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História Medieval

Maria Fernanda Guimarães, 1º período, UFF.

A DINÂMICA DO SISTEMA FEUDAL


 Fragmentação política, fixação espacial, encelulamento...
 Artesanato rural emergente
o Tecelagem e metalurgia são os principais
 Produção e venda de lã começam a crescer de verdade
 Desenvolvimento das trocas, cunhagem do ouro, abandonada desde Carlos Magno e,
de início, tentada em vão com finalidades de prestígio por certos príncipes, é retomada
com sucesso por iniciativa das cidades italianas. (p.4) – essa é a melhor prova do
desenvolvimento dessas cidades e de seu papel no grande comércio.
 A reafirmação do fenômeno urbano na Idade Média Central  desenvolvimento das
atividades artesanais e comerciais.
o Importante efeito de atração: autoridade episcopal, condal ou principesca
 Política dos reis de Castela é a implantação de pequenas cidades – villas
o Essa forma de controle do território intermediária entre a da aldeia e das
cidades importantes terá papel significativo na implantação hispânica no Novo
Mundo.
 As cidades do Ocidente conhecem um forte crescimento durante a segunda metade da
I.M.
o Formam-se burgos em torno de antigas muralhas – dão seu nome aos
burgueses.
 A construção de muralhas
o Cidades com 200 mil habitantes no máximo.
O MUNDO DAS CIDADES
 Formação de comunas, resultantes da luta da burguesia para liberdade da ordem
aristocrática e feudal – liberdade de pedágio, de comércio, esse tipo de liberdade.
 A aristocracia se opunha às comunas e cidades. No entanto, há duques e condes que
eram a favores de tal.
 A ideia de choque entre a “burguesia” e a “aristocracia” como projeção historiográfica
pouco fundada.
o De fato a maior contrariedade vem dos clérigos.
 Cidades fortemente hierarquizadas e nas mãos dos mais ricos
o A aristocracia é muito presente nas cidades  camadas dominantes rurais
instaladas perto da corte do bispo ou do conte; servidores no círculo de um
senhor.  no entanto, permanecem ligados ao mundo rural: politica, família e
propriedade.
 Conflitos urbanos: facções da elite, que são distintas mas que se situam
sociologicamente próximas – mesmo assim tem lutas fortes e dilaceram o tecido social
urbano.
 Há assembleias, ofícios como os cordadores, joalheiros ou fabricantes.
 Entende-se a ideia de democracia como algo bem distante do nosso entendimento de
hoje.
 Há espaços de participação, maiores e menores espaços de poder
o Familias de mercadores de banqueiros, por exemplo, encampam poderes e
tornam-se dinásticos, assimilando-se à nobreza. ASCENSAO SOCIAL É
POSSIVEL?
 Atenção: é difícil entender o sistema econômico pelos moldes capitalistas; na cidade
as atividades produtivas são organizadas em ofícios, fixam produtos, normas de
produção, regulamentos, qualidade, preços...
o Monopólio reservado aos habitantes das comunas.
o Estrutura corporativista
o Relações interpessoais são levadas em conta
 Entretanto, sobretudo o que foi supracitado, a partir do século XII, a cidade é um
mundo novo.
 No interior das muralhas medievais encontram-se: terras cultivadas e gado, torres,
castelo; a ideia de distinção de um mundo urbano e um mundo rural.
o Ruas estreitas e mal iluminadas, casas com bazares cheios de produtos, porcos
fazendo serviços dos lixeiros.
o Praça pública  administração municipal e a torre do sino
 Numerosas tavernas, banhos públicos, outros lugares onde autoridades
municipais procuravam organizar a prostituição – serviço coletivo.
 Efervescência intelectual grande.
 Apesar de tudo, os códigos de valores permanecem fortemente influenciados por
oposições tradicionais (costesia/vilania) e as classes urbanas esforçam-se em imitar os
modelos aristocráticos.
CIDADES E TROCAS NO QUADRO FEUDAL
 A ideia de que se justapunha dois sistemas econômicos e culturais distintos
o Imobilismo tradicional enraizado pela aristocracia
o Dinamismo do mundo urbano e o gosto da novidade próprio à mentalidade
burguesa.
o Obs.: também se fala de um dinamismo interno ao feudalismo e não dois
sistemas diferentes.
 É problemático contrapor feudalismo e comércio. (p.12)
 A I.M. permanece fundamentalmente dominada pela logica de controle da terra.
o Marx dizia que o próprio equipamento artesanal tem caráter de propriedade
fundiária
 Toda uma explicação referindo-se à explicação do termo burguesia sem
equiparar-se ao que se entende por burguesia no século XIX.
 Destaca-se, portanto, que o surgimento de mercadores e das cidades permanece ligado
à lógica do feudalismo.
 Apenas a partir do século XIX que grupos urbanos começarão a fazer
parte de um novo sistema.
A TENSÃO REALEZA/ARISTOCRACIA
 Os séculos IX a XI são marcados por disseminação da autoridade pública, encampada
por castelões e senhores.
o Começam então junto com condes e duques a partilhar o essencial comando
sobre os homens – o poder dos reis permanece simbólico, apesar de ainda
possuírem um prestígio incontestável – consagração.
o Os clérigos ocidentais ressaltam que o rei permanece um laico e recusam
evocação explícita dos reis-sacerdotes bíblicos.
o O rei medieval deve ser cristão.
 Página 16: reis e as outras frações da nobreza e clérigos.
 O rei possui diversas maneiras de estender seu domínio ou seu reino  arte de
manusear o direito feudal e boas alianças matrimoniais.
 O rei deve: garantir a paz e a justiça  discorre na página 18/19 sobre tais temas.
 Crescimento de universidades de direito, por causa dessa ideia de reivindicação da lei
pelo rei.
 Necessidade de surgimento de uma verdade em conformidade com a
lei.
 A concepção nova de justiça permanece impotente na prática e percebe-se que a única
prova digna de fé é o reconhecimento de culpa pelos acusados  se desenvolve, pois,
a confissão religiosa que conduzirá a generalização da tortura como meio legitimo de
obtenção de confissão judiciária – no fim da I.M., Tempos Modernos.
 A nova concepção da justiça leva a um recuo das compensações
financeiras e a um desenvolvimento das penas infames e dos castigos
corporais.
 Século XIII a concepção de poder real mudou. O rei era: senhor feudal dentre outros e
um ser à beira do sagrado paralelo ao Cristo-rei. Afirma sua preocupação com a coisa
pública e reivindica uma soberania.
 Lutas entre reis e barões.
  Jogo feito de rivalidade e unidade, de conivências e afastamentos que esboça
futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa da qual surgirá o
Estado.
CONCLUSÃO
 Relações senhores/dependentes; Nobres/não nobres; Cidades/campos.
o Relações de vassalidade que configuram as hierarquias no seio do grupo
dominante e lhe conferem uma coesão entremeada de rivalidades.
 Atenção no fato de que as relações vassálicas não são o coração da
sociedade medieval.
 A ideia do esquema trifuncional – visão dominada pelo clero.
o identificar a aristocracia como classe dominante do sistema feudal é uma
constatação insuficiente, pois a ideologia do feudalismo põe acima desta a
Igreja.

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