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Adolescência e Montessori

Vídeo 1: O grupo e o cérebro adolescente

“O maior sintoma da adolescência é um estado de expectativa, uma tendencia ao trabalho


criativo e uma necessidade de fortalecer a autoconfiança”. Maria Montessori

O grupo é o centro da vida do adolescente (maria identificou por observação). O grupo é


importante para o adolescente. A presença saudável do que é importante faz bem, a presença
do não saudável faz mal. (Má fama injusta eles carregam. Pro adolescente o grupo é
fundamental. Ele precisa se sentir parte de algo maior que ele. Ele está saindo de um ambiente
completamente protegido, pra um ambiente nada protegido, o da vida adulta. Transição. Na
vida adulta não fazemos nada sozinho, o sucesso está em saber colaborar. O adolescente é um
recém-nascido social. Ele passa de um período sensível à vida social. O que levou o ser humano
a ser o que é hoje, a chegar onde chegamos (pro bem e pro mal) não é a rapidez, a força
(diante às outras espécies animais), foi a nossa habilidade de colaborar, nós sabemos trabalhar
em conjunto, trabalho em equipe, colaboração. Nós estamos juntos. O adolescente sabe que
precisa aprender a estar junto. Ele buscará pertencer ao grupo.

Pertencimento. O adolescente não está buscando se encaixar e sim pertencer. Há uma grande
diferença entre “pertencer” e “se encaixar”. Quando vc pertence a um grupo vc continua
sendo quem vc é enquanto pertence a esse grupo. Quando vc se encaixa a um grupo, vc tem
que deixar de ser quem vc é para poder fazer parte daquele grupo. Os d dois são fazer parte,
mas quando vc pertence, vc mantem, fortalece e potencializa quem vc é a serviço da
coletividade. Quando vc se encaixa, vc corta lapida, despedaça quem vc é pra se encaixar mais
ou menos na coletividade. O adolescente precisa pertencer a um grupo (ou mais), e nós
adultos somos os responsáveis por criar contextos físicos, culturais, emocionais em que o
adolescente possa pertencer e não em que ele precisa se encaixar. Se ele não encontrar um
grupo para o qual possa pertencer, ele vai procurar um grupo para se encaixar. Por isso é tão
importante fomentar a existência de grupos. Promover atividades que convidem grupos a se
formarem é fundamental. Se fomentamos a existência de grupos, muitos grupos aparecerão e
o adolescente terá mais chances de pertencer a um grupo que lhe faz bem e não precisará se
encaixar em algum dos poucos grupos existentes por não sentir que encontrou um para
pertencer. Precisamos nos engajar e engajar os adolescentes na reflexão do estudo sobre a
existência do próprio grupo. Deve haver maneiras de dizer que não gostamos de alguma coisa,
deve haver sinais pra deixar claro quando nosso limite está chegando. Do mesmo jeito que o
grupo é importante, os limites são importantes. (Ler “a coragem de ser imperfeito” pra
entender melhor a questão dos limites, e podemos conversar isso com os adolescentes) O
respeito, a compreensão, a atenção ao outro e a colaboração (trabalhar junto) é a base de
qualquer grupo. Pro grupo ser um bom grupo precisamos de ambiente seguro fisicamente,
então é super importante criar um espaço em que os adolescentes possam entrar e esquecer
do mundo que está lá fora. (alimentação saudável por exemplo) ambiente seguro do ponto de
vista da alimentação saudável, sem violência. Aqui a gente se comunica com palavras claras e
gentis, então, ali dentro do grupo não corre o risco de ter nenhum tipo de grosseria, de
interação, emocionalmente danosa. Além de emocionalmente agradável o ambiente deve ser
interessante. Na família, ser a família legal, um ambiente interessante e seguro, o lugar ser
legal assim chance maior de conquistar. Um lugar que ele possa ir sem receios, sem receios de
julgamentos de proibições exageradas.
O grupo não pode ter um fim em si mesmo, pra poder criar, fazer mais, pra existir, e
Montessori diz que o grupo existir pra servir aos outros, pra trabalhar, pra servir a uma
comunidade mais ampla. O adolescente gosta de trabalhar pra servir. Não existe só pra ser
divertido, mas pra fortalecer, pra potencializar as energias criativas do adolescente de forma
que com o grupo eles possam afetar a comunidade. O trabalho como base do
desenvolvimento.

Vídeo 2: O trabalho como base do desenvolvimento

O grupo é melhor se o grupo serve por adolescente trabalhar. Nova teoria de trabalho na visão
de Maria, o trabalho que faz bem ao desenvolvimento é o escolhido de forma livre, exercido
de forma espontânea e autônoma e é um trabalho que não cansa, mas revigora.

Algo que vc gosta muito de fazer. A conquista continua de independências. A criança mais
nova busca a independência física. A criança de 6 a 12 anos parte pra um outro patamar de
independência, que é a intelectual, cognitiva e moral, ela quer compreender o mundo. O
adolescente busca a independência social, ele também quer saber como funcionar no mundo,
mas o olhar esta para a sociedade, a interação entre as pessoas e as grandes forças que regem
o funcionamento da sociedade como um todo. Independência social. Um indivíduo só pode ser
útil a sociedade quando ele é capaz de agir de forma independência. No fundo ele é
interdependente. Os seres afetam a vida uns dos outros e na verdade o que temos é uma
grande rede. (livro: cérebro uma biografia: O cérebro funciona em forma de rede
internamente e compõe uma rede com os outros cérebros humanos. Segundo ele, conforme
vou explicando coisas, vc vai fazendo associações, relações, e a interação no momento da fala
é continua tanto de quem fala e de quem escuta. Lembrando que o corpo fala, e uma
expressão de quem escuta é uma comunicação pra quem está falando, que é recebida e gera
associações e trabalho no cérebro de quem está falando). A base da rede social para Maria
Montessori é o trabalho, também para o adolescente. Ele se sente forte e útil na medida que
ele pode trabalhar e assim também é com o grupo. Ter um grupo é gostoso. O adolescente
busca independência social, inclusive ganhar dinheiro, mas não pra se sustentar, é preciso que
tenha direitos garantias, moradia, alimentação, amor, saúde, mas tb a ideia de que precisa
trabalhar pra conquistar um pouco da independência financeira, e tb a percepção de que ele
pode der independente te financeiramente. A sensação de ´poder ser economicamente
independente é importante pro adolescente. O grupo pode fazer marmitas e vender no bairro,
consertar bicicletas, computadores, pode ter um café montado numa bicicleta, o grupo pode
desenhar e vender ilustrações, mas precisa fazer algo que sirva a comunidade, pode fazer
trabalho voluntario, aulas de reforço, reparo de computadores, logos pra negócios pequenos
da região etc.

Iniciativa não vem assim do nada, alguns adolescentes até tem a iniciativa espontânea de “vou
trabalhar”, mas um contexto que alimente isso pode gerar essa iniciativa. A gente pode falar a
esses grupos, olha, trabalhar é bom, trabalhar faz bem e pode dar a chance de vocês fazerem o
que tem vontade de fazer, de comprar o quer tem vontade e sobretudo trabalhar dá a todos
nos a chance de melhorar o mundo. Bons produtos e serviços que melhoram o mundo.
Podemos conversar com os adolescentes sobre o que eles acham que precisa melhorar no
mundo, como eles acham que eles podem ajudar o mundo a melhorar de uma maneira que
seja financeiramente viável. Uma educação financeira aí tb é muito necessária. No caminho
vão explorar ideias, mercados, fluxo de receitas, educação financeira é muito necessária. O
dinheiro que ganham pode ser reinvestido no próprio trabalho. Ou podem trabalhar numa
temporada especifica pra ganhar dinheiro pra algo especifico, uma viagem, pra assistir um
filme, uma peça de teatro. Várias maneiras de usar o dinheiro e isso vai variar de grupo pra
grupo. Ganhar o dinheiro é importante, e por meio de um trabalho realizado em equipe é o
mais importante pois eles têm sensação de que um grupo e forte, de que um grupo é, mais
forte do que qualquer pessoa sozinha. Eles começam a perceber que se temos um trabalho
muito grande, mas se ele é dividido com outras pessoas, que se ajudam fazendo tudo
acontecer, colabora em tudo, todo muito faz um pouquinho de trabalho e tem um trabalho
final incrível. Quando a civilização é boa, isso acontece. Maria dizia que a trabalhar com a terra
é muito importante com o adolescente, se o espaço der essa oportunidade, faça.

Seja trabalhando com a terra ou outro caminho é importante o adolescente trabalhar com as
mãos, tem que refletir, mente, e com o coração, tem que se envolver emocionalmente com o
grupo que ele está. Trabalhar com isso tudo junto pra funcionar. Reflexões sobre
empreendedorismo, questões socias, transdisciplinaridade com o que aprende nas matérias da
escola, entra matemática etc..

A eletricidade da pele do adolescente muda quando ele está em grupo, a vida emocional do
adolescente muda quando ele está e se sente forte, e isso acontece quando ele trabalha, ele
esta em grupo e se sente forte. Valorização da personalidade (maria)é ápice do
desenvolvimento do adolescente, quando ele percebe que, numa relação de interdependência
com todos ao redor, ele se percebe forte, potente, que ele pode muito. Ele percebe quer não
precisa se despedaçar pra se encaixar, ele pode pertencer. Que por meio do esforço é possível
impactar e melhorar a sociedade que ele está inserido.

Video 3: A valorização da personalidade

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