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Caixa de Mudanças

Conteúdo

Princípios básicos de funcionamento ............................................................................................ 3


Conceito de Torque ............................................................................................................................................... 3
Conceito de Transmissão de Movimento ............................................................................................................... 4
Cálculo da relação de redução ............................................................................................................................... 4
Relação de redução com Grupo Anteposto (GV) ..................................................................................................... 6
Relação de redução com Grupo Planetário (GP) ...................................................................................................... 7
Engrenamento de marcha com sincronização ......................................................................................................... 7
Caixa de Mudanças ZF 16S-1650 ............................................................................................... 8
Dados Técnicos ............................................................................................................................. 8
Esquema pneumático 16S-1650 aplicada no veículo LS1938 ...................................................... 9
Esquema eletropneumático 16S-1650 aplicada no veículo1938 S .............................................. 11
Vista explodida árvore secundária .............................................................................................. 12
Ajuste da folga axial da árvore primária ..................................................................................... 13
Ajuste da folga axial da árvore intermediária .............................................................................. 14
Ajuste da folga entre as árvores primária e secundária .............................................................. 15
Verificação do limite de desgaste dos anéis sincronizadores ...................................................... 16
Verificação da folga axial dos anéis-trava ................................................................................... 16
Regulagem da posição da barra seletora do grupo desmultipliador ............................................ 17
Grupo planetário ......................................................................................................................... 18
Vista explodida grupo planetário................................................................................................. 19
Valores de ajuste grupo planetário ............................................................................................. 20
Ajuste do rolamento de saída do GP ........................................................................................... 20
Tabela de apertos ....................................................................................................................... 21
Caixa de Mudanças ZF S6-1550 ............................................................................................... 22
Dados Técnicos ........................................................................................................................... 22
Vista explodida árvore secundária .............................................................................................. 23
Ajuste da folga axial da árvore primária ..................................................................................... 24
Posicionamento da capa do rolamento do eixo intermediário ...................................................... 25
Ajuste da folga axial da árvore intermediária .............................................................................. 26
Ajuste da folga axial da árvore secundária ................................................................................. 27
Ajuste da folga de sincronização da 5a marcha .......................................................................... 28
Ajuste da folga de sincronização da 6a marcha .......................................................................... 29
Verificação do limite de desgaste dos anéis sincronizadores ...................................................... 30
Valores de apertos e temperaturas de montagem ...................................................................... 31

Global Training. 1
Caixa de Mudanças

2 Global Training.
Caixa de Mudanças

Princípios básicos de funcionamento


As funções de uma caixa de mudanças são as seguintes:

- Possibilitar a adoção de reduções variáveis às diferentes condições de marcha;


- Inverter o sentido de rotação no caso da marcha-à-ré;
- Possibilitar um ponto de neutro;
- Possibilitar a instalação de tomadas de força como exemplo betoneiras, caçambas, bombas e
outros.

Para entender o funcionamento de uma caixa de mudanças, temos antes que conhecer alguns
princípios de funcionamento que estarão descritos a seguir.

Conceito de Torque
Ao lado temos uma figura que representa uma
força (medida em Newton) aplicada em uma cha-
ve colocada em um parafuso. Do ponto de apli-
cação desta força até o centro da cabeça do
parafuso temos uma distância (medida em
metros).
O conceito de torque se define como sendo o
produto desta força (Newton) pela sua distância
(Metros).

Exemplo:
Se for aplicada uma força de 50 N em uma dis-
CAT001.JPG tância de 1m da cabeça do parafuso teremos:
Torque = Força x Distância
Torque = 50 N x 1 m
Torque = 50 Nm

Em uma engrenagem, cada dente opera como


“alavanca”. Portanto, através de engrenagens
maiores ou menores altera-se a “alavanca” e,
conseqüentemente o torque.
Quanto maior a distância do centro do eixo até
o dente da engrenagem (ponto de aplicação da
força) maior será o torque.
Quanto menor a distância do centro do eixo até
o dente da engrenagem (ponto de aplicação da
força) menor será o torque.

CAT003.JPG

Global Training. 3
Caixa de Mudanças

Conceito de Transmissão de Movimento

Em um par de engrenagens, sempre temos a


engrenagem motora e a engrenagem movi-
da.
A que aciona é denominada “motora” e a que
é acionada é denominada “movida”.
O número de dentes dessas engrenagens,
bem como seus respectivos diâmetros, de-
terminam a “relação de redução entre elas,
tanto em termos de torque como de veloci-
dade.

cat004.jpg

Cálculo da relação de redução


A relação de redução é o fator que determina o Torque e a Rotação de saída em uma transmissão
por engrenagens. O cálculo da relação de redução é feito da seguinte forma:

Relação de redução = nº de dentes da engrenagem movida


nº de dentes da engrenagem motora

Exemplo:

Tendo a engrenagem motora com 9 dentes e a


09 dentes movida com 18, temos :
18 dentes
Relação de redução = 18 / 9 2 :1
Relação de redução = 2
A cada duas voltas da engrenagem motora temos
uma volta da engrenagem movida.

Para cálculo de rotação e torque:

Tendo 1000 rpm (rotação) na engrenagem motora


temos na movida:

cat004.jpg * 1000 / 2 = 500 rpm

* 100 x 2 = 200 Nm

Concluímos que de uma engrenagem menor para uma engrenagem maior, temos uma redução
de rotação e um aumento de torque de acordo com a relação de redução entre elas.

4 Global Training.
Caixa de Mudanças

Relação de redução em conjuntos

Quando o conjunto de engrenagens de uma transmissão for formado por dois ou mais pares de
engrenagens, o cálculo da relação de redução será o seguinte:

cat006.jpg

Neste exemplo, a rotação de entrada é seis vezes maior que a rotação de saída e o torque de
entrada é seis vezes maior na saída.

Global Training. 5
Caixa de Mudanças

Relação de redução com Grupo Anteposto (GV)

cat014.jpg

O grupo anteposto (GV) é uma outra relação de par de engrenagens constantes aplicada em
caixas de mudanças de 16 velocidades, como por exemplo a ZF 16S-1650.
Este também tem a finalidade de trabalhar com a relação de redução do conjunto, reduzindo ou
aumentando a mesma.
Na figura acima temos ilustrado o fluxo de força em cada uma das relações.

6 Global Training.
Caixa de Mudanças

Relação de redução com Grupo Planetário (GP)


Planetárias
Anelar
Além de toda redução feita pelos conjun-
tos internos de uma caixa de mudanças,
ainda temos a possibilidade da instalação
de um Grupo Planetário (GP).
Este grupo planetário é instalado na saída
da caixa de mudanças (saída a árvore se-
cundária) e tem por finalidade reduzir a
relação de transmissão do conjunto.

Para cálculo da relação de redução do


GP deve-se aplicar a seguinte fórmula:

R = nº de dentes da solar + nº de dentes da anelar


nº de dentes da solar
Solar

Engrenamento de marcha com sincronização

Durante o deslocamento da luva de enga- Luva de acoplamento Engrenagem secundária


te o anel sincronizador é pressionado con-
tra a engrenagem (corpo de acoplamento).
O atrito entre ambos sincroniza suas rota-
Cubo de sincronização
ções o que facilita o engrenamento de mar-
chas.
Existem algumas caixas de mudanças que
não utilizam anel sincronizador, sendo cha-
madas de caixas secas.

Árvore secundária

Anel sincronizador

Global Training. 7
Caixa de Mudanças

Caixa de Mudanças ZF 16S-1650


Dados Técnicos

Relação de transmissão
Grupo lento:
15,39 / 10,57 / 6,96 / 4,58 / 3,36 / 2,31 / 1,52 / 1,00 / ré 12,44

Grupo rápido:
13,09 / 9,00 / 5,92 / 3,90 / 2,86 / 1,96 / 1,29 / 0,85 / ré 10,59

A última marcha do grupo rápido de relação 0,85 :1 tem o nome de OVERDRIVE, pois a mesma
quando engatada faz com que a rotação de saída seja maior que a rotação de entrada.

Lubrificação

Volume de abstecimento: 16,5 L para


caixa de mudanças e 1,5 L para o sistema
de arrefecimento

Tipo de óleo: Óleo classe MB 235.1 e API


GL-4
Classe de viscosidade SAE 80, 80W, 80W/
85W

OBS.: Considerar a classificação do óleo lu-


brificante de acordo com a “IS de lubrifi-
cantes” mais atualizada.
B26.00-0007-01

1 - Bujão de abastecimento e nível de óleo


2 - Bujão de drenagem de óleo do GP
3 - Bujão de escoamento da caixa principal
4 - Bujão de escoamento do GV

8 Global Training.
Caixa de Mudanças

Esquema pneumático 16S-1650 aplicada no veículo LS1938

cat031.jpg

15 - Pedal da embreagem
19 - Reservatório pneumático
21 - Válvula de acionamento
31 - Válvula pré-seletora
32 - Válvula rele
33 - Cilindro de comando do GV
34 - Cilindro de comando do GP
35 - Válvula de comando do GP
51 - Interruptor para a lâmpada de aviso do GP

Global Training. 9
Caixa de Mudanças

cat018.jpg

O ar do reservatório alimenta o válvula pré-seletora (31), a válvula de acionamento do GV (21) e a


válvula de acionamento do GP (35) localizada no trambulador.
Com a válvula pré-seletora (31) posicionada para baixo, temos ar na entrada de sinal 4 da válvula
rele (32). Quando o condutor do veículo pressiona o pedal da embreagem (15), conseqüentemente
ele aciona a válvula de acionamento do GV (21) que libera ar para a entrada 1 da válvula rele (32)
que por fim aciona o cilindro do GV.
Com a válvula pré-seletora (31) posicionada para cima, a pressão de ar da entrada de sinal 4 da
válvula rele (32) é interrompida. Quando o condutor pressiona novamente o pedal da embreagem
(15), a válvula de acionamento do GV (21) libera ar para a entrada 1 da válvula rele (32) novamente.
E esta por fim como está sem pressão de ar na entrada de sinal 4, vai recuar o cilindro do GV.
Para acionamento do GP, existe no trambulador uma válvula responsável para que de acordo com a
posição da alavanca, libere ar para o cilindro do GP acionando ou desacionando-o.

10 Global Training.
Caixa de Mudanças

Esquema eletropneumático 16S-1650 aplicada no veículo1938 S

Y29 - Válvula de acionamento do GV


Y30 - Válvula de desacionamento do GV
S8 - Interruptor do GV
B2 - Sensor de deslocamento da embreagem
A3 - Módulo de controle FR
P2 - Painel de instrumentos
S3 - Interruptor do GV

Quando colocado o interruptor S3 na posição de marcha reduzida, o módulo de comando A3 envia


um sinal para válvula Y 29 que libera ar para o cilindro de acionamento do GV.
Com o interruptor S3 na posição de marcha simples, o módulo de comando A3 envia um sinal para
a válvula Y30 que libera ar para o cilindro de acionamento do GV.
Para acoplamento do GV, o pedal da embreagem tem que ser acionado em 70% de seu curso. O
sensor B2 é responsável pela verificação do curso da embreagem, se não for o pedal acionado o
suficiente, o módulo não libera sinais para as válvulas Y29 e Y30.
Para acionamento do GP, existe no trambulador uma válvula responsável para que de acordo com a
posição da alavanca, libere ar para o cilindro do GP acionando ou desacionando-o.

Global Training. 11
Caixa de Mudanças

Vista explodida árvore secundária

B26.50-0065-06
2,25, 7 Pista de rolamento
3 Arruela de encosto
4, 8, 19, 23, 39, 28, 26 Rolamento
5 Engrenagem da 1a. marcha
29, 37, 12, 10 Corpo de acoplamento
9,24 Anel-trava
11 Engrenagem da 2a. marcha
13,18,30 Anel sincronizador
14,31 Corpo sincronizador
15,32 Pressionadores
16,33 Molas
17,35 Luva de engate
20 Porca
21 Anel bipartido
22 Anel de segurança
25,39 Rolamento de agulhas
26,28 Rolamento de roletes
27 Engrenagem da 4a. marcha
34 Árvore secundária
36 Anel sincronizador
38 Engrenagem da 3a. marcha

12 Global Training.
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga axial da árvore primária

1 - Colocar uma junta nova de vedação sobre a


semi-carcaça dianteira e medir a distância entre a
junta e a face da pista do rolamento da árvore pri-
mária.

2 - Anotar o valor encontrado como sendo medida


“A”

Obs. Dessa medida deve ser subtraído 0,05 mm


de esmagamento da junta

B26.50-0052-01
3 - Medir a distância entre a face de união da tam-
pa da árvore primária e a superfície de encosto do
rolamento

4 - Anotar o valor encontrado como sendo medida


“B”

5 - Para cálculo:

Medida “B” - (Medida “A”-0,05) = Folga total

A folga axial da árvore primária deve ficar entre


0,00 a 0,10 mm

Espessura dos calços: 0,50 - 0,80 mm (incremen-


B26.50-0020-01 tos de 0,10 mm)

Global Training. 13
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga axial da árvore intermediária

1 - Efetuar com um paquímetro de profundidade


a medida da face da carcaça com a junta até a
face da pista externa do rolamento

2 - Anotar como sendo medida “B” o valor en-


contrado

Obs.: Subtrair da medida “B” 0,05 mm de esma-


gamento da junta

3 - Efetuar com um paquímetro de profundidade


a medida da face da tampa do rolamento até a
B26.50-0034-01
face do rebaixo de apoio do mesmo

4 - Anotar como sendo medida “A” o valor en-


contrado

5 - Efetuar o seguinte cálculo:

Medida “A” - (Medida “B”-0,05) = Folga total

8 - A folga axial prescrita é de 0,10 a 0,25 mm

Espessura dos calços: 1,85 - 3,25 mm (incremen-


tos de 0,05 mm)
B26.50-0035-01

B26.50-0070-01

14 Global Training.
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga entre as árvores primária e secundária

Medida “A”
Colocar uma junta nova na face de assentamento
da carcaça dianteira e medir a distância entre a
face da carcaça e o rebaixo do corpo de acopla-
mento.

Obs. Desta medida deverá ser subtraído 0,05 mm


de esmagamento da junta.

Medida “B”
Medir a distância entre a face da carcaça (sem
B26.50-0059-01 junta) e o ressalto da engrenagem da 4ª marcha.

Para cálculo:

Medida “B” - Medida “A” = Folga total

Adicione um calço para que a folga fique dentro


dos valores prescritos

A folga entre as árvores primária e secundária


deve ficar entre 0,60 a 0,90 mm

Espessura dos calços: 3,40 - 6,20 mm (incremen-


tos de 0,20 mm)

B26.50-0061-01

Global Training. 15
Caixa de Mudanças

Verificação do limite de desgaste dos anéis sincronizadores

1 - Anel sincronizador
2 - Corpo de acoplamento
A - Folga entre o corpo de acoplamento e o anel sincroni-
zador

Limite de desgaste dos anéis da caixa


básica: 0,8 mm

Limite de desgaste dos anéis do GP : 0,8


mm
B26.50-0009-01

Com o anel sincronizador (1) bem assentado sobre o corpo de acoplamento (2), passar o calibre de
lâminas entre eles para determinar a folga existente.
Se o valor for menor ao prescrito, substituir o corpo de acoplamento e/ ou o anel sincronizador.

Verificação da folga axial dos anéis-trava

Folga axial dos anéis-trava: 0,00 a 0,10


mm

Folga axial do anel trava do GP: 0,02 a


0,12 mm

B26.50-0010-01

Com um calibre de lâminas verifique a folga existente entre o anel-trava e o seu alojamento, se o
valor medido for maior que o valor prescrito substitua o anel por um de maior espessura

16 Global Training.
Caixa de Mudanças

Regulagem da posição da barra seletora do grupo desmultipliador

1 - Instalar a placa de ajuste na parte inferior da


da carcaça e apertar a porca o suficiente para que
a barra seletora fique sem folga axial, mas que
possa permitir seu deslocamento radial

Obs. Não montar junta

2 - Regular a folga axial do garfo através dos


parafusos “allen” (1), observando que um parafu-
so faz com que o garfo de acionamento seja
baixado e o outro faz que o mesmo seja elevado

3 - Apertar os parafusos alternadamente de forma


a manter as pastilhas (2) centradas na luva
deslizante

B26.35-0002-02

B26.35-0003-02

Global Training. 17
Caixa de Mudanças

Grupo planetário

B26.50-0048-06

1 Eixo do velocímetro
2 Tampa traseira
3 Semi-carcaça
4 Parafusos de fixação
5 Rolamento da árvore de saída
6 Anéis compensadores
7 Barra seletora
8 Garfo de acionamento
9 Pastilhas
10 Conjunto planetário
11 Pinos-guia
12 Retentores
13 Junta de vedação

Distância entre a face da barra seletora e o garfo de acionamento - 82,9 - 83,1 mm

18 Global Training.
Caixa de Mudanças

Vista explodida grupo planetário

cat029.tif

1 Sem-fim de acionamento do velocímetro


2 Corpo de acoplamento
3 Anel sincronizador
4 Luva deslizante
5 Pressionadores
6 Molas de pressão
7 Corpo sincronizador
8 Anel sincronizador
9,11,15 Anel-trava
10 Placa-suporte
12 Suporte
13 Engrenagem anular
14 Anel intermediário
16 Rolamento de esferas
17 Suporte das engrenagens planetárias

Global Training. 19
Caixa de Mudanças

Valores de ajuste grupo planetário

tab01_16S-1650.jpg

Ajuste do rolamento de saída do GP

1 -Medir a distância entre a face do rolamento a


a carcaça.

2 - Anotar o valor encontrado como sendo medi-


A da “A”

3 - Colocar uma junta nova na tampa e medir a


distância entre a face de união da tampa da ár-
vore primária e a superfície de encosto do rola-
mento

4 - Anotar o valor encontrado como sendo medi-


B26.31-0003-01 da “B”

Obs. Dessa medida deve ser subtraído 0,05 mm


de esmagamento da junta

5 - Efetuar o cálculo:
B
(Medida “B”- 0,05) - Medida “A” = Folga total

Acrescentar calços até que a folga fique dentro


dos valores prescritos.

Espessura dos calços: 0,20 - 0,60 mm (incremen-


tos de 0,10 mm)
B26.31-0004-01

20 Global Training.
Caixa de Mudanças

Tabela de apertos

tab16S-1650.jpg

Global Training. 21
Caixa de Mudanças

Caixa de Mudanças ZF S6-1550


Dados Técnicos

Relação de transmissão
6.98 / 4.06 / 2.74 / 1.89 / 1.31 / 1.00 marcha-à-ré = 6.43

Lubrificação

Volume de abstecimento: 13 Litros + 1,5 Li-


tros do sistema de arrefecimento

Tipo de óleo: Óleo classe MB 235.1 e API GL-4


Classe de viscosidade SAE 80, 80W, 80W/85W

OBS.: Considerar a classificação do óleo lubrifi-


cante de acordo com a “IS de lubrificantes” mais
atualizada.

B26.00-0007-01

1 - Bujão de abastecimento e nível de óleo


2 - Bujão de drenagem de óleo

22 Global Training.
Caixa de Mudanças

Vista explodida árvore secundária

B26.50-0043-06

1 Engrenagem da ré
2 Anel de ajuste
3,12,19 Corpo de acoplamento
4,13,20 Anel sincronizador
5,8,30 Anel-trava
6 Rolamento de roletes
7,21,29 Luva de engate
9,25,31 Corpo sincronizador
10 Pressionadores
11 Molas de pressão
14 Engrenagem da 5a.marcha
15,24 Bucha
16,18,22 Rolamento
17 Engrenagem da 4a. marcha
23 Engrenagem da 1a. marcha
26,35,41 Rolamento
27,33,39 Corpo de acoplamento
28,34,40 Anel sincronizador
32 Engrenagem da 2a. marcha
33.1,33.2 Cones de sincronização
36 Anel-trava
37 Engrenagem da 3a. marcha
38 Corpo sincronizador
42 Árvore secundária

Global Training. 23
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga axial da árvore primária

1 - Medir a saliência do rolamento da árvore pri-


mária.

2 - Anotar como sendo a media “A”.

3 - Montar uma junta nova na tampa e fetuar a


medida da face da mesma até a face de apoio
do rolamento.

4 - Anotar como sendo a medida “B”.

B26.50-0004-01 Obs.: Desta medida deve-se subtrair 0,05 mm


referente ao esmagamento da junta.

5 - Efetuar o seguinte cálculo:

Medida “B” - Medida “A” = Folga total

6 - Acrescentar calços até que a folga fique den-


tro dos valores prescritos.

A folga axial da árvore primária deve ficar entre


0,00 a 0,10 mm

Espessura dos calços: 0,20 - 0,30 mm (incremen-


tos de 0,05 mm)

B26.50-0005-01

24 Global Training.
Caixa de Mudanças

Posicionamento da capa do rolamento do eixo intermediário

Para se obter um perfeito posicionamento do ro-


lamento e da sua respectiva capa no momento
da montagem do eixo intermediário, deve-se efe-
tuar o seguinte procedimento:

1- Medir na tampa traseira a profundidade do


alojamento da capa do rolamento do eixo inter-
mediário (desconsiderar a junta).

2- Posicionar a capa do rolamento de maneira


que fique 2 mm mais alta que o alojamento na
tampa traseira (medida anterior).
B26.50-0017-01
3- Para cálculo:

Medida “B” - Medida “A” = 2 mm

B26.50-0018-01

Global Training. 25
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga axial da árvore intermediária

1 - Bater levemente na pista do rolamento dian-


teiro da árvore intermediária até eliminar a fol-
ga, enquanto é girada a árvore intermediária.

2 - Colocar um junta nova na face de união da


tampa do eixo intermediário com a carcaça.

3 - Efetuar com um paquímetro de profundidade


a medida da face da carcaça até a pista externa
do rolamento. Anotar como sendo a medida “A”.

Obs.: Subtrair da medida “A” 0,05 mm de esma-


B26.50-0015-01
gamento da junta.

4- A medida “A” é referente a folga total exis-


tente, acrescentar calços até que o valor fique
dentro do prescrito.

5- A folga axial prescrita é de 0,10 a 0,25 mm

Espessura dos calços: 1,85 - 3,60 mm (incremen-


tos de 0,05 mm)

B26.50-0016-01

26 Global Training.
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga axial da árvore secundária

1 - Com o auxilio de duas ferramentas especiais


(grampos), efetuar a medida da face do rolamento
até a carcaça da caixa de mudanças. Anotar
como sendo a medida “B”

2 - Colocar um junta nova na face de união da


tampa traseira com a carcaça.

3 - Efetuar a medida da face da junta até a face


de apoio do rolamento. Anotar como sendo a me-
dida “A”.
B26.50-0008-01

Obs.: Subtrair da medida “A” 0,05 mm de esma-


gamento da junta.

4- Efetuar o seguinte cálculo:

Medida “A” - Medida “B” = Folga total

5- Acrescentar calços até que a folga fique den-


tro dos valores prescritos.

A folga axial prescrita é de 0,00 - 0,10 mm

Espessura dos calços: 1,00 - 1,70 mm (incremen-


tos de 0,10 mm)

B26.50-0007-01

Global Training. 27
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga de sincronização da 5a marcha

Medida A 1 - Medir no cubo de sincronização a distância


da face de apoio no eixo até o 3o rebaixo. Ano-
tar o valor como medida “A”.

Ex.: 7,0 mm

2 - Com auxilio de uma régua medir a distância


da face do corpo de acoplamento até o eixo.
Desta medida deve-se subtrair o espessura da
régua. Anotar o valor como medida “B”.
FIG003.jpg
Ex.: 30,9 mm
Espessura da régua = 25 mm
Medida B Medida B = 30,9 - 25,00 = 5,3 mm

3 - Retirar o corpo de acoplamento e medir a


profundidade do rebaixo onde o calço ficará alo-
jado. Anotar o valor como medida “C”.

Ex.: 2,4 mm

4 - Efetuar o seguinte cálculo:


FIG004.jpg
Medida “A” - Medida “B” + Medida “C” = Folga
total.

Ex.: 7,0 - 5,3 +2,4 = 4,10 mm

Medida C Cálculo do calço:

4,10 - Folga mínima (0,7 mm) = 3,4 mm


4,10 - Folga máxima (1,2 mm) = 2,9 mm

A espessura do calço pode estar entre 2,9 e 3,4


mm
FIG005.jpg

5 - Acrescentar um calço de maneira que a folga


fique dentro dos valores prescritos.

A folga axial prescrita é de 0,7 a 1,2 mm

FIG005.jpg

28 Global Training.
Caixa de Mudanças

Ajuste da folga de sincronização da 6a marcha

1 - Efetuar a medida “a” na árvore primária.

Obs.: Antes de efetuar esta medição, forçar o


anel trava do rolamento no sentido indicado pe-
las setas.

2 - Efetuar a medida “b” em duas posições opos-


tas na árvore secundária e considerar o valor
médio.

B26.50-0001-01 3 - Efetuar a subtração (a - b) e considerar o


resultado como a medida “A”.

4 - Assentar per feitamente o corpo de


acoplamento no corpo do sincronizador.

5 - Efetuar a medida “B” que vai da face usinada


da carcaça até o rebaixo do corpo de
acoplamento.

6 - Efetuar o seguinte cálculo:

Medida “A” - Medida “B” = Folga total

7 - Acrescentar um calço para que a folga fique


B26.50-0002-01 dentro dos valores prescritos.

A folga axial prescrita é de 0,4 a 0,7 mm

Espessura dos calços: 2,30 - 4,60 mm (incremen-


tos de 0,20 mm)

B26.50-0003-01

Global Training. 29
Caixa de Mudanças

Verificação do limite de desgaste dos anéis sincronizadores

1 - Anel sincronizador
2 - Corpo de acoplamento
A - Folga entre o corpo de acoplamento e o anel sincroni-
zador

Limite de desgaste dos anéis:


1a e 2a marchas 1,5 mm
3a, 4a, 5a, 6a marchas 0,8 mm

B26.50-0009-01

Com o anel sincronizador (1) bem assentado sobre o corpo de acoplamento (2), passar o calibre de
lâminas entre eles para determinar a folga existente.
Se o valor for menor ao prescrito, substituir o corpo de acoplamento e/ ou o anel sincronizador.

Verificação da folga axial dos anéis-trava

Folga axial dos anéis-trava: 0,00 a 0,10


mm

B26.50-0010-01

Com um calibre de lâminas verifique a folga existente entre o anel-trava e o seu alojamento, se o
valor medido for maior que o valor prescrito substitua o anel por um de maior espessura

30 Global Training.
Caixa de Mudanças

Valores de apertos

Parafusos da flange de saída - 60 Nm


Parafusos de articulação dos garfos - 220 Nm
Parafusos da tampa de centragem - 49 Nm
Parafusos da tampa traseira - 49 Nm
Parafusos da tampa dianteira do eixo intermediário - 60 Nm
Parafusos da tampa da caixa de câmbio - 49 Nm
Parafusos das tampas do trambulador - 25 Nm
Bujão de escoamento de óleo - 50 Nm
Bujões magnéticos - 100 Nm

Temperaturas para montagem

Engrenagens do eixo intermediário - 180°C


Bucha da 4a marcha - 120°C
Cubos de sincronização - 120°C
Rolamentos - 120°C

Global Training. 31

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