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Resumo
Danielly Scaranello Nunes Santana1
Nelson Lourenço Maia Filho2
A placenta prévia consiste na implantação placentária no segmento inferior,
Lenir Mathias3
distando no máximo 7 cm do colo do útero. Ao aderir-se diretamente ao miométrio, denomina-se placenta
acreta; ao estender-se mais profundamente, placenta increta, e ao invadir a serosa uterina ou órgãos adjacentes,
Palavras-chave
percreta. A incidência de placenta prévia varia de 0,3 a 1,7%, e a incidência do acretismo varia de 1:540 a
Placenta acreta
Bexiga urinária 1:93.000 partos. Essa com acretismo é relacionada à alta morbimortalidade materna e, maior necessidade de
Histerectomia terapêutica transfusional; a complicações durante a cesárea e à infecção. O acretismo é diagnosticado por
ultrassom, ressonância magnética e, ultrassom com Doppler. A adequada detecção do acretismo permitirá o
Keywords
planejamento da via de parto e das medidas de segurança, com consequente redução da mortalidade materna.
Placenta accrete
Urinary bladder Feito o diagnóstico antenatal de acretismo placentário e invasão da bexiga, a conduta será a cesárea eletiva às 35
Hysterectomy semanas com posterior histerectomia total abdominal, sempre com necessidade de uma equipe multidisciplinar
(anestesistas, obstetras, cirurgião vascular intervencionista e urologista).
Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) – Jundiaí (SP), Brasil
1
Residente do Departamento de Tocoginecologia da FMJ – Jundiaí (SP), Brasil
2
Professor Titular de Obstetrícia da FMJ – Jundiaí (SP), Brasil
3
Professora Emérita da Obstetrícia da FMJ – Jundiaí (SP), Brasil
Endereço para correspondência: Danielly Scaranello Nunes Santana – Rua Maestro Francisco Farina, 55 – apto. 41B – Vila Progresso –
CEP 13202-250 – Jundiaí (SP), Brasil – E-mail: dany.fmj@terra.com.br
Santana DSN, Maia Filho NL , Mathias L
aumentem a possibilidade de exposição a fatores predispo- do que os acima citados, provavelmente em razão do maior
nentes do acretismo (trauma, infecção)7,9,10(B). número de partos operatórios.
• Uso de drogas ilícitas e tabagismo5,7,12(B). A placenta prévia incide mais entre as gestantes idosas e
multíparas, na proporção de 1:300 partos entre 20 a 29 anos,
Dentre os fatores placentários, estão incluídos: placenta 1:100 partos nas mulheres próximas dos 35 anos e, 1:50 partos
prévia anterior, endometrites e, curetagem prévia5,7,12(B). E, naquelas de 40 anos. Outros estudos encontraram uma incidência
entre os uterinos: de 54,6% das placentas prévias em mulheres de 26 a 35 anos, e
• sinéquias; 72,7% naquelas com dois ou mais partos14,15(B).
• adenomiose; Quanto à variedade de tipos de placenta prévia, as estatísticas
• miomas; são contraditórias e refletem, na maioria das vezes, a falta de pre-
• pequeno intervalo interpartal; cisão na definição e identificação de tais variedades. Entretanto,
• cesárea anterior e número de cesáreas anteriores: o primeiro torna-se importante fazer a distinção entre os diferentes tipos
obstetra a sugerir a existência de uma relação entre cicatriz de dessas, uma vez que os resultados materno-fetais são piores nos
cesárea e o subsequente desenvolvimento da placenta prévia casos de placenta prévia centro-total, quando comparados aos
foi Bender em 195413(B). A presença de cicatriz uterina no de centro-parcial, marginal ou lateral. Parece ser mais frequente
segmento inferior, de alguma maneira, atrairia a implantação o acretismo na centro-total6(B).
baixa da placenta. Provavelmente nas cesáreas de repetição, A prevalência do acretismo aumentou significativamente
com inúmeras cicatrizes, o endométrio do segmento inferior, nos últimos 50 anos, encontrando-se citações de que ocorre em
naturalmente delgado, teria maior dificuldade em sofrer 1:540 a 1:93000 partos. Este fato está relacionado ao aumento
processo de decidualização, favorecendo o acretismo7,12(B). do número de cesáreas, multiparidade, miomectomias, descola-
Ananth, Smulian e Vintzielos publicaram uma metanálise mento manual da placenta, endometrites ou curetagens prévias
com 15 trabalhos e confirmaram a associação de cicatriz e embolização de miomas1,6(B).
uterina de cesáreas anteriores, com aumento da incidência
de placenta prévia4(A). Importância
Estudos atuais procuram ajustar os resultados tendo em conta Além da alta mortalidade materna, a morbidade também é
os fatores de risco e os confundidores, verificando maior incidên- bastante elevada de até 20%, associada ao choque hemorrágico;
cia de placenta prévia na presença de cesárea anterior, mas não terapêutica transfusional; complicações da cesárea e infecção8,17(C).
de tal magnitude como nos trabalhos inicialmente realizados, No acretismo, a extensão da área placentária muitas vezes é
os quais não consideram variáveis importantes que poderiam desconhecida, por falta de conhecimento da doença e/ou pela
confundir as conclusões como idade materna, multiparidade e falta de preparo dos profissionais na pesquisa dessa entidade. A
história obstétrica. Entretanto, cesáreas sucessivas associam-se adequada detecção do acretismo e da extensão da invasão mio-
mais frequentemente à placenta prévia, do que ao acretismo. Para metrial permitirá adequado planejamento da via de parto e das
confirmar esta assertiva, são necessários estudos epidemiológi- medidas de segurança, com consequente redução da mortalidade
cos multicêntricos. É provável que existam múltiplas variáveis materna. É exigido nesta situação, potencialmente dramática,
maternas e/ou placentárias envolvidas, interagindo entre si e tratamento com abordagem multidisciplinar2,7(C).
predispondo ao acretismo na placenta prévia.
Sintomatologia
Incidência
O diagnóstico precoce e preciso da placenta prévia e dos fatores
A incidência de placenta prévia varia de acordo com a po- de risco é importante, pois nos faz pensar na possibilidade de
pulação estudada, com os critérios e recursos diagnósticos, com acretismo. A hemorragia no terceiro trimestre constitui, quase
a definição utilizada e os critérios de classificação. De maneira sempre, em um sintoma peculiar de placenta prévia. Mas, muitas
geral, sua frequência em relação ao número total de partos varia vezes, a perda sanguínea pode não ocorrer e o diagnóstico será
de 0,3 a 1,7%, considerando-se apenas placenta prévia com feito na dificuldade de extração da placenta durante a dequitação,
sintomatologia clínica7,14(B). No Brasil, os índices são maiores o que causará maior morbidade ou mortalidade materna1,7(C).
Muito cuidado deve-se ter na variedade centro-total, dada A dificuldade na definição da acuidade da RM foi devido a
a frequente associação com acretismo placentário. Embora esta utilização de um protocolo com baixa resolução, alto tempo de
patologia de difícil diagnóstico clínico seja rara, ela pode ser aquisição (três minutos), o que elevava o número de artefatos com
confirmada por ultrassonografia. O acretismo com envolvimento os movimentos fetais e, respiratórios e peristaltismo intestinal
da bexiga raramente é diagnosticado antes do parto, mas, al- materno. Entretanto, as fases dinâmicas permitiram uma boa
gumas vezes, pode produzir sinais ou sintomas resultantes da distinção entre placenta e miométrio. A placenta é definida
invasão de estruturas adjacentes, como hematúria em pacientes como um hipersinal homogêneo na cavidade uterina, mas não
com envolvimento da bexiga9,10(C, B). foi possível diferenciar o vilo corial da decídua basal.
Em 1997, Marcos et al., usando contraste, verificaram que a
Diagnóstico placenta normal no terceiro trimestre exibe um realce lobular, o
qual permite a diferenciação do vilo corial. No segundo trimes-
O diagnóstico de acretismo e os problemas a ele associados tre, a placenta apresenta um realce heterogêneo sem a definição
dependerão do local da inserção placentária, profundidade de de lóbulos21(B). Em 2001, com o mesmo intuito, Tanaka et al.
penetração no miométrio e número de cotilédones envolvidos. conseguiram distinguir as duas partes da placenta: os múltiplos
A adequada detecção do acretismo e da sua real extensão de focos lobulares contrastados e o realce ao redor dos lóbulos22(B).
invasão permitirá um parto planejado, com mais segurança e O realce precoce da face fetal da placenta permitiu a identificação
menor risco operatório. do acretismo placentário. Assim, definiram-se dois critérios de
No segmento inferior, o acretismo é diagnosticado por diagnósticos da placenta acreta na RM:
imagem ultrassonográfica, ressonância magnética, US com • afilamento e descontinuidade da decídua basal da parede
Doppler colorido e power Doppler. O US é ainda a modalidade miometrial16,22 (B);
mais acessível16,18(B). • na fase dinâmica, o realce precoce dos vasos tortuosos
Os critérios utrassonográficos de suspeita de acretismo pla- saindo da porção fetal para a face materna da placenta e
centário são:- adelgaçamento da zona hipoecoica retroplacentária atingindo o miométrio delineado com a utilização de fases
(ausência do espaço sonolucente subplacentário - decídua ba- mais precoces.
sal);- lacunas vasculares irregulares;- irregularidade da espessura
do miométrio basal com áreas finas e outras mais espessas ou As sequências rápidas apresentaram ótima resolução da ima-
ausentes e;- presença de vasos tortuosos invadindo o miométrio, gem por serem rápidas e de alta resolução espacial, permitindo
interior da placenta e parede vesical. A avaliação pelo US indica caracterizar a parede miometrial23,24(B). A RM dinâmica é uma
sensibilidade de 75%, especificidade de 14%, valor preditivo técnica promissora para o diagnóstico pré-natal e o uso de com-
positivo de 50% e valor preditivo negativo de 33%18(B). postos com gadolíneo como contraste melhora a caracterização
No Doppler colorido destacam-se: distância menor que 1 da placenta acreta. Entretanto, existe as desvantagens do custo
mm entre a interfase serosa uterina e a interfase da bexiga e elevado e a necessidade de aparelhagem complexa23,24(B).
os vasos retroplacentários19. Atualmente, recentes avanços na A cistoscopia pode ser indicada para avaliar paciente com
ultrassonografia, com Doppler colorido e power Doppler, per- hematúria e risco de acretismo, mas a confirmação pela biópsia
mitem o estudo dos vasos e a mensuração da velocidade e fluxo é totalmente contraindicada. Há um caso descrito de uma pa-
do sangue placentário. Os padrões de pulsatilidade venosa, asso- ciente com seis cesáreas anteriores e com hematúria, avaliada por
ciados à presença de lacunas venosas e ao fluxo venoso complexo cistoscopia e biópsia; a biópsia resultou em profusa hemorragia,
retroplacentário, são considerados critérios doplerfluxométricos necessitando cesárea-histerectomia e ressecção de porção da
para placenta acreta20(C). bexiga para o controle desta10(B).
A ressonância magnética (RM) é útil na imagem obstétrica. As placentas devem ser encaminhadas para exames anatomo-
Os tecidos moles são claramente visíveis, caracteriza-se mais pre- patológicos. O diagnóstico positivo para acretismo é a presença
cisamente a massa uterina e, avalia-se o espaço retroperitoneal. O de tecido miometrial aderido à placenta, a não distinção adequada
sinal de acretismo placentário apresenta-se como um hipersinal entre miométrio e placenta e a perda da membrana basal. São
placentário invadindo o miométrio. Porém, a RM não aumenta frequentes as anomalias da placenta: marginada, circunvalada,
a possibilidade do diagnóstico de acretismo, sendo esta uma membranácea, fenestrada, lobo suscenturiado e anomalias de
modalidade de escolha na placenta corporal e posterior18(B). inserção do cordão (inserção marginal ou velamentosa).
balões. Com a obstrução dos vasos uterinos, há redução acen- Complicações pós-operatórias
tuada do sangramento.
As principais complicações desta técnica são: hemorragias
Cuidados durante a cirurgia e formação de hematomas, infecção do trato urinário, lesão de
Não fazer trajetos desnecessários com a agulha para que bexiga, tromboflebites, síndrome de Ogilvie, sangramento
vasos miometriais não sejam perfurados e que haja consequente para a cavidade peritonial e, no retroperitônio, complicações
formação de hematomas; lembrar que a embebição gravídica pulmonares, infecção da incisão abdominal, deiscência da
facilita o descolamento da serosa visceral e a visibilidade dos incisão e morte materna. Estas complicações passaram a ser
ureteres, entretanto há maior friabilidade e edema das estruturas menos frequentes com o uso dos balões. Ainda há dúvidas
anexiais e, das paredes vesical e vaginal; qualquer tração firme se a colocação do cateter e do balão arterial seria a melhor
pode dilacerar os tecidos; pressão com compressas reduz o san- conduta25(B).
gue venoso; evitar as tentativas de controle da hemorragia por As complicações pela passagem do balão arterial são: obstru-
clampeamento indiscriminado no local de sangramento. ção aguda periférica da luz de um segmento arterial, advinda de
Os vasos devem ser individualizados, livres de tecido circundante. trauma vascular pelo cateterismo arterial, ou embolia arterial
Na presença de sangramento e hematoma do ligamento largo, a aguda por fragmentos de cateteres e guias metálicos utilizados.
ligadura dos vasos uterinos será extremamente difícil. Énecessário É importante, no pós-operatório, a verificação desta possível
ter em mente que, no útero grávido, os vasos são hipertrofiados, complicação. A referência de dor súbita no membro, seguida
e devem ser duplamente ligados para maior segurança. de resfriamento, alteração da cor da pele como palidez e cianose
Deve-se realizar a histerectomia tradicional até o segmento exigem tratamento de urgência, pois a persistência de isquemia
inferior. Observada a invasão da bexiga, o urologista passa a intervir levará à alteração da sensibilidade e motricidade, por lesão de
de maneira a liberar a bexiga. Cistectomia parcial é feita se houver nervo periférico e da musculatura.
intensa aderência causada pela invasão do tecido placentário. A obstrução da artéria femoral ou das ilíacas pode resultar
As complicações intra-operatórias incluem: sangramento em hipóxia grave de grande massa muscular e em preocupante
excessivo e, nesse caso, algumas vezes a ligadura de uma ou ambas síndrome compartimental, com lesão neurológica irreversível.
ilíacas internas se faz necessária (a decisão da ligadura da ilíaca São importantes os cuidados pós-operatórios, realizados pelo
interna deve ser imediata, a demora para sua realização levará a vascular, o qual deverá fazer imediata heparinização, embo-
maior sangramento); sangramento pélvico por causa da extensa lectomia, o mais precocemente possível, com anestesia local e
circulação colateral, já que o sentido da corrente sanguínea de paciente no próprio leito. Na síndrome compartimental deve
seus ramos será invertido; ooforectomia uni ou bilateral devido ser feita a revascularização o mais precocemente, por fasciotomia
ao sangramento excessivo; coagulação intravascular disseminada; imediata, a fim de preservar as estruturas lesadas. Essa é uma
secção ou transfixação de um dos ureteres, que podem ser evitadas condição decorrente do aumento da pressão em espaço anatômi-
com a passagem profilática de um “stent” uretral duplo J. co confinado, levando ao prejuízo da circulação sanguínea que
Após a liberação do segmento inferior, completa-se a his- compromete a função e viabilidade dos tecidos contidos neste
terectomia. Nem sempre é fácil encontrar a transição entre o espaço (nervo periférico e da musculatura).
colo e a vagina, mas os reparos cervicais iniciais serão úteis A negligência ou não observância da assistência correta e
neste momento. São necessárias a perfeita e segura hemostasia rápida, são acompanhadas, quase sempre, de óbito materno. A
e a drenagem da cavidade abdominal. histerectomia abdominal é um tratamento heroico.
Após a cirurgia, os balões devem ser desinsuflados, revisa- Com o número cada vez maior de cesáreas, principalmente
se novamente a hemostasiae os cateteres serão removidos na as eletivas, provavelmente essa grave situação será cada vez
ausência de sangramento. Após sua remoção, fazer compressão mais frequente. É sugerida a profilaxia com a diminuição do
manual das artérias femorais por cinco ou mais minutos. O número de cesáreas e/ou evitando os prolongamentos indevi-
acretismo deve ser confirmado pelo exame anatomopatológico dos da incisão uterina, com consequentes lesões das artérias
da peça cirúrgica. uterinas.
Leituras suplementares
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