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INTRODUÇÃO

O Estágio Adaptado na Educação Infantil constituiu-se uma etapa de suma


importância para a formação acadêmica e profissional dos futuros docentes,
uma vez que essa vivência implica no processo de ser e tornar-se professor.
Sabemos que na antiguidade a criança era vista como um adulto miniatura,
quer dizer, sendo tratada igual a um adulto. Com o passar do tempo essa
perspectiva toma outro viés, pois a criança já vem sendo considerada um ser
que precisa de cuidados, e de orientação pedagógica que visa o
desenvolvimento educacional. Dessa forma, a educação infantil passou a ser
assegurada por lei a partir da Constituição Federal de 1988, onde prevalece
segundo a LDB, nº 9394/ 96 como a primeira etapa da Educação Básica. A
LDB nº 9394/96 busca assegurar esse direito as crianças de 0 a 6 seis anos de
idade, preocupando-se em fornecer um ensino gratuito. Ou seja, a criança tem
garantido o direito da formação no âmbito educacional. Para o desenvolvimento
da criança na instituição é necessário o acompanhamento e orientação do
profissional docente, e que esse tenha uma formação sólida e qualificada, quer
dizer, é imprescindível que o graduando (a) construa na formação acadêmica
os conhecimentos teóricos e saiba relacioná-los com a prática, possibilitando
desse modo, conhecer as especificidades dessa modalidade como outras. O
professor precisa ter conhecimentos especializados, saberes e competências
específicas, adquiridos por meio do processo de formação acadêmica. O
desenvolvimento de competências e habilidades não acontece em um relance,
mas é um processo contínuo que visa o domínio de um contexto macro no qual
a educação se efetiva e vai culminar com o contexto micro da sala de aula. Na
perspectiva de Campos, Competência é a capacidade de mobilização de
recursos cognitivos, afetivos e emocionais que ocorre numa situação
determinada, situada e que se manifesta em situações reais, imprevisíveis,
inusitadas e contingentes. Habilidades referem-se ao domínio do fazer com
eficiência. No entanto, esses aspectos não garantem ao docente uma formação
emancipadora, entendendo que o professor precisa de autonomia,
aprofundamento e aperfeiçoamento do conhecimento, e relacionar o domínio
apenas por competências e habilidades não garante uma formação crítica e
reflexiva, pois é construindo e valorizando essa formação na prática, que os
professores terão o ensejo de desenvolver saberes. Para que o professor seja
considerado um bom profissional é indiscutível relacionar alguns aspectos a
sua prática. Como envolver valores, atitudes e conhecimentos, como ele
ensina, as expectativas sociais sobre a importância da escolarização, o que
ensinar, o que devem fazer e saber. Dessa forma, é fundamental que o
professor compreenda o contexto educativo como um espaço propício a
produção e construção de saberes onde pode ocorrer a descoberta de
elementos que estão inter-relacionados a prática educativa, como atores ativos,
ambiente proveniente de saberes diversos, a possibilidade de ambos os atores
interagirem através do diálogo, dentre outros aspectos, ou seja, o fazer docente
presente neste lócus propicia a interação e construção de competência e
habilidades. Nesse sentido, os (as) graduandos (as) ao longo da experiência
vivenciada podem se indagar sobre o real papel do professor, ou seja, é um
questionamento importante porque possibilita o ator/autor, compreender que a
função do professor repercute diretamente na análise de sua formação o que
nos faz refletir sobre o tema, uma vez que essa função não se refere somente
à atuação direta em sala de aula, mas se amplia para também contemplar
outros conhecimentos. É dessa afirmação, que emerge a compreensão do real
sentido do papel do professor, ou seja, consiste em ser ator do contexto micro
da sala de aula, como também orientador do contexto que está inserido,
pesquisador da sua formação e prática. Na articulação dessa formação,
corrobora que a atuação do graduando deve comportar um conhecimento
específico, um compromisso ético e moral e a necessidade de dividir a
responsabilidade com outros agentes sociais. O presente trabalho realizou-se
na escola. Para tanto, propomos como objetivo analisar nossas experiências
enquanto graduando (a) na regência da Educação Infantil. E, para maior
compreensão desse estudo foi utilizado como aportes teóricos, LDB (1996),
dentre outros. Com a definição do objetivo seguimos as etapas para a
operacionalização do estudo: primeiramente foi realizado um encontro para a
observação da escola. Utilizamos quatro encontros para o acompanhamento
das atividades propostas em sala de aula pelo professor efetivo. Concluídas
essas etapas foram realizadas a regência que se constituiu em doze encontros
onde vivenciamos momentos de descobertas e incertezas na trajetória de ser e
tornar-se professor. Chamo a atenção para A necessidade de reconhecer
dimensões essenciais da vida, relacionadas ao “tornar-se professor”: o contato
com o novo e com o desconhecido, dentro e fora de cada um. Ao falar de
estágio curricular, trago, pois, para o primeiro plano, o humano do ser e do
fazer-se professor. Com base no autor supracitado, percebemos que tornar-se
professor é um processo de autoconhecimento onde tivemos a oportunidade de
descobrir novos horizontes dentro e fora do pessoal e profissional, uma vez
que ser professor precisa da harmonia do eu (ator com histórias de vida,
valores, crenças) e do profissional relacionados no vim a tornar-se e ser
professor. Dessa forma, o Estágio Supervisionado na Educação Infantil foi uma
etapa imprescindível para nossa trajetória, uma vez que contribuiu no processo
de autoconhecimento, possibilitando agregar valores e saberes nessa
modalidade, como também construir um olhar investigativo da nossa prática.

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