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Nº 46 - ano 2007

Soluções completas para Metrologia Dimensional

Metrologia da Medição Laboratório de Calibração

de Escalas de Dureza ROCKWELL de Dureza
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NOTÍCIAS
O que influencia uma Medição de Intertooling, Febramec e
Dureza, RASTREABILIDADE, ERRO Olimpíadas do Conhecimento SENAI
e INCERTEZA Pag. 02 Pag. 04

Metrologia da sobre materiais metálicos, tais como, tensão de

escoamento, ductilidade e resistência ao desgaste, e muitas
Medição de Escalas outras propriedades associadas ao desenvolvimento de
materiais e equivalentes próprios a aplicações exigidas em

de Dureza ROCKWELL projetos.

A escala de dureza Rockwell consiste em aplicar uma
carga sobre o mensurado (objeto em medição)

N
um contexto de Qualidade Total devemos
intermediado por um penetrador padronizado (pode ser
considerar que a Matéria Prima é um requisito
um penetrador esferocônico de Diamante ou uma esfera de
básico para a manufatura de componentes
aço ou Metal Duro), e mede-se o quanto esse penetrador
mecânicos de alta qualidade ou qualquer outro produto
aprofundou-se no mensurado.
que dependa da qualidade da matéria prima para a sua
obtenção. Para escalas normais cada unidade de dureza Rockwell
equivale a 0,002mm de profundidade e para escalas de
Dentro do universo da manufatura mecânica, após o
Dureza Rockwell Superficial cada unidade de dureza
processo siderúrgico de obtenção das matérias primas, a
equivale a 0,001mm de profundidade de indentação. A
verificação de suas qualidades em propriedades mecânicas
tabela abaixo apresenta as várias escalas de Dureza
é obtida pela medição de sua dureza e os métodos de
Rockwell.
medição mais usuais são o Rockwell, Vickers e Brinell.
Neste trabalho pretendemos abordar a escala de Dureza Método Superficial Normal
Rockwell, enfocando a importância da metrologia na Pré-carga 29,42 N (3kgf) 98,07 N (10 Kgf)

confiabilidade dos resultados dessa medição de dureza e a Carga de Ensaio 15 30 45 60 100 150

sua rastreabilidade. Diamante 15 N 30 N 45 N A D C

1/ 16" 15 T 30 T 47 T F B G
1/8" 15 W 30 W 45 W H E K
Escalas de Medição Esfera
1/4" 15 X 30 X 45 X L M P

de Dureza ROCKWELL 1/2" 15 Y

Tabela 1
30 Y 45 Y R
Escalas de Dureza Rockwell
S V

O
método foi idealizado em 1919, por Stanley P.
Rockwell, como uma ferramenta para obter de F0 F0 + F1 F0
forma rápida e mais precisa valores para o controle 5
de dureza da fábrica de rolamentos onde trabalhava. Em 1
seguimento a sua invenção Charles H. Wilson comple-
mentou os métodos de teste tornando-o hoje o método 7 6
4
mais amplamente utilizado para testes de aceitação e 2
controle de processos de metais e componentes metálicos.
3
O método criado por Rockwell, inicialmente com uma
ferramenta caseira pra medir valores de dureza, veio
através dos tempos ganhando cada vez maior popularidade
e acabou tornando-se uma grandeza dentro do campo da
Metrologia.
A medição da dureza oferece informações importantes
O que influencia uma Medição de
Dureza, RASTREABILIDADE, ERRO e
INCERTEZA
M
uitas são as influências no processo de medição
de Dureza, a forma geométrica do indentro
(penetrador), as cargas preliminares e
suplementares de ensaio, a medição do comprimento de
profundidade de penetração, além de outros parâmetros
não demonstrados no método, mas que são inerentes do
próprio método, são eles: a velocidade de deposição das
forças de ensaio, o tempo de permanência dessas forças,
além de outras práticas normalmente recomendadas por
normas.
Todos essses parâmetros tornam-se fontes de erros com
conseqüente influência no resultado da medição de Dureza.
Segundo a norma ISSO 6508-1:2005, e com os grandes
esforços do Comitê ISO TC 164, os principais aspectos a
considerar no cálculo de incerteza em uma medição de
Dureza Rockwell, são:
• Repetibilidade no desempenho da Máquina de Ensaio de
Dureza (ms)
• Reproducibilidade, incluindo a deriva do equipamento
quando determinado, da Máquina de Ensaio de Dureza (b)
• Resolução do medidor de comprimento de profun-
didade da Máquina de Ensaio de Dureza (b)
• Incerteza do valor médio certificado dos padrões de
Dureza de referência utilizados na calibração da Máquina
de Ensaio de Dureza (CRM)
• A não uniformidade em valores de Dureza na superfície
do bloco Padrão de Dureza, ou do próprio mensurando
(objeto de medição) (CRM)
• Variação da Máquina de Ensaio de Dureza em referência
ao Padrão de Dureza ao qual a rastreabilidade é pretendida
(H)
• Determinação das variações de medição da Máquina de
Ensaio de Dureza (Repetibilidade durante um mesmo
ensaio) (x)
• Correções para as variações de medição
• A remanescência de variações na Máquina de Ensaio de
Dureza após as correções de variações terem sido efetuadas
Os valores associados às fontes de incertezas, podem
variar para cada tipo de equipamento e devem ser
determinadas empiricamente, ou por informações do
fabricante ou outra fonte de pesquisa que o tenha
previamente determinado.
Rastreabilidade
A
rastreabilidade é um fator importantíssimo na
cadeia metrológica de uma medição, talvez o mais
importante para determinar a universalidade de
um valor obtido por uma medição. É o que nos permite
expressar um resultado com uma confiabilidade de
reconhecimento, daí sua obrigatoriedade para um
laboratório de calibração, sem o qual uma acreditação é
invalidada.
Conforme a norma 6508-1:2005, a incerteza é associada
diretamente à cadeia de rastreabilidade, e apresenta em
seu anexo G:
“...Demonstra a estrutura da cadeia metrológica de
quatro níveis, necessária para definir e disseminar escalas de
dureza. A cadeia inicia pelo Nível Internacional utilizando
definições internacionais das várias escalas de dureza para
condução de Intercomparações Internacionais. Em seguida
Máquinas de Padronização Primária, ao Nível Nacional,
produzem Blocos de Referência de Dureza para Nível dos
Laboratórios de Calibração (Acreditados). Naturalmente, o
método de Calibração Direta e verificação dessas Máquinas
de Ensaio de Dureza devem ser conduzidos com a mais alta
exatidão possível.”
Comparações
Internacionais
Definições
Internacionais
Máq. de
Padronização Primária
Calibração Direta
Blocos Primários de Máquina de
Referência de Dureza Calibração de Dureza Calibração Direta
Blocos de Dureza Máquina de Ensaio
Calibração Direta
de Referência de Dureza
Valores Confiáveis de
Medição de Dureza
Dentro do processo de Calibração Direta, acima
resumidamente apresentadas, outras complexas atividades
são necessárias para atender as exigências de
rastreabilidade, e que somente com esse rigor podemos
considerar que uma medição é confiável, como exemplo
temos o diagrama de rastreabilidade desenvolvido pelo
laboratório da Mitutoyo em sua fábrica no Brasil.
 de segurança veicular e mobilidade social.
Fica ainda nossa incumbência de promover a metrologia
em Dureza no meio industrial e Ensino Técnico, para nos
aperfeiçoarmos cada vez mais na manufatura de produtos
de cada vez maior exigência qualitativa e de segurança.
Eng. Antonio Sergio Conejero
-
Dr. Takashi Mizutani PhD

Laboratório de Calibração de
Padrões de Referência
(Blocos-Padrão de Dureza)
A situação da Cadeia
Metrológica no Brasil
N
a Mitutoyo, em Suzano-SP, o Laboratório de Metro-
logia é acreditado para Calibração de Blocos Padrão

O
INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, detém de Dureza, além do IPT, que são hoje os dois únicos
o equipamento de Padronização Primária para laboratórios capacitados para esse serviço de calibração e
Escalas de Dureza, este equipamento especial- acreditados pelo INMETRO/CGCRE. O laboratório da
mente desenvolvido para Institutos de Metrologia é o Mitutoyo é acreditado desde 2002, e na ocasião o INMETRO
mesmo que equipa vários ainda não possuia a Máquina de Padronização Primária,
NMIs (National Metrology razão pela qual no diagrama de Rastreabilidade
Institutes) nos países mais anteriormente apresentado, o NIST serviu como referência
avançados, tais como EUA, para o processo de acreditação do laboratório.
Itália, UK, Alemanha, Cana- Para Escalas de Dureza, então as comparações foram
dá, Austrália, etc... efetuadas, sob a coordenação do INMETRO, contra o
Podemos ver nas figuras equipamento do NIST (National Institute of Technology dos
abaixo o equipamento já EUA) e, que é o mesmo equipamento que hoje possui o
instalado nos Campus Tecno- INMETRO.
lógico do INMETRO em Xerém, RJ, o qual é mantido pelo Daí na cadeia de Rastreabilidade do laboratório da
LAFOR - Laboratório de Força do mesmo. Mitutoyo constar a Máquina de Padronização Primária do
NIST, e que em breve será modificado, com a entrada
definitiva do equipamento do INMETRO em operação.
A Máquina de Calibração de Blocos-Padrão de Dureza,
Conclusão ou nível secundário na hierarquia da Cadeia Metrológica,
pode ser vista na figura abaixo.

P
rocuramos neste trabalho focar a importância da
Metrologia para a grandeza “Dureza” e os ganhos
percebidos, através do prisma Metrológico
considerando todos os aspectos característicos de uma
medição e principalmente da Estrutura de uma Cadeia
Metrológica, que em sua hierarquia podem trazer, ou
alavancar ainda mais, à qualidade do nosso produto
manufaturado.
Estamos engatinhando no assunto Dureza, em relação
aos países do primeiro mundo, que já estão em estágios
avançados em relação ao mesmo, inclusive em algumas
considerações na Europa, pelo OIML (Organização
Internacional de Metrologia Legal), que caracteriza a
Dureza como uma grandeza a ser monitorada como
Metrologia Legal, devido à sua importância em requisitos
 Olimpíadas do Conhecimento SENAI 2007

Notícias 2007 No dia 16 a 19 de

agosto ocorreu no Pa-
Intertooling 2007 Congresso Internacional vilhão de Exposições do
de Tecnologia de Ferramentais Anhembi em São Paulo -
SP a edição 2007 da
Olimpíada do Conhe-
No período de 24 cimento promovida
a 27 de Julho, ocor- pelo SENAI. Um mega
reu a Intertooling evento reunindo os me-
Brasil 2007 - Feira e lhores alunos e profes-
Congresso Interna- sores para promover o
cional de Tecnologia crescimento profissional
de Ferramentais. O e a qualidade de ensino
evento foi realizado técnico. Mais uma vez a
no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo. Mitutoyo patrocinou
Em um estande de 50m², a Mitutoyo apresentou este grande evento disponibilizando não somente
seus principais produtos, entre os quais o Sistema Máquinas de Medir Coordenadas Tridimensional
de Medição Optico Quick Scope, bem como a bem como Projetores de Perfil, mas também uma
Máquina de Medir Tridimensional Manual BR- equipe técnica para colaborar nas provas e
M443, um projeto totalmente brasileiro. demonstrações de novos equipamentos.

FEBRAMEC 2007 Encontro com a tripulação da Espaçonave

Russa SOYUZ TMA-8

No dia 14 a 18 de Agos-
to no pavilhão da festa da Sr. Takashi Mizutani
Uva em Caxias do Sul - RS (Diretor Presidente da
ocorreu a FEBRAMEC 2007, Mitutoyo), Marcos Pon-
Feira Brasileira da Mecânica. A Mitutoyo esteve tes (Primeiro Astro-
presente com seu estande de 50 m², recebendo nauta Brasileiro), Pavel
seus Clientes, fornecedores e parceiros para apre- Vinogradov (Astronauta
sentar sua completa linha de produtos nacionais e Russo), Jeffrey Willians (Astronauta Norte-
importados, além de toda sua estrutura de ser- americano) e Sr. Custódio (Presidente do Con-
viços como Calibração acreditado RBC, assistência selho Diretor da Mitutoyo), durante o encer-
técnica, Consultoria, Soluções de Engenharia e ramento da edição 2007 da Olimpíada do Conhe-
Treinamento. cimento promovida pelo SENAI.

Colaboradores:
Depto. Técnico
Eng. Antonio Sergio Conejero
Dr. Takashi Mizutani PHD
Marketing
Robinson Miki
Cristiano Aguiar
Arte: Fabio B. Riston
Impressão e Acabamento:
José Antônio Cruz, Luiz Fernando
www.mitutoyo.com.br