Automatismo (Cronotropismo) - Diz respeito a capacidade de o cora��o gerar seus
pr�prios est�mulos el�tricos, independentemente de influ�ncias extr�nsecas ao
�rg�o. No entanto, o automatismo pode ser modificado por diversos fatores, adaptando a freq��ncia de contra��o do cora��o as necessidades fisiol�gicas ou alterando-se em situa��es patol�gicas. Os fatores que exercem influ�ncia mais importante sobre o automatismo s�o a atividade do sistema nervoso aut�nomo, os �ons plasm�ticos, a temperatura e a irriga��o coronariana. Os est�mulos respons�veis pela excita��o autom�tica do mioc�rdio podem nascer em qualquer parte do cora��o. Certas regi�es (zonas de marcapasso), no entanto, possuem a capacidade de gerar est�mulos de forma especial, fazendo-o com uma freq��ncia pr�pria e mais elevada que aquela das demais regi�es do cora��o, devido � sua diferencia��o morfo- funcional e consequente peculiaridade eletrofisiol�gica (tecido nodal). A zona de automatismo que possui a freq��ncia de descarga mais r�pida comanda a ativa��o el�trica card�aca, submetendo a excita��o de todo o cora��o ao seu pr�prio ritmo, pelo que � denominada de marca-passo do cora��o, representado pelo nodo sinusal.
Condutibilidade (Dromotropismo) - Diz respeito a condu��o do processo de ativa��o
el�trica por todo o mioc�rdio, numa seq��ncia sistematicamente estabelecida, � qual se segue a contra��o do cora��o como um todo. O est�mulo el�trico gerado no nodo sinusal (marca-passo natural) segue pela musculatura atrial e pelos feixes internodais atingindo o nodo �trioventricular, de onde emerge penetrando no feixe de His para espalhar-se pelo tecido de condu��o intraventricular representado pelos ramos e sub-ramos direito e esquerdo deste feixe. Este complexo morfo-funcional gerador e condutor do est�mulo el�trico card�aco �, pois, denominado tecido excito- condutor.
Excitabilidade (Batmotropismo) - � a capacidade que tem o mioc�rdio de reagir
quando estimulado, rea��o esta que se extende por todo o �rg�o. Isto �, ativando-se um ponto, todo o �rg�o responde. Cada uma das respostas �s ativa��es regulares do marcapasso constitui uma s�stole card�aca. Quando qualquer outro ponto, que n�o o marcapasso natural, consegue excitar o cora��o, a resposta extra chama-se extrass�stole. A ocorr�ncia de extrass�stoles demonstra, pois, a extraordin�ria capacidade de excita��o do mioc�rdio, que pode constituir-se em fen�meno puramente fisiol�gico ou em manifesta��o de condi��es patol�gicas que acometem o cora��o.
Contratilidade (Inotropismo) - � a propriedade que tem o cora��o de se contrair
ativamente como um todo �nico, uma vez estimulada toda a sua musculatura, o que resulta no fen�meno da contra��o sist�lica. Assim, o cora��o funciona uniformemente, como um sinc�cio. Tamb�m o grau de contratilidade pode ser modificado por diversos fatores, intr�nsecos e extr�nsecos ao cora��o, com resultante aumento (efeito inotr�pico positivo) ou diminui��o (efeito inotr�pico negativo) da for�a de contra��o. Mas, em qualquer caso, o mioc�rdio sempre responde obedecendo a lei do tudo-ou-nada: ou responde com uma contra��o m�xima ou n�o responde, em rea��o a um est�mulo; em outras palavras, sempre que se contrai o faz ao m�ximo, embora a for�a m�xima de contra��o possa variar em diferentes batimentos, segundo circunst�ncias funcionais.
Distensibilidade (Lusitropismo) - Diz respeito a capacidade de relaxamento global
que tem o cora��o, uma vez cessada sua estimula��o el�trica e, em decorr�ncia, terminado o processo de contra��o, o que determina o fen�meno do relaxamento diast�lico. O relaxamento do cora��o tamb�m � um processo ativo, dependente de gasto energ�tico e de a��es i�nicas e enzim�ticas espec�ficas.
Avaliação do Controle Autonômico Baseada na Análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca: Proposta de Método Otimizado para Ativação Vagal e Aplicação da Ferramenta para Estimativa da Dor em Intervenções Clínicas