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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

MAPRO

Academia da Força Aérea


Divisão de Instrução de Voo
2º ESQUADRÃO DE INSTRUÇÃO AÉREA
CAPÍTULO 01
PROCEDIMENTOS DE SOLO e NORMAS DE CONDUTA NO 2º EIA

1. GENERALIDADES

A hierarquia e a disciplina, como bases do militarismo, serão desenvolvidas e cultivadas


ao longo da instrução aérea no 2º EIA. Sendo a disciplina a principal característica a ser observada
por meio do correto cumprimento da padronização e da doutrina preconizada no Esquadrão, esta
servirá de base para a formação operacional e doutrinária dos futuros Oficiais Aviadores da Força
Aérea Brasileira.
Lembre-se que o futuro operacional da Força Aérea dependerá do grau de dedicação que
cada piloto empregará ao longo da Instrução Aérea. As conquistas individuais transformar-se-ão em
sucesso coletivo para o Esquadrão.
O 2º EIA tem como missão principal ministrar Instrução Aérea do estágio primário
(Alunos do 2º ano do CFOAv, Oficiais da Marinha da Brasil, Estagiários Brasileiros, Estrangeiros e das
demais Forças Singulares) e do estágio básico (4° ano do CFOAv com medidas antropométricas
incompatíveis com o T-27 Tucano e outros pilotos que necessitem de aprimoramento operacional
de interesse da Força Aérea).
As atividades aéreas são coordenadas pela Seção de Operações, de acordo com o
previsto no Programa de Instrução Aérea (PIA). A execução cabe às Esquadrilhas de voo: AQUILA,
LEO, CENTAURUS e ORION.

1.1. Instalações
As instalações do Esquadrão foram divididas em duas áreas:
• Área restrita: Proibido o trânsito e a permanência de Alunos. Esta área se inicia na galeria
de ex-comandantes e se extende para o lado NW do EIA;
• Área reservada: Permitido o trânsito e a permanência do pessoal envolvido nas atividades
do Esquadrão e seus convidados.

O 2º EIA possui 04 (quatro) entradas, assim definidas:


• Entrada principal W (WHISKEY): Principal, destinada aos instrutores de voo, aos
funcionários (civis e militares) e aos visitantes;
• Entrada secundária E (ECHO): Operacional, destinada aos funcionários (civis e militares) e
aos alunos;
• Entrada secundária N (NORTE): Administrativa, destinada às atividades de serviço;
• Entrada secundária S (SUL): Administrativa, destinada às atividades de serviço.

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CAPÍTULO 01

2. NORMAS DE CONDUTA DO ALUNO

2.1 Rotina

Cada esquadrilha entrará em forma 5 (cinco) minutos antes do horário previsto, na


alameda norte, com a frente da tropa voltada para o esquadrão. O chefe de turma fará a
apresentação ao comandante de esquadrilha mais antigo presente. Em seguida executarão os
“gritos de guerra” e aguardarão a autorização para o deslocamento para as salas de briefing.

Nas salas de briefing, os alunos ocuparão as cadeiras de acordo com o seu número dentro
da esquadrilha, da esquerda para a direita, da frente para trás.

À entrada do comandante da esquadrilha, deverá ser comandado "atenção sala!", e o


chefe de turma apresentará, novamente, a esquadrilha e informará as faltas e o motivo das
mesmas. Após a leitura da escala de voo, os alunos deverão aguardar o instrutor do voo em sua
cadeira. Quem não estiver escalado deverá aguardar novas instruções, permanecendo no âmbito
do esquadrão. Ausentando-se da sala o aluno deve, obrigatoriamente, preencher o destinômetro.

2.2 Deveres Individuais

Cada Aluno deverá sempre:

- Estar com seu cartão de saúde em dia;


- Comparecer ao 2º EIA munido do Manual de Instrução Técnica da Aeronave (MAITE),
Manual de Instrução de Voo (MAIV), Manual de Procedimentos (MAPRO), Check-List, Caderno de
Anotações de Voo, relógio com cronômetro, caneta azul e vermelha, e prancheta de voo com todos
os auxílios;
- Anotar todas as determinações e as orientações no Caderno de Anotações de Voo e
manter atualizados os manuais, através da consulta aos Boletins Informativos aos Pilotos (BIP) e aos
Avisos Operacionais (AVOP);
- Atentar para os horários previstos para a instrução, sendo o horário padrão o GSM;
- Avisar ao médico e ao psicólogo do Esquadrão sempre que estiver fazendo uso de qualquer
tipo de medicamento, seja ele restrito ou não;
- Procurar o médico e o psicólogo do Esquadrão, e o Cmt. de Esquadrilha sempre que se sentir
mal ou receber um grau deficiente em qualquer missão realizada;
- Informar ao Cmt. do Esquadrão no CCAer sempre que for submetido a Conselho de
Desempenho Acadêmico e sempre que completar um voo de cheque com aproveitamento.
- Utilizar obrigatoriamente ear plugs para realizar a inspeção externa;

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CAPÍTULO 01
PROCEDIMENTOS DE SOLO e NORMAS DE CONDUTA NO 2º EIA

Antes de cada voo, cada Aluno deverá:


- Aguardar, na sua cadeira na sala de brifim de sua Esquadrilha o instrutor no horário
previsto para o Briefing, munido da minuta de voo devidamente preenchida;
- Consultar junto ao OPO e levar para o brifing as informações sobre METAR e NOTAM da
área de instrução; e
- Se, após passados 10 minutos além do horário previsto para o Briefing o instrutor não
aparecer, informar tal situação ao OPO, ao Operações da Esquadrilha e ao Cmt. da Esquadrilha;

Após o voo, cada Aluno deverá:


- Aguardar o instrutor na sala da Esquadrilha para Debrifing.
- Após o Debriefing, preencher o grau da missão na OP – 01.

2.3 Comportamento

Sempre que abordado por um Oficial, tomar a atitude militar correta e manter-se na
posição de sentido, até que o Oficial permita ao aluno ficar "à vontade", que deverá ser na posição
de descansar.
Na leitura da Escala de Voo (ESCAVOO), o Aluno, ao ser chamado, levanta-se e informa o
nome de guerra e a missão que realizará, na posição de “sentido”.
Por motivos doutrinários, o Aluno não interrompe Briefing ou Debriefing, exceto se
autorizado por algum instrutor.
O Aluno deve abster-se de usar gírias ao falar com superior hierárquico.
Todo Aluno deve solicitar autorização para entrar em qualquer seção ou local onde haja
superior hierárquico, exceto nas salas de Briefing.
É dispensado o uso de cobertura nas dependências internas do 2º EIA, e proibido no
trajeto entre o Esquadrão e a linha de voo.
A continência regulamentar aos superiores hierárquicos é obrigatória em todas as
dependências do 2º EIA.
O Aluno não deve permanecer com dúvida sobre a padronização em voo, devendo as
mesmas serem sanadas durante o Briefing. Entretanto, a teoria relativa à execução do voo deverá
ser do conhecimento do aluno. E, o mesmo deverá estar sempre com duas missões à frente
preparadas, independente de mudança de fase.
O Aluno não pode solicitar ao instrutor que seja realizado qualquer exercício além dos
previstos na Ordem de Instrução para a missão que está realizando.
O Aluno não deverá dar desculpas em relação aos erros cometidos, exceto quando
solicitado.
Todo Aluno deve comportar-se de forma adequada, mesmo quando estiver na sala de
estar dos alunos, a qual deverá estar sempre limpa e organizada. É terminantemente proibido
dormir nesta sala.

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CAPÍTULO 01

2.4 Restrições

É proibido ao Aluno:

- No corredor interno do EIA, passar do limite físico determinado pelo “Apolo’ s Bar”;
- Ausentar-se do 2º EIA sem autorização do Comandante da Esquadrilha ou do OPO;
- Solicitar disponibilidade de aeronaves diretamente à manutenção, exceto quando de
serviço no controle operacional (OPO) e orientado pelo OPO;
- Usar cobertura na área operacional;
- Realizar hora de nacele nos aviões do estacionamento, bem como naqueles que
estiverem em serviço de manutenção. Os aviões destinados para esse fim ficarão identificados e em
local previamente determinado, o qual será informado oportunamente;
- Locomover-se fora de forma do EIA para o Corpo de Alunos;
- Permanecer na área do balcão da sala de controle de voo (OPO) sem motivo para tal;
- Permanecer no bar, mais de 08 (oito) Alunos por vez;
- Fumar nas dependências do 2º EIA;
- Transitar pelo estacionamento e pela área das aeronaves, a não ser para realizar o voo
ou as inspeções externas;
- Dirigir-se à TWR antiga sem a autorização do oficial de serviço no OPO.

2.5 Instruções Gerais

Quando não puder voar, o Aluno deverá apresentar-se ao Comandante ou Operações da


Esquadrilha, e informá-los, com antecedência mínima de 12 horas.
Se dispensado por motivos de saúde, trazer a dispensa de voo e entregá-la ao
Comandante ou Operações da Esquadrilha. Se a dispensa for dada por médico que não seja o do
Esquadrão, o Aluno deverá dar ciência à Seção Aeromédica do 2º EIA. Terminada a dispensa o Aluno
deverá passar por uma reavaliação junto ao médico do Esquadrão antes de estar disponível para o
voo;
Se durante a noite que antecede o voo sentir-se mal (ou de saúde ou emotivamente),
deverá, mesmo sem dispensa, comunicar o escalante antes da leitura da escala. Considera-se
louvável voar apenas em plenas condições para a atividade aérea, sem fazer disto um escape para
os dias que não se sentir bem preparado.
O chefe de turma é o responsável pela arrumação da sala de Briefing. No entanto, ao final
do período de voo, o responsável pela arrumação da sala é o Aluno que voar no último bloco.
A Sala de Estar dos Alunos deverá ser mantida sempre limpa e arrumada, sendo
responsabilidade do Aluno mais antigo presente a manutenção desta condição e a fiscalização do
bom comportamento dos Alunos presentes.
O mais antigo presente ou o que avistar primeiro deve comandar “Atenção sala!” à
entrada de qualquer Oficial na Sala de Estar dos Alunos.

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CAPÍTULO 01
PROCEDIMENTOS DE SOLO e NORMAS DE CONDUTA NO 2º EIA

2.6 Funcionamento Do Apolo´s Bar

O atendimento dos Oficiais poderá ser na sala de estar ou no balcão.


O atendimento dos Alunos, Graduados e Civis será no balcão.

O bar funcionará obedecendo aos horários fixados pela Ajudância do Esquadrão.

Todas as despesas do bar serão cobradas pela Ajudância, no início do mês posterior, por
ocasião do recebimento da remuneração. Para tal, todo consumo deverá ser anotado em fichas
próprias pelos usuários, sob a supervisão do atendedor.

3. NORMAS DE CONDUTA DO OFICIAL

3.1 Rotina

Todos os Oficiais, da(s) Esquadrilha(s) escalada(s), deverão entrar em forma na alameda


norte para receber os Alunos sob as ordens do Comandante da respectiva Esquadrilha ou do Oficial
mais antigo.

Nas salas de Briefing, durante a apresentação diária da(s) Esquadrilha(s), os Oficiais


estarão sentados na parte traseira da sala, devendo entrar com o Comandante da Esquadrilha.

Ler a ficha do voo anterior e assiná-la.

Dar o Briefing e o Debriefing nas salas das Esquadrilhas. Preencher a ficha de voo no
mesmo dia, impreterivelmente, e se a rede estiver fora do ar, manuscrevê-la.

Manter e fiscalizar a limpeza das instalações do Esquadrão.

3.2 Restrições
É proibido:
- Interromper Briefing e Debriefing;
- Convidar qualquer instruendo a transpor a área restrita aos alunos;
- Fumar nas dependências do 2º EIA e na área operacional;
- Entrar na sala do Controle Operacional (OPO) com exceção do Operações e do
Comandante do Esquadrão
- Dar ordens ao OPO e aos seus auxiliares com relação à escala de voo, exceto os
Comandantes de Esquadrilha ou os responsáveis pelas escalas.

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CAPÍTULO 01

4. SEÇÃO AEROMÉDICA

A Seção Aeromédica é composta por um Médico de Esquadrão e por um Psicólogo, os


quais visam acompanhar e auxiliar, no âmbito bio-psico-social, todos os aeronavegantes no
cumprimento das missões em terra e no ar. Além de auxiliar nos problemas médicos, também
auxiliam em quaisquer outros problemas que interfiram no cotidiano do piloto. Sendo assim, a
seção fornecerá o suporte necessário, para o bem-estar e para o cumprimento da missão do 2º EIA.
Vale salientar que o médico e o psicólogo podem ser procurados espontaneamente em
qualquer local do Esquadrão.
Todas as vezes que um aluno venha a passar mal em voo ou obtenha um grau deficiente
em uma missão, o mesmo deverá, obrigatoriamente, procurar, além do instrutor e do seu Cmt. de
Esquadrilha, o Médico e o Psicólogo do 2º EIA, a fim de receber o apoio necessário.

5. LEGENDA

Durante a leitura deste manual aparecerão três tipos de lembretes:

Procedimentos operacionais e técnicas que resultarão em danos físicos ou perda


de vida, se não foram cuidadosamente seguidos

Procedimentos operacionais e técnicas que resultarão em danos ao


equipamento se não forem estritamente observados

NOTA Procedimentos operacionais e técnicas que são essenciais enfatizar

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sempre que houver visitas ao 2º EIA, o Comandante deverá ser imediatamente


informado. Se o visitante for militar mais moderno do que o Comandante do Esquadrão, ou civil,
este deverá ser encaminhado pelo primeiro Oficial com quem tiver contato, no âmbito do
Esquadrão, à sala do Comandante para as apresentações.

Nos finais de semana e nos feriados, as visitas só poderão ocorrer com o


acompanhamento de algum Oficial do esquadrão, o qual apanhará as chaves na sala do Oficial-de-
Operações e o manterá informado da visita.

O voo com militares estranhos ao 2º EIA será realizado de maneira a não afetar as normas
de segurança do esquadrão e após autorização prévia do Comandante da AFA.

PROIBIDO VISITA DE CONHECIDOS E FAMILIARES DURANTE O HORÁRIO DESTINADO PARA A


INSTRUÇÃO AÉREA, TAMPOUCO PARA PRESTÍGIO DE VOOS SOLO

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CAPÍTULO 01
PROCEDIMENTOS DE SOLO e NORMAS DE CONDUTA NO 2º EIA

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

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