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Propulsão Alcubierre - Dobra
Propulsão Alcubierre - Dobra
onde
e
com são parâmetros arbitrários. Dessa forma, o formato específico da medida de Alcubierre pode ser
escrita da seguinte forma:
Com esta forma particular da medida, é possível provar que a densidade energética medida por observadores cuja
velocidade é a normal à das hipersuperfícies é dada por
onde g é o determinante para a medida tensor. Assim, como a densidade de energia necessária é negativa, é
necessário um tipo de matéria exótica para que a viagem mais rápida que a luz possa ser alcançada. [1] A existência
de matéria exótica não é teoricamente excluída, o efeito Casimir e a aceleração do Universo são indícios que apoiam
a existência de tal tipo de matéria.
De qualquer forma, tudo indica que a geração e a sustentação da quantidade necessária de matéria exótica para
esse tipo de viagem mais rápido que a luz é impraticável.
Alguns tem argumentado que, no contexto da relatividade geral, seria impossível construir um motor de dobra
espacial sem que seja utilizada alguma matéria exótica. [3] Geralmente acredita-se que uma teoria quântica da
gravidade poderá resolver esse problema.
Física da propulsão Alcubierre
Para aqueles familiarizados com os efeitos da relatividade especial, tal como a dilatação do
tempo, a métrica Alcubierre aparentemente tem alguns aspectos peculiares. Em particular,
Alcubierre demonstrou que, mesmo quando a nave espacial está acelerando, ela viaja em queda
livre. Em outras palavras, uma nave usando a dobra para acelerar e desacelerar estará sempre
em queda livre, e a tripulação não teria nenhuma sensação de aceleração. Enormes forças
gravitacionais estarão presentes junto à fronteira da bolha de dobra, devido à grande curvatura do
espaço lá, mas de acordo com a especificação da medida, estas seriam muito pequenas dentro
do volume ocupado pela nave.
A forma original da teoria de dobra, e as variações mais simples dela, foram escritas com o
formalismo de Arnowitt, Deser e Misner, que é frequentemente utilizado em discutir a forma inicial
da relatividade geral. Isto pode explicar o equívoco generalizado de que este espaço-tempo é
uma solução da equação de campo relatividade geral. Métricas escritas dentro do formalismo
ADM são adaptadas a uma determinada família de observadores inerciais, mas os observadores
não são fisicamente distinguíveis das outras famílias. Alcubierre interpretou esta "bolha de dobra"
em termos de contração do espaço à frente da bolha e expansão atrás. Mas essa interpretação
pode ser ilusória,[4] uma vez que a contração e expansão atualmente se referem ao movimento
relativo próximo de observadores do tipo da família ADM.
Na relatividade geral, primeiramente se especifica uma distribuição de matéria e energia de forma
plausível, e em seguida se verifica a geometria do espaço-tempo associado. Mas também é
possível solucionar as equações de campo de Einstein na outra direção: primeiro especificando
uma medida e, em seguida, encontrando um tensor associado a ela. Foi isso que Alcubierre fez.
Esta forma significa que a solução pode violar diversas condições de energia e requerer matéria
exótica. A necessidade de matéria exótica leva à questão de se é realmente possível encontrar
uma forma de distribuir a matéria em um espaço-tempo inicial onde não exista uma "bolha de
dobra", de forma a criar essa bolha posteriormente. Mas ainda existe outro problema, de acordo
com Serguei Krasnikov,[5] pode ser impossível criar a bolha sem que se force a matéria exótica a
se mover mais rápido que a luz, o que implicaria na existência de táquions. Alguns métodos têm
sido sugeridos para evitar o problema da movimento taquiônico, mas provavelmente iriam gerar
uma singularidade nua na frente da bolha.[6][7]
Dificuldades
Construindo o caminho
Krasnikov propôs que, se a matéria taquiônica não puder ser encontrada ou usada, então uma solução poderia ser a
disponibilizar grandes massas ao longo do trajeto da nave a ser posta em movimento de forma que o campo
requerido seja produzido. Mas neste caso, a nave com propulsão Alcubierre não seria capaz de se deslocar à
vontade pela galáxia. Ele só seria capaz de percorrer caminhos que, como uma estrada de ferro, teriam sido
construídos com as infra-estruturas necessárias.
O piloto dentro da bolha é desconectado de suas paredes e não pode realizar qualquer ação fora da bolha. No
entanto, seria necessário colocar os dispositivos ao longo da rota com antecedência e, uma vez que o piloto não
pode fazer isso ao mesmo tempo em que viaja, as bolhas não podem ser utilizados para a primeira viagem a uma
estrela distante. Em outras palavras, para viajar para a estrela Vega (que dista 26 anos-luz da Terra) primeiramente
tem-se de organizar tudo para que se possa utilizar uma bolha que se desloque com velocidade superluminal. A
primeira viagem levaria mais de 26 anos, já que não seria possível fazer essa viagem a uma velocidade
superluminal .[5]
É preciso um para construir uma
Coule tem argumentado que esquemas como o proposto por Alcubierre não são viáveis, pois a matéria a ser
colocada na estrada tem de ser previamente colocados à velocidade superluminal. Assim, de acordo com Coule, uma
propulsão Alcubierre é necessária a fim de construir uma propulsão Alcubierre. Uma vez que já é provado que não
existe nenhum, então a propulsão é impossível de construir, mesmo que a medida seja fisicamente significativa.
Coule argumenta que uma objeção análoga será aplicável a qualquer proposta de método de construção de uma
unidade Alcubierre.[7]
Problema de Natário
O matemático José Natário[8] apontou várias dificuldades.[9]
1. Para ter a deformação no espaço necessária para esse tipo de viagem funcionar, a humanidade precisa
inventar um dispositivo que produza mais energia que a Via Láctea.
2. A energia deve ser negativa. A humanidade precisa inventar algo que possamos criar energia negativa nas
quantidades necessárias para alimentar uma propulsão de dobra.
3. Mas uma partícula, com massa negativa, reagiria à gravidade exatamente da maneira oposta às partículas
de massa positiva. Em vez de a nave espacial, feita de massa normal, ser puxada em direção ao espaço
onde está localizado um planeta ou estrela, ela seria afastada da massa negativa.
O maior problema com o conceito da dobra de Alcubierre, segundo Natário, é que "um precisa de um para fazer um".
Ou seja, imagine uma aeronave supersônica viajando mais rápido que a velocidade do som. O observador não ouve
a aeronave até que ela já tenha passado, porque as ondas sonoras não conseguem acompanhar a aeronave. A
propulsão Alcubierre experimenta o mesmo efeito com as ondas de luz, o que significa que não há como enviar uma
mensagem antes da aeronave. Para criar a geometria espaço-temporal distorcida em torno da nave, primeiro, seria
necessário enviar um sinal à frente para "informar" o espaço-tempo para distorcer. Assim, para fazer a espaçonave ir
mais rápido que a luz, ela precisa começar com algo que estaria indo mais rápido que a luz para poder se comunicar
com o espaço a frente.
Resolvendo dificuldades
A resolução de dificuldades em criar do motor de dobra espacial é possível usando várias formas de forma separada
ou integrando-as.
Uma forma possível é baseando-se nas propriedades quânticas do espaço e na Energia Negativa. Cientistas
descobriram com o Efeito Casimir que duas placas no vácuo se juntam devido a pressão das partículas virtuais em
volta das placas ser maior do que entre as placas, o que contrai o espaço entre as placas e expande o espaço em
volta delas, e que a surge uma da força de atração entre as placas é denominada Energia Negativa e que quanto
mais próximo estão as placas mais surge Energia Negativa atraindo mais forte as placas. [10][11][12] Também é possível
dizer como faz Morgan Freeman em Grandes Mistérios do Universo que a força da Energia Negativa entre as placas
expande o espaço em volta, ou como faz Michio Kaku indiretamente em Física do Impossível que a força da Energia
Negativa atrai as placas.
Com essas informações torna possível criar o motor de dobra espacial. Para tanto bastaria aproveitar as partículas
virtuais presentes no vácuo quântico e a força da Energia Negativa e Positiva que se criaria no espaço. A forma seria
empurrar as partículas virtuais a frente da nave para trás, pois quando empurrasse as partículas virtuais da frente da
nave para atrás a nave, a força da energia atrás da nave se tornaria positiva pelo aumento da quantidade de
partículas virtuais e a pressão das partículas virtuais atrás da nave afastaria a nave e o planeta de partida
expandindo o espaço entre eles. Já a força de energia na frente da nave pela retirada de partículas virtuais se
tornaria negativa, fazendo oposto que a força de energia positiva, o que atrairia a nave e o planeta de destino um em
direção ao outro contraindo o espaço entre eles (semelhante a retirar o ar e as partículas virtuais de uma sacola em
que contrairia o espaço de dentro da sacola diminuindo o seu tamanho).
Outra forma possível de criar o motor de dobra espacial foi apresentado no documentário O Universo, que consistiria
em canalizar a energia de um mini-buraco negro ( que criaria uma intensa curvatura do espaço-tempo devido a sua
densidade) pendurado na parte da frente da nave para contrair o espaço a frente, e utilizando a energia escura (que
é responsável pela aceleração da expansão do espaço físico do Universo) para expandir o espaço atrás.
A respeito de como criar um mini-buraco negro para contrair o espaço a frente da nave, cientistas simularam em
supercomputadores colisões entre as partículas perto da velocidade da luz. As simulações que fizeram
demonstraram que os buracos negros podem formar-se em energias mais baixas do que se pensava antes. [13]
Já sobre como criar a energia escura para expandir o espaço atrás, os físicos Drs. Gerald Cleaver e Richard Obousy
afirmam que seria necessário manipular a 11ª dimensão para criar energia escura. Eles se baseiam na Teoria-M que
afirma que existe uma dimensão de tempo e dez de espaço. [14]
Veja também
Propulsão de naves espaciais
Referências
1. ↑ Ir para:a b c Alcubierre, Miguel (1994). «The warp drive: hyper-fast travel within general relativity». Class. Quant.
Grav. 11: L73–L77. doi:10.1088/0264-9381/11/5/001 See also the «eprint version». arXiv. Consultado em 23 de junho
de 2005, and also at iop.org
2. ↑ S. Krasnikov (2003). «The quantum inequalities do not forbid spacetime shortcuts». Physical Review D. 67.
104013 páginas. doi:10.1103/PhysRevD.67.104013 See also the «eprint version». arXiv
3. ↑ Low, Robert J. (1999). «Speed Limits in General Relativity». Class. Quant. Grav. 16: 543–
549. doi:10.1088/0264-9381/16/2/016 See also the «eprint version». arXiv. Consultado em 30 de junho de 2005
4. ↑ Natario, Jose (2002). «Warp drive with zero expansion». Class. Quant. Grav. 19: 1157–
1166. doi:10.1088/0264-9381/19/6/308 See also the «eprint». arXiv. Consultado em 23 de junho de 2005
5. ↑ Ir para:a b S. Krasnikov (1998). «Hyper-fast travel in general relativity». Physical Review D. 57.
4760 páginas. doi:10.1103/PhysRevD.57.4760 See also the «eprint version». arXiv
6. ↑ Broeck, Chris Van Den, "On the (im)possibility of warpbubbles", 18 May 2000, See eprint,arXiv, retrieved 12
April 2008
7. ↑ Ir para:a b Coule, D H, "No Warp Drive", Class Quantum Grav 15, 1998, pp2523-2537, retrieved [1] Arquivado
em 27 de junho de 2007, no Wayback Machine. 12 April 2008
8. ↑ «José Natário — Departamento de Matemática — Instituto Superior Técnico». www.math.tecnico.ulisboa.pt.
Consultado em 10 de julho de 2020
9. ↑ «Faster-than-light travel: Is warp drive really possible?». BBC Science Focus Magazine (em inglês).
Consultado em 10 de julho de 2020
10. ↑ https://bv.fapesp.br/pt/dissertacoes-teses/82887/fluxos-e-densidades-de-energia-negativa-em-teoria-quantica-d
11. ↑ https://books.google.com.br/books?id=VZE-DwAAQBAJ&pg=PA111&lpg=PA111&dq=energia+negativa+for
%C3%A7a+de+atra
%C3%A7%C3%A3o+efeito+casimir&source=bl&ots=oZgj5Bjdpw&sig=ACfU3U3RT1ZkUcdDCwI3Xn6IBJqFl9jbvw&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwj0kLm094rnAhVcG7kGHX2HDLgQ6AEwC3oECAoQAQ#v=onepage&q=energia%20negativa
%20for%C3%A7a%20de%20atra%C3%A7%C3%A3o%20efeito%20casimir&f=false
12. ↑ http://ivancamaracorrea.blogspot.com/2012/01/velocidade-de-deus.html
13. ↑ «Mini buracos negros são mais fáceis de fazer do que se pensava (com vídeo)». www.ciencia-online.net.
Consultado em 28 de abril de 2018
14. ↑ «Velocidade de dobra pode ser possível, dizem físicos». Site Inovação Tecnológica
Lobo, Francisco S. N.; & Visser, Matt (2004). «Fundamental limitations on 'warp drive' spacetimes». Class. Quant.
Grav. 21: 5871–5892. doi:10.1088/0264-9381/21/24/011 See also the «eprint». arXiv. Consultado em 23 de junho
de 2005
Hiscock, William A. (1997). «Quantum effects in the Alcubierre warp drive spacetime». Class. Quant. Grav. 14:
L183–L188. doi:10.1088/0264-9381/14/11/002 See also the «eprint». arXiv. Consultado em 23 de junho de 2005
Berry, Adrian (1999). The Giant Leap: Mankind Heads for the Stars. [S.l.]: Headline. ISBN 0-7472-7565-3 Apparently
a popular book by a science writer, on space travel in general.
T. S. Taylor, T. C. Powell, "Current Status of Metric Engineering with Implications for the Warp Drive," AIAA-2003-
4991 39th AIAA/ASME/SAE/ASEE Joint Propulsion Conference and Exhibit, Huntsville, Alabama, July 20-23, 2003
Ligações externas
The Alcubierre Warp Drive by John G. Cramer
The warp drive: hyper-fast travel within general relativity - Alcubierre's original paper (PDF File)
Problems with Warp Drive Examined - (PDF File)
Marcelo B. Ribeiro's Page on Warp Drive Theory
A short video clip of the hypothetical effects of the warp drive.
Doc Travis S. Taylor's website
o Baen Webscription link to Warp Speed
o Baen CD e-copy of Warp Speed[ligação inativa]
The (Im) Possibility of Warp Drive (Van Den Broeck)
Reduced Energy Requirements for Warp Drive (Loup, Waite)
Warp Drive Space-Time (González-Díaz)
«Ideas Based On What We'd Like To Achieve». NASA. Consultado em 5 de julho de 2009. Arquivado do original em 9 de
abril de 2013 It describes the concept in laymans terms