Fragmentação política, fixação espacial, encelulamento... Artesanato rural emergente o Tecelagem e metalurgia são os principais Produção e venda de lã começam a crescer de verdade Desenvolvimento das trocas, cunhagem do ouro, abandonada desde Carlos Magno e, de início, tentada em vão com finalidades de prestígio por certos príncipes, é retomada com sucesso por iniciativa das cidades italianas. (p.4) – essa é a melhor prova do desenvolvimento dessas cidades e de seu papel no grande comércio. A reafirmação do fenômeno urbano na Idade Média Central desenvolvimento das atividades artesanais e comerciais. o Importante efeito de atração: autoridade episcopal, condal ou principesca Política dos reis de Castela é a implantação de pequenas cidades – villas o Essa forma de controle do território intermediária entre a da aldeia e das cidades importantes terá papel significativo na implantação hispânica no Novo Mundo. As cidades do Ocidente conhecem um forte crescimento durante a segunda metade da I.M. o Formam-se burgos em torno de antigas muralhas – dão seu nome aos burgueses. A construção de muralhas o Cidades com 200 mil habitantes no máximo. O MUNDO DAS CIDADES Formação de comunas, resultantes da luta da burguesia para liberdade da ordem aristocrática e feudal – liberdade de pedágio, de comércio, esse tipo de liberdade. A aristocracia se opunha às comunas e cidades. No entanto, há duques e condes que eram a favores de tal. A ideia de choque entre a “burguesia” e a “aristocracia” como projeção historiográfica pouco fundada. o De fato a maior contrariedade vem dos clérigos. Cidades fortemente hierarquizadas e nas mãos dos mais ricos o A aristocracia é muito presente nas cidades camadas dominantes rurais instaladas perto da corte do bispo ou do conte; servidores no círculo de um senhor. no entanto, permanecem ligados ao mundo rural: politica, família e propriedade. Conflitos urbanos: facções da elite, que são distintas mas que se situam sociologicamente próximas – mesmo assim tem lutas fortes e dilaceram o tecido social urbano. Há assembleias, ofícios como os cordadores, joalheiros ou fabricantes. Entende-se a ideia de democracia como algo bem distante do nosso entendimento de hoje. Há espaços de participação, maiores e menores espaços de poder o Familias de mercadores de banqueiros, por exemplo, encampam poderes e tornam-se dinásticos, assimilando-se à nobreza. ASCENSAO SOCIAL É POSSIVEL? Atenção: é difícil entender o sistema econômico pelos moldes capitalistas; na cidade as atividades produtivas são organizadas em ofícios, fixam produtos, normas de produção, regulamentos, qualidade, preços... o Monopólio reservado aos habitantes das comunas. o Estrutura corporativista o Relações interpessoais são levadas em conta Entretanto, sobretudo o que foi supracitado, a partir do século XII, a cidade é um mundo novo. No interior das muralhas medievais encontram-se: terras cultivadas e gado, torres, castelo; a ideia de distinção de um mundo urbano e um mundo rural. o Ruas estreitas e mal iluminadas, casas com bazares cheios de produtos, porcos fazendo serviços dos lixeiros. o Praça pública administração municipal e a torre do sino Numerosas tavernas, banhos públicos, outros lugares onde autoridades municipais procuravam organizar a prostituição – serviço coletivo. Efervescência intelectual grande. Apesar de tudo, os códigos de valores permanecem fortemente influenciados por oposições tradicionais (costesia/vilania) e as classes urbanas esforçam-se em imitar os modelos aristocráticos. CIDADES E TROCAS NO QUADRO FEUDAL A ideia de que se justapunha dois sistemas econômicos e culturais distintos o Imobilismo tradicional enraizado pela aristocracia o Dinamismo do mundo urbano e o gosto da novidade próprio à mentalidade burguesa. o Obs.: também se fala de um dinamismo interno ao feudalismo e não dois sistemas diferentes. É problemático contrapor feudalismo e comércio. (p.12) A I.M. permanece fundamentalmente dominada pela logica de controle da terra. o Marx dizia que o próprio equipamento artesanal tem caráter de propriedade fundiária Toda uma explicação referindo-se à explicação do termo burguesia sem equiparar-se ao que se entende por burguesia no século XIX. Destaca-se, portanto, que o surgimento de mercadores e das cidades permanece ligado à lógica do feudalismo. Apenas a partir do século XIX que grupos urbanos começarão a fazer parte de um novo sistema. A TENSÃO REALEZA/ARISTOCRACIA Os séculos IX a XI são marcados por disseminação da autoridade pública, encampada por castelões e senhores. o Começam então junto com condes e duques a partilhar o essencial comando sobre os homens – o poder dos reis permanece simbólico, apesar de ainda possuírem um prestígio incontestável – consagração. o Os clérigos ocidentais ressaltam que o rei permanece um laico e recusam evocação explícita dos reis-sacerdotes bíblicos. o O rei medieval deve ser cristão. Página 16: reis e as outras frações da nobreza e clérigos. O rei possui diversas maneiras de estender seu domínio ou seu reino arte de manusear o direito feudal e boas alianças matrimoniais. O rei deve: garantir a paz e a justiça discorre na página 18/19 sobre tais temas. Crescimento de universidades de direito, por causa dessa ideia de reivindicação da lei pelo rei. Necessidade de surgimento de uma verdade em conformidade com a lei. A concepção nova de justiça permanece impotente na prática e percebe-se que a única prova digna de fé é o reconhecimento de culpa pelos acusados se desenvolve, pois, a confissão religiosa que conduzirá a generalização da tortura como meio legitimo de obtenção de confissão judiciária – no fim da I.M., Tempos Modernos. A nova concepção da justiça leva a um recuo das compensações financeiras e a um desenvolvimento das penas infames e dos castigos corporais. Século XIII a concepção de poder real mudou. O rei era: senhor feudal dentre outros e um ser à beira do sagrado paralelo ao Cristo-rei. Afirma sua preocupação com a coisa pública e reivindica uma soberania. Lutas entre reis e barões. Jogo feito de rivalidade e unidade, de conivências e afastamentos que esboça futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa da qual surgirá o Estado. CONCLUSÃO Relações senhores/dependentes; Nobres/não nobres; Cidades/campos. o Relações de vassalidade que configuram as hierarquias no seio do grupo dominante e lhe conferem uma coesão entremeada de rivalidades. Atenção no fato de que as relações vassálicas não são o coração da sociedade medieval. A ideia do esquema trifuncional – visão dominada pelo clero. o identificar a aristocracia como classe dominante do sistema feudal é uma constatação insuficiente, pois a ideologia do feudalismo põe acima desta a Igreja.