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intertGlossário de termos sobre a obra de Georg Simmel

1. Interação social
2. Sociação
3. Dinheiro
4. Sociologia geral
5. Sociologia formal
6. Sociologia filosófica
7. Cidade
8. Divisão Social do Trabalho
9. Dinheiro
10. Papeis
11. Reserva
12. Discrição
13. Indivíduo Cínico
14. Indivíduo Blazé
15. Conflito
16. Cultura de massa
17. Rebaixamento coletivo
18. Individualidade
19. Romantismo
20. Trabalho
21. Amor

Dinheiro para Simmel

Complementando as definições anteriores, o dinheiro para Georg Simmel é cruel,


nivelador, expressando as diferenças de forma qualitativa em função do “montante”. Uma
nova relação entre sujeitos e objetos se dá com o dinheiro, as trocas não são mais feitas
pelas características dos objetos, mas sim pelo seu valor econômico, deixando de ter
autenticidade e virtude. O prazer fica concentrado no poder do gastar, focando no
“quanto” em vez do “que”. O dinheiro advém de um cálculo psicológico, uma estimativa
através do desejo humano de posse. Com isso, seus atributos e efeitos tem dimensões
variadas na vida em sociedade.

Para o autor o valor não possui propriedade objetiva, é um cálculo psicológico de


estimativa, um processo da vontade humana dada a partir do desejo Simmel e o dinheiro:
primeiros ensaios N. Leal • 351 de possuir. A partir dessa chave, pensa os atributos do
dinheiro e seus efeitos em dimensões variadas da vida em sociedade.
assim como os outros meios de comunicação.

Dinheiro
Para Georg Simmel, dinheiro é "a medida de todas as coisas", visto que ele se equivale,
cada vez mais, a mais bens materiais e a mais serviços. Foi o dinheiro que possibilitou uma
maior impessoalidade nas interações humanas, pois permitiu a distinção evidente entre
uma ação econômica objetiva de um indivíduo e quem é esse indivíduo. Pelo seu caráter
incolor e dinâmico, o dinheiro, como moeda de troca, proporcionou o anonimato, já que,
nas interações comerciais, os serviços ou bens não são mais trocados por outros serviços
ou outros bens, mas por dinheiro, logo, tanto faz quem está por trás da troca, importando
apenas a troca em si. Dessa forma, percebe-se que o dinheiro é um mediador das relações
econômicas. Ademais, na sociedade moderna, o dinheiro perde a sua característica de ser
um meio para se conseguir outras coisas, passando a ser a própria finalidade, uma vez
que, por representar, cada vez mais, a capacidade de se comprar quase tudo, há a ilusão
de que se acumular dinheiro significa se realizar como pessoa. Por fim, compreende-se
que, para Simmel, o dinheiro possui um caráter onipresente e onipotente que o
caracteriza como o Deus dos homens modernos.

Fonte: texto "O dinheiro na cultura moderna"

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Dinheiro (2)
De acordo com o pensamento de Georg Simmel, a finalidade do dinheiro é direcionada à
interação dos indivíduos, porquanto é um material de interdependência social, ou seja,
gera uma dependência recíproca na sociedade. Além disso, faz-se preciso mencionar que o
dinheiro é tangenciado pelo interesse e pelos desejos, sendo que a satisfação da vontade
de um lado tende a estar ligada com a do outro. Nesse contexto, o dinheiro pode ser visto
como um elemento fundamental para a comunicação social, seja no que diz respeito à
troca democrática, seja no que tange à hierarquia monetária existente entre as pessoas.
Ademais, para Simmel, quanto mais um objeto serve de meio de troca, mais o objeto em
questão possui a qualidade do dinheiro. Portanto, o dinheiro, além de de possibilitar uma
aquisição concreta, permite a flexibilização desta, uma vez que seu proprietário tem
liberdade para escolher quando irá utilizá-lo.

Outras palavras que serão linkadas ao mesmo item:


Dinheiro

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