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Semiótica - 51118
Do grego Semeion, que seria o equivalente à nossa palavra “sinal” aparece como
termo filosófico e técnico no século V AC com Parménides e Hipócrates mas sem uma
relação direta com o signo linguístico mas sim num contexto de sintoma ou indicio. Já
com Platão e Aristóteles aparece uma relação direta com as palavras e a comunicação,
em que estes se referem a significante e significado e significação e referência
apresentando dois planos complementares, que seriam retomados muito mais tarde por
Saussure embora num contexto diferente.
O Signo, será igualmente objeto de estudo para os Estóicos, que iniciam uma
primeira divisão distinguindo signos comemorativos e signos indicativos, mas todos
eles como proposições com um antecedente que gera um consequente.
Ao tentar chegar a uma definição de signo original, tenderia a afirmar que signo
é a apresentação num processo físico codificado de uma ideia ou mensagem. Trata-se de
um processo físico porque é percetível pelos sentidos e codificado porque apenas
apreensível pelos intervenientes que conhecem os códigos específicos.
Quando vemos a porta arrombada, facilmente preconizamos que fomos
assaltados, estamos perante um índice, um signo natural em que operamos uma dedução
lógica com base num indício que nos leva a concluir uma realidade não visível. Por
oposição, ao vermos a fotografia de uma pessoa, estamos perante um ícone, um signo
substitutivo em que não depreendemos nada de novo mas apenas nos representa uma
determinada realidade. Podemos ainda encontrar um sinal de trânsito como signo em
que temos perante nós um símbolo convencionalmente aceite: um traço branco contra
um fundo vermelho apenas por convenção nos significa que não podemos circular nessa
via.
Bibliografia: