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Depressão 2020
Depressão 2020
Pós-Graduação em Psicoterapias
Cognitivo-Comportamentais
Conceptualização, avaliação e
intervenção cognitivo-comportamental
nas Perturbações do Humor
Fatores
Interpessoais
Fatores
Comportamentais Depressão Fatores Cognitivos
Fatores
Neuroquimicos
Fatores
Interpessoais
Fatores Fatores
Comportamentais Depressão Cognitivos
Fatores
Neuroquimicos
Fatores
Interpessoais
Fatores Fatores
Comportamentais Depressão Cognitivos
Fatores
Neuroquimicos
Fatores
Interpessoais
Fatores
Comportamentais Depressão Fatores Cognitivos
Fatores
Neuroquimicos
Fatores
Interpessoais
Fatores
Comportamentais Depressão Fatores Cognitivos
Fatores
Neuroquímicos
Durante o último mês sentiu-se, durante a maior parte do tempo, particularmente em baixo,
deprimido ou sem esperança?
Durante o último mês sentiu menos prazer ou interesse em fazer coisas que anteriormente lhe
davam prazer e/ou tinha interesse em fazer?
[Nas últimas semanas pensou que a vida não valia a pena que seria melhor adormecer e não
acordar mais ou que seria melhor se não estivesse vivo?]
Avaliação (cont.)
Inventário de Depressão de Beck
O IDB-II é uma escala de auto-avaliação e depressão (Campos&Gonçalves, 2011), constituída
por 21 dimensões de sintomas e atitudes. Cada dimensão é constituída por 4 frases, com
valores de 0 a 3 pontos, dispostas por ordem crescente de intensidade. O indivíduo seleciona a
frase que melhor define o estado emocional vivenciado nas duas últimas semanas, incluindo o
dia do questionário.
A pontuação total do questionário situa-se entre os 0 e os 63 pontos, consoante as respostas dos
indivíduos. Onze dimensões do questionário relacionam-se com aspetos cognitivos, cinco com
comportamentos observáveis, duas com o afeto e uma com sintomas interpessoais. Após soma
das cotações, o resultado pode ser expresso numa das categorias de depressão definidas:
0-13, depressão mínima; 14-19, depr. leve; 20-28, depr. moderada; 29-63, depr. severa.
Assim, considera-se existir algum grau de depressão a partir dos 14 pontos e ausência de
depressão no primeiro nível da escala (score entre 0 e 13), apesar da designação «depressão
mínima».
Avaliação (cont.)
A
•Activating
Events
A TCC é normalmente associada ao trabalho de Albert Ellis e Aron Beck,
datados dos anos 70.
A premissa base desta terapia fundamenta-se na teoria de que as
emoções intensas, disfuncionais ou crónicas, têm por base pensamentos
irracionais e distorções cognitivas.
B
•Beliefs
C
•Consequences conduzem a crenças (pensamentos distorcidos e irracionais), que levam a
consequências emocionais e comportamentais (depressão, raiva,
tentativas de suicídio).
Teoria Cognitiva de Beck
Esquemas cognitivos: estruturas de pensamento negativamente enviesado que
produzem uma…
Entrevista de avaliação
Compreender a depressão 15 a 25 sessões semanais
Lidar com os sintomas comportamentais (severidade » bissemanal 4-5 sem.)
Agir no evitamento (procrastinação) Sessões finais quinzenais.
Lidar com os sentimentos
Sessões de follow-up (4 ou 5)
Desafiar o pensamento negativo
Barlow, 2014
Lidar com os pensamentos
Desafiar as crenças
Prática
Revisão e finalização
I - Avaliação
Estabelecer aliança terapêutica
Avaliação: O que avaliar?
» sintomas atuais
» história da perturbação
» comorbilidade
» história de tratamento e medicação
» recursos e sistema de suporte
» situações de risco (suicídio, violência, psicose, abuso de substâncias)
» plano de tratamento
Avaliação Clínica
Sintomas atuais
Instruções: - Escrever as atividades hora a hora, pequenas tarefas, está sempre a fazer qualquer coisa;
- Marque o nível de mestria e prazer de 1 a 5, marque rapidamente, mais tarde poderá
esquecer-se de como se sentiu;
- Faça-o sempre, ou pelo menos inicie, mesmo que pareça uma tarefa difícil;
III – Lidar com os sintomas comportamentais
Monitorizar o estado presente
Rever o TPC
Conceitos e estratégias:
» Organizar o dia: planeie para cada dia as suas ações e siga o que está
planeado; organize hora a hora; seja flexível com o horário…
use auto-instruções para se motivar…
evite deitar-se durante o dia…
planeie tarefas à volta das suas rotinas habituais…
III – Lidar com sintomas comportamentais (cont.)
Abstração Seletiva Os únicos eventos que importam são os Uso de diário para identificar sucessos que
fracassos, privações, etc. Deveria medir- esqueceu
se a si mesmo pelos erros, fraquezas, etc.
Pensamento Dicotómico Tudo está num extremo ou no outro (preto Demonstrar que os eventos podem ser
ou branco, bom ou mau) avaliados num continuum.
VIII – Desafiar crenças Pressupostos
Monitorizar o estado presente silenciosos… não
conscientes!
Agenda e Rever o TPC
Conceitos a abordar:
» Crenças e pensamentos negativos: utilizada a mesma estratégia de (a)notar os
pensamentos automáticos para identificar e alterar as crenças subjacentes; têm por isso que
identificar a crença subjacente ao pensamento automático .
» Encontrar a crença / Questionar a crença / Clarificar a crença
Ajudar o indivíduo a identificar as crenças que o predispõe para a depressão (procurar temas
nos pensamentos, notar padrões e palavras-chave; Em vez de tentar mudar escolher uma
posição mais moderada “Era desejável… não tenho” em vez de “devo, tenho de”; e agindo
no sentido de focalizar no processo do pensamento e não se preocupar com os resultados
“Porque é que eu fiz aquilo”
Questionar as crenças enfraquecendo-as (nem sempre é preciso responder apenas questionar)
Clarificar, por um processo reflexivo de questionamento das crenças e treinar uma resposta
mais racional.
TPC (preencher pelo menos um registo de pensamento)
XIX – Preparar a finalização
Monitorizar o estado presente, Agenda e Rever o TPC
Conceitos a abordar:
» Notar e substituir
» Papel da ação para alterar pensamentos
Não posso fazer nada pela depressão
» Se tentar posso vencer » Escrever respostas aos pensamentos negativos
Não tenho prazer em nada
» Talvez se fizer alguma coisa que costumava gostar me divirta » ir ao cinema
É muito difícil fazer o trabalho
» Vou experimentar 10 minutos » Trabalhar 10 minutos
Fiz um erro e se os outros descobrem
» É um erro pensar que nunca se erra, e se descobrirem não vai ser o fim do mundo
» Falar com alguém acerca do erro
X - Finalização
Monitorizar o estado presente
Agenda
Rever o TPC
Conceitos a abordar:
» Avaliar o progresso
» Prevenção/Minimização da Recaída
• Trabalhar a possibilidade de recaída (preparar o indivíduo e família para futuros episódios;
tendo especial atenção à retirada da medicação antidepressiva;
• Revisão dos fatores precipitantes dos episódios anteriores, com o objectivo de determinar
o padrão de recaída; fornecer uma lista de sinais típicos de depressão para auto-
monitorização e quais as estratégias para os ultrapassar;
• Não terminar abruptamente a terapia, mas reduzir gradualmente a frequência das
sessões; o indivíduo deve ser estimulado a continuar os trabalhos de casa; Informar que
pode contactar o terapeuta e retomar a terapia se houver recorrência;
TPC
Terapia de Grupo na Depressão
Uma meta-análise (Feng et al., 2012 in Barlow, 2014) revelou que a Terapia de
Grupo Cognitivo-Comportamental era mais eficaz na depressão ligeira a
moderada. A eficácia diminui à medida que a severidade da depressão
aumenta.
Dado que as pessoas deprimidas tendem a ver-se a si mesmos, ao seu mundo e
ao seu futuro de uma forma negativa » o enfoque na terapia de grupo são
precisamente estes pensamentos negativos automáticos, que são manifestados
no momento na interação com os outros elementos do grupo.
O efeito do grupo passa também pelo questionamento das perceções
pessimistas de cada elemento (e não necessariamente pelo contagio negativo
das mesmas)…
O reconhecimento (sentido como mais fácil) das distorções cognitivas dos outros
e a experiência ao longo das sessões em reavalia-las, parece facilitar o
reconhecimento e a reavaliação das suas próprias pressuposições, aumentando
assim a sua capacidade de corrigir as suas próprias reações mal-adaptativas.
Terapia de Grupo (cont.)
Evidências sugerem uma composição homogénea do grupo e intervenções cognitivo-
comportamentais de tempo limitado (Hollon & Shaw, In Beck et al. 1997).
Grupo Orientado para Problemas (e não para a interação entre cliente e terapeuta ) em que
cada cliente seleciona um problema importante no qual focalizar, e os outros participantes
comentam à vez.
Grupo Fechado ou Aberto desde que seja explicado previamente o modelo cognitivo, antes
de ingressar no grupo, e retirando vantagem dos elementos mais experientes poderem
orientar os mais novos, reforçando a sua própria aprendizagem na deteção de pensamentos
automáticos negativos
Grupo com 1 terapeuta para 4 ou 6 clientes… sendo que 2 terapeutas permite que um esteja
mais ativo na discussão enquanto o outro observa as reações ou fica a ler os registos da
semana para deles retirar informação relevante a ser trabalhada.
Sessões semanais de hora e meia a duas horas.
Terapia de Grupo combinada com terapia individual, apresenta ganhos sobretudo para
clientes mais deprimidos, numa fase inicial da terapia ou mais tarde com problemas mais
sensíveis;
Altamente estruturada e organizada para contrariar a inércia e o pessimismo típicos dos
depressivos (“dar a volta”, “cotar quem do grupo beneficia mais da intervenção”).
(Hollon & Shaw,
1997)
Semana Agenda para Terapia Cognitiva de Grupo
Objetivos e Métodos da Sessão
0 Sessão diagnóstica ou 1. Avaliar a adequação para o grupo
preparatória 2. Avaliar e discutir expectativas
3. Distribuir o racional da teoria
Ajudar o indivíduo a viver uma vida com menos stress ou ajudá-lo a gerir o stress
inevitável;
Lidar com as pressões que podem afetar o ciclo de sono (que podem desencadear
o início da doença ou uma recaída);
Prevenção de recaída;
Elementos de intervenções Psicológicas de Sucesso nas PB
(Suppes & Dennehy, 2005)
Tipo de Intervenção Elementos da Exemplos de Estratégias
Intervenção
Intervenções Educação sobre a Vídeos informativos ou material escrito sobre perturbação bipolar
Psicoeducacionais doença e tratamento
Competências para lidar Estratégias para lembrar os cl. para tomarem a medicação como prescrito, tais
com a doença como alarmes, caixas de medicamentos, ou tabelas; ensaio sobre os passos a
dar quando os sintomas aumentam; educação sobre a importância da adesão
ao tratamento.
Intervenções para Gestão do trabalho Gerir os problemas laborais, tal como negociar períodos de ausência ou trab. a
Resolução de Problemas / tempo parcial
Coping
Gestão familiar Lidar com questões familiares, tais como parentes que insistam que o problema
“está só na cabeça deles”
Objetivos de vida para Ajudar os cl. a alcançar objetivos de vida tais como aumentar a escolaridade ou
além da doença iniciar um novo passatempo
Intervenções Lidar com Terapia familiar ou de casal para melhorar o relacionamento e a comunicação
Psicodinâmicas / relacionamentos com outros significativos;
Interpessoais interpessoais instáveis
Lidar com a perda Enfrentar e reduzir sentimentos de perda e luto (ex. perda de um ente querido,
perda de projetos e expetativas prévios à doença, etc.)
Tudo parece uma chatice; impaciência ou ansiedade Sente raiva mais facilmente Irritabilidade
Está mais feliz que o habitual; tem uma atitude positiva Dá mais gargalhadas e conta piadas Humor eufórico; no topo do mundo
Está mais falador e com mais sentido de humor Sente vontade de socializar e conversar com os outros Fala rápido ou pressiona para falar
Tem mais pensamentos; está mentalmente rápido; perde o O pensamento está desorganizado; tem pouca
Pensamentos acelerados
foco concentração
Tem ideias criativas e novos interesses; a mudança parece Planeia fazer mudanças; é desorganizado nas ações; Atividade desorganizada: começa mais coisas do que
boa bebe ou fuma mais termina
Não é tão eficaz no trabalho; tem problemas para manter a Não conclui tarefas; chega atrasado ao trabalho; Não consegue concluir o trabalho habitual ou as
mente nas tarefas incomoda os outros atividades domésticas
Os sons parecem mais altos, as cores mais vibrantes; a Distratibilidade: tem de se esforçar para focar os
Nota mais os sons e incomoda as pessoas; perde a linha de
mente vagueia facilmente; precisa de ambiente mais pensamentos ou simplesmente não consegue focar os
pensamento
silencioso para focar os pensamentos pensamentos
TCC na Pert. Bipolar (cont.)
Objetivos da 1ª sessão:
“Paula acredita que: Se me esforçar bastante, deverei ser capaz de ser excelente em
tudo aquilo que faço”
Se eu tenho algum fracasso no trabalho, a forma que tenho de lidar com isso é agarrar
em alguma coisa ainda mais difícil para anular esse fracasso. Tento agarrar um grande
projeto e às vezes mais uma ou duas tarefas.
Depois entro em alvoroço e sinto-me muito tensa. Às vezes quando as coisas são muito
más bebo! O álcool é o combustível que me mantem de pé.
A seguir volto a falhar e a assumir mais e mais tarefas até não ser capaz de lidar com a
situação. Depois caio em depressão.”
TCC na Pert. Bipolar (cont.)
Objectivos sessões subsequentes:
“Paula acredita que: Se me esforçar bastante, deverei ser capaz de ser excelente em
tudo aquilo que faço”
Se eu tenho algum fracasso no trabalho, a forma que tenho de lidar com isso é agarrar
em alguma coisa ainda mais difícil para anular esse fracasso. Tento agarrar um grande
projeto e às vezes mais uma ou duas tarefas.
Depois entro em alvoroço e sinto-me muito tensa. Ligo a toda a gente do trabalho. Às
vezes quando as coisas são muito más bebo! O álcool é o combustível que me mantem
de pé.
A seguir volto a falhar e a assumir mais e mais tarefas até não ser capaz de lidar com a
situação. Depois caio em depressão.”
TCC na Pert. Bipolar (cont.)
Objectivos sessões subsequentes:
Paula acredita que: Se me esforçar bastante, deverei ser capaz de ser excelente em
tudo aquilo que faço”
Se eu tenho algum fracasso no trabalho, a forma que tenho de lidar com isso é agarrar
em alguma coisa ainda mais difícil para anular esse fracasso. Tento agarrar um grande
projeto e às vezes mais uma ou duas tarefas.
Depois entro em alvoroço e sinto-me muito tensa. Ligo a toda a gente do trabalho. Às
vezes quando as coisas são muito más bebo! O álcool é o combustível que me mantem
de pé.
A seguir volto a falhar e a assumir mais e mais tarefas até não ser capaz de lidar com a
situação. Depois caio em depressão.”
TCC na Pert. Bipolar (cont.)
influenciar o humor:
Humor
Atividades habituais
Atividade Social
Capacidade de funcionar
Hábitos de sono
Apetite/Hábitos alimentares
Nível de energia
Criatividade
Padrões de fala
Terapia de Grupo na Perturbação Bipolar (cont.)
Objectivos:
Promover a compreensão biopsicossocial do PB, tratamentos e auto-
cuidado;
Aumentar compromisso com bem-estar e a adesão ao tratamento;
Criar espaço terapêutico para partilhar experiências comuns
Promover a identificação precoce de sinais de recaída
Diminuir a duração, frequência e intensidade de episódios de
bipolaridade de humor
A dinâmica do grupo parece ser mais propulsora da mudança que o
aumento de conhecimento per se.
Terapia de Grupo na Perturbação Bipolar
Características do grupo:
» 10 indivíduos com diagnóstico de PB
» Familiares dos indivíduos que queiram participar
» 10 sessões semanais (90 minutos)
» 3 sessões de follow-up (após 3 meses, 6 meses e após 1 ano).
Abordagem Psicoeducacional em Grupo Temas das sessões:
• Descrição clínica da PB
• Epidemiologia, etiologia e curso da PB
• Intervenção medicamentosa
• Tratamentos psicossociais
• Aspectos psicológicos da PB
• Adesão terapêutica
• Identificação precoce de sintomas e os sinais de crise
• Avaliação das sessões e planeamento da continuidade do tratamento
Intervenção com Crianças e Adolescentes
Os critérios de diagnóstico são genericamente os mesmos ao longo da vida, embora
o processo de diagnóstico deva ser adequado à fase de desenvolvimento;
Na depressão a apresentação clínica frequente é a disforia, instabilidade, explosões
de raiva e agressividade;
Na mania os episódios são mais frequentemente complicados por sintomatologia
mista com taxas mais elevadas de humor depressivo (McElroy et al., 1997);
A Pert. Depressiva não é comum e é difícil de diagnosticar nos anos pré-escolares.
O diagnóstico mantem-se pouco frequente até à puberdade, altura em que
aumenta rapidamente atingindo uma prevalência semelhante à dos adultos na
adolescência.
Estima-se que a Pert. Depressiva afete cerca de 4-6% dos adolescentes entre os 13 e
os 17 anos (Vitiello, 2009)
Perturb. Depressiva na Infância
Avaliação
Curso menos semelhante à PDM no adulto.
Maior probabilidade de evoluir para Perturbações da Conduta e Perturbação Anti-
social da Personalidade
Following multidisciplinary review, offer
Pior prognóstico fluoxetine if moderate to severe depression
in a young person (12–18 years) is
unresponsive to a specific psychological
Tratamento (NICE Guidelines) therapy after 4 to 6 sessions.
Alt. do sono: insónia, sono fragmentado, hipersónia, sono pouco reparador Insónia terminal
Dificuldades de concentração
Sintomas psicóticos com atividade alucinatória e delirante + incongruentes Sintomas congruentes com o afeto
com o afeto
Intervenção com Adolescentes
Os outros não
gostam de Nunca faço
mim, e nunca boa figura…
me vão deixar e devia ser
andar com perfeito.
eles!
Depressão nas Pessoas Mais Velhas
A Perturbação Depressiva Major afeta até 9,4% de idosos que vivem na comunidade
e até 15% apresentam sintomas depressivos clinicamente significativos. Todavia as
taxas de prevalência são mais elevadas em subpopulações de idosos, como os que
vivem em lares (42%) ou contextos hospitalares (28%) (Gould et. Al, 2012).
A meta-análise realizada por Rebecca Gould (2012) revelou que a TCC para
a depressão nas pessoas mais velhas é mais eficaz do que estar em lista de
espera ou do que os tratamentos habituais (TAU), mas não foi encontrada
maior eficácia do que nos grupos de controlo ativo (outras formas de
psicoterapia ou farmacoterapia).
Apil et al. (2014) constataram porém que as pessoas mais velhas que
passaram por um programa CC por stepped care (SCP) para a depressão
(acompanhamento próximo, biblioterapia e programa coping with
depression) solicitaram mais significativamente um novo tratamento
especializado em saúde mental para a depressão do que os pacientes que
receberam TAU. Embora os eventos negativos de vida no último ano eram
preditores de novo tratamento nos doentes em TAU mas não nos que fizeram
o SCP. Pelo que esta intervenção CC parece diminuir a resistência na
procura de cuidados, mesmo que na reocorrência de estados depressivos
provocados internamente.
Avaliação da Qualidade de Vida no
Envelhecimento – WHOQOL-OLD
Constituído por 7 facetas (num total de 28 itens), com escala de resposta
tipo Likert, de cinco pontos (1-5)], integrando várias dimensões:
Funcionamento sensorial, Autonomia, Atividades passadas, presentes e
futuras, Participação social, Morte e morrer e Intimidade, e (na versão
portuguesa) Família/Vida familiar. A valores mais elevados nos parâmetros,
corresponde uma QdV mais elevada, tal como percepcionada pelo
sujeito e tendo como referência temporal os últimos 15 dias. (Vilar, 2015)
Associação da QdV, com a função cognitiva e a capacidade funcional,
bem como a conexão mais vincada com a sintomatologia depressiva.
Embora a QdV não se reduza às dimensões referidas. Estas parecem
funcionar como uma “reserva cognitiva, reserva funcional e reserva
emocional”, para assegurar a QdV, nomeadamente, em adultos idosos.
(Vilar, 2015)
GDS – 15 Escala de Depressão
Geriátrica
A GDS com 15 itens (GDS-15) é uma versão curta da escala original e foi
elaborada por Sheikh & Yesavage (1986), a partir dos itens que mais
fortemente se correlacionavam com o diagnóstico de depressão.
Trata-se de uma escala de hetero-avaliação com duas alternativas de
resposta (sim - 1 ponto ou não - 0 pontos – (items 1, 5, 7, 11 e 13 um ponto
para não), consoante o modo como o idoso se tem sentido ultimamente,
em especial na semana transacta.
Os pontos de corte ideais para rastreio de depressão são ≥4,5
(sensibilidade = 95,7%; especificidade = 52,6%) para GDS-15 (Apóstolo et
al., 2018)
Diagnóstico Diferencial
Depressão vs. Demência
DEPRESSÃO DEMÊNCIA
Sintomas há < 6 meses Sintomas há > 1 ano
Evolução rápida Evoução lenta e gradual
Factores psicogénicos ou somatogénicos Sem evidência de factores psicogénicos
evidentes ou somatogénicos
Perda de memória recente e remota Perda da memória recente superior à da
memória remota
Comportamento incongruente com a Comportamento incongruente com a
disfunção cognitiva disfunção cognitiva
Avaliação na Pessoa Mais Velha
https://eulutocontraadepressao.eutimia.pt/recursos-de-auto-ajuda-2/
Manual mhGAP de Intervenções para Transtornos Mentais, Neurológicos e
por Uso de Álcool e outras Drogas para a Rede de Atenção Básica à
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Por exemplo a Maria convidou o António para sair e este recusou (evento
ativador), o que a levou a ter pensamentos irracionais (crenças) como: