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MODELO PARA A ENTREGA DAS ATIVIDADES (veja instruções no rodapé)

CURSO: Licenciatura em Letras

POLO DE APOIO PRESENCIAL: Campinas

SEMESTRE: 2°

COMPONENTE CURRICULAR / TEMA: Didática/ Sintetize

NOME COMPLETO DO ALUNO: Cícero Costa Villela

TIA: 20505647

NOME DO PROFESSOR: MILENA COLAZINGARI DA SILVA .

Notas sobre didática: elementos que mais me chamaram atenção.

Processo Histórico – O primeiro ponto que me chamou atenção, em especial na leitura do texto “A
aula na perspectiva da história da educação escolar: percursos da docência” diz respeito à consideração histórica
da organização da sala aula e a relação que esta estabelece com o processo didático. Me chama atenção,
sobretudo, o fato de enquanto aluno tomar a organização da sala como óbvia, como não passível de possuir uma
organização diferente. Colocar isso em uma perspectiva histórica faz com que possamos ver outras
possibilidades de organização e, quem sabe, repensar a que serve a atual forma que as salas de aula possuem.

Ciência – Apesar de ter usado a palavra, eu quero destacar na verdade a noção de saber. O motivo
disso, diz respeito ao lugar que ocupa na escola os saberes cotidianos dos alunos. Aqueles aprendidos na
empiria da vida prática. Isso me estimula a pensar a questão de como articular esses conhecimentos com o
conhecimento científico, como sistematizar didaticamente essas questões para que os alunos e alunas possam
fazer da sala de aula uma extensão de sua vida fora da escola.

Interferências Externas – Apesar de ter participado de vários debates sobre o currículo do curso de
jornalismo, enquanto eu estava na minha primeira graduação, nunca havia me atendado para o fato de que essas
instruções normativas podem muitas vezes ser prisões ao ensino em sala de aula. Obviamente não estou
defendendo aqui a inexistência de um currículo, mas como muitas vezes aceitamos essas interferências de forma
irrefletida. Isso me chama atenção, porque há aqui uma disputa entre os elementos normativos de uma grade
curricular e a autonomia do professor em sala de aula. Há uma disputa entre ambos para adequar esse conteúdo
às realidades das salas de aula. Essa luta também diz respeito sobre a concepção de ensino que está em jogo
no processo de ensino-aprendizagem.

Trabalho Docente – Enquanto aluno eu nunca havia considerado meus professores enquanto
trabalhadores. Os considerava como intelectuais que estavam ali para me ensinar algo. O fato de considerá-los
dessa forma fez com que eu apagasse todas os desafios que esses profissionais tinham na preparação de suas
aulas e nas dificuldades enfrentadas em sala de aula. Isso me chama atenção pelo fato de isso dizer muito sobre
as limitações que esses sujeitos tinham na preparação de suas aulas, não por incapacidade intelectual, mas por
estarem sobrecarregados de trabalho. Isso tem impacto direto na qualidade da aula ministrada.

Educação Política – No fim das contas estamos falando de que a sala de aula é um ambiente político,
no bom sentido do termo. É nela que os conflitos sociais aparecem, bem como as desigualdades sociais e, esses
elementos, refletem diretamente na forma como o professor julga seus alunos (o que e quais são capazes de
aprender e o que e quais não são). Esse é um elemento reprodutor das desigualdades sociais, não porque o
ensino deva ser homogêneo, mas porque normalmente se homogeneíza desconsiderando as capacidades de
outros tantos. Dessa forma, pensar uma didática para todos, mas que leve em conta os elementos específicos
de determinados grupos sociais deve ser um tema a ser levado em conta. Além disso, é preciso que os alunos
também se percebam como agentes políticos da sociedade, pois isso permitirá mudanças num futuro.

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