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Instituição IFSP
Resumo Nesse estudo discutimos, sob a perspectiva fenomenológica de Merleau-Ponty, a situação do corpo-consciência num ambiente povoado de
tecnologias que conduzem, modificam e restringem a percepção e o mundo vivido. Há, no presente, uma aproximação teórica sobre os
fundamentos do design e a discussão fenomenológica. O problema filosófico da relação sujeito-objeto é revisitado em seu paralelo problema de design para consumo
descrito como relação usuário-interface. A transformação entre essas relações implica numa recriação desses dois pólos, a qual se apresenta como uma dualidade em que
tanto pode haver ampliação e desenvolvimento da percepção, por meio de dispositivos móveis e mesmo adaptados ao corpo: como a suspensão, redução e direcionamento
das possibilidades dessa mesma percepção para comportamentos previstos e desejados do usuário pelo projetista de interfaces o designer. A interface, como criação
intencional de um dispositivo de percepção, introduz a questão da distorção do mundo percebido, problema que já se apresentava no uso do telescópio por Galileu. A
distinção entre o contexto científico do telescópio em que o erro introduzido não é intencional, mas derivado das limitações do dispositivo - e a importância do design da
interface para objetos de consumo que buscam proporcionar uma modificação da experiência percepcional intencionada pelos objetivos do designer e orientados pelos
objetivos de consumo - nos colocam diante de um paradoxo sobre o efeito esperado sobre a percepção: a ampliação do espectro de dados acessíveis se apresenta como um
aprisionamento em uma bolha de filtros intencionalmente antepostos à interface. Num mundo em que predominam interfaces visuais, não se apresenta mais como
suficiente ser o proprietário do olho, nem ser o corpo-consciência que orienta a intenção do olha
Local sala 44
Dia 20/10/2016
anpof.org/portal/index.php/en/agenda-encontro-2018/user-item/475-sergiomariz/495-categoriaagenda2016/13785-fenomenologia-e-design-a-percepcao-situada-e-sitiada 1/1