-acastanhadas.
• ORIENTAR as possíveis reações da medicação
Principalmente a pele escura da clofazimina e se der alguma reação gripal procurar o
serviço de saúde imediatamente (rifampicina em dose administrada mensal)

HANSENÍASE Exame físico: testar sensibilidade (tátil com


Sintomatologia\Anamnese: Surgimento de estesiômetro, térmica com tubos de ensaio
lesão, com alteração da sensibilidade com líquido quente ou frio e dolorosa com
hipocrômica ou eritemato-acastanhada. agulha); palpação dos nervos (verificar
Perguntar: tempo do surgimento, sobre espessamento)
sensibilidade (se teve lesões adjacentes, se
sente calor), quantidade de lesões, se teve Conduta: solicitar baciloscopia e iniciar
contato com alguém com lesão parecida, se tratamento de acordo com resultado. Notificar
tem parestesias ou deformidades de nervos a doença.
periféricos, comorbidades (imunossupressão) Baciloscopia negativa e menos de 5 lesões:
e condições de vida paucibacilar – tratar por 6 meses, estender
até no máximo 9
Classificação: Baciloscopia positiva: multibacilar – tratar por
Paucibacilar (PB): < de 5 lesões e 12 meses máximo 18
baciloscopia negativa- indeterminada e
tuberculoide TRATAMENTO PQT-U: 1 dose
Multibacilar: (MB) >de 5 lesões ou supervisionada por mês de rifampcina,
baciloscopia positiva- dimorfa e virshowiana dapsona e clofazimina e 1 dose diária em
casa de dapsona e clofazimina
TRATAMENTO CONTACTANTES: tratar
normal se houver lesões e se não houver dar
duas doses da vacina BCG

Reações hansênicas: reação imunológica mais forte à doença, que pode ocorrer a qualquer
momento (antes, durante e após o tratamento).
-tipo I é mais comum e as lesões prévias tornam-se mais vermelhas e edemaciadas e o
paciente conta com neurite. TRATA COM PREDINISOLONA 1MG/KG.
-tipo II é um eritema nodoso, em que surgem nódulos mais graves e o comprometimento é
pior. TRATAMENTO COM TALADOMIDA *CUIDADO EM GESTANTES (SOLICITA BHCG)

LESÕES

Você também pode gostar