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AULA 2
𝑥[𝑛]|𝑛=0,±1,±2,… (2)
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Figura 1: Plano complexo z e círculo de raio unitário.
O ângulo de fase do vetor z (⍵) é o ângulo entre o eixo real do plano e a
posição do vetor. Podemos observar que partindo de ⍵=0 (z=1) até ⍵=π (z=-1)
teremos a transformada de Fourier de x[n] para 0 ≤ ⍵ ≤ - π. Se continuarmos o
giro no sentido anti-horário chegaremos novamente ao ponto inicial z=1 para
⍵=2π. Podemos dizer então que a transformada de Fourier é periódica porque
se repetirmos o processo, a partir de 2π os cálculos se repetem. O período da
transformada é de 2π porque o vetor faz voltas inteiras no círculo chegando
sempre ao ponto de partida (OPPENHEIM e SCHAFER, 2012).
Como a RDC é muito importante, ela deve ser indicada junto com a
transformada z.
Exemplos:
Para as sequências finitas a seguir, determine a transformada z e a RDC
das mesmas. O valor em vermelho indica o valor em n=0.
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𝑥[𝑛] = {… 𝑥[−3], 𝑥[−2], 𝑥[−1], 𝑥[0], 𝑥[1], 𝑥[2], 𝑥[3] … }
𝑋(𝑧) = −2𝑧 3 + 𝑧 2 + 3 + 4𝑧 −1 + 2𝑧 −2
Em 𝑧 = ∞, 𝑋(𝑧) = ∞, os termos 𝑥[−3] e 𝑥[−2] seriam multiplicados por ∞,
portanto 𝑋(𝑧) = ∞.
Em 𝑧 = 0, 𝑋(𝑧) = ∞, os termos 𝑥[1] e 𝑥[2] seriam divididos por 0, portanto
𝑋(𝑧) = ∞.
RDC: todo o plano z, exceto em 𝑧 = 0 e 𝑧 = ∞.
𝑋(𝑧) = −3𝑧 5 − 𝑧 4 + 3𝑧 3 + 7𝑧 2 + 𝑧 + 4
RDC: todo o plano z, exceto em 𝑧 = ∞.
−1 ∞
∞ ∞
𝑛|
|𝑋(𝑧)| ≤ ∑|𝑥[−𝑛]𝑟 + ∑|𝑥[𝑛]𝑟 −𝑛 | (8)
𝑛=0 𝑛=0
5
interna de um círculo com raio 𝑅𝐻 < ∞. O segundo termo representa uma
sequência lateral direita cuja RDC é a parte externa de um círculo de raio 𝑅𝐿 >
0. Então a RDC de uma sequência infinita será um anel correspondente a
interseção das RDC de sequências laterais esquerdas e direitas.
A Figura (2) mostra diferentes regiões de convergência.
Propriedades da RDC
É um anel centrado na origem:
0 ≤ 𝑅𝐿 < |𝑧| < 𝑅𝐻
Se a região de convergência conter o raio unitário, a transformada de Fourier da
sequência converge absolutamente porque 𝑧 = ⅇ 𝑗⍵ pertence ao círculo unitário.
Não existem polos na RDC.
Para sequências de duração finita a região de convergência se estende por
todo o plano z com exceção de 𝑧 = 0 e 𝑧 = ∞.
Para sequências laterais esquerdas se estende desde zero até o polo mais
próximo (mais interno).
Para sequências laterais direitas se estende a partir do polo mais externo
para fora, incluindo provavelmente 𝑧 = ∞.
No caso das sequências bilaterais infinitas a RDC tem forma de anel e não
contém polos.
A transformada de Fourier da sequência converge se e somente se a
transformada z da mesma contém o círculo unitário (ALBUQUERQUE,
2000).
A Tabela 1 mostra algumas transformadas z básicas
6
Tabela 1: pares comuns de transformadas z (OPPENHEIM e
SCHAFER, 2012).
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TEMA 2 – TRANSFORMADA Z INVERSA
No processamento de sinais em tempo discreto, a transformada z pode ser
usada para trabalhar e processar certas sequências no plano z com alguma
finalidade, mas muitas vezes é necessário levar novamente essas sequências
do plano z para o domínio do tempo uma vez processadas. Para isso é usada a
transformada inversa.
Os polos e zeros são parâmetros muito importantes na análise e na
inversão das transformadas z. Os zeros são determinados pelos valores que
zeram a função (zeros no numerador) e os polos são determinados pelos valores
que levam a amplitude da função a infinito (zeros no denominador). Portanto,
podemos concluir que a região de convergência de uma transformada não pode
conter polos.
1 (9)
𝑥[𝑛] = ∮ 𝑋(𝑧)𝑧 𝑛−1 𝑑𝑧
2𝜋𝑗 𝐶
Segundo a integral de Cauchy:
1 1, 𝑘=1 (10)
∮ 𝑧 −𝑘 𝑑𝑧 = {
2𝜋𝑗 𝐶 0, 𝑘≠1
A equação (9) pode ser deduzida trabalhando com as equações (3) e (10).
Se a RDC incluir o círculo unitário, a região de contorno estará limitada por |𝑧| =
1, e se neste caso substituirmos z por ⅇ 𝑗⍵ teremos a transformada de Fourier,
cujo contorno está entre ±𝜋. Mas a equação (9) é difícil de trabalhar pelo qual
não é muito usada.
−1 2
𝑋(𝑧) = + (11)
1 − 0,5𝑧 −1 1 − 𝑧 −1
8
Sendo o sinal causal por definição, a RDC é lateral direita, portanto |𝑧| >
𝑅𝐻 = 1. Observando a Tabela 1 substituindo o primeiro termo pelo par da linha
5 e o segundo termo pelo par da linha 2 temos que a sequência x[n] vai ser dada
por:
1 𝑛 (12)
𝑥[𝑛] = − ( ) 𝑢[𝑛] + 2𝑢[𝑛]
2
2.3 Expansão por frações parciais
No caso da transformada ser dada pela razão de dois polinômios este
método é adequado.
𝑁(𝑧) ∑𝑀
𝑘=0 𝑏𝑘 𝑧
−𝑘
𝑋(𝑧) = = 𝑁 (13)
𝐷(𝑧) ∑𝑘=0 𝑎𝑘 𝑧 −𝑘
O polinômio deve ser decomposto em polinômios de ordem menor (no geral
de primeira ordem). A seguir, identifica-se na Tabela 1 a sequência temporal
correspondente. A transformada z é a soma das sequências.
Primeiramente é necessário identificar os polos e zeros da função
expressando X(z) em função do produtório.
𝑏0 ∏𝑀 −1
𝑘=1(1 − 𝑐𝑘 𝑧 )
𝑋(𝑧) = (14)
𝑎0 ∏𝑁 −1
𝑘=1(1 − 𝑑𝑘 𝑧 )
Onde 𝑐𝑘 são os zeros não nulos e 𝑑𝑘 são os polos não nulos de X(z).
Primeiro caso:
M<N e todos os polos de primeira ordem.
𝑁
𝐴𝑘
𝑋(𝑧) = ∑ (15)
1 − 𝑑𝑘 𝑧 −1
𝑘=1
9
Terceiro caso:
M≥N e um polo dj de ordem múltipla L>1.
𝑀−𝑁 𝑁 𝐿
𝐴𝑘 𝐶𝑙
𝑋(𝑧) = ∑ 𝐵𝑘 𝑧 −𝑘 + ∑ −1
+∑ 𝑙 (18)
1 − 𝑑𝑘 𝑧 (1 − 𝑑 𝑧 −1 )
𝑘=0 𝑘=1 𝑙=1 𝑗
𝑘≠𝑗
10
A região de convergência é a interseção das regiões de convergência de
𝑋1 e 𝑋2.
11
3.9 Teorema do valor final
lim 𝑥[𝑛] = lim(1 − 𝑧 −1 )𝑋(𝑧) (29)
𝑛→∞ 𝑧→1
1 𝑧 (30)
𝑜𝑢 𝑌(𝑧) = ∮ 𝑋1 ( ) 𝑋2 (𝑣)𝑣 −1 𝑑𝑣
2𝜋𝑗 𝐶2 𝑣
𝑅𝐷𝐶: (𝑅𝑋1 𝑅𝑋2 )𝐿 < |𝑧| < (𝑅𝑋1 𝑅𝑋2 )𝐻
Se C1 conter o círculo unitário a transformada de Fourier existe:
1 𝜋
𝑌(ⅇ 𝑗⍵ ) = ∫ 𝑋 (ⅇ 𝑗⍵ )𝑋2 (ⅇ 𝑗(⍵−𝜃) ) 𝑑𝜃 (31)
2𝜋 −𝜋 1
Este teorema é a base do método janelamento para o projeto de filtros
digitais não recursivos (Aula 5).
12
É possível calcular a equação (34) tanto no domínio da frequência quanto
no domínio do tempo e representa a energia de x[n].
Na Tabela 2 podemos observar algumas propriedades da transformada z
(OPPENHEIM e SCHAFER, 2012):
Tabela 2: Propriedades da transformada z.
13
Exemplo:
Considerando duas sequências de comprimento infinito ℎ[𝑛] = 𝑎𝑛 𝑢[𝑛] e
𝑥[𝑛] = 𝐴𝑢[𝑛], calcular a saída do sistema usando a transformada z.
Resolução:
A saída do sistema é dada pela convolução de x[n] com h[n]: 𝑦[𝑛] = 𝑥[𝑛] ∗
ℎ[𝑛]. O primeiro a fazer será calcular a transformada das duas sequências.
∞
1
𝐻(𝑧) = ∑ 𝑎𝑛 𝑧 −𝑛 = |𝑧| > |𝑎|
1 − 𝑎𝑧 −1
𝑛=0
∞
𝐴
𝑋(𝑧) = ∑ 𝐴𝑧 −𝑛 = |𝑧| > 1
1 − 𝑧 −1
𝑛=0
14
4.1 Função de transferência a partir de uma equação de diferenças
Na Aula 1 já foi visto que a equação de diferenças é definida por:
𝑁 𝑀
𝑎𝑘 𝑏𝑘
𝑦[(𝑛)] = − ∑ ( ) 𝑦[𝑛 − 𝑘] + ∑ ( ) 𝑥[𝑛 − 𝑘] (37)
𝑎0 𝑎0
𝑘=1 𝑘=0
Como o sistema é causal, a RDC deverá ser |𝑧| > 𝑟𝑅 . Como a RDC não
pode contem polos, 𝑟𝑅 é o polo de H(z) mais distante da origem. Os zeros do
numerador determinam o zero de H(z), e os zeros do denominador determinam
os polos de H(z). A equação (40) pode ser escrita em função do seus polos e
zeros da seguinte maneira:
𝑀
𝑏0 (1 − 𝑐1 𝑧 −1 )(1 − 𝑐2 𝑧 −1 ) … 𝑏0 ∏𝑘=1(1 − 𝑐𝑘 𝑧 −1 )
𝐻(𝑧) = = (41)
𝑎0 (1 − 𝑑1 𝑧 −1 )(1 − 𝑑2 𝑧 −1 ) … 𝑎0 ∏𝑁 −1
𝑘=1(1 − 𝑑𝑘 𝑧 )
Exemplo:
Um determinado sistema causal é determinado pela seguinte equação de
diferenças:
1
𝑦[𝑛] = 𝑦[𝑛 − 1] + 𝑥[𝑛]
2
Qual é a função do sistema H(z)? Calcule os polos e zeros do sistema e
faça o gráfico do módulo e da fase de H(z).
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Resolução:
𝑌(𝑧) = 0,5z −1 𝑌(𝑧) + 𝑋(𝑧)
(1 − 0,5𝑧 −1 )𝑌(𝑧) = 𝑋(𝑧)
𝑌(𝑧) 1
𝐻(𝑧) = = : |𝑧| > 0,5
𝑋(𝑧) 1 − 0,5𝑧 −1
H(z) tem um polo em 𝑧 = 0,5 e um zero na origem. Como o polo está
localizado dentro do círculo unitário, H(z) converge para 𝑧 = ⅇ 𝑗𝜔 .
Resposta em frequência:
1
𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 ) =
1 − 0,5ⅇ −𝑗𝜔
Cálculo do módulo de 𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 ):
1 1
|𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 )| = √𝐻(ⅇ𝑗𝜔)𝐻 ∗ (ⅇ 𝑗𝜔 ) = √ −𝑗𝜔
⋅
1 − 0,5ⅇ 1 − 0,5ⅇ 𝑗𝜔
Resolvendo o denominador:
𝐷 = (1 − 0,5ⅇ −𝑗𝜔 ) ⋅ (1 − 0,5ⅇ 𝑗𝜔 ) =
1 − 0,5ⅇ 𝑗𝜔 − 0,5ⅇ −𝑗𝜔 + 0, 52 ⅇ −𝑗𝜔 ⅇ 𝑗𝜔 =
1,25 − 0,5(ⅇ 𝑗𝜔 + ⅇ −𝑗𝜔 )
Considerando a fórmula de Euler:
ⅇ 𝑗𝜔 + ⅇ −𝑗𝜔
𝑐𝑜𝑠(𝜔) = ⟹ ⅇ 𝑗𝜔 + ⅇ −𝑗𝜔 = 2 𝑐𝑜𝑠(𝜔)
2
A equação do denominador fica:
𝐷 = 1,25 − 𝑐𝑜𝑠(𝜔)
Portanto:
1
|𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 )| = √
1,25 − 𝑐𝑜𝑠(𝜔)
Cálculo da fase:
𝑗𝜔 𝑗𝜔
𝐻 ∗ (ⅇ 𝑗𝜔 ) 1 1 − 0,5ⅇ 𝑗𝜔
𝐻(ⅇ ) = 𝐻(ⅇ ) ∗ 𝑗𝜔 = . =
𝐻 (ⅇ ) 1 − 0,5ⅇ −𝑗𝜔 1 − 0,5ⅇ 𝑗𝜔
1 − 0,5 𝑐𝑜𝑠(𝜔) − 𝑗0,5𝑠ⅇ𝑛(𝜔)
𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 ) =
1,25 − 𝑐𝑜𝑠(𝜔)
Então a fase pode ser definida como:
𝐼𝑚[𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 )] −0,5𝑠ⅇ𝑛(𝜔)
∡𝐻(ⅇ 𝑗𝜔 ) = 𝑡𝑎𝑛−1 { 𝑗𝜔
} = 𝑡𝑎𝑛−1 ( )
𝑅ⅇ[𝐻(ⅇ )] 1 − 0,5 𝑐𝑜𝑠(𝜔)
A Figura 5 mostra a amplitude e a fase da função do sistema.
16
2,5
|H(e^jω )|
2
1,5
0,5
ω
0
-π π
(a)
0,6
∠H(e^jω )
0,4
0,2
ω
0
-π π
-0,2
-0,4
-0,6
(b)
Figura 5: (a) Resposta em frequência do módulo da função. (b)
Resposta em frequência da fase da função – ângulo em radianos.
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O sistema é causal se satisfaz a seguinte condição:
ℎ[𝑛] = 0: 𝑛 < 0 (44)
Como podemos ver, h[n] é uma sequência lateral direita sendo a RDC para
fora de um círculo cujo raio é determinado pelo polo de H(z) que está mais longe
da origem. Portanto, a estabilidade e causalidade de um sistema SLDI (LIT) é
verificada através da obtenção dos polos de sua função de transferência e
checando se todos eles têm módulo menor do que 1 (ALBUQUERQUE, 2000).
Sistema estável: A RDC inclui o círculo unitário, não contém polos e tem forma
de anel.
Sistema causal: A RDC é externa ao polo de módulo maior e não inclui o mesmo.
Sistema causal e estável: todos os polos se encontram dentro do círculo de raio
unitário.
4.3 Resposta em frequência a partir dos polos e zeros
Como foi visto na equação (41), a função do sistema pode ser expressa em
função dos seus polos e zeros. Ela pode ser reescrita da seguinte maneira:
(𝑧 − 𝑐1 )(𝑧 − 𝑐2 ) ⋯ (𝑧 − 𝑐𝑀 )
𝐻(𝑧) = (45)
(𝑧 − 𝑑1 )(𝑧 − 𝑑2 ) ⋯ (𝑧 − 𝑑𝑁 )
Onde os parâmetros c indicam os zeros e os d os polos. O módulo é
calculado pela equação (46):
|𝑧 − 𝑐1 ||𝑧 − 𝑐2 | ⋯ |𝑧 − 𝑐𝑀 |
|𝐻(𝑧)| = (46)
|𝑧 − 𝑑1 ||𝑧 − 𝑑2 | ⋯ |𝑧 − 𝑑𝑁 |
Para a resposta em amplitude usa-se 𝑧 = ⅇ 𝑗𝜔 com ω variando entre ±π o
qual corresponde a calcular H(z) no círculo unitário. A resposta em amplitude do
sistema dependerá da posição de cada polo e zero no plano z. Se o polo estiver
perto de z=0 ele praticamente não terá muita influência na resposta. Mas se ele
estiver perto do círculo unitário a resposta será bem pronunciada (aguda). No
caso dos zeros, se estiver perto de z=0 também não terão muita influência, mas
se estiverem perto do círculo unitário, a característica apresentará um vale nas
frequências próximas do zero.
18
∞
19
Substituindo o índice 𝑛 por 𝑛 = 𝑚 − 1:
∞ ∞
−(𝑚+1) −1
𝒴(𝑧) = ∑ 𝑥[𝑚]𝑧 = 𝑥[−1] + 𝑧 ∑ 𝑥[𝑚]𝑧 −𝑚 (49)
𝑚=−1 𝑚=0
Exemplo:
A equação de diferenças representa um sistema linear com coeficientes
constantes. Considerando 𝑥(𝑛) = 0 para 𝑛 < 0 e a condição inicial em 𝑛 = −1
equivale a 𝑦(−1).
𝑦[𝑛] − 𝑎𝑦[𝑛 − 1] = 𝑥[𝑛] (52)
𝒴(𝑧) − 𝑎𝑦[−1] − 𝑎𝑧 −1 𝒴(𝑧) = 𝒳(𝑧) (53)
Isolando 𝑌(𝑧):
𝑎𝑦[−1] 1
𝒴(𝑧) = + 𝒳(𝑧) (54)
1 − 𝑎𝑧 −1 1 − 𝑎𝑧 −1
Se 𝑦(−1) = 0, sendo 𝒴(𝑧) = 𝐻(𝑧)𝒳(𝑧):
1
𝐻(𝑧) = |𝑧| > |𝑎| (55)
1 − 𝑎𝑧 −1
Esta função do sistema corresponde à equação de diferenças (52) quando
iterada com as condições de repouso inicial. Se 𝑥(𝑛) = 0 ∀ 𝑛:
𝑦[𝑛] = 𝑦[−1]𝑎𝑛+1 𝑛 ≥ −1
Portanto se 𝑦[−1] ≠ 0, o sistema não terá um comportamento linear devido
a que a propriedade de mudança de escala para sistemas lineares diz que
quando a entrada for nula para todo n, a saída deverá ser nula para todo n.
Por exemplo, considerando 𝑥[𝑛] = 𝐴𝑢[𝑛]:
𝐴
𝒳(𝑧) = |𝑧| > 1
1 − 𝑧 −1
A equação para 𝑦[𝑛] com 𝑛 ≥ −1 fica:
20
𝑎𝑦[−1] 𝐴
𝑌(𝑧) = −1
+ (56)
1 − 𝑎𝑧 (1 − 𝑎𝑧 )(1 − 𝑧 −1 )
−1
FINALIZANDO
Nesta Aula estudamos o capítulo 3 do livro. Estudamos a transformada z
de uma sequência mostrando que ela é uma generalização da transformada de
Fourier. Verificamos que a transformada z pode convergir onde a transformada
de Fourier não converge. O estudo concentrou-se na própria transformada z e
na transformada z inversa onde tivemos oportunidade de trabalhar tanto no
domínio do tempo discreto quanto na frequência. Foram vistas a propriedades
fundamentais da transformada z assim como sua região de convergência
estudando também as técnicas de transformação inversa. Vimos a relação entre
domínio do tempo e domínio da frequência para sequências estudando a função
do sistema também chamada de função de transferência. Uma parte importante
desta aula foi o estudo de algumas propriedades que facilitam a análise de
sequências (sinais) em tempo discreto.
Para finalizar, cabe lembrar que esta rota de estudo é somente um guia, e
que aluno, além de ler este guia de estudos deve estudar pelo livro texto e pelo
material de leitura obrigatória disponibilizado na Aula.
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REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, M. P. D. Processamento de Sinais. Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas, 2000. Disponivel em:
<www.cbpf.br/cat/pdsi/pps/AulaDeMotivacao.pps>.
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