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requer preparo técnico-científico para que o professor possa conduzir, de forma competente, o processo
de ensino.
Nessa aula trataremos sobre a história da disciplina Didática, com destaque aos séculos XX e XXI.
Primeiramente, vamos pensar no conceito de Didática, entendendo-a, segundo Candau, como “[...]
reflexão sistemática e busca de alternativas para os problemas da prática pedagógica [...]” Ora exaltada,
ora negada (2000, p. 13). Outro ponto a destacar é compreender o papel da Didática sempre considerando
o contexto educacional e político-social em que está situada.
Do que a Didática foi sendo historicamente acusada:
São de que seu conhecimento quando não é inócuo (crença de que o domínio do conteúdo, por si só,
seria o suficiente para fazer um bom professor) é prejudicial (pela alienação em relação a seu trabalho –
postura acrítica).
Nessa direção e, tendo como referência os estudos de Candau, coloca-se em pauta os seguintes pontos:
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Técnica: consiste na ação intencional, sistemática, organizada. Ênfase ao aspecto objetivo e racional.
Político-Social: impregna toda a prática pedagógica.
Na busca pela multidimensionalidade a autora propõe a superação de uma visão reducionista, dissociada
ou justaposta no que tange a relação entre as diferentes dimensões e, em paralelo, defende a articulação
outra em grau de importância, ou seja, as três são igualmente relevantes para a constituição da Didática.
Retrospectiva histórica da Didática no século XX:
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Didática, restam apenas duas alternativas: a busca por uma receita ou a denúncia do próprio campo da
Didática.
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Entretanto o que Candau nos apresenta é uma terceira possibilidade ao campo da Didática, seja como
disciplina nos cursos de formação de professores, seja como área de conhecimento que proporcione uma
prática docente de melhor qualidade, que consiste na construção de uma Didática que ela denomina como:
Didática Fundamental. Tal Didática representa, nada mais, nada menos, do que a reciprocidade e
Em complemento as ideias de Candau, Luckesi (2000), na mesma obra “A Didática em Questão”, nos coloca
como sendo propósito da Didática, a formação do educador. E, em paralelo à formação do professor,
destaca a busca dos docentes por uma prática que o autor denomina de desejável.
MOMENTO DE REFLEXãO:
Parando um pouco nesse conceito, pensem sobre isso: O que seria, para você, um professor com
uma prática docente desejável? E, ao inverso, aquele com prática docente entendida como não
desejável? Rememore sua trajetória na escola básica: Quais professores estariam dentre os que
tiveram uma prática desejável e quais os que tiveram uma prática não desejável? Quais suas
características, posturas, atitudes, linguagens para ser enquadrado em uma dessas categorias, em
outras palavras: o que fizeram, o que disseram, como se ensinaram? Reflita sobre estas questões.
Voltando as concepções de Luckesi (2000), o autor utiliza o termo educador por considerar seu papel
fundamental no desenvolvimento e execução de um projeto histórico que esteja voltado para o homem,
como autor e ator. Sob essa perspectiva, o educador será um construtor da história na medida em que
agir conscientemente para isso. O que só reitera a ideia da docência como ato intencional, planejado, com
Como docentes precisamos resistir aos contextos de trabalho que nos induzem a ser meros
reprodutores, para que assim possamos, efetivamente, agirmos como profissionais “reflexivos,
autônomos e críticos”. Atenção: não é possível formar alunos críticos e pensantes se seus professores
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não o forem.
Com vistas a práticas docentes mais reflexivas, sugere-se aqui que a Didática, nos cursos de formação de
professores, busque superar o que denominamos aqui de “pontos críticos da Didática”:
Bom, chegamos ao final desse tópico. Espero que tenham gostado. Procurem desenvolver os exercícios
propostos e, surgindo alguma dúvida, não deixe de esclarecê-las com seu professor.
Referências Bibliográficas:
CANDAU, Vera Maria. A didática e a formação de educadores. Da exaltação à negação: a busca da
relevância. In: CANDAU, Vera Maria (org.). A Didática em Questão. 18 ed. Petrópolis: Vozes: 2000, p. 13-24.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2013.
LUCKESI, Cipriano Carlos. O papel da didática na formação do educador. In: CANDAU, Vera Maria (org.). A
Didática em Questão. 18 ed. Petrópolis: Vozes: 2000, p. 25-34.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A prática pedagógica do professor de Didática. 5 ed. Campinas: Papirus,
2000.
ATIVIDADE FINAL
cada tipo de ação que ele vai produzir. Além disso, para ele, é preciso se
C. Educador como objeto e com postura passiva, não traz interferências negativas para o processo de
aprendizagem.
D. Educador como sujeito é aquele que possui postura ativa, além de construir de forma consciente o
desenvolvimento da sociedade.
A. Considerar o aluno como um ser passivo, atribuindo caráter dogmático aos conteúdos de ensino.
B. Valorizar o vínculo entre professor e aluno, bem como as reflexões sobre as formas de ensino que
considerem o saber dos seus/suas alunos/as.
C. Basear-se na consciência da capacidade de pensamento do ser humano como mero reprodutor de
ideias e práticas que lhe são exteriores.
D. Focar apenas na dimensão técnica-instrumental, uma vez que sua formação deve centrar-se no
saber fazer.
REFERÊNCIA
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