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Relatório 2- Síntese de p-nitroanilina- Orgânica Experimental II – Nanci Garden e Rafael Garrett

Nome: Eduardo Araujo de Oliveira DRE: 115177318

1-

Ocorre a maior formação do isômero o para por conta do menor impedimento estérico e
espacial nesta posição de entrada do eletrófilo, íon nitrônio (NO2+), o grupo acetamido (-
NHCOCH3) confere um impedimento espacial na entrada do eletrófilo na posição orto no anel
aromático por conta do seu volume e sua livre rotação da ligação simples ao anel aromático, com
isso diminui a sua síntese. (SOLOMOS, FRYLLE, 2001)

2- A reação não é feita diretamente com a anilina, pois o grupo amino (-NH2) é um grupo pouco
volumoso e faz a orientação na entrada do anel aromático tanto em posição orto quanto para e se
fizéssemos a nitração direta, ocorreria a formação tanto de isômeros orto quanto para e até se fosse
mais forte ocorreria uma possível trinitração ao anel, o que ocasionaria em várias impurezas
misturadas ao produto desejado. Então fazendo a acetilação primeiro, pelo grupo acetamido (-
NHCOCH3) ser um grupo volumoso e também orientador e ativador orto e para, por conta de seu
volume, favoreceria a síntese do produto na conformação para pela diminuição do impedimento
estérico.( SOLOMOS, FRYLLE, 2001, )

3-Grupo protetor é uma entidade química que é introduzido em uma molécula através de uma reação
química, modificando um grupo funcional presente na molécula, a fim de obter a
quimiosseletividade em uma reação química seguinte. Existem pelo menos três critérios para que
uma substância funcione como um bom grupo protetor, e são elas: Facilmente introduzido na
molécula alvo; estável no meio reacional durante todas as etapas subsequentes e facilmente
removido da molécula após sua utilização. Um exemplo clássico é a utilização de
etilenoglicol(C2H6(OH)2) para a proteção do grupo carbonila de aldeídos e cetonas, com a formação
de acetais, muito utilizado afim de proteção da carbonila em reações onde se deseja a redução de
um grupo funcional, mas querendo a preservação da do grupo carbonila. (GREENE, NUTS, 1999).

4-Uma proposta seria a utilização de sais de nitrônio como agentes nitrantes como o sal NO2BF4 em
meio ácido, para a nitração do anel benzeno (OLAH et al, 1956) e outra possibilidade seria a nitração
através de reações radicalares entre o íon nitrônio(NO2+ )e o benzeno (C6H6/Ar) , onde seriam
formados radicais e ocorreria a formação da ligação entre os elétrons desemparelhados dos
radicais(KOCHI,1992)

𝜆
.+ + .+ + −𝐻+
NO2 + ArH NO2 ArH →ArHNO2 ArHNO2
→ →

5- Cromatografia em camada delgada (CCD) é uma técnica de cromatografia usada para separar
compostos químicos presentes em uma amostra. A cromatografia em camada delgada é realizada
comumente sobre uma folha de alumínio, revestida com uma fina camada de material adsorvente,
geralmente sílica-gel. Esta camada de adsorvente é chamada de fase estacionária. Depois que a
amostra é aplicada sobre a placa, um solvente ou mistura de solventes (chamada de fase móvel)
permeia a placa através de ação capilar. Os diferentes compostos presentes nas amostras percorrem
a placa de CCD de maneira diferente, sendo possível a separação. A fase estacionária de sílica em
gel é altamente polar, retendo componentes mais polares presentes na amostra. Dentre os dois
isômeros, orto /para- nitroanilina, o composto orto apresenta uma polaridade um pouco maior que
o isômero para os seus vetores de polaridade do grupo nitro e amina se somam, criando um vetor
do momento de dipolo um pouco mais intenso. Já a o isômero para, por estar nessa conformação
ocorre uma diminuição do momento de dipolo da molécula, pois os dois grupos ( amino e nitro)
estarem na mesma direção, mas sentidos opostos. Com isso então o isômero orto ficará em posição
mais baixa em comparação com o isômero para na placa de sílica. (Degani et al,1998, MCMURRY,
2011)
Referências Bibliográficas

DEGANI et al. Cromatografia:um breve ensaio.Química Nova na Escola, n. 7, 1998.


GREENE, T. W. and NUTS, P. G. M. Protective Groups in Organic Synthesis, 4a ed. Wiley,
1999.
Kochi, J. K.; Acc. Chem. Res. 1992, 25, 39
McMurry, John. Química Orgânica.2011.
Olah, G. A.; Kuhn, S.; Mlinko, A.; J. Chem. Soc. 1956, 4257
SOLOMONS, T. W.G, FRYLLE, C.B. Química Orgânica, 7 Ed. Rio de janeiro: LTC,
2001. 1º vol.

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