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Propriedade e indicações

As sementes de gergelim contêm uma grande variedade de princípios nutritivos de


alto valor biológico:
Lipídios ou gorduras (52%), praticamente todos eles constituídos por ácidos graxos
insaturados, o que lhes confere uma grande eficácia na redução do nível de3 colesterol
no sangue.

Dentre as gorduras do gergelim, encontra-se a lecitina, que é um foso-lipídio (gordura


fosforada) que desempenha uma importante função no nosso organismo. E componente
essecial do tecido nervoso, também se encontra no sangue, no sêmen e na bílis e
intervém na função das glândulas sexuais.
A lecitina é um poderoso emulsionante, que facilita a dissolução das gorduras em meio
aquoso. Uma das suas funções no sangue consiste em manter dissolvidos os lipídios em
geral, especialmente o colesterol, evitando assim que se deposite nas paredes das
artérias (arteriosclerose). O gergelim é, juntamente com a soja, o vegetal mais rico em
lecitina.
Proteinas (20 %) de alto valor biológico, formadas por 15 aminoácidos diferentes com
elevada proporção de metionina (aminoácido essencial).

Vitaminas, especialmente a E (tocoferol), a B1 ou tiamina (0,1 mg por 100 g) e a B2 ou


riboflavina (0,24 mg por 100 g).

Minerais e oligoelementos diversos especialmente cálcio, fósforo, ferro, magnésio,


cobre e cromo.

Mucilagens, ao que deve sua ação laxante suave.

Maneiras tradicionais de preparar o gergelim

Além de torrar as sementes, existem três outras maneiras de preparar o gergelim,


com as quais também se aproveitam as suas proriedades:
Óleo de gergelim: Pode-se usar como qualquer outro óleo vegetal. É muito estável e
pouco sujeito a criar ranço.
Tahine: É uma pasta muito saborosa quese obtem moendo as sementes de gergelim.
Substitui com vantagem a manteiga ou a margarina.
Gersal: Pasta formada por 14 ou 15 partes de gergelim torrado triturado uma de sal
marinho. Também é conhecido pelo nome de sal de gergelim. Além das suas
propriedades medicinais, é um excelente condimento muito popular nos países orientais.

Uso interno

Podem-se comer as sementes de gergelim cruas ou ligeiramente torradas. Parra isso,


primeiro colocam-se de molho em água e, depois de terem repousado por uns 15
minutos, passam-se por um coador, com cuidado para não despejar o que estiver
assentado no fundo. Deste modo se eliminam as pedrinhas e a terra que possam conter.

Em seguida, torram-se em uma panela, mexendo-as constantemente com uma colher de


pau, para evitar que se queimem. Guardam-se em um frasco de vidro, e tomam-se 2 ou
3 colheres de café depois do café-da-manhã e do almoço.

Sinonímia científica: Sesamum arientale L.


Outros nomes: jerxelim, gingilim
Portugal: matuta, ocota, gergelim, gingelim, gerzelim, jorgelim.
Esp.: sésamo, ajonjolí, aljonjolí, ajonjolé, alegria, jijirí, haholí.
Fr.: sésame
Ing.: sesame
Partes utilizadas: As sementes.

Habitat

Amplamente cultivado nos países do Oriente Médio e na Índia de onde é originário.


Atualmente, a sua cultura estende-se a outras regiões tropicais e subtropicais da
América, da África e dos países mediterrâneos.

Descrição

Planta herbácea da família das Padaliáceas, que atinge até 1,5 m de altura. As flores são
brancas, rosa ou púrpura. Os frutos são cápsulas pubescentes que contém várias
sementes achatadas de 2 a 5 mm de comprimento, que normalmente tem cor castanha;
embora também existam brancas, vermelhas ou pretas, segundo as variedades.

Fonte: www.aboissa.com.br

Gergelim

Origem e Histórico

É uma das espécies vegetais mais antigas cultivadas pelo homem.

O local de sua origem é incerto podendo situar-se entre Ásia e a África. De Candolle
afirma ser o gergelim originário da ilha de Sonda (África), segundo Caminhoá o
gergelim provem da Ásia e da África e, para outros autores, o gergelim é originário
apenas da Ásia. Os principais centros de origem e difusão são a Etiópia (centro básico) e
Ásia (Afeganistão, Índia, Irã e China).
A planta do gergelim é cultivada desde a antigüidade; no Egito, tempo dos faraós, já se
aproveitava o gergelim para obtenção do óleo, os impérios entre os rios Tigre e Eufrates
(Ásia Menor) cultivavam comercialmente o gergelim, os orientais – notadamente os
indianos- consideravam as sementes do gergelim quase sagradas.
Chegou ao Brasil (Nordeste) trazido pelos portugueses no século XVI; aí foi plantado,
tradicionalmente, como ” cultura de fundo de quintal ” ou em pequenas áreas – de
separação de glebas – chamadas de terreiros. O produto obtido – grãos – era consumido,
a nível de fazendas, e havia raros excedentes para comercialização.

Usos do Gergelim
O principal produto do gergelim é o grão (semente). Seu uso vai da culinária à medicina
e à indústria farmacêutica e de cosméticos à porções afrodisíacas. Os grãos são
comestíveis, fornecem óleo e farinha, contem vitaminas A, B, C, e possuem bom teor de
cálcio, fósforo e ferro (grãos pretos são mais ricos em cálcio e vit. A).
Os grãos claros, tostados, dão farinha muito nutritiva; esta novamente tostada e passada
numa centrífuga transforma-se em um tipo de manteiga conhecida como tahine (de
grande uso entre os árabes); o gergelim preto é usado no preparo do gersal (gergelim +
sal) que se constitui num dos temperos básicos da culinária e substância da medicina
macrobiótica e integral, considerado alimento ideal para tirar a acidez do sangue, para
aumentar a atividade e o reflexo cerebral, para combater as doenças venéreas e para
fortalecer a pele.
Na culinária caseira usa-se o grão como tempero e dele extrai-se farinha usada como
massa para biscoitos, bolachas, bolos, pães e pastas.

O uso do gergelim ainda se dá por:


Confecção de balas e torrões (gergelim + açúcar mascavo).
Salada de brocoli + gergelim (brocoli + gergelim + suco de limão) Halawe (doce de
gergelim) apreciado pelas colônias árabe e judaica. 
Óleo de gergelim (extraído do grão) é semelhante ao óleo de oliva e utilizado para o
tempero de saladas, para fabricação de doces, balas, de afins. 
No prato japonês composto de acelga ao molho de shoyu e gergelim. 
Torta de gergelim – subproduto da extração do óleo – destinada à alimentação dos
homens e dos animais domésticos.
Plantado em consórcio com o algodoeiro o gergelim ajuda a controlar o bicudo.

As sementes

As sementes gergelim são pequenas, achatadas, coloração variando do branco ao


preto; os teores médios dos componentes encontrados em 100 g. de grão
são: (5,4%), calorias (563), proteínas (18,6), óleo (49,1%), carboidratos totais (21,6%),
fibras totais (6,3%), cinzas (5,3%), cálcio (1.160mg), fósforo (616mg), ferro (10,5mg),
sódio (60mg), potássio (725mg), vit. A (30 UI), tiamina (0,98mg), riboflavina (0,23mg),
niacina (5,4mg); 1.000 sementes pesam, em média, 2,59 gramas.

O óleo

O óleo de gergelim tem teores altos de ácidos graxos insaturados, de proteína


digestível, e de sesamol (2%); além do mais o óleo possui grande resistência à
rancificação por oxidação (propriedade atribuída ao sesamol).

A torta
A torta de gergelim tem alto teor de proteína (39,77%), baixo teor de fibras (4,7%);
obtida por prensagem (método Expeller) dos grãos a torta ainda possui 8,2% de
umidade, 12,8% de óleo, 22,8% de carboidratos e 11,8% de cinzas.

Clima

O gergelim é considerado planta tropical e subtropical; vem sendo cultivado em quase


todos os países de clima quente e em zonas temperadas (mais amenas, até 16ºC). O
gergelim distribuiu-se, no mundo, entre as latitudes de 25 º N e 25 º S mas pode ser
encontrado medrando na China, na Rússia e nos EUA.
A altitude da zona de plantio não deve ultrapassar a 1.250m. (para a maioria das
cultivares), a temperatura média do ar deve estar entre 25ºC e 27ºC (notadamente para
germinação, para manter crescimento/desenvolvimento da planta e para manter altos os
teores de sesamina e sesamolina). A planta requer 2.700 unidades de calor (graus
térmicos) por 3-4 meses, chuvas leves de 400 a 650mm./ano bem distribuídas – 160 a
180mm. no primeiro mês de vida -, brilho solar por 12 a 14 horas/dia (10 horas de
preferência);baixas altitudes (próximas ao zero) e boa luminosidade são interessantes
para o gergelim.
O gergelim é considerada planta resistente à seca; Weis 1971 (citado pela
Embrapa), idealizou a distribuição das chuvas para o gergelim da seguinte
forma: 35% do total de chuvas da germinação ao aparecimento do primeiro botão
floral, 45% durante o período da floração e 20% no início da maturação.

Solos

O gergelim prefere solos profundos – 0,6m. a acima – com textura franca, bem


drenados e de boa fertilidade natural (macro e micronutrientes) e nunca solos salinos. A
planta pode crescer/desenvolver-se em tipos diversos de solos sem atingir a plenitude
observada nos solos preferenciais. Os solos devem apresentar reação neutra – pH
próximo a 7 – não tolerando, a planta, aqueles com pH abaixo de 5,5 ou acima de 8, é
extremamente sensível à salinidade e alcalinidade (por sódio trocável). Em regiões
semi-áridas do Nordeste (Seridó, Cariri, Sertão) os solos são razoáveis para o cultivo da
planta que é considerada esgotante do solo sendo sensível ao encharcamento e a
saturação hídrica do solo.
Plantio

O gergelim deve ser propagado, comercialmente, por sementes; por serem pequenas


elas devem ser lançadas em solo bem preparado objetivando-se facilitar a emergência
das plantinhas, promover seu estabelecimento rápido e evitar a competição de ervas.
Preparo do Solo: Pelo pequeno produtor é feito via uso do cultivo (operação contra
indicada); o preparo “convencional” – uma a duas arações e uma a duas gradagens –
feito por médios e grandes produtores é inadequado para as condições tropicais.
Para o preparo indica-se:
Preparo com solo seco: Inicialmente fazer trituração e pré-incorporação de restos
culturais e plantas daninhas tardias através de grade aradora; em seguida realiza-se uma
aração de 20-30cm. de profundidade plantando-se no seco ou no início do período
chuvoso.
Preparo com solo úmido: Tritura-se e incorpora-se restos culturais e plantas daninhas
com uso de grade leve ou niveladora; 7 a 15 dias após incorporação realiza-se uma
aração com arado de aiveca. Evitar uso de grade aradora ou muito pesada.
Épocas de plantio: Para cultivares de ciclo longo (4-6meses) recomenda-se o plantio
no início das chuvas; para cultivares de ciclo longo fazer plantio
Semeadura
A semeadura pode ser realizada em sulcos contínuos, à mão ou mediante o emprego de
semeadoras adaptadas. Há semeadora manual bastante simples e de fácil construção;
consta de uma lata de óleo de soja de um litro, com um furo no fundo e acoplada
(amarrada) a uma haste de madeira própria para o plantio em covas. Ela abre a cova
(ponta da madeira) e semeia (6-10 sementes) simultaneamente. Não utilizar sulcos com
profundidade acima de 3cm.; segundo o espaçamento adotado gasta-se 1 a 3 quilos de
sementes para semear um hectare.

Deve-se plantar em período tal que o amadurecimento/colheita das plantas ocorra em


período seco (sem incidência de chuvas sobre as capsulas abertas).

Os espaçamentos recomendados para o Nordeste brasileiro – onde o fator limitante é


água – são de 100cm. entre fileiras – com uma planta a cada 20cm. na fileira para
cultivares que se ramificam – e 60-70cm. entre fileiras – com uma planta a cada 20cm.
na fileira – para cultivares que não se ramificam e de ciclo curto. Para cultivares de
ciclo médio a curto e de habito de crescimento ramificado – policaule – tem-se obtido,
preliminamente, rendimentos satisfatórios com configurações envolvendo fileiras duplas
– 170cm. x 30cm x 10cm. (100 mil plantas/hectare).

Adubação
O gergelim é considerado planta esgotante de solos; de uma maneira geral, para fins de
adubação, recomenda-se retirar amostras de solo, na profundidade de 0-20cm. por áreas
uniformes do terreno a plantar e enviá-las a laboratório para análise. Caso análise
indique fósforo disponível acima de 10 ppm dispensar o uso de adubação fosfatada; se o
teor de matéria orgânica for superior a 2,6% não se recomenda o uso de fertilizantes
nitrogenados.
Cultivando gergelim em solos desgastados – sem restauração da fertilidade via
adubação orgânica e/ou inorgânica -, os rendimentos obtidos deverão ser baixos.
Salienta-se que é preferível colocar gergelim em sistema de rotação cultural – com
milho e algodão herbáceo – em solos adubados no ano anterior.

Tratos Culturais

Desbaste: para atender à recomendações referentes aos espaçamentos e densidades de


plantio é necessário proceder-se ao raleamento ou desbaste no campo; este deve ser
feito em duas etapas e com solo úmido:
Primeira: Plantas com 4 folhas – deixa-se 4-5 plantas por unidade de espaçamento
dentro da fileira;
Segundo: Plantas com 12-15cm. de altura – em desbaste definitivo-deixa-se uma a duas
plantas por unidade de espaçamento dentro da fileira.
Controle de ervas daninhas: gergelim é planta de crescimento inicial lento; o preparo
do solo já auxilia no controle de ervas quando é feito com trituração/incorporação e
aração com terreno úmido. Além disso usa-se métodos mecânicos – enxada ou
cultivador – ou métodos químicos – herbicidas -.
Os cultivos mecânicos devem ser superficiais e realizados logo no início (plantas jovens
são vulneráveis à ação do cultivador). Os equipamentos devem operar superficialmente
no máximo a 4cm. de profundidade.
No caso de herbicidas os produtos comerciais deverão ser, em sua maioria, aplicados
em pré-emergência (PRE) em solo úmido; para uso desses químicos deve-se levar em
conta a textura do solo, (areia, barro, argila) e o teor de matéria orgânica. Caso a
população de ervas for mista – folhas largas + folhas estreitas usar mistura de herbicidas
(graminicida + latifolicida). Testes com produtos químicos demonstraram que, em
condições de sequeiro ou de irrigação, o Alachlor (3-4 kg/ha) e o Diuron (1,1 kg/ha) ,
ambos em PRE da cultura e ervas, foram os herbicidas mais eficientes.

Pragas do Gergelim
Lagarta enroladeira: Antigastra catalaunalis, Lepidoptera. É a principal praga de
cultura, exige controle sistemático em lavouras extensas ou em áreas tradicionais de
cultivo notadamente em anos de pouca chuva.
O adulto fêmea é um inseto – mariposa – amarelo-castanho que efetua postura na face
inferior da folha; dois a cinco dias após surgem larvas – lagartinhas – branco-
amareladas (mais tarde passam a verde-amareladas) que dobram o limbo da folha no
sentido longitudinal e se alimentam da face dorsal. Em ataques severos as lagartas
abrem galerias no ápice da planta e nas cápsulas (frutos) reduzindo drasticamente a
produção de grãos.

O controle deve ser feito antes da frutificação – fases anteriores – com duas aplicações
em pulverização com agroquímicos à base de carbaryl (Carvim, Sevin) ou deltametrina
(Decis).

Saúvas
Atacam a fase inicial do desenvolvimento do gergelim; em áreas recém-desmatadas
deve-se efetuar o controle com produtos formicidas.
Cigarrinha Verde
Empoasca sp., Homoptera. Inseto transmissor de viroses e da filoidia para
o gergelim notadamente quando existem feijoeiros e malváceas (guanxumas e
vassaourinhas) contaminados nas cercanias. O inseto adulto mede 3-5mm. de
comprimento, tem cor verde, possue asas. São saltadores magníficos, as formas jovens
são verde-claras, sem asas e deslocam-se lateralmente com movimentos rápidos.
Todos sugam a seiva das folhas e estas e plantas atacadas apresentam-se verde-
amareladas, bordas das folhas enrolados para baixo e ramos com cor verde-pálida.
O controle pode ser feito através de aplicação de agroquímicos à base de Tiometom ou
Pirimicarb.

Pulgão Aphis sp., Homoptera


Praga de importância principalmente em culturas conduzidas sob irrigação e/ou
consorciadas com o algodoeiro. O adulto é um inseto pequeno, de corpo mole,
reproduz-se sem concurso do macho em locais quentes, vive em colônias sugando a
seiva da face interior de folhas, brotos e ramos tenros. Plantas atacadas apresentam
folhas brilhosas com o aspecto “melado” característico (deposição de fezes na face
inferior).

Vaquinhas Amarelas (besourinhos)- Coleoptera


São problemas nos 30 dias iniciais de desenvolvimento da lavoura quando provocam
orifícios ovalados nas folhas. Podem ser controlados com malatiom, carbaryl,
deltametrina.

Mancha Angular: agente causador de doença- fungo Cylindrosporium sesami,


Hansford: das principais moléstias, causa sérios prejuízos à planta; atinge, por vezes,
100% das plantas, afetando folhas. Produz lesões angulares quadráticas ou retangulares
e irregulares, cor parda ou parda-escura, mais claras na face inferior da folha. Embora
existam nas duas faces as estruturas do agente estão mais presentes na face superior. O
fungo ataca, com mais intensidade as folhas baixas (mais velhas) que caem desfolhando
a metade inferior da planta. O agente é propagado de local a local por sementes
infectadas.
O controle é feito por:
Uso de cultivares resistentes à doença;
Pulverização com fungicida à base de sulfato de cobre quando as plantas atingirem 25-
30cm. de altura; 
Uso de sementes sadias, livres do agente, obtidas de plantas sadias e tratamento de
sementes com fungicidas à base de carbendazim ou tiofanato metílico.
Podridão Negra do Caule
Agente causador fungo Macrophomina phaseolina (Tassi) Gold: ocorre com
severidade causando grandes prejuízos à planta; no caule e ramos aparecem lesões de
coloração marrom-claro que podem circundá-lo ou estender-se longitudinalmente até
próximo ao ápice da planta. Plantas atacadas podem secar e morrer posteriormente. O
controle passa por cultivares resistentes.
Murcha de Fusario
Agente causador da doença – fungo Fusarium oxysporum: aparece em quase todas
as regiões onde se cultiva o gergelim; através corte transversal do caule pode-se
observar o enegrecimento dos tecidos do sistema vascular das plantas que, com esses
sintomas murcham, secam e morrem. Doença ocorre desde estágio de plântula até a
maturação.
O controle é feito pelo uso de sementes livres do agente, por rotação de culturas e por
uso de variedade resistente (a Aceitera).

Virose
Plantas afetadas podem ficar atrofiadas mostrando áreas cloróticas ou de cor amarela
intercaladas com áreas verdes na superfície foliar. A doença pode ser transmitida pela
cigarrinha verde.

Filoidia
Caracteriza-se pelo encurtamento dos internós e pela proliferação abundante de folhas e
ramos na parte apical da planta afetada, que exibe um aspecto de envassouramento. Por
transformação dos órgãos florais em folhas há esterilidade da planta. A moléstia é
transmitida por enxertia e por insetos pasídeos.

Rotação de Culturas
A rotação de culturas promove benefícios na produtividade e redução de pragas
no gergelim e lavouras que entrarem no sistema de rotação.
Os seguintes esquemas são preconizados por Silva(citado pela Embrapa) a
saber: feijão-gergelim, milho-gergelim-milho, mamona-amendoim-gergelim.
Cannechio Filho 1972(citado pela Embrapa) salienta que as melhores culturas para a
rotação com o gergelim são milho e algodão herbáceo.

Colheita/Rendimento

Colheita
Segundo as condições ambientais e a cultivar o gergelim completa o seu ciclo entre 3 e
6 meses. Por apresentar frutos deiscentes – que se abrem naturalmente na maturação (e
deixam cair as sementes que se perdem) na maioria das cultivares – a colheita do
gergelim requer cuidados. Por ocasião da colheita as cápsulas devem estar maduras sem
estarem abertas.
Para se realizar uma colheita bem feita deve-se:
Saber a duração do ciclo da cultivar (variedade). 
Determinar a época do corte em função da ocorrência do amarelecimento das folhas,
hastes e frutos. 
Observar o momento do inicio da abertura dos frutos da base da haste – nas cultivares
deiscentes que indica o momento exato do inicio da colheita.
A colheita pode ser feita manual ou mecanicamente; na manual as plantas são cortadas
na base e amarradas em feixes pequenos de 30cm. de diâmetro para que as plantas,
protegidas das chuvas, fiquem empilhadas com os ápices (parte de cima). Hastes e
frutos já secos devem ser levados a um terreiro cimentado ou o piso com lona, feixes
virados de cabeça para baixo, o operário deve bater com um pedaço de madeira para
liberar os grãos de gergelim para o piso protegido.

Recolhe-se os grãos, faz-se abanação (retirada de folhas e pedaços de galhos), coloca-se


o lote para secagem ao sol. A exposição das cápsulas abertas às chuvas (umidade)
provoca o escurecimento dos grãos e sua depreciação comercial do produto; para se
evitar isso deve-se sincronizar a época de plantio e o ciclo da cultivar para colher-se na
época de estiagem.

Rendimentos
Sessenta (60) a cento cinqüenta (150) gramas de sementes ou mais – duzentos (200)
gramas – de grãos por metro quadrado traduzem em bom rendimento da lavoura; As
cultivares neste artigo relacionadas podem render 2.000kg/ha de grãos – lavouras
irrigadas – e 500-1.000kg/ha (lavouras de sequeiro). Cultivar CNPAG 2 produz
600kg/ha (sem adubação) e 1.000kg/ha (com adubação).

Fonte: www.seagri.ba.gov.br

Gergelim
Gergelim
É uma das espécies mais antigas cultivadas pelo homem.

Pertencente à família Pedaliaceae, sua origem continua incerta: alguns autores


acreditam que é Asiática, outros Africana. No entanto sua apreciação como condimento
e alimento requintado e energético, na antiga Mesopotâmia, Índia, Egito, China e Grécia
era unânime.
Estimativas do ano de 96 apontavam que a área cultivada girava em torno de 6 milhões
de hectares, sendo que a Ásia e África detinham cerca de 90% da área plantada. A Índia
participava com cerca de 37% e a China com 12% da área plantada.

No Brasil, o gergelim passou a ser cultivado comercialmente no Nordeste do Brasil a


partir de 1986, quando foram estruturados mecanismos de fomentos nos Estados do
Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e desenvolvidos projetos de pesquisa com a
cultura. Inicialmente com os programas de fomento objetivava-se apresentar, ao
segmento agroindustrial oleaginoso, uma alternativa para redução da produção do
algodão nordestino provocada por vários fatores como seca, deficiência de crédito, juros
elevados, preço baixo pago ao produtor e o bicudo e, também, fornecer ao pequeno
produtor uma outra opção de cultivo.
Com o incentivo inicial, a área plantada em 1985 que era de 1000 hectares evoluiu em
1988 para 7000 hectares. Nos anos 90, o Brasil tinha 20 mil ha plantados e produzia
cerca de 13 mil toneladas de Gergelim. Atualmente, em função da falta de
financiamento para cultura e falta de estrutura para comercialização, os produtores do
Nordeste continuam plantando o gergelim como cultura de fundo de quintal.
Propriedade e indicações

As sementes de gergelim contêm uma grande variedade de princípios nutritivos de


alto valor biológico:
Lipídios ou gorduras (52%): Praticamente todos eles constituídos por ácidos graxos
insaturados, o que lhes confere uma grande eficácia na redução do nível de 3 colesterol
do sangue. Dentre as gorduras do gergelim, encontra-se a lecitina, que é um foso-lipídio
(gordura fosforada) que desempenha uma importante função no nosso organismo. E
componente essencial do tecido nervoso, também se encontra no sangue, no sêmen e na
bílis e intervém na função das glândulas sexuais.
Proteinas (20 %): De alto valor biológico, formadas por 15 aminoácidos diferentes
com elevada proporção de metionina (aminoácido essencial).
Vitaminas, especialmente a E (tocoferol): A B1 ou tiamina (0,1 mg por 100 g) e a B2
ou riboflavina (0,24 mg por 100 g).
Minerais e oligoelementos:
Diversos especialmente cálcio, fósforo, ferro, magnésio, cobre e cromo. 
Mucilagens, ao que deve sua ação laxante suave.
Fonte: www.drashirleydecampos.com.br

Gergelim

Gergelim – Sesamum indicum

Gergelim
Existem três tipos de sementes de gergelim: as de cor branca, marrom e preta, sendo
que a última apresenta mais características medicinais. O óleo de gergelim comumente
utilizado é composto das três variedades.
O gergelim apresenta o sabor doce, característica neutra e ação principal no fígado e
nos rins, nos quais aumenta a essência (Yin) e fortalece as funções. Igualmente tem
efeito tonificador sobre o sangue.

Indicações para o uso do Gergelim

Tonifica o fígado e os rins


Umedece os cinco órgãos
Fortalece os tendões e os ossos
Tonifica o estômago e os intestinos
Acalma o Qi do fígado
Clareia a visão
Refresca o sangue
Libera os efeitos tóxicos do calor
Tônico geral, principalmente após hemorragias
Deficiência de Qi baço/ pâncreas e dos rins
Fortalece os membros inferiores
Combate dores lombares e de joelhos, impotência sexual; reumatismos
Evita a queda e branqueamento precoce dos cabelos.
O gergelim é rico em vitamina A, B1, B2, E, niacina, cálcio, fósforo, ferro, fibras e,
principalmente, em óleos, dos quais 40% é constituído de ácido linoléico, ácido
linolênico, ácido oléico e outros.
O óleo de gergelim, largamente utilizado, deve ser empregado nas frituras vegetais,
pois esta combinação evita a perda da essência dos mesmos. Também deve ser
empregado para aqueles que fazem dieta exclusiva de vegetais, na qual faltam os óleos,
principalmente os essenciais.
Dentre as gorduras poliinsaturadas contidas no óleo de gergelim, algumas são
essenciais (ácido linoléico e ácido linolênico). O uso de óleo de gergelim é, portanto,
importante, uma vez que o nosso organismo é incapaz de sintetizar esses ácidos graxos,
que são indispensáveis no transporte de gorduras do sangue, promovendo assim a
limpeza de gorduras saturadas sangüíneas, responsáveis pela hipercolesteroremia.
Gergelim
Gergelim e o Sistema Digestivo
O gergelim umedece e lubrifica os intestinos. Esta ação deve-se à presença de ácido
linol presente na casca de gergelim, aumentando o peristaltismo intestinal, o trânsito do
bolo alimentar e ativando a circulação sangüínea ao nível da parede intestinal. Desta
maneira evita a prisão de ventre e as hemorróidas. Nas gestantes com prisão de ventre
em que o uso de laxativos é contra-indicado, deve-se tomar sopa de gergelim para
solucionar este inconveniente.
Gergelim e a Energia dos Rins
O gergelim nutre e fortalece a energia dos rins, aumentando, conservando e repondo a
essência sexual.
Age sobre o coração, através dos rins, evitando as taquicardias. Conserva e nutre os
cabelos evitando o branqueamento precoce, pois normaliza a função da melanina.

Associando-se o gergelim à papa de arroz integral, promove-se o aumento da lactação,


pelo efeito já conhecido sobre a Energia do Canal Curioso do Vaso da Concepção.
Gergelim e a Energia do Fígado
O gergelim é utilizado para aumentar a acuidade visual, quer seja diurna, quer seja
noturna, que é promovida pela presença de vitamina A.
A partir dos 45 anos, quando começa a diminuição da acuidade visual, é aconselhável
ingerir gergelim de modo rotineiro.

Outra ação é sobre a hiperexcitabilidade do nervo periférico levando ao quadro de


neurite. O gergelim também tem ação antinflamatória dos nervos periféricos.
Gergelim e o Sangue
Nutre o sangue e aumenta a produção pela presença de ferro. Também atua aumentando
a resistência da parede dos vasos sangüíneos e fortalecendo todas as células do corpo.
Óleo de Gergelim
Apresenta sabor doce, característica refrescante, ligeiramente frio. Tem ação principal
no intestino grosso.

Tem as funções de umedecer a secura, de favorecer o peristaltismo intestinal, de


neutralizar as toxinas, de ser fortificante de Qi e de sangue, pois conserva as
propriedades dos grãos de gergelim. É um meio ideal para retirar as vitaminas
lipossolúveis dos vegetais
Fonte: www.velhosamigos.com.br

Gergelim

Gergelim
Atualmente tem-se grande demanda por alimentos e o gergelim pode ser uma
importante fonte de produção de óleo de excelente qualidade e de proteína de elevado
valor biológico, tanto para o homem quanto para os animais domésticos.

Origem

O Sésamo ou Gergelim (Sesamum indicum L.) da família Pedaliaceae, é a


oleaginosa cultivada mais antiga do mundo: há mais de 4000 anos, na Assíria e na
Babilónia, era já uma oleaginosa altamente cotada. Originária provavelmente da África
tropical, é atualmente cultivada extensivamente nas mais variadas Latitudes (Oplinger et
al., 1990; Ram et al., 1990 ; Simon et al., 1984).
Características

Planta herbácea de aproximadamente 1 metro de altura. Caule simples. Flores branco-


arroxeadas, em forma de corneta, em espigas compridas. Sementes oleaginosas.

As sementes do gergelim possuem entre 50 e 70% de óleo de sabor suave e


praticamente inodoro.

É um óleo importante devido ao seu baixo teor em colesterol e alto teor em ácidos
graxos poli-insaturados: cerca de 47% de ácido oleico e 39% de ácido linoleico.
O óleo de sésamo tem uma elevada estabilidade que lhe é conferida pela presença
de três anti-oxidantes naturais: ‘sesamolina’ ‘sesamina’ e ‘sesamol’ (Ram et al., 1990).

Uso doméstico

Seu pó pode ser usado em canapés, pães, biscoitos, quentão, cremes, pudim; para
tempero de aves, carne de porco, peixes, saladas de frutas. bolos de especiarias, pé-de-
moleque e cocada nordestina, massas de torta e patê e em caldos (pitada).

Uso medicinal

O óleo de gergelim é de elevado poder nutritivo, tônico nervino, consumido no mundo


inteiro como alimento. Para as mulheres tem efeitos abortivos e em geral é laxativo.
Tem ação afrodisíaca. O seu óleo raramente fica rançoso. Aplica-se nas dores
reumáticas e tumores. Ainda é recomendado nas queimaduras, dor de ouvido e clisteres.
Também ajuda a prevenir a sede.

PLANTIO

O plantio pode ser manual ou mecânico, via uso de plantadeiras, a tração humana ou
animal. Deve-se colocar pouca semente para evitar que se faça de dois a três desbastes
ou raleamento. A Embrapa Algodão aperfeiçoou uma plantadeira manual feita com uma
lata de óleo e uma madeira, que pode ser usada pelos pequenos produtores. A
quantidade de sementes deve ser entre 2,0 a 3,0kg/ha.
PRODUÇÃO

O Brasil, atuamente, produz cerca de 15 mil toneladas em 20 mil hectares plantados,


com rendimentos em torno de 650 kg/ha. O cultivo comercial está situado,
principalmente, no Estado de São Paulo

UTILIZAÇÃO

É utilizado em culinária, para temperar saladas, no fabrico de margarinas e em


pastelaria. É também utilizado no fabrico de sabões, perfumes, tintas, na indústria
farmacêutica, e no fabrico de pesticidas (Oplinger et al., 1990; Ram et al., 1990, Simon
et al., 1984).

A torta de sésamo, depois de extraído o óleo, é utilizado como um excelente fornecedor


de proteína (34 a 50%) nas rações para animais e aves. É também rico em metionina e
triptofano (Ram et al., 1990; Simon et al., 1984).

Além de óleo, as sementes de sésamo contêm também cerca de 25% de proteína e são
ricas em cálcio (1.3%). São utilizadas na indústria de panificação, em pastelaria e outras
indústrias alimentares.

Fonte: www.ruralbioenergia.com.br

Gergelim
Gergelim
Existem dúvidas sobre a origem exata do gergelim: África ou Índia. Mas há 5000
anos já era utilizado na China, sendo ainda considerado estrangeiro.
Hoje, o gergelim nasce em vários países: Índia, China, Burma, México, Paquistão,
Turquia, Uganda, Sudão e Nigéria. Na maioria deles, a produção é consumida
domesticamente. Menos no Sudão e na Nigéria, principais exportadores.
Há muitas variedades (branca, castanha ou preta), que saem das cápsulas das sementes
quando estão maduras. Devido à tendência de se dispersarem, as sementes
de gergelim destinadas ao comércio são colhidas ainda verdes, e perfeitamente contidas
dentro das cápsulas.
A semente, embora pequena, é muito rica, contendo 50% de óleo, que é extraído para
uso culinário.

O nome gergelim foi registrado como sesemtem aproximadamente 1500 a.C., no papiro


de Ebers (um rolo de 20 metros de papel, sobre ervas antigas e temperos, descoberto
pelo famoso egiptólogo alemão Ebers). Os chineses usavam óleo de gergelim ardente
como fuligem para tinta de escrever.
As sementes e seu óleo foram por muito tempo usados na culinária. Escravos da África
levaram a semente de gergelim para a América e a Índia Ocidental, na convicção de que
traria sorte para eles.

USOS
A partir de uma pasta espessa de sementes de gergelim moídas, obtém-se o tahine, que
é freqüentemente adicionada a molhos que acompanham aperitivos e sanduíches, ao
estilo Oriente Médio, e pode ser utilizada para aromatizar pratos de vegetais e frutas.
Vai bem em pães, bolos, biscoitos, feijão verde, arroz, carne e massas.
Fonte: www.fernandovillasboas.com.br

Gergelim

Nome científico: Sesamum indicum


Família: Pedaliáceas
Outros nomes: sésamo, mafuta, ocota, gingelim, gerzelim, jorgelim.
Apresentação
As sementes podem ser encontradas desidratadas, inteiras, trituradas sob a forma de
pasta de Tahine ou em óleo. As sementes devem ser levemente tostadas antes de usar.
Elas estão prontas quando começam a saltar.

Usos

O mais comum é a utilização de sementes de gergelim polvilhadas em bolos e pães,


como a semente de papoula. Na Síria e no Líbano, ele é misturado com sumagre e
tomilho para fazer o condimento zatar. Gergelim é um ingrediente chave na Halva,
confeccionado no Médio Oriente, onde as sementes são trituradas e prensadas em
blocos com diversos doces ou nozes. Gergelim, em sua forma triturada, tahine, é
amplamente utilizada em todo o Oriente Médio e Mediterrâneo.
É o responsável pelo aroma característico do homus, do molho de kebab e é muitas
vezes misturado com limão e alho para fazer um pão dip – um aperitivo árabe muito
popular por lá. No México, seu óleo é chamado ajonjoli e é frequentemente usado para
cozinhar. O gergelim preto aparece com frequência na culinária chinesa, japonesa e
coreana, onde carnes ou peixe são envoltas pelas sementes antes de cozinhar, para dar
crocância ao prato.

Curiosidades
É muito rico em proteínas; suas gorduras polinsaturadas são utilizadas na produção de
margarinas e óleos de cozinha. Também é usado como ingrediente de sabonetes,
cosméticos, medicamentos e lubrificantes. Elas irrompem de cápsulas uma vez por ano
e, para evitar que o vento as carregue, são colhidas ainda verdes. Para o preparo do
gersal, é só moer em liquidificador 10 partes degergelim ligeiramente tostado com 1
parte de sal moído. Isso pode substituir o sal em qualquer preparação.
Fonte: gourmet.ig.com.br

Gergelim

Gergelim
Amplamente cultivado nos países do Médio Oriente e na Índia, de onde é originário.

Atualmente, a sua cultura estende-se a outras regiões tropicais e subtropicais da


América, da África e dos países mediterrâneos.

DESCRIÇÃO
Planta herbácea que atinge até 1,5 m de altura. As flores são brancas, cor-de-rosa ou
púrpura. Os frutos são umas cápsulas pubescentes que contêm várias sementes
achatadas de 2 a 5 mm de comprimento, que normalmente têm cor castanha; embora
também as haja brancas, vermelhas ou negras, segundo as variedades.

REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

O gergelim é uma planta oleaginosa cultivada desde tempos antiquíssimos. Na


Mesopotâmia, na Índia, no Egipto, na China e na Grécia, as suas sementes eram muito
apreciadas como condimento e como alimento requintado e energético.
No túmulo de Ramsés III (século XIII a.C.) pode ver–se num fresco a maneira como os
egípcios já adicionavam gergelim à massa do pão.
Atualmente continua a ser de uso popular em países orientais e americanos, onde
inclusivamente se prepara com ele uma bebida semelhante à orchata, que as mulheres
tomam para facilitar a secreção láctea quando amamentam.

PROPRIEDADES E INDICAÇÕES

As sementes de gergelim contêm uma grande variedade de princípios nutritivos de


alto valor biológico:
Lípidos ou gorduras (52%), praticamente todos eles constituídos por ácidos gordos
insaturados, o que lhes confere uma grande eficácia na redução do nível de colesterol no
sangue. Entre as gorduras do gergelim encontra-se a lecitina, que é um fosfolípido
(gordura fosforada) que desempenha uma importante função no nosso organismo. É
componente essencial do tecido nervoso, e também se encontra no sangue, no sémen e
na bílis; e intervém na função das glândulas sexuais.
A lecitina é um poderoso emulsionante, que facilita a dissolução das gorduras em meio
aquoso. Uma das suas funções no sangue consiste em manter dissolvidos os lípidos em
geral, e especialmente o colesterol, evitando assim que se deposite nas paredes das
artérias (arteriosclerose).

O gergelim é, juntamente com a soja, o vegetal mais rico em lecitina.


Proteínas (20%) de alto valor biológico, formadas por 15 aminoácidos diferentes com
uma elevada proporção de metionina (aminoácido essencial).

Vitaminas, especialmente a E (tocoferol), a B1 ou tianina (0,1 mg por 100 g) e a B2 ou


riboflavina (0,24 mg por 100 g).

Minerais e oligoelementos diversos, especialmente cálcio, fósforo, ferro e magnésio,


cobre e cromo.

Mucilagens, a que deve a sua ação laxante suave.

Observando a composição desta pequena semente, não é de estranhar que nos países
orientais ela seja considerada um restaurador da vitalidade e da capacidade sexual.
Entre as suas muitas aplicações, assinalamos as seguintes:
Problemas nervosos: esgotamento nervoso ou mental; stress; perda de memória;
melancolia, depressão nervosa; irritabilidade ou desequilíbrio nervoso; insónia (Œ). É
um excelente complemento nutritivo para quem esteja submetido a uma grande
atividade mental ou intelectual e deseje manter um bom rendimento. 
Sobrecarga física: Prática desportiva, gravidez, lactação, convalescença após
intervenções cirúrgicas ou doenças (Œ). 
Falta de rendimento ou de capacidade sexual, tanto no homem como na mulher (Œ).
Fonte: www.saudelar.com

Gergelim

O gergelim pode ser utilizado como alimento ou como condimento, dependendo dos


pratos em que é empregado e nas quantidades em que dele se utilizam.
A origem do gergelim se perde na História; alguns autores colocam a Índia, outros
como sendo algumas regiões da África. Esta dificuldade se deve ao fato que desde há
muitos séculos esta planta é cultivada e levada de uma região a outra pelos seres
humanos. As primeiras citações de cultivo colocam a região da Mesopotâmia, sendo
depois levada para o antigo Egito. Na verdade esta é uma planta que está arraigada na
cultura de vários países tradicionais, mostrando que realmente é de uso muito antigo
pela raça humana.
China, Japão, países árabes, Índia utilizam de maneira intensa tanto as sementes quanto
o óleo extraído delas, o que enriquece a alimentação com fibras, proteínas e vitaminas
A, B, C, e elementos como cálcio, fósforo e ferro.

Foi introduzido no Brasil pelos portugueses, no século XVI, sendo cultivado nos fundos
de quintais mais como curiosidade, não existindo muito comércio. Seu cultivo foi
amplamente difundido pelo Brasil como uma técnica alternativa para combate da
formiga saúva. O que realmente acontece, mas dentro de certos limites.

O gergelim consegue manter a quantidade de formigueiros dentro do aceitável, não os


extingue por completo.
Planta que atinge até uns 2 metros de altura, podendo ser de menor porte , se caracteriza
por apresentar pequenas vagens aderidas no caule. Quando a planta começa a secar,
com muito cuidado corta-se o caule e amarra-se em feixes, colocando de “cabeça para
baixo”, em cima de uma lona limpa em pleno sol. Com o término da secagem, as
sementes começam a cair e com leves sacudidas todas as sementes se desprendem da
vagem e caem na lona. Depois é só peneirar e abanar.

O gergelim é muito empregado na Índia para fins terapêuticos. É indicado pela


medicina Ayurveda para diminuir a acidez do sangue, fortalecer a pele e principalmente
para aumentar a atividade cerebral. Quem trabalha com a massagem Ayurveda procura
muito o óleo de gergelim, principalmente o preto, para suas massagens. De consistência
pegajosa e aderente parece aumentar os estímulos durante as massagens.
Como podemos empregar o gergelim no nosso dia-a-dia para fornecer fibras para nosso
intestino e fortalecer a atividade mental? Quando estiver refogando o arroz, adicione
uma grande quantidade de gergelim e refogue junto. Quando estiver secando a água do
arroz, mexa para misturar bem o gergelim, pois este normalmente fica por cima por ser
mais leve.
O sabor depois de pronto se assemelha ao arroz com amêndoas. Também se pode
cozinhar juntamente com o feijão, só que neste caso o sabor do feijão irá prevalecer.

Vamos preparar um prato árabe utilizando o gergelim. Pegue grão-de-bico e deixe na


água de molho para hidratar. Com as mãos, retire as casquinhas, leve para uma panela e
cozinhe até ficar macio. Depois de escorrido e frio, coloque o grão-de-bico em um
liquidificador ou processador, adicione alguns dentes de alho, suco de limão, bastante
azeite de oliva um pouco de sal e pasta de gergelim que já compramos pronta com o
nome de Tahine.
Se ficar de consistência muito dura adicione mais azeite. Depois de pronto coloque em
uma pequena vasilha, de preferência de porcelana e cubra com mais azeite. Sirva
acompanhado com pão sírio ou com qualquer outro tipo de torrada. Se quiser deixar
com sabor mais pungente, experimente pulverizar pimenta calabresa por cima, antes de
cobrir com o azeite. O sabor desta base pode ser alterado com o emprego de outros
condimentos, e isto irá depender apenas de criatividade e bom gosto.

Fonte: www.jperegrino.com.br

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