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ESCOLA ESTADUAL ELIAS BENTO

PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


(SALA MULTIFUNCIONAL)

PROFESSORA ARTICULADORA BRUNA CHAGAS PAZ

Fevereiro-2021
Canabrava do Norte – MT
ESCOLA ESTADUAL ELIAS BENTO
FONE (66) – CANABRAVA DO NORTE – MT

PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


(SALA MULTIFUNCIONAL)

“(…) temos o direito a ser iguais, sempre que a diferença nos


inferioriza; temos o direito a ser iguais sempre que a igualdade
nos descaracteriza”.
CANDAU 2008

O Plano Anual da Sala de Recursos


multifuncional para Atendimento Educacional
Especializado – AEE tem por objetivo atender
os alunos com necessidades educacionais
especiais na E.E. Elias Bento.

Fevereiro-2021
Canabrava do Norte – MT
1. IDENTIFICAÇÃO

Local: E. E. Elias Bento –Endereço


Área/ Disciplina: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALZADO
Turma / Fase: MULTIFUNCIONAL
Professora articuladora: Bruna Chagas Paz
Período: ANUAL TURNO: MATUTINO / VESPERTINO
Dias letivos: 200 dias CH SEMANAL: 20 Horas – (4 horas por aluno) Ano: 2021
Unidade Executora: Escola Estadual Elias Bento – Canabrava do Norte/MT
Responsável pela execução / diretor: Ivone
Coordenador pedagógico: Gilberto
ANO LETIVO - 2021
Nº Alunos atendidos Fase/Ciclo Período Tipo de deficiência
01 Abimael Pontes Siqueira Lima 3° – III Matutino Paralisia Cerebral
02 Adalto Samuel Oliveira Costa 3° – III Noturno Deficiência Auditiva
03 Daiara Machado Amurim 2° – III Matutino Transtorno desintegrativo da
infância
04 Francisco Dias dos Santos Síndrome de down
05 Gabriel Teles Goulart 7°– II Matutino
06 Júlia Barbosa Machado Vilas Boas 6° - II Matutino
08 Khayllany 6° - II Vespertino
09 Marta Ponte Siqueira Lima 3° – III Vespertino Paralisia Cerebral e física
(moderada)
10 Mateus 8° – II Vespertino TGD – Déficit de atenção e
hiperatividade
11 Manoel
12 Moises Fernando Almeida Brandão 7° - II Matutino Atrofia Cerebral
13 Oslânia Batista Araujo 2° – III Vespertino
14 Pedro Joaquim Lima Parente 8° - II Vespertino Paralisia cerebral e
tetraplégica
15 Raquel

2. INTRODUÇÃO
Aos poucos a Inclusão vem conquistando seu espaço de direito e vencendo barreiras as
quais jamais deveriam ter sido impostas. Esse caminho de conquistas, construído por pessoas
que sonham com uma sociedade mais justa, solidária, igualitária e pronta para garantir o direito
de todos que nela vivem, devem ter sua representativa em todos os setores sociais.
Os sentimentos de igualdade e diferença são valores indissociáveis que avançam em
relação à ideia de justiça ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão
dentro e fora da escola. O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política,
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a
necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a
educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do
papel da escola na superação da lógica da exclusão, implicando uma mudança estrutural e
cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.
Sabemos que essa convivência ainda continua sendo negada em muitos âmbitos
escolares, mas pensar na inclusão escolar como um todo: família, sociedade e escola,
crescemos e damos poder para que seus direitos sejam assistidos.
Visando constituir políticas públicas que promovam uma educação de qualidade para
todos os alunos é que se luta para concretizar a inclusão com dignidade e para que isso
aconteça é necessária a união em prol da conquista desse espaço, onde todos necessitam
conhecer as deficiências existentes, conviver com essas pessoas e conhecer o seu potencial,
respeitar suas limitações e propiciar um ambiente seguro para que elas entrem e possam
permanecer.
3. JUSTIFICATIVA

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 59,
preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos: currículo, métodos, recursos e
organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica
àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude
de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do
programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da educação básica, a
“possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado” (art. 24,
inciso V) e “[...] oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do
alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante à cursos e exames” (art. 37).
Nessa perspectiva e diante do número de alunos com necessidades educacionais
especiais, matriculados na escola Estadual Elias Bento, leva-nos a busca de caminhos e
estratégias que possibilitem a dar continuidade ao trabalho educativo oportunizado através da
sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) , como atendimento complementar ou
suplementar à escolarização com o intuito de desenvolver habilidades de aprendizagem
compreendendo e valorizando suas condições pessoais, sociais e culturais, proporcionando aos
alunos, novas perspectivas de progresso e de autonomia.
Considerando as diferenças individuais conforme a realidade detectada, tendo uma visão
e percepção aguçada em compreender os alunos com necessidades educacionais especiais e
oportunizar a todos a vivenciarem e explorarem o potencial de cada um.
A Educação Especial tem por fim garantir o atendimento educacional especializado às
pessoas com necessidades educacionais especiais para apoiar, complementar, suplementar, de
modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais em todos os níveis e
modalidades da Educação Básica. Objetivando efetivar o princípio da educação para todos
otimizando o processo de aprendizagem em interface com os serviços de saúde que muitas vezes
tais alunos necessitam.
Somos sabedores que os alunos com necessidades especiais inseridos na escola não
dependem somente do professor da Sala de AEE, mas sim de todos os profissionais, levando em
consideração que o aluno inserido na classe comum terá acesso em todas as dependências da
escola e faz-se necessário a preparação de todos, bem como as formações com maior
abrangência para estarmos realmente preparados para atender esta clientela, pois ao nos
tornarmos “Profissionais Especiais” em sua plenitude é que poderemos atender com qualidade
nossos alunos especiais.
As atividades que serão desenvolvidas com os alunos na sala de AEE da escola Estadual
Elias Bento serão de acordo com o propósito da sala de AEE, ou seja, o conjunto de atividades,
recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma
complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular, e deve integrar a
proposta pedagógica da escola, envolvendo a participação da família, profissionais da saúde e ser
realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Com base no contexto acima se fundamenta a importância da existência da sala de
recursos na escola Estadual Elias Bento, tendo em vista que há 14 alunos que necessitam de
acompanhamento especializado considerando as diferenças individuais de cada um,
oportunizando a todos a vivenciarem experiências de forma atuante no processo ensino-
aprendizagem.

4- OBJETIVOS DO AEE

 Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular aos


alunos matriculados;
 Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;
 Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as
barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
 Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Valorizar o plano teórico da escola inclusiva e requerer a superação de obstáculos.


 Confeccionar pranchas pedagógicas, com vários recursos visuais para auxiliar na
aprendizagem do deficiente mental.
 Conhecer as diferenças e limites dos alunos respeitando seu ritmo de aprendizagem.
 Oferecer orientação, mobilidade, igualdade e oportunidade para todos.
 Utilizar metodologias e estratégias que visem uma aprendizagem mais significativa.
 Estimular a atenção do aluno para as atividades pedagógicas e lúdicas desenvolvidas
em sala de aula.
 Oportunizar e exercitar o desenvolvimento das competências de cada educando.
 Oportunizar a preparação e dedicação do coletivo de profissionais da escola;
 Buscar apoio com todos os profissionais das áreas afins, viabilizando a motivação e a
capacidade de atenção e interesse no desenvolvimento escolar do educando.
 Oferecer conhecimentos tecnológicos, TA (Tecnologia Assistiva) bem como jogos
adaptados e software para comunicação alternativa;
 Oferecer o uso de recursos de CA (Comunicação Alternativa), e de acesso ao
computador: ponteira de cabeça, acionadores, entre outros;
 Solicitar junto aos órgãos competentes recursos de acessibilidade: engrossadores de
lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, carteira oval, entre outros.

5. METODOLOGIA

A metodologia do Atendimento Educacional Especializado será de elaborar o plano de


atendimento individual, tendo em vista que cada aluno nesse processo é único e as estratégias serão
diferentes, produzir materiais, bem como: transcrever, adaptar, confeccionar, ampliar, gravar, entre
outros, de acordo com as necessidades dos alunos, de forma lúdica e concreta.
No cenário atual em virtude da pandemia do Coronavírus, o atendimento educacional
especializado será de forma on-line, e com o recurso das atividades xerocopiadas (apostila) onde a
ajuda da família se torna imprescindível para resolução das atividades.
Durante toda a semana (segunda-feira a sexta-feira) a professora estará disponível para
atendimento, direcionando as atividades e esclarecendo duvidas através de ligação, whatsApp em
chamada de vídeo, classrom, ou a ferramenta que se tornar mais viável para o aluno e família.
Apesar do formato diferente, jamais deixar de acompanhar o aluno e orientar as famílias
quanto a utilização dos mesmos, sempre buscando novas organizações do trabalho pedagógico
considerando que as relações internas e externas da escola devem estar asseguradas nas atitudes de
participação coletiva, indo ao encontro com a proposta pedagógica da escola, instigando o aluno no
desenvolvimento de seu conhecimento inserindo-o no processo político, social e cultural.
Nesse sentido, o trabalho do professor de AEE para os alunos com necessidades
especiais será o de trabalhar na Sala de Recursos Multifuncionais situações semelhantes às da vida
diária, além de orientar o professor da sala comum a organizar e estruturar sua prática e rotina
diária, elaborar recursos e estabelecer estratégias pedagógicas que atendam às necessidades dos
alunos visando seu pleno desenvolvimento e aprendizagem enfocando situações cotidianas, ou de
aprendizagem.

6. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

Linguagem e Raciocínio lógico matemático


 Espaço/tempo;
 Percepção visual/ auditiva;
 Lateralidade;
 Percepção tátil;
 Coordenação motora fino-grossa;
 Alfabeto maiúsculo e minúsculo;
 Gêneros literários;
 Produção de texto;
 Ortografia;
 Cores;
 Teatro;
 Digitação;
 Mensagens.
 Números e numerais;
 Jogos diversos;
 Quebra-cabeça;
 As operações fundamentais;
 Sistema de numeração decimal;
 AVD (Atividades de vida diária).

Ciências Sociais e Humanas


 Alimentação
 Tipo de vegetais;
 Os animais;
 Higiene;
 Ar, água, luz e calor;
 Moradia; Escola;
 Bairro/rua/cidade/estado/país;
 Regiões brasileiras;
 Profissões
 Autonomia/independência
 Interação social

7. Recursos e equipamentos para serem usados no AEE

 Atividades xerocopiadas
 Revistas e jornais
 Livros literários infantis
 Materiais lúdicos
 Embalagens
 Cartolinas
 Papéis diversos
 Pincel atômico
 Grampeador
 Cola/cola colorida
 Régua/ lápis
 Fita adesiva larga
 Computador com programas adaptados e NOTEBOOK;
 Televisão;
 Vídeos
 Ábaco

8. AVALIAÇÃO
A forma de avaliação será contínua com o desenvolvimento das ações buscando
identificar e analisar as variáveis e as invariáveis que interferem no processo ensino
aprendizagem, utilizando-se de técnicas e instrumentos de verificação considerando a
capacidade e os ritmos específicos de cada aluno. Tais avaliações serão registradas e guardadas
em arquivo individual e no sigeduca.
O momento atual é de construção e a inclusão é aprendida no dia a dia. “Mas não existe
formação dissociada da prática. Estamos aprendendo ao fazer”. Como apontam as Orientações
curriculares para a Educação Especial no Estado de Mato Grosso, a avaliação não é ocasional,
mas processual, desfocando-se assim, dos métodos normativos e quantitativos para uma postura
mais ampla e dinâmica onde se consideram os avanços do desenvolvimento pessoal, as
articulações com o contexto e os ganhos qualitativos do aluno. Assim, não cabe considerar
desempenhos comparativos, porque significaria subestimar as potencialidades diversificadas
dos alunos.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUSCAGLIA, Leo Ph. D. Os deficientes e seus pais. Rio de Janeiro: editora Record
LTDA, 1988. 4ª ed. 407 p.

LEFEVRE, Beatriz. “Mongolismo: Orientações para famílias”. São Paulo. Editora Almed,
1985 2ª ed. 320p.

PINTO, Nilcéia Frausino da Silva. Síndrome de Down o amor de uma mãe vencendo
obstáculos e quebrando paradigmas. Alta floresta, editora EGM, 2008. 1º edição. 192 pg.

WERNECK, Cláudia. Muito prazer, eu existo: Um livro sobre as pessoas com Síndrome
de Down 3ª edição. Rio de Janeiro, editora WVA, 1993. 280 p.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de


Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2007.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de


1990.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de


Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB


9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos Político-Legal da


Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/ Secretaria de Educação
Especial. - Brasília: Secretaria de Educação Especial, - 2010. 72 p.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm
10. Anexos

10.1 Horário de Atendimento dos Alunos na Sala de Recursos - 2021


Obs.: O horário em questão será seguido conforme aulas presenciais

AEE – MATUTINO

Horário Terça-feira Quarta-feira Sexta-feira

07h:30min às 9h:30min

9h:45min às 11h:30min

AEE – VESPERTINO

Horário Terça-feira Quarta-feira Sexta-feira

13h:00min às 15h:00min

15h:15min às 17h:00min

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