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Autoestima Guia Pratico 2017
Autoestima Guia Pratico 2017
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capítulo. Reunidas, as primeiras letras de cada ingrediente formam
a palavra VALOR:
Valorize-se
Aceite-se
Levante-se
Observe-se
Represente-se
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Um guia prático para a autoestima
Este livro foi concebido como um guia prático. Em cada capí-
tulo ofereço dicas para você seguir e exercícios para praticar a fim
de desenvolver o aspecto da autoestima que está sendo discutido.
Também apresento estudos de caso para ilustrar de que modo
indivíduos em situações específicas poderiam aplicar as técnicas
apresentadas. Ao compilar os estudos de caso, tomei por base
minha experiência profissional como coach de vida trabalhando
a autoestima das pessoas, bem como minhas próprias experiências
pessoais e relacionamentos. As pessoas nos estudos de caso não são
indivíduos reais, mas seus dilemas e esforços refletem preocupações
e maneiras de agir comuns entre as pessoas que conheço ou com
as quais trabalhei.
A maioria dos exercícios e das técnicas que descrevo no livro
segue uma abordagem de resolução de problemas. Eu discuto uma
questão que pode criar dificuldades para a sua autoestima e então
explico técnicas que podem ajudá-lo a lidar com essa questão de
uma maneira construtiva, usando os estudos de caso para ilustrar
como aplicá-las.
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como pensamos influencia nossas ações e nossos sentimentos e
que, ao corrigir ou modificar crenças distorcidas, errôneas ou
exageradas, podemos alcançar sentimentos mais equilibrados. Há
um volume considerável de pesquisas indicando que a TCC é par-
ticularmente útil para uma gama de questões envolvendo padrões
de pensamento negativos, como ansiedade e depressão. A baixa
autoestima pode ser um fator na depressão, e aplicar técnicas de
TCC pode nos ajudar a lidar com ela.
Felizmente, a TCC não é uma ciência exata. Neste livro, espe-
ro mostrar como observações e ideias práticas, junto com outros
conceitos e ferramentas úteis, podem ser usadas para lançar luz
sobre questões associadas à autoestima e também para construí-
-la e manter em perspectiva os problemas relacionados à baixa
autoestima.
Na jornada rumo a um nível razoável de autoestima, abor-
daremos uma série de ideias diferentes sobre o que ela é e o que é
mais importante ao lidar com ela. Alguns dos que contribuíram
para o debate sobre a natureza da autoestima enfatizam um de seus
aspectos à custa de outro, o que você perceberá se investigar alguma
das referências sugeridas como leitura complementar no final deste
livro. Neste guia prático, procurei apresentar ideias importantes
sobre autoestima de modo a formar um todo coerente baseado nos
cinco elementos essenciais do acrônimo VALOR. Meu objetivo foi
tentar ilustrar ideias e teorias de uma forma simples e clara para
mostrar como elas podem ser imediatamente aplicadas na prática,
fornecendo um caminho a seguir caso você esteja interessado em
melhorar sua autoestima ou seja um profissional trabalhando com
pessoas para que melhorem a delas.
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de Rosenberg. Responda às perguntas do questionário para co-
meçar o processo de refletir sobre, ou melhorar, sua autoestima.
1. “Sinto que tenho valor, pelo menos tanto quanto outras pes-
soas.”
CP C D DP
4. “Sou capaz de fazer coisas tão bem quanto a maioria das outras
pessoas.”
CP C D DP
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9. “Às vezes me sinto inútil.”
CP C D DP
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1. Valorize-se
“Se ouvir uma voz dentro de si dizendo ‘Você não sabe pintar’,
então pinte, e essa voz se calará.”
Vincent van Gogh
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3. Pessoa arrogante ou prepotente
zz Você acha que tem muito valor, mais do que outras pessoas.
zz Você acha que tem muitas habilidades e qualidades – e pode
exagerá-las.
zz Você não reconhece ou admite falhas ou as minimiza.
zz Você pode desprezar as opiniões das outras pessoas ou ter pouca
consideração por elas.
zz Você pode ter dificuldade para aceitar críticas razoáveis.
Pseudoautoestima
Há divergências sobre se uma pessoa que se enquadra na
categoria 3 (arrogante ou prepotente) deve ser considerada como
tendo autoestima elevada ou não. Alguns consideram pessoas
arrogantes e prepotentes como tendo um nível muito alto de au-
toestima porque elas têm um conceito elevado de suas habilidades
e de seu valor – uma visão que é corroborada por grande parte das
pesquisas realizadas sobre autoestima. Por outro lado, também
há autores respeitados dedicados ao assunto, como Nathaniel
Branden, autor do livro Autoestima e os seus seis pilares, que prova-
velmente considerariam pessoas arrogantes ou prepotentes como
tendo “pseudoautoestima”, afirmando que a prepotência mascara
dúvidas sobre seu próprio valor e que a arrogância é, na verdade,
uma capa protetora para a insegurança, e não autoestima genuína.
Ter um nível razoável de autoestima (categoria 2) é, eu diria,
onde a maioria das pessoas (incluindo eu mesmo) gostaria de estar.
Como a palavra “razoável” indica, não se trata de perfeição, e sim
de equilíbrio, identificando e apreciando os aspectos positivos em
sua vida e, ao mesmo tempo, estando preparado para reconhecer
honestamente as áreas nas quais você poderia melhorar.
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Problemas associados à baixa autoestima
As pesquisas indicam que, se você tem baixa autoestima, pode
apresentar maior risco de:
zz Depressão.
zz Suicídio ou tentativas de suicídio.
zz Transtornos alimentares.
zz Gravidez na adolescência.
zz Salários mais baixos e períodos prolongados de desemprego.
zz Vitimização por outros.
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Benefícios de um nível razoável de autoestima
Eu diria que alguns dos possíveis benefícios de ter um nível
razoável de autoestima, em comparação com as outras duas alter-
nativas, são os seguintes:
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