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Presidência
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José Roberto Marinho
APRESENTAÇÃO 04
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Secretaria Geral
Wilson Risolia MATRIZES CURRICULARES 08
4 MATRIZ 56
5 ANEXOS 206
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MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
APRESENTAÇÃO
Um dos maiores desafios do Brasil é levar educação de qualidade a todos os Ciente de seu papel no cenário educativo nacional, e de sua contribuição
seus estudantes – independentemente de idade, cor, gênero ou condição para a construção do sistema coerente anteriormente mencionado, é com
social –, garantindo a diminuição da desigualdade nas aprendizagens, muita alegria que a Fundação Roberto Marinho apresenta suas novas
reduzindo a distorção idade-série e superando o alto índice de abandono e Matrizes Curriculares para os Anos Finais do Ensino Fundamental e o Ensino
repetência que ainda persiste nos sistemas escolares nacionais. Médio, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular e os Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Desenvolvidas em
Em 2018, comemoramos uma das grandes conquistas da educação brasileira: parceria com o Instituto Reúna, essas Matrizes apresentam a seleção de um
a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Exemplo de que conjunto de habilidades da BNCC, consideradas prioritárias para orientar as
a educação pode e deve ser política de Estado, a BNCC – prevista desde a produções educativas em todas as áreas da Fundação Roberto Marinho.
publicação da Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional de 1996 – visa a contribuir para a equidade na educação Esperamos que as Matrizes sejam úteis não apenas aos projetos internos
e apresentou, em caráter normativo, os direitos de aprendizagem de todos da Fundação e seus parceiros, mas também a todos aqueles que desejem
os estudantes brasileiros. transformar a vida dos adolescentes, dos jovens e dos adultos brasileiros
por meio de uma educação que é direito de todos e dever do Estado, mas
Dentre as muitas inovações que a Base trouxe, destacamos três que sem a colaboração essencial de toda a sociedade dificilmente
características: a perspectiva de que os estudantes tenham na escola um se transformará em realidade.
Em 2018, desenvolvimento integral, equilibrando aspectos do aprender, do saber fazer,
do saber ser e do saber conviver, contemplados nas dez competências gerais Boa leitura!
comemoramos
da educação básica; a progressão das aprendizagens e do desenvolvimento
uma das grandes individual e coletivo ao longo de cada ano e etapa escolar; e a finalidade
dos conhecimentos escolares no desenvolvimento do protagonismo do
conquistas da
estudante, bem como em seu projeto de vida.
educação brasileira:
a aprovação da Os efeitos da BNCC, no entanto, transcendem sua importância para a
garantia dos direitos de aprendizagem, suscitando a formação de um sistema
Base Nacional coerente de educação. Isso quer dizer que a aprendizagem se afirma no
Comum Curricular. centro das intenções educativas, e, em torno dela, gravitam propostas
curriculares, materiais didáticos, formação docente e avaliações em
alinhamento com os princípios da Base e, por consequência, as aprendizagens
que devem ser garantidas em todas as etapas, em qualquer escola ou
modalidade educativa em conexão com o contexto e as realidades locais.
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2.1. INTRODUÇÃO programas educativos a serem veiculados em diferentes mídias, entre tantas
outras possibilidades.
No caso específico das ações em parceria com redes de ensino e escolas, A Resolução CNE nº 4, de 17 de dezembro de 2018 que aprovou a Base
a intencionalidade amplia-se, já que objetivamos que as propostas Nacional Comum Curricular, apresenta recomendações explícitas de que
desenvolvidas formem os estudantes para lidar com os desafios de sua houvesse uma revisão completa de processos e produtos intimamente
existência e contribuam para que construam e implementem Projetos de associados à formação escolar dos estudantes, dentre os quais se destacam
Vida significativos, uma vez que as Matrizes buscam ampliar conhecimentos, a elaboração ou reelaboração de documentos curriculares, a formação inicial
apoiar a superação das lacunas de aprendizagem que marcam o percurso e continuada docente, os processos avaliativos e a produção de materiais
formativo de boa parte dos estudantes brasileiros ao longo da escola básica, didáticos, uma vez que esses eixos educacionais funcionam de forma conectada
de modo que concluam seus estudos tendo desenvolvido as competências e e se influenciam mutuamente. Entendemos que a revisão de cada um desses
habilidades previstas na BNCC. elementos deve acontecer de maneira conectada, sistêmica, de modo a
formar um conjunto coerente de recursos e ações para que os direitos de
Na organização das Matrizes, além da BNCC, buscamos dialogar com aprendizagem se efetivem.
os interesses de quem aprende, por meio de uma experiência com o
conhecimento que seja integradora, que permita manejar situações de grande Coerência do sistema
complexidade, seja no contexto escolar ou em outros âmbitos da vida, tendo
em vista o momento presente e seu futuro. Também consideramos a Agenda Currículo/
Projetos
2030 da ONU, um conjunto de objetivos e metas universais que busca Pedagógicos
soluções para desafios globais nos campos econômico, social e ambiental.
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As Matrizes que desenvolvemos fazem parte desse cenário e, a partir de a desenvolver competências e habilidades gerais e específicas para
agora, poderão ser vistas como o centro da coerência sistêmica dos produtos responder às mais diversas situações-problema que os afetam no dia a dia.
da Fundação Roberto Marinho. Isso porque devem inspirar e orientar não
apenas projetos de recuperação e aceleração da aprendizagem, mas também Podemos afirmar, assim, que o propósito central da educação escolar é
a produção de materiais didáticos, de plataformas de conhecimento, mídias ensinar para que o estudante aprenda a resolver os problemas da vida, e os
educacionais, de processos de avaliação formativa e de escala, formação desafios contemporâneos, dos mais simples aos mais complexos, utilizando
docente, entre outros. como meios os conhecimentos aprendidos nas áreas de conhecimento e seus
componentes curriculares. A ideia é fazer com que conhecimento disciplinar
e mundo concreto andem de mãos dadas, e os estudantes são essenciais
para que essa junção aconteça: são eles que, em interação constante com
educadores e objetos de aprendizagem, contextualizam a aprendizagem no
2.3. MATRIZES espaço escolar a partir da demonstração de seus interesses, perspectivas,
objetivos e projetos. O ambiente educacional, por sua vez, deve criar as
CURRICULARES E O condições para que a aprendizagem seja o centro das ações educativas. Isso
demanda a adoção de estratégias, como o uso de metodologias ativas, que
DESENVOLVIMENTO façam com que os estudantes não sejam meros espectadores, mas que levem
em consideração seus desejos, necessidades e ambições.
INTEGRAL
Nesse movimento em direção à vida concreta, o processo educativo acaba
abarcando outro aspecto: a integralidade dos sujeitos de aprendizagem.
Seguimos de perto as orientações nacionais para a Educação Básica, que há Como a vida não é composta de apenas uma dimensão nem acontece de
décadas propõem delineamentos para o tema do desenvolvimento integral, forma fragmentada, a educação precisa ser integral. Em outras palavras,
colocando os estudantes no centro do processo educativo. Ainda em 1996, diríamos que a aprendizagem deve ocupar-se do desenvolvimento das
vimos que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional já assumia essa diferentes dimensões que constituem os estudantes. Não basta apenas cuidar
perspectiva, em especial quando indicava a vinculação da educação escolar da formação intelectual e cognitiva, oferecendo uma carga de conhecimentos
com o mundo do trabalho e com a prática social. A Lei de Diretrizes e Bases disciplinares e curriculares dispersos e segmentados. Não queremos dizer
da Educação Nacional (LDB, 1996) determina a importância da construção com isso que a intelectualidade não seja essencial, pelo contrário, mas ao lado
de um processo educativo não baseado na simples transmissão de conteúdos dela estão também os aspectos físicos, socioemocionais, culturais, sociais,
obrigatórios, mas nas reais necessidades dos estudantes. éticos e históricos que formam a vida dos indivíduos.
Fóruns internacionais, como a Conferência Mundial sobre Educação para O desenvolvimento integral relaciona elementos que passam tanto pelas
Todos (Jomtien, 1990) e a Conferência de Dakar (Dakar, 2000), também singularidades dos sujeitos quanto pela vida social mais ampla – ao mesmo
firmaram compromissos em prol do desenvolvimento integral ao afirmarem tempo em que se preocupa com as identidades individuais e suas expectativas,
que toda criança, jovem e adulto têm o direito humano de beneficiar-se de também se volta àquilo que afeta a sociedade. Nesse sentido, inclusão, direitos
uma educação que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem, no de aprendizagem, equidade, sustentabilidade, posicionamento ético, cidadania
melhor e mais pleno sentido do termo, e que inclua aprender a aprender, a e domínio de habilidades para o século XXI são questões que, hoje, atravessam
fazer, a conviver e a ser. uma educação que se pretende integral.
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PRINCÍPIOS DE
2.4.1. A problematização
INTEGRAÇÃO A problematização se relaciona a um cenário de desafios e intercâmbio
METODOLÓGICA
de ideias, em que os estudantes interagem com o conhecimento de
forma compartilhada, construindo, modificando e integrando conceitos,
pensamentos, opiniões, concepções, fatos, procedimentos e estratégias na
busca de solucionar problemas.
Ao escrevermos as Matrizes Curriculares optamos por valorizar uma das
inovações trazidas pela BNCC, tanto no Ensino Fundamental quanto no A prática de problematizar diferentes situações tem a função de ensinar a
Ensino Médio, que é a organização em áreas do conhecimento. Essa opção pensar sobre acontecimentos que solicitam respostas, para conquistar um
permite um olhar global, estabelecendo relações mais estreitas entre as repertório de conhecimentos e de estratégias que poderá ser transposto
áreas e, principalmente, entre os componentes de cada área, visando ao para outros contextos. Tal prática está imersa em todos os processos de
desenvolvimento integral dos estudantes. ensino e aprendizagem, inclusive em parceria com os demais princípios
integradores que selecionamos para a elaboração das Matrizes.
As diferentes áreas do saber associam-se e complementam-se em uma
multiplicidade de saberes e habilidades. Dentre elas, ressaltamos a A problematização envolve um processo dinâmico no qual os estudantes
compreensão de fenômenos em diferentes contextos, tanto naturais se deparam com desafios constantes, têm suas ações de pensamento
como também aqueles que envolvem questões sociais, de comunicação, valorizadas, constroem hipóteses, são conduzidos a refletir sobre suas
tecnológicas, econômicas, ambientais, artísticas, esportivas etc. De fato, explicações contraditórias e possíveis limitações do conhecimento por eles
se assumimos o compromisso com uma formação integral e ampla para o expresso, são estimulados a investigar e elaborar argumentos com base em
estudante, não podemos perder de vista os conhecimentos e habilidades que evidências e referências, aprofundar e ampliar os significados elaborados
permitem identificar fenômenos e buscar compreendê-los de forma ampla mediante suas participações nas atividades de ensino e aprendizagem.
sob diferentes abordagens.
As situações problematizadoras se relacionam a atividades desafiadoras,
Os modos de apropriação pessoal do conhecimento científico são diversos: com altos níveis de exigência cognitiva, que permitem diferentes formas de
por meio da experimentação, de processos criativos, de modelos explicativos, representação, incentivam o uso de ideias próprias e formas pessoais de
de ciclos mentais (mais indutivos ou dedutivos) do pensar científico nas resolução, fomentam a análise de diferentes pontos de vista com foco no
Ciências da Natureza e na Matemática, nas Linguagens, ou da investigação desenvolvimento da argumentação, do conhecimento e na possibilidade de
de documentos e do estudo do meio nas Ciências Humanas. errar e analisar os próprios erros.
Para além da integração até agora descrita, as Matrizes foram organizadas No processo da problematização, há lugar para errar, buscar entender por
com foco no desenvolvimento integral dos estudantes que, de forma muito que errou, voltar atrás, testar, confrontar ideias, aprender com o outro. É
especial, está explicitado nas Competências Gerais da BNCC. nesse processo que o erro encontra o seu mais forte aliado para assumir
o status de recurso para a aprendizagem ou como oportunidade para
Consideramos que uma forma de conseguir que esse desenvolvimento construir conhecimento.
aconteça é por meio de um conjunto de princípios metodológicos que
articulam as diferentes utilizações das Matrizes, que são: a problematização, As problematizações colocam os estudantes em situação de esforço
a aprendizagem baseada em projetos, os projetos de vida dos estudantes, produtivo, um processo cerebral provocado por uma situação-problema
os multiletramentos, a cultura digital, a aprendizagem colaborativa e o que se relaciona com trabalhar duro em algo difícil de fazer e perseverar
acompanhamento da aprendizagem. Esses princípios de integração, que quando as coisas ficam difíceis para poder progredir. O esforço produtivo
estão considerados nas sugestões dadas, orientam as ações desenvolvidas se relaciona com a capacidade de persistir, de se desafiar e de empreender
a partir das Matrizes para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, esforços pessoais para superar desafios.
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Em todas as Matrizes há propostas de ações problematizadoras segundo a As modalidades de projetos vislumbradas para o desenvolvimento
especificidade de cada área. Quando da utilização delas para produção de pedagógico das Matrizes são descritas a seguir:
diferentes recursos ou propostas educativas, a problematização precisa ser
contemplada. Nossa meta é que, por meio de ações planejadas e conscientes, » Projetos de pesquisa, que compreendemos como processos
as diferentes áreas contribuam para desenvolver a segunda competência estruturados de investigação, com a intenção de responder a
geral da BNCC, que prevê, por meio das ações educativas, que o estudante questões que dialogam com os conteúdos trabalhados pelas Áreas
seja capaz de: de Conhecimento. Muitas vezes, nos projetos de pesquisa, adota-
se o ciclo investigativo, que é uma forma das Ciências produzirem
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das conhecimento, um procedimento humano de pensar e uma
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação metodologia para ensinar e aprender Ciências, e que se dá por meio
e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular da vivência de processos de observação, formulação de hipóteses,
e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos análise e síntese. Esses momentos são permeados por interações
conhecimentos das diferentes áreas. (BRASIL, 2018, pág. 9) entre os participantes da investigação, com os conhecimentos
prévios e com materiais de referência que são acessados
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Questionamentos como esses, especialmente quando relacionados ao » Cidadã – concerne ao encontro do estudante com os outros à
campo profissional, refletem uma das definições que a BNCC apresenta para sua volta e com o seu contexto. É nesse ponto que se fortalecem
os Projetos de Vida, a saber: aquilo “que os estudantes almejam, projetam e diálogos com a família, com a comunidade escolar e com as pessoas
redefinem para si ao longo de sua trajetória” (BRASIL, 2018, p. 472). Estamos de seu território.
diante de uma concepção que faz referência à capacidade que os estudantes
têm de imaginar futuros possíveis, sonhar caminhos para a própria vida » Profissional – tematiza a continuidade dos estudos, o universo
e planejar, no presente, modos de alcançá-los. Não se trata, portanto, produtivo, as dinâmicas do mundo do trabalho e as estratégias para a
de uma simples decisão, mas da habilidade de articular conhecimentos inserção dos alunos na vida profissional.
e vivências para fazer escolhas importantes para a vida. Isso fica ainda
mais evidente quando lemos a caracterização proposta pela BNCC para a Essas dimensões – que não contemplam todos os aspectos de uma vida,
sexta competência geral da Educação Básica, competência que pretende apenas ajudam a localizar e materializar o tema em aula – ecoam perguntas
demarcar o diálogo direto entre Projeto de Vida e trabalho: que permeiam as proposições de práticas pedagógicas de nossa Matriz de
referência: “Quem sou eu?”, “Onde estou?”, “Para onde vou?”, “Qual meu lugar
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de no mundo?”, “Como quero viver?”.
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da Os Projetos de Vida, podemos afirmar, são uma maneira de se posicionar
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência no mundo, de assumir pontos de vista, de pautar atitudes de maneira crítica
crítica e responsabilidade. (BRASIL, 2018, p. 9) e cidadã, e de contribuir com desafios a níveis regionais ou globais, como,
por exemplo, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda
Fundamentados na BNCC, compreendemos os Projetos de Vida não só 2030 da ONU, que imprimem metas para os desafios globais que atingem
como as escolhas futuras dos estudantes, mas também com o presente a população. Trabalhá-los nas escolas, portanto, é um modo de apoiar os
que estes vivenciam na Educação Básica. Entender o que são Projetos de estudantes a aprender mais e melhor, a ver novos e profundos sentidos nos
Vida é importante para que, mais adiante, entendamos como ele se traduz estudos, a buscar formas de viver e se relacionar, no presente e no futuro, de
nas proposições de práticas pedagógicas das Áreas de Conhecimento forma ética e feliz.
apresentadas nesta Matriz curricular de referência.
Como define a BNCC, na sexta competência geral da Educação Básica,
Para construirmos um Projeto de Vida, é preciso atribuir novos sentidos o trabalho intencional com Projetos de Vida pode e deve ser conduzido ao
ao que vivemos. No caso dos estudantes, esse percurso de ressignificação longo de todo o processo de escolarização. No Ensino Fundamental – Anos
aparece como uma grande oportunidade para que conheçam cada vez mais Finais – e no Ensino Médio, essa recomendação é ainda mais explícita. Não
sobre si mesmos (seus gostos, desejos, relações, histórias e, sobretudo, poderia ser diferente, já que as duas etapas educacionais tratam da fase em
valores) e as relações e dinâmicas sociais das quais participam (colocando que os estudantes passam a definir, com mais autonomia, os rumos de suas
em pauta a família, a comunidade, a cidade e os aspectos culturais e vidas, assim como a participar de experiências públicas e comunitárias. É
socioeconômicos do contexto em que vivem). Aqui encontramos um também o momento em que eles se deparam com a proximidade dos desafios
componente ético indispensável: ainda que os Projetos de Vida propiciem e responsabilidades da vida adulta – lembremos, inclusive, que, no contexto
autoconhecimento, as escolhas pessoais geram impactos não só na própria brasileiro de desigualdades econômicas e sociais, muitos dos estudantes já
vida do indivíduo, mas também na das pessoas que se relacionam com ele. assumem diversas responsabilidades familiares, comunitárias e profissionais
ainda durante o percurso escolar, além disso, temos uma parcela significativa
No contexto escolar, a organização de percursos formativos que contemplem de estudantes adultos no contexto educacional brasileiro presentes, por
Projetos de Vida tende a levar em conta pelo menos três dimensões exemplo, na EJA.
interdependentes:
Para o Ensino Fundamental – Anos Finais, em particular –, a BNCC sublinha
» Pessoal – diz respeito à relação do estudante consigo mesmo, à a importância de pôr em evidência temáticas relacionadas às conformações
sua identidade, ao autoconhecimento e ao processo perene de atuais das juventudes – as tecnologias, a diversidade e os direitos humanos,
construção da autonomia. por exemplo. Em um cenário com altos índices de evasão escolar, a
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Não se trata, portanto, apenas de considerar um tipo de cultura letrada como duvidosas, o uso de imagens e formas de expressão mais sintéticas, e mesmo
representativa da cultura de uma sociedade ou de um país, mas também a disseminação de práticas de relacionamento e convivência que podem
incluir as diferentes culturas e patrimônios culturais existentes nessa comprometer a integridade da pessoa.
sociedade, como híbridas, fronteiriças, misturadas e globalizadas.
A uma educação que deseja, como previsto na BNCC, que os estudantes
Incluímos os multiletramentos como princípio integrador nesta Matriz, compreendam e usem as tecnologias digitais de forma crítica, significativa
por entendermos que ele deve ser considerado em todas as áreas do e ética, de modo a poder comunicar-se, acessar e produzir informações,
conhecimento que, com suas linguagens e tecnologias, podem permitir possuir conhecimentos para resolver problemas e exercer protagonismo e
que os estudantes explorem, produzam conteúdos em diferentes mídias e autoria, o desenvolvimento da cultura digital é fundamental.
ampliem seu acesso à cultura, à ciência, à tecnologia, ao mundo do trabalho.
Assim, nas Matrizes, a aplicação de recursos digitais foi integrada com
Assumimos um compromisso coletivo de promover o desenvolvimento o percurso de aprendizagem a ser desenvolvido pelo estudante, para
de habilidades de leitura e de produção de textos (multimodais e permitir fácil e rápido acesso a diversas fontes de informação, possibilitar
multissemióticos) pelos estudantes, habilidades essas que devem ser a articulação do texto escrito com imagem, som e movimento, facilitar a
estimuladas por meio de uma diversidade de práticas cotidianas de leitura, simulação de situações e o desenvolvimento de habilidades como selecionar,
em que se incentiva o acesso, a leitura, a análise e o posicionamento sobre organizar e analisar as informações para utilizá-las adequadamente e auxiliar
os textos que circulam amplamente, bem como a produção de textos, na abordagem de novas ideias e conceitos, entre outros.
comunicando seus conhecimentos, ideias, pontos de vista, valores, contextos
em uma multiplicidade de linguagens, esferas e mídias. Ainda prevemos que as propostas desenvolvidas incluam situações de
investigação, principalmente por meio de atividades nas quais o estudante
Com os multiletramentos, incentivamos a quarta competência geral da construa conhecimento, com pesquisa, elucidação de fenômenos naturais
Base que fala em: complexos ou, ainda, por meio de produções que promovam intervenções
em sua comunidade.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como
Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como No entanto, em se tratando de cultura digital, é preciso ir além, com
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para propostas para desenvolver algumas formas de pensar próprias do
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos Pensamento Computacional e da Programação, marcadas pelo pensar
em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento algorítmico, assim como a linguagem específica da tecnologia computacional
mútuo. (BRASIL, 2018, p. 9) utilizada para descrever processos regrados por etapas bem definidas.
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composições de grupos (duplas, trios, quartetos, grupos de 8 a 10 alunos avaliação que diagnostica se as aprendizagens ocorrem, permitindo analisar
ou uma turma inteira, por exemplo), em diferentes situações como rodas o processo em curso e tomar decisões quanto à sua continuidade.
de conversa, debates regrados, projetos e demais atividades coletivas de
diversas naturezas. Planejamento e avaliação são um par indissociável quando se trata de
acompanhamento da aprendizagem, mas entre ambos ainda estão a gestão
Na aprendizagem colaborativa, o que ganha destaque é a relação entre das ações educativas em si que, especialmente em situações de uso das
os estudantes. Os desafios são enfrentados de modo participativo, Matrizes para contextos escolares, tem no educador que media ações junto
estimulando que cada aluno desenvolva competências – tendo em vista aos estudantes uma figura essencial.
aspectos cognitivos e socioemocionais, tais como responsabilidade, empatia
e resiliência. Os estudantes são estimulados a desenvolver a autonomia O papel do educador antes de tudo se caracteriza por sua presença
e a capacidade de fazer escolhas, convivendo com diferentes pontos de pedagógica, que envolve a mediação focada nas aprendizagens de todos
vista e com a necessidade de tomar decisões. A aprendizagem colaborativa os estudantes, configurando os espaços presenciais ou virtuais da sala de
pressupõe atividades com a circulação da palavra, a escuta, a empatia e aula, como processo de interação em que todos se sintam em condições de
a corresponsabilidade. Cabe mencionar, ainda, que é parte do papel dos participar, tendo voz, opinião e liberdade de experimentar e produzir em
membros dos agrupamentos (de duplas a equipes de 10 ou 12 participantes, diferentes linguagens.
por exemplo) lidar com situações de conflito, expondo pontos de vista,
partilhando argumentos, exercitando a empatia. As divergências que Na concepção de acompanhamento pedagógico, a avaliação tem uma
permeiam as relações humanas precisam ser trabalhadas, porque podem perspectiva formativa que se compõe de três grandes etapas: o diagnóstico,
gerar crescimento dos envolvidos. a análise e a intervenção. Um efetivo processo avaliativo da aprendizagem
se inicia com a coleta de dados, ou seja, com um diagnóstico proveniente da
Nesta abordagem, não se descarta o trabalho individual nem a centralidade observação e do registro do professor e das mais diversas produções dos
da fala do professor, mas estes aspectos compõem e se combinam numa estudantes. De posse desses dados, antes da nota ou de qualquer parecer
diversidade de práticas metodológicas. Mesmo tendo foco na construção sobre o que o estudante aprendeu ou não, a avaliação formativa tem como
coletiva do conhecimento, trata-se de uma metodologia que requer ação e etapa a análise das informações coletadas, pautada pela reflexão sobre as
intencionalidade do professor. aprendizagens esperadas, a atividade proposta e seu desenvolvimento.
O terceiro passo da avaliação responde à tomada de decisão sobre
O trabalho colaborativo está diretamente associado ao conhecimento de como continuar, o que retomar e como agir frente ao parecer sobre as
si e do outro, à autocrítica e à capacidade para lidar com ela, ao exercício aprendizagens dos estudantes. É a fase da intervenção. Completa-se assim
da empatia, do diálogo, da resolução de conflitos e da cooperação. Também o ciclo avaliativo.
ficam favorecidos o respeito ao outro, a valorização da diversidade de
indivíduos, o agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, A intervenção, que nada mais é do que o planejamento de ações para ajustar
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em processos visando à aprendizagem, pode ser imediata quando se identifica
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, que algo que os estudantes deveriam saber e que pode impedir a continuidade
estão previstos nas oitava, nona e décima competências gerais da BNCC. de seu percurso de aprendizagem. Outras vezes, a análise e o planejamento
idealizado permitem antever que o conhecimento ausente neste momento
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Por sua vez, cada intervenção requer nova tomada de dados, novo
diagnóstico e consequente análise de informações para determinar se a
2.5. A ORGANIZAÇÃO
intervenção feita foi efetiva ou precisa ser repensada. Assim se completa o
ciclo: diagnóstico, análise e intervenção; em constante retroalimentação em
DAS MATRIZES¹
direção à aprendizagem de cada estudante.
1. Para visualização da organização das Matrizes, ver o infográfico no final deste texto.
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garantindo que as competências gerais e específicas das áreas fossem para a contemporaneidade e as juventudes. Nos anos finais, há objetos
integralmente mantidas, e fizemos uma priorização entre as habilidades, presentes na BNCC e outros complementares que possuem como objetivo
escolhendo o que denominamos habilidades centrais para a aprendizagem, didatizar ainda mais o processo de desenvolvimento da habilidade.
sem descuidar da progressão entre elas prevista na BNCC e das práticas
constituintes das áreas de conhecimento, tais como a investigação científica As expectativas de aprendizagem evidenciam a progressão curricular
para Ciências da Natureza, a resolução de problemas para Matemática, presente no conjunto de habilidades das Matrizes. Compostas por
as práticas sociais para Linguagens ou a política e o trabalho para Ciências verbos de ação no infinitivo, elas vão se complexificando na medida em
Humanas. A seleção fez recortes para viabilizar a aprendizagem e a formação que as habilidades apresentam novos processos de cognição, podendo
integral em um tempo reduzido. ser entendidos como o conjunto de saberes, de práticas, de vivências, de
informações, de conhecimentos, de valores, de condutas e de atitudes
Esta priorização foi realizada a partir de outra proposta no documento Mapa esperadas como aprendizagens relacionadas a cada habilidade.
de Focos elaborado pelo Instituto Reúna², que considera as habilidades
que apresentam fundamentos inegociáveis para a compreensão de um O campo de sugestões para as práticas abrange tanto estratégias
componente curricular e seus processos, aquelas adequadas ao momento metodológicas quanto sugestões para o acompanhamento das
atual e ao atendimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aprendizagens, em diálogo com o desenvolvimento integral, materializado
da Agenda 2030 da ONU, as mais interdisciplinares e que permitem na relação com as competências gerais, com os Projetos de Vida dos
conexões com outras habilidades de um mesmo componente curricular e estudantes, os temas contemporâneos transversais da BNCC, os Objetivos
que sejam viáveis para desenvolvimento no tempo disponível para o ensino de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, a educação
e a aprendizagem dos estudantes e para os programas educativos nos quais para as relações étnico-raciais e educação em direitos humanos.
estiverem envolvidos. Certamente se tratou de uma escolha criteriosa,
delicada, que permitisse o desenvolvimento integral dos estudantes e a
oportunidade de desenvolvimento cognitivo, integração entre noções e
conceitos de um componente, ou entre distintos componentes na área, e
» A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) estabelece
favorecimento do atendimento à diversidade que caracteriza os estudantes
a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira na
e seus Projetos de Vida.
Educação Básica (incluído pela Lei nº 10.639 de 2003) e a Resolução nº 1,
de 30 de maio de 2012, a educação para os direitos humanos. Ambas têm
como objetivo ampliar o ensino e a aprendizagem no que diz respeito a
diversidade cultural, racial, social, econômica, conectada com os processos
» ODS: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um de promoção dos Direitos Humanos, a fim de formar os estudantes para a
conjunto de 17 metas globais estabelecidas pela ONU para este milênio. cidadania e para a atuação em uma sociedade multicultural e pluriétnica.
Os princípios da Agenda 2030 e dos ODS são: Universalidade (relevante
para todas as pessoas), Integração (equilibra as dimensões ambiental,
social e econômica, lida com contradições e maximiza sinergias), e
Não Deixar Ninguém para Trás (os ODS beneficiam todas as pessoas em
É possível notar que as Matrizes evidenciam caminhos para a integração
todos os lugares).
curricular, sugerindo estratégias que articulam os componentes curriculares
da própria área e das demais áreas do conhecimento no desenvolvimento de
competências e habilidades.
Os objetos do conhecimento sugeridos são instrumentos para que o Considerando as suas características de priorização, as Matrizes poderão
desenvolvimento das habilidades se dê de forma contextualizada, por isso as colaborar prioritariamente com propostas curriculares e programas voltados
escolhas também consideram as situações cotidianas, temas de relevância para a aceleração da aprendizagem, seja na sala de aula, na formação docente
continuada ou na curadoria de materiais. Um uso que as Matrizes podem
ter ainda é relacionado a avaliações diagnósticas e formativas pelo uso das
2. Para conhecer mais a respeito de critérios de flexibilização curricular em situações especiais, ver Mapa da Focos
da BNCC, disponível em: https://institutoreuna.org.br/projeto/mapas-de-foco-bncc/. Acesso: 24 maio 2020. expectativas de aprendizagem trazidas para cada habilidade, que podem servir
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estudantes de todo o país avancem em suas aprendizagens.
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A 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
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Acesso em: 24 maio 2020.
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* Para saber mais sobre a organização das Matrizes, ver o item 2.5 deste texto.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ÁREA
MATEMÁTICA
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Vale destacar que a resolução de problemas está centrada na ideia de A opção por essa organização favorece uma visão mais integrada do
superação de obstáculo – devendo, portanto, não ser de solução imediata conhecimento e uma percepção da gradação de complexidade dentro de
pela aplicação de uma operação ou fórmula conhecida. Deve oferecer cada subunidade.
resistência suficiente, que leve à mobilização de conhecimentos anteriores
disponíveis, bem como a representações e questionamentos para a Incluímos uma nova unidade temática para responder mais diretamente ao
elaboração de novas ideias e de caminhos que visem a solucionar os desafios pensamento computacional, tema bastante enfatizado pela BNCC para a
estabelecidos pela situação problematizadora. formação dos estudantes, mas pouco presente na descrição das habilidades
para este segmento escolar.
É sob uma perspectiva de resolução de problemas que as competências
e habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
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2. A respeito da progressão de aprendizagens e dos critérios de seleção de habilidades para esta matriz, ver o documento
introdutório deste caderno.
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MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA
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EF06MA01
» habilidades que, naturalmente, pela forma de ensino, podem ser Números Naturais
EF06MA03
desenvolvidas em conjunto com as habilidades selecionadas entre
as apresentadas na BNCC para esta matriz, como, por exemplo, EF06MA01
ao resolver problemas envolvendo determinado objeto de EF06MA07
conhecimento, pressupõe-se a aprendizagem de procedimentos EF06MA08
e da linguagem relacionados a este objeto. Números Fracionários EF06MA09
EF06MA11
» habilidades muito específicas que não impedem a continuidade dos EF07MA08
estudos e da aprendizagem dos estudantes, como, por exemplo, EF07MA09
NÚMEROS
utilizar procedimentos para obtenção de uma fração geratriz para
EF07MA03
uma dízima periódica. Números Inteiros
EF07MA04
EF06MA13
A habilidade EF07MA05 — Resolver um mesmo problema utilizando
EF07MA17
diferentes algoritmos — está diretamente relacionada à aprendizagem de
EF08MA04
frações, no entanto, como habilidade ela ultrapassa essa unidade temática
Proporcionalidade EF08MA12
e pode ser entendida como ampla e adequada para o desenvolvimento do
EF08MA13
pensamento computacional em qualquer ano do Ensino Fundamental. Por
EF09MA05
esse motivo, ela se repete tanto na subunidade Números Racionais quanto
EF09MA08
na subunidade Pensamento Computacional.
Funções EF09MA06
No caso da repetição de uma habilidade, há diferenciação nas expectativas continua >>
de aprendizagem e nas sugestões para a prática de acordo com o foco
característico de cada subunidade. Um esquema dessa organização
é o seguinte:
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A matriz contém sugestões para a prática, em que descrevemos brevemente indicação das competências específicas pode auxiliar na definição de
uma série de atividades que podem ser entendidas como propostas para contextos para abordar os conhecimentos da área, inclusive em projetos
desenvolver as expectativas de aprendizagem listadas para determinada interdisciplinares. As sugestões para a prática podem orientar a utilização
habilidade. Para construção dessas atividades, norteamo-nos pela da matriz, no sentido de que ali encontram-se possibilidades tanto para
problematização, bem como por metodologias ativas e integradoras. Essas as aulas como para a produção de diferentes conteúdos e materiais,
sugestões não são o único caminho para desenvolver a habilidade a que elas com indicações de relações entre habilidades, assim como de atividades
se referem, mas esperamos que possam servir como inspiração, e que um ou projetos com a qualidade de favorecer o desenvolvimento de várias
trabalho autoral possa adaptá-las, transformá-las e recriá-las segundo as habilidades simultaneamente.
condições de cada realidade.
No campo dos recursos digitais, simuladores podem também compor estes
recursos, desde que permitam a exploração de forma problematizadora,
3.3.4.2. Na formação docente continuada e não apenas para serem utilizados pelo docente para explicar conceitos
Para a formação docente, deve-se considerar o ensino pautado em resolução da área. Como exemplos, tratar o cálculo algébrico sob o viés da História
de problemas e estratégias para o desenvolvimento do Letramento da Matemática e, em seguida, com demonstrações informais, utilizar a
Matemático. Em termos de metodologias, a matriz apresenta uma série de geometria podem ser uma forma de quebrar com a dificuldade naturalmente
estratégias trazidas na seção Sugestões para a Prática, que são essenciais apresentada pelos estudantes que não veem sentido nas regras de cálculo por
como contexto para a formação de professores, envolvendo o uso de si mesmas. Uma outra subunidade interessante é a que trata do Pensamento
recursos diversos. Computacional, que traz a oportunidade de avançar para o pensar algorítmico
em diferentes unidades temáticas, abandonando a ideia de que toda a
As propostas didáticas sugeridas na matriz, além de conterem uma variedade tecnologia está apenas na utilização de computadores e aplicativos.
de recursos de mídia, de exemplos de situações problematizadoras, da
indicação de como explorar os multiletramentos em Matemática e a relação Recursos digitais que englobem redes sociais podem ser excelentes
de tudo isso com o desenvolvimento das competências e habilidades ferramentas para os trabalhos de intervenção na realidade, com base nos
da BNCC, contribuem para a elaboração de formações que ajudam os conhecimentos matemáticos.
educadores a perceber como deve ser o planejamento destas atividades para
estimular o desenvolvimento do Letramento Matemático e dos processos a A matriz pode servir ainda para a análise de produtos existentes, sejam eles
ele relacionados, além de permitir que haja homologia de processos, em que textos, didáticos, de divulgação, vídeos, aplicativos, sequências didáticas,
os docentes vivenciam experiências de aprendizagem semelhantes às que planos de aulas, ferramentas e recursos que podem se somar na formação
proporão em sua prática. dos estudantes, desde que alinhados aos fundamentos dessa proposta e com
potencial para alcançar os objetivos de aprendizagem delineados para as
As formações podem ser planejadas pelas unidades temáticas da área habilidades selecionadas.
(Números, Álgebra, Geometria, Grandezas e Medidas, Probabilidade e
Estatística), o que permitirá compreender seus conceitos fundantes, suas
características e formas de serem ensinadas e aprendidas. Pode também
acontecer para apoiar a compreensão dos processos matemáticos, em
especial a problematização e a comunicação, ou mesmo para a compreensão 3.4. COMO PODE
de recursos didáticos como jogos, trabalho por projetos, entre outros.
No entanto, o melhor é que esses aspectos se entrelacem sempre, ACONTECER O
independentemente do foco escolhido para uma ação formativa específica.
TRABALHO NA ÁREA
3.3.4.3. Na curadoria e produção de objetos
educacionais Como dissemos antes, a Matemática na BNCC é uma área de um único
Na produção e curadoria de objetos educacionais de conteúdo, como vídeos componente, assim, o que apresentaremos a seguir será a forma como
e textos, é possível utilizar os objetivos de aprendizagem. Além disso, a podem ser organizadas as ações didáticas quando da utilização da matriz
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para a produção de programas e conteúdos educacionais, bem como de projetos, como a educação por projetos, e a modelagem, como a utilização
algumas possibilidades de interface e integração com as demais áreas da linguagem matemática para expressar ideias, conceitos e procedimentos,
do conhecimento. parte importante da formação de leitores e produtores de texto nesta área.
Ao organizar uma aula, um plano de recuperação, de aceleração da
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Matemática, para iniciar a problematização de um conceito, para favorecer situações e o desenvolvimento de habilidades, como selecionar, organizar
as interações frequentes, a formulação de estratégias e a resolução de e analisar as informações para utilizá-las adequadamente; auxiliar na
situações-problema geradas a cada movimento dos oponentes. abordagem de novas ideias e conceitos, entre outros.
Nas propostas de atividades, os estudantes são incentivados a desenvolver
a comunicação por meio da linguagem oral e escrita, explorando as No entanto, em se tratando dessa área, é preciso ir além. A tecnologia pode
habilidades de descrição, explicação e questionamento, o que possibilita desenvolver algumas formas de pensar próprias, marcadas pelo pensar
melhor organização do pensamento para o desenvolvimento de estruturas algorítmico, assim como a linguagem específica da tecnologia computacional
conceituais por intermédio das relações entre os diversos significados de um utilizada para descrever processos regrados por etapas bem definidas.
mesmo conceito, além do aprimoramento da capacidade de compreensão Entre esses recursos de linguagem estão os fluxogramas e os algoritmos
de textos variados, bem como o progressivo incremento das habilidades destacados nas habilidades da BNCC para descrever o processo de
relacionadas à produção textual, na perspectiva dos multiletramentos. resolução de problemas.
Ler gráficos, tabelas, desenhos de objetos em perspectiva ou em forma de
desenhos técnicos, como nos livros didáticos, ler fórmulas e símbolos de O desenvolvimento dessa forma específica de pensar pode ser incentivado
modo correto, assim como produzir textos utilizando esses recursos da quando se permite que os estudantes criem regras e as transformem em
linguagem matemática, devem fazer parte das atividades dos estudantes. algoritmos, como, por exemplo, o procedimento de multiplicar ou dividir
frações, resolver equações de primeiro ou segundo graus, construir uma
Em variadas circunstâncias, é possível a realização de projetos que figura geométrica utilizando um software de geometria dinâmica e muitas
envolvam a Matemática e suas unidades temáticas. Trabalhar com projetos outras possibilidades. Assim, enquanto aprende procedimentos, o estudante
é uma forma de abordar um tema ou responder a uma questão de modo adquire o pensar computacional, ainda que sem a utilização de qualquer
abrangente, ainda que seja complexa. É, ainda, um meio de desenvolver as máquina, apenas com sua própria capacidade de pensar.
ações pedagógicas integradas na escola, envolvendo diversas habilidades de
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e fazer predições com base em amostras de população, são aplicações da anteriores. Planejar a utilização das metodologias integradoras de forma
Matemática em questões do mundo real que tiveram um crescimento muito mais adequada para o ensino de cada objeto de conhecimento ou habilidade
grande e se tornaram instrumentos importantes também para as Linguagens não pode ser feito no momento da aula, uma vez que é preciso considerar os
e as Ciências Humanas. alunos, os recursos disponíveis, o tempo para o ensino e o acompanhamento
das aprendizagens esperadas, sendo que a avaliação é central nesse processo.
A articulação entre Matemática e Ciências da Natureza se dá pela leitura,
pela escrita e pela resolução de problemas, nos quais a Matemática A avaliação em seu caráter diagnóstico é feita sempre que for necessário
permite o desenvolvimento de modelos que sintetizam as investigações, a ouvir e observar os estudantes, para permitir que expressem ou registrem
generalização de resultados encontrados e a possibilidade de utilizá-los na o que sabem, ou pensam que sabem, sobre um conceito, um problema, uma
resolução de problemas semelhantes. observação sistemática etc. A avaliação deve cumprir também seu papel
de acompanhamento do processo de aprendizagem, quando o professor
Além disso, projetos de tipos diferentes naturalmente serão cenários observa, registra, solicita que o estudante fale ou represente como pensou,
propícios à integração da Matemática com as demais áreas de conhecimento. como fez, ou o que não entendeu.
5. A respeito do uso das expectativas de aprendizagem da matriz para avaliação ver o documento introdutório
4. A respeito do acompanhamento da aprendizagem e de presença pedagógica, ver o texto da introdução deste caderno. deste caderno.
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NÚMEROS
da aprendizagem)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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NÚMEROS
da aprendizagem)
Além disso, sugere-se propor atividades em que é preciso estimar se determinado valor é
HABILIDADE suficiente para comprar um produto ou situações em que basta fazer o arredondamento
(habilidade relacionada a essa unidade temática) de um valor para tomar uma decisão. Essas são propostas em que a habilidade de estimar
é solicitada sem a necessidade do cálculo exato.
(EF06MA03)
Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou escritos, exatos Pode-se observar que, ao propor atividades envolvendo os tópicos sugeridos, a
ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias variadas, com Competência Específica 6 é favorecida, pois se coloca o estudante diante de situações
compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de calculadora. desconhecidas previamente, desenvolvendo simultaneamente os conceitos matemáticos
previstos. A Competência Geral 9 também pode ser desenvolvida quando é solicitada
a resolução coletiva de problemas, em que o respeito à opinião alheia, a empatia com o
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM próximo e a cooperação com propósito comum são fundamentais. Também é importante
(o que deverá ser aprendido) lembrar que a capacidade de resolver problemas pode impactar a forma com que o
estudante se posiciona diante de uma situação, realiza escolhas e pratica ações que
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: impactam diretamente na criação de seus Projetos de Vida.
» Associar um problema à operação entre números naturais.
» Operar com números naturais.
» Identificar o tipo de resposta numérica para o problema (resposta exata ou aproximada).
» Utilizar calculadoras simples para as quatro operações com números naturais.
» Propor problemas em contextos que envolvam números naturais.
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NÚMEROS
da aprendizagem)
Esta habilidade é a primeira de uma série que tem como objeto de conhecimento
SUBUNIDADE: NÚMEROS FRACIONÁRIOS as frações e os números fracionários decimais. Cada uma das habilidades desse
agrupamento amplia de alguma forma a anterior. Isso significa que uma mesma
proposta didática pode alcançar várias das habilidades que são propostas na BNCC
para diferentes anos da escola regular.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA
Para começar, a ideia é que o estudante compreenda o Conjunto dos Números Racionais
1, 8 como uma ampliação do Conjunto dos Números Naturais, pois esse último apresenta
limitações para seu uso envolvendo quantidades não inteiras em medições, no sistema
monetário e na expressão de quocientes sem resto. Esta habilidade especificamente tem
OBJETOS DO CONHECIMENTO como foco o conceito de equivalência de frações e as representações desses números.
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade)
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Sistema de numeração decimal: características, leitura, escrita e comparação » Utilize dobraduras e origamis para comparar as áreas das diferentes figuras,
de números racionais representados na forma decimal. procurando determinar aquelas que apresentam a mesma área;
» Converta a representação fracionária (decimal) de um número racional em sua
correspondente representação decimal através de representações próprias (figuras);
HABILIDADE » Localize, com apoio de diferentes instrumentos de medida (régua, transferidor, trena,
(habilidade relacionada a essa unidade temática) metro padrão etc.), números racionais em sua representação decimal.
(EF06MA01) Projetos que envolvam medições de espaços com dimensões realistas favorecem a
Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números racionais utilização dos números racionais e as operações entre eles em contextos significativos
cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica. para o estudante.
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NÚMEROS
da aprendizagem)
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA Atividades adequadas para desenvolver esta habilidade são as que utilizam múltiplas
ideias associadas à fração. Entender a fração como parte de um todo (contínuo
2, 6 ou discreto), como sendo o quociente (exato) entre dois números inteiros, está
intrinsecamente associado à compreensão de situações-problemas envolvendo a
determinação de partes a partir do todo ou vice-versa. O uso de representações
OBJETOS DO CONHECIMENTO (pictóricas, segmentos de retas etc.) auxilia na compreensão das frações próprias,
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) impróprias, aparentes e na forma mista.
» Frações: significados (parte/todo, quociente), equivalência, comparação, Para isso, sugere-se que o estudante possa:
adição e subtração. » Representar uma mesma fração usando todos contínuos e discretos;
» Cálculo da fração de um número natural. » Representar frações de diferentes formas geométricas (retângulos, círculos,
» Adição e subtração de frações. quadrados, triângulos equiláteros, polígonos regulares etc.) a fim de distinguir
aquelas que são próprias das que são impróprias;
» Utilizar instrumentos de medida, como a fita métrica, para representar frações
HABILIDADE próprias, impróprias, aparentes e na forma mista;
(habilidade relacionada a essa unidade temática) » Usar instrumentos de medida cotidianos (xícaras, colheres, copos etc.) e do
mundo do trabalho (parafusos, canos, monitores etc.) para interpretar medidas
(EF06MA07) expressas como frações impróprias não aparentes (forma mista).
Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes
de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes. Pode-se observar que um trabalho baseado nos itens sugeridos pode colaborar com o
desenvolvimento da Competência Geral 6, pois valoriza estratégias importantes para
o exercício da cidadania e a inserção do estudante no mundo do trabalho. Além disso,
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM as sugestões mostram uma possibilidade de realizar atividades que desenvolvam
(o que deverá ser aprendido) vários conceitos próprios da Unidade Temática Números, bem como Grandezas e
Medidas, de maneira simultânea. Contextos envolvendo medidas oriundas de outras
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: áreas do saber, por exemplo, das Ciências da Natureza e das Ciências Humanas,
» Relacionar frações a representações de partes de um inteiro. também podem colaborar no desenvolvimento desta habilidade.
» Relacionar frações a representações do quociente (exato) de dois inteiros.
» Reconhecer frações maiores que um inteiro.
» Representar frações maiores que um inteiro nas formas fracionária e mista.
» Comparar frações menores e maiores do que um inteiro.
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(o que deverá ser aprendido)
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da aprendizagem)
Esta habilidade amplia o conceito de fração construído até aqui, quando a ideia de
SUBUNIDADE: NÚMEROS FRACIONÁRIOS razão entre duas grandezas passa a ser representada por um número fracionário. É
possível propor ao estudante atividades que relacionem as Unidades Temáticas de
Números e de Grandezas e Medidas pela comparação dos valores das medidas de
duas grandezas. Uma possibilidade para o desenvolvimento inicial desta habilidade é
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA comparar a quantidade de estudantes entre duas salas, ou da sala com a escola, ou até
mesmo com sua comunidade local. Realizar comparações envolvendo diferentes tipos
2, 3, 5, 6 de grandezas (discretas e contínuas) constrói o conceito de razão. Também é possível
pensar em razões que envolvam comparações de grandezas de naturezas diferentes,
como é o caso da velocidade média de um móvel, a densidade demográfica de uma
OBJETOS DO CONHECIMENTO região, escalas, a densidade de um corpo etc.
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade)
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Fração e seus significados: como parte de inteiros, resultado da divisão, razão e operador. » Compare o número de elementos entre dois conjuntos com quantidades
diferentes a fim de verificar quantas vezes um é maior/menor que o outro;
» Realize duas medições (comprimento, massa, distância, temperatura) e
HABILIDADE verifique quantas vezes uma é maior/menor que a outra;
(habilidade relacionada a essa unidade temática) » Determine a velocidade média de um corpo conhecendo a distância percorrida
por ele e o tempo para percorrê-la;
(EF07MA08) » Compare o índice de desempenho de dois atletas do futebol ou do basquete
Comparar e ordenar frações associadas às ideias de partes de inteiros, em termos de pontos em um campeonato;
resultado da divisão, razão e operador. » Calcule, a partir da densidade demográfica e da área de uma região, seu
número de habitantes.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que o desenvolvimento desta habilidade está fortemente
(o que deverá ser aprendido) relacionado à Competência Específica 3, pois o estudante deve articular
conhecimentos de áreas distintas da Matemática (números e grandezas) para resolver
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: problemas em um determinado contexto. Investigando as relações entre as grandezas
» Comparar duas grandezas por meio da razão entre suas medidas. envolvidas em uma situação, estimula-se o desenvolvimento da Competência
» Identificar a fração como representação da razão entre duas grandezas, Específica 4. Já ao elaborar projetos de colaboração mútua para realizar tais
em diferentes contextos. comparações, privilegia-se a Competência Específica 8. Muitos contextos envolvendo
» Comparar frações apresentadas em suas diversas formas e em diferentes contextos. a área de Ciências da Natureza podem ser úteis no desenvolvimento desta habilidade.
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Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Pode-se observar que o desenvolvimento desta habilidade está em consonância com a
» Reconhecer números negativos em situações contextualizadas e históricas. Competência Geral 2 e a Competência Específica 2, quando é possibilitado ao estudante
» Representar números negativos na reta numérica. testar suas hipóteses em relação às posições ocupadas pelos números inteiros na reta
» Comparar números inteiros. numérica e, com isso, resolver diferentes situações e atribuir um significado às operações
» Compreender o conceito de oposto de um número inteiro. de adição e subtração envolvendo tais números. A elaboração de projetos colaborativos
» Utilizar a adição e subtração de números negativos de investigação sobre os números inteiros implica diretamente o desenvolvimento da
Competência Específica 8.
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(EF07MA04) Também sugere-se propor situações reais em que seja necessário determinar ganhos e
Resolver e elaborar problemas que envolvam operações com números inteiros. perdas sucessivas a fim de determinar sua situação final.
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NÚMEROS
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Esta e as próximas três habilidades seguem a mesma lógica das frações, agora com
SUBUNIDADE: NÚMEROS RACIONAIS números racionais, desde a compreensão desses números e suas representações até a
resolução de problemas.
(EF07MA10) Pode-se observar que o desenvolvimento desta habilidade está muito próximo da
Comparar e ordenar números racionais em diferentes contextos e associá-los aprendizagem de conceitos relacionados ao ODS 8, quando o estudante se depara com
a pontos da reta numérica. a ordenação de índices econômicos (expressos na forma decimal), e ao ODS 13, desde
que ele seja incentivado a interpretar variações de temperaturas de uma localidade
ao longo do tempo. Propor projetos envolvendo diferentes componentes curriculares
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM pode, inclusive, favorecer o desenvolvimento da Competência Específica 7.
(o que deverá ser aprendido)
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da aprendizagem)
Esta habilidade amplia o que foi proposto nas habilidades anteriores no sentido de trazer
SUBUNIDADE: NÚMEROS RACIONAIS a potenciação com expoentes inteiros e a notação científica como aprofundamento das
operações básicas com números racionais.
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Esta habilidade não deve ser interpretada como meramente procedimental. Ela
SUBUNIDADE: NÚMEROS REAIS possui uma forte relação com a História da Matemática que pode ser utilizada para
apresentação dos números irracionais. Também é possível desenvolver um trabalho
correlacionando as Unidades Temáticas de Números, de Geometria e de Grandezas e
Medidas no desenvolvimento desta habilidade.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA
A determinação da medida da diagonal do quadrado, a verificação da razão entre o
1, 2, 3, 5 comprimento da circunferência e seu diâmetro e o cálculo da altura de um triângulo
equilátero são bons exemplos para a introdução do conceito de número irracional.
A utilização de calculadoras com o intuito de otimizar os cálculos envolvidos nas
OBJETOS DO CONHECIMENTO aproximações de um número irracional favorece a compreensão de que a parte decimal
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) de um número irracional é infinita e não periódica. Por último, o uso de softwares de
geometria dinâmica auxilia na localização de diferentes números irracionais na reta
» Necessidade dos números reais para medir qualquer segmento de reta. numérica a partir das construções geométricas efetuadas pelo estudante.
» Números irracionais: reconhecimento e localização de alguns na reta numérica.
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Calcular, a partir da área de um quadrado, a medida de seu lado usando a radiciação;
HABILIDADE » Determinar a medida da diagonal de um quadrado de lado unitário, com ou sem
(habilidade relacionada a essa unidade temática) o uso de calculadora;
» Comparar as razões entre o comprimento de diferentes circunferências e seus
(EF09MA02) respectivos diâmetros a fim de caracterizar uma aproximação para o número pi;
Reconhecer um número irracional como um número real cuja representação decimal é » Construir, com ou sem o auxílio de software de geometria dinâmica, quadrados
infinita e não periódica, e estimar a localização de alguns deles na reta numérica. com diferentes lados e transferir a medida de suas diagonais na reta numérica
com objetivo de localizar a posição de alguns números irracionais.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se notar que existe uma relação entre o desenvolvimento desta habilidade e das
(o que deverá ser aprendido) Competência Geral 1 e Competência Específica 1, ao se utilizar a História da Matemática
para propor atividades que suscitem um novo tipo de número para representar
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: determinadas medidas. Recursos tecnológicos, como calculadoras e softwares de geometria
» Identificar um número racional pela sua expansão decimal finita ou infinita periódica. dinâmica, mostram o potencial que pode ser explorado, utilizando estratégias vinculadas
» Reconhecer números irracionais em situações de medição. ao desenvolvimento das Competência Geral 5 e Competência Específica 5. Além disso, as
» Aproximar um número irracional por números inteiros e racionais. Competência Específica 2 e 3 são favorecidas quando o estudante se coloca em uma posição
» Localizar um número irracional na reta numérica. investigativa para construir o conceito de irracionalidade, envolvendo diferentes unidades
temáticas da Matemática.
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NÚMEROS
da aprendizagem)
Projetos que envolvam cálculo de medidas podem ser utilizados para o desenvolvimento
SUBUNIDADE: NÚMEROS REAIS desta habilidade de tal modo que as operações entre números reais possam ser tratadas
em contextos significativos. A determinação de medidas na construção civil ou na
indústria servem inclusive para uma discussão adequada sobre medidas aproximadas ou
exatas dependendo do problema que se deseja resolver.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
1, 3, 5 » Calcular a maior distância entre os caibros de uma cumeeira (lado maior de um
triângulo isósceles), utilizando a relação pitagórica;
» Determinar a medida de travas de sustentação de portões (diagonal de retângulo)
OBJETOS DO CONHECIMENTO conhecendo as medidas de seus lados;
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) » Obter a distância (exata e aproximada) entre o todo de uma cumeeira e o solo
da fachada de uma residência, utilizando adição de números irracionais;
» Números reais: notação científica e problemas. » Calcular o diâmetro de um parafuso para junção de peças com orifícios circulares.
Pode-se notar que a Competência Geral 6 está em desenvolvimento com esta habilidade
HABILIDADE na medida em que o estudante se depara com problemas do mundo do trabalho e que o
(habilidade relacionada a essa unidade temática) auxiliam a pensar sobre seu Projeto de Vida ao vivenciar situações de algumas profissões
reais. Além disso, ao enfrentar problemas que articulam conceitos matemáticos de
(EF09MA04) diferentes unidades temáticas, a Competência Específica 3 também é mobilizada
Resolver e elaborar problemas com números reais, inclusive em notação científica, pelo estudante.
envolvendo diferentes operações.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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OBJETOS DO CONHECIMENTO Para a conceituação da letra como variável, sugerem-se atividades para:
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) » Expressar valores a serem pagos por um determinado produto (combustível,
alimentos, energia etc.) ao variar a quantidade adquirida;
» Linguagem algébrica: variável e incógnita. » Representar a quantidade variável em uma relação de compra de uma
mercadoria com preço unitário fixo, utilizando uma letra para representar a
variável independente.
HABILIDADE
(habilidade relacionada a essa unidade temática) Para o conceito de incógnita, sugerem-se atividades para:
» Determinar valores desconhecidos em disposições geométricas diversas
(EF07MA13) (quadrados mágicos, pirâmides de números etc.) com o intuito de compreender
Compreender a ideia de variável, representada por letra ou símbolo, para expressar o conceito de incógnita;
relação entre duas grandezas, diferenciando-a da ideia de incógnita. » Elaborar esquemas baseados nas propriedades fundamentais da aritmética
(adição/subtração e multiplicação/divisão) para determinar termos desconhecidos
em uma determinada operação elementar;
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM » Expressar, através de uma igualdade, uma operação elementar (ou composição de
(o que deverá ser aprendido) operações) na qual um de seus termos é desconhecido, com objetivo de entender
o conceito de incógnita;
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: » Expressar um termo qualquer de uma sequência numérica ou figural que obedece
» Compreender os conceitos de variável e de incógnita em situações contextualizadas. a uma regra que possa ser expressa algebricamente.
» Distinguir os conceitos de variável e de incógnita.
» Utilizar esses dois conceitos, usando letras para modelar a relação entre duas grandezas Pode-se observar que a Competência Específica 6 é amplamente explorada no
e equações de 1º grau. desenvolvimento desta habilidade quando o estudante se depara com a necessidade de
utilizar uma outra linguagem (algébrica) para representar fenômenos que apresentam
valores desconhecidos, sejam eles variáveis ou constantes. A Competência Geral 2 também
está em desenvolvimento quando o estudante exerce sua curiosidade e postura investigativa.
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Esta habilidade é mais elaborada por envolver dois objetos de conhecimento complexos:
SUBUNIDADE: CÁLCULO ALGÉBRICO fatoração e resolução de equações do 2º grau. Além disso, ela requer a resolução e a
elaboração de problemas que envolvam equações do 2º grau. No entanto, a redação
dessa habilidade permite concluir que a ênfase na fatoração deve ser apenas o suficiente
para a resolução de equações do 2º grau.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA
Situações significativas que envolvem equações do 2º grau são as de caráter geométrico,
2, 3 por exemplo, completar quadrados, determinar a medida do lado do quadrado que
apresenta determinada área e, consequentemente, encontrar a solução (positiva) da
equação associada. Problemas que envolvam o cálculo de áreas de retângulos, quadrados
OBJETOS DO CONHECIMENTO ou composições entre ambos são bons motivadores para o desenvolvimento desse assunto.
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade)
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Expressões algébricas: fatoração e produtos notáveis. » Representar as áreas dos termos de um polinômio do 2º grau com uma variável
» Resolução de equações polinomiais do 2º grau por meio de fatorações algébricas. utilizando retângulos e quadrados;
» Compor, com os retângulos e quadrados citados no item anterior, um único
quadrado ou retângulo com o intuito de descobrir sua área total e compreender as
HABILIDADE medidas dos lados da figura final como a fatoração do trinômio do 2º grau;
(habilidade relacionada a essa unidade temática) » Utilizar os procedimentos anteriores para equações do 2º grau cujo primeiro
membro não seja um trinômio quadrado perfeito, a fim de completar a figura
(EF09MA09) obtida para obter um quadrado ou retângulo;
Compreender os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em suas » Descrever, utilizando expressões algébricas, o procedimento explicado no item
relações com os produtos notáveis, para resolver e elaborar problemas que possam ser anterior com objetivo de generalizar o caso observado para situações particulares;
representados por equações polinomiais do 2º grau. » Obter uma equação do 2º grau a partir de uma situação envolvendo a composição
de áreas de figuras geométricas.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que a Competência Específica 2 está plenamente atendida no
(o que deverá ser aprendido) desenvolvimento das sugestões propostas, pois o estudante apresenta uma postura
investigativa e produz conhecimentos matemáticos para solucionar a situação proposta.
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Esta habilidade se complementa na subunidade seguinte, em que o foco é a resolução de
» Fatorar expressões de 2º grau com uma variável. problemas envolvendo equações do 2º grau.
» Relacionar expressões fatoradas a produtos notáveis com uma variável.
» Associar, pela fatoração, a resolução de equações polinomiais do 2º grau à resolução
de equações do 1º grau.
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OBJETOS DO CONHECIMENTO É interessante também mostrar a abordagem histórica que resultou na chamada
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) "fórmula de Bháskara" e propor situações-problema que envolvem equações do 2º grau,
utilizando relações entre áreas de figuras, e situações financeiras que descrevam lucro ou
» Resolução de situações envolvendo equações polinomiais do 2º grau por meio recebimento por expressões polinomiais de 2º grau.
de fatorações algébricas.
Além da Competência Específica 2, quando o estudante apresenta uma postura
investigativa e produz conhecimentos matemáticos para solucionar a situação proposta,
HABILIDADE as Competências Específicas 1 e 6 também são solicitadas na medida em que o estudante
(habilidade relacionada a essa unidade temática) se depara com processos de cálculo construídos em diferentes momentos da história
e em culturas muito diversas da nossa e pode comparar os recursos de linguagem que
(EF09MA09) ele possui em relação aos do século 10, quando Bháskara sistematizou a resolução das
Compreender os processos de fatoração de expressões algébricas, com base em suas equações de 2º grau.
relações com os produtos notáveis, para resolver e elaborar problemas que possam ser
representados por equações polinomiais do 2º grau.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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» Problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais e grandezas Como sugerido na habilidade anterior, projetos de Educação Financeira ou envolvendo
inversamente proporcionais. questões ambientais e de sustentabilidade são importantes para envolver o estudante,
mas essas propostas podem ser ampliadas com a construção de mapas ou maquetes
usando escalas.
HABILIDADE
(habilidade relacionada a essa unidade temática) Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Relatar, utilizando uma expressão numérica, como o valor de uma mercadoria
(EF07MA17) se altera ao modificar proporcionalmente a quantidade adquirida;
Resolver e elaborar problemas que envolvam variação de proporcionalidade direta » Calcular o tempo necessário para percorrer uma distância fixa ao aumentar
e de proporcionalidade inversa entre duas grandezas, utilizando sentença algébrica proporcionalmente a velocidade média para percorrê-la;
para expressar a relação entre elas. » Determinar a razão envolvida em uma situação em que as grandezas são
inversamente proporcionais;
» Elaborar situações envolvendo proporcionalidade direta ou inversa utilizando
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM contextos cotidianos a fim de se apropriar da "regra de três";
(o que deverá ser aprendido) » Construir gráficos de setores, relacionando dados obtidos em uma pesquisa à
medida do ângulo central do círculo do gráfico;
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: » Produzir esboços e mapas ou maquetes utilizando escalas.
» Reconhecer a proporcionalidade direta ou inversa na relação entre duas grandezas.
» Representar a relação de proporcionalidade entre duas grandezas por uma Além das capacidades e competências citadas na habilidade anterior, as sugestões
relação algébrica. propostas colaboram com o desenvolvimento da Competência Específica 3 quando
» Compreender a "regra de três" como modelo para determinar valor de contextualizam a variação entre os tipos de grandezas e dão um significado a
grandezas proporcionais. procedimentos como aquele associado à "regra de três". Dessa maneira, o estudante
» Resolver problemas que envolvam relações de proporcionalidade com ou sem a ressignifica os conceitos matemáticos, dando um caráter aplicado aos procedimentos
aplicação da "regra de três". concebidos por ele.
» Elaborar problemas envolvendo o conceito de proporcionalidade entre
duas grandezas.
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que a Competência Geral 6 é fortemente associada a esta habilidade
(o que deverá ser aprendido) no momento em que o estudante é instrumentalizado para a vivência na sociedade
e articula, simultaneamente, seu Projeto de Vida. A Competência Específica 7 está
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: associada a esta habilidade no que se refere à elaboração de um projeto que supra as
» Conhecer as ferramentas de calculadoras simples para o cálculo de porcentagens. necessidades pessoais e/ou coletivas sobre como reconhecer os cálculos envolvendo a
» Calcular porcentagens em acréscimos e decréscimos simples, inclusive com cobrança e o pagamento de juros e descontos. Além disso, a compreensão da utilização
o uso de calculadora. dos recursos tecnológicos nas sugestões está nitidamente conectada com a Competência
» Resolver problemas contextualizados que envolvam o conceito e o cálculo Geral 5 e a Competência Específica 5.
de porcentagem.
» Elaborar situações-problema que envolvam porcentagem.
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Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Pode-se observar que as estratégias sugeridas estão em consonância com a
» Identificar a relação de proporcionalidade ou não entre duas grandezas em contextos. Competência Geral 4 ao possibilitarem ao estudante utilizar diferentes linguagens para
» Distinguir a proporcionalidade direta ou inversa entre duas grandezas. comunicar os resultados obtidos a partir de suas explorações.
» Expressar, por meio de uma expressão algébrica, a relação de proporcionalidade
entre duas grandezas.
» Representar no plano cartesiano os gráficos correspondentes à variação de
proporcionalidade entre duas grandezas (direta ou inversamente proporcionais).
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que o trabalho proposto complementa a Competência Geral 7 no
(o que deverá ser aprendido) sentido de que o estudante elabora argumentos matemáticos para explicitar suas
conclusões e define estratégias para resolver situações de proporcionalidade.
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento:
» Diferenciar relações de proporcionalidade direta e inversa entre duas grandezas.
» Identificar relações de proporcionalidade em escalas, divisões em partes proporcionais
e taxas de variação de duas grandezas.
» Utilizar procedimentos de cálculo para resolver problemas que envolvam
relações de proporcionalidade.
» Associar a relação de proporcionalidade entre grandezas a contextos diversos.
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ÁLGEBRA
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Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Pode-se observar que a Competência Específica 1 é favorecida no desenvolvimento
» Identificar relações entre grandezas que correspondam a funções e não funções desta habilidade, pois conduz o estudante à gênese do conceito de função como
em contextos diversos. instrumento matemático que sistematiza os conceitos oriundos de outras áreas
» Associar a descrição verbal de uma função à sua expressão algébrica e a seu gráfico. matemáticas, ou seja, coloca o estudante na posição de formulador do conhecimento
» Interpretar situações descritas por funções apresentadas em qualquer de matemático e não apenas de consumidor passivo de conceitos.
suas representações.
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Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Uma vez que essa é a única habilidade relacionada aos sólidos geométricos na BNCC
» Identificar faces, vértices e arestas em prismas e pirâmides. dos Anos Finais, é importante que esse conjunto de sólidos possa ser utilizado em
» Relacionar o número de faces, vértices e arestas de prismas e pirâmides ao número situações-problema que envolvam medidas de diagonais, lados, ângulos das faces
de lados do polígono da base. e áreas laterais e totais, como forma de os estudantes aplicarem conhecimentos da
» Identificar a quantidade de faces, vértices e arestas de prismas e pirâmides em geometria plana e das medidas em figuras espaciais, alcançando, assim, também as
diferentes representações planas desses sólidos. Competências Específicas 3 e 6.
» Resolver problemas que envolvam as relações entre os elementos de prismas e
pirâmides e suas bases.
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GEOMETRIA
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Esta é a habilidade mais básica para o estudo da geometria plana que é proposta pela
SUBUNIDADE: GEOMETRIA PLANA EUCLIDIANA BNCC. Inicialmente, é essencial que o conceito de ângulo seja estabelecido. Por isso,
é importante considerar as duas ideias seguintes: a de giro em torno de um ponto e a
de abertura entre duas semirretas de mesma origem. Para o desenvolvimento desta
habilidade, é possível explorar contextos diversos. Por exemplo, o giro de um dente na
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA ortodontia, o movimento de uma peça na indústria ou a trajetória de um avião auxiliam
na determinação da primeira ideia, enquanto a análise e exploração dos ângulos internos
1, 3 (e externos) de polígonos contribuem com o desenvolvimento da segunda. Definições
baseadas em segmentos de retas orientados com mesma origem podem auxiliar o
estudante na identificação dos tipos de ângulos e suas aplicações.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Elaborar itinerários que representem as mudanças de direção entre dois locais,
» Ângulos: noção, usos e medida. por exemplo, aquelas mostradas em aplicativos de navegação, a fim de identificar
os ângulos que indicam tais alterações;
» Explorar a abertura determinada pelos ponteiros de um relógio analógico com
HABILIDADE intuito de desenvolver a ideia de que o que define o ângulo é sua abertura, e não o
(habilidade relacionada a essa unidade temática) comprimento de seus lados;
» Indicar, em diferentes horários mostrados pelos ponteiros de um relógio
(EF06MA25) analógico, quais ângulos possuem seus lados perpendiculares entre si (ângulo
Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às figuras geométricas. reto) e quais possuem uma abertura menor ou maior que a de um ângulo reto
(ângulos agudos ou obtusos e raso);
» Usar o ângulo reto de uma régua ou de um esquadro para verificar, em diferentes
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM tipos de triângulos e quadriláteros, os tipos de ângulo interno que apresentam e
(o que deverá ser aprendido) classificar essas figuras de acordo com seus ângulos.
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Pode-se observar que a Competência Específica 1 é desenvolvida nesta habilidade
» Compreender a noção de ângulo como giro em torno de um ponto. quando o estudante coloca em prática os conceitos matemáticos (ângulos) para
» Associar a noção de ângulo a sua representação geométrica. compreender e fazer intervenções no mundo do trabalho.
» Identificar ângulos em polígonos e nas faces de poliedros.
» Diferenciar ângulos retos e não retos.
» Utilizar o conceito de ângulo na classificação de triângulos e quadriláteros de acordo
com os ângulos dessas figuras.
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É possível propor atividades que partam do nível de análise e progridam até o nível
SUBUNIDADE: GEOMETRIA PLANA EUCLIDIANA de dedução formal previstos na teoria de Van Hiele no desenvolvimento desta
habilidade. É altamente recomendável que, inicialmente, o estudante obtenha
os polígonos a partir da planificação dos sólidos geométricos e, a partir desse
momento, analisem suas propriedades para elaborar classes de polígonos que
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DE ÁREA apresentem características comuns (triângulos, quadriláteros, polígonos regulares
etc.). A quantidade de lados de um polígono, a medida de seus lados (se são ou
5 não congruentes) e a posição ocupada por um em relação ao outro (paralelos ou
perpendiculares) são exemplos de possibilidades para efetuar tais classificações.
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GEOMETRIA
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O ensino para desenvolver esta habilidade pode se iniciar com o recurso à História da
SUBUNIDADE: GEOMETRIA PLANA EUCLIDIANA Matemática, mostrando a importância que os triângulos possuem desde a Antiguidade
até as obras e construções nos dias atuais. É importante que o estudante note que todo
polígono pode ser decomposto em triângulos e, por isso, o estudo das propriedades dos
triângulos e suas características favorece o domínio de muitos conceitos geométricos.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA Contextos que envolvam a rigidez triangular, como construção de telhados e fixação
de estruturas, podem constituir boas sugestões de problematizações para que os
3, 5 estudantes desenvolvam outras aplicações baseadas em triângulos.
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GEOMETRIA
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Esta habilidade deve ser relativizada, pois sua importância está nas consequências que
SUBUNIDADE: GEOMETRIA PLANA EUCLIDIANA dela derivam: o teorema de Tales e a semelhança de triângulos. Ela por si só tem seu valor
restrito à possibilidade de propor situações investigativas ao estudante. Essa investigação
pode ser feita com o apoio de softwares de geometria dinâmica para potencializar a
aprendizagem desta habilidade. Utilizando os recursos tecnológicos, o estudante é capaz
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DE ÁREA de alterar a posição da reta transversal e verificar instantaneamente como a medida dos
ângulos determinados se alteram e, com isso, elaborar hipóteses sobre suas congruências
2 ou suplementariedade. A utilização de transformações geométricas (isometrias) pode
ampliar o repertório de recursos para o estudante comprovar suas ideias prévias sobre os
pares de ângulos nesse tipo de construção geométrica.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Construir, com apoio de instrumentos de medida (régua e esquadro) ou software
» Relações entre os ângulos formados por retas paralelas intersectadas de geometria dinâmica, um feixe de retas paralelas e uma reta transversal e
por uma transversal. identificar os pares de ângulos determinados na construção;
» Utilizar simetria de reflexão para determinar pares de ângulos opostos pelo
vértice na construção obtida anteriormente a fim de verificar sua congruência;
HABILIDADE » Determinar, entre os pares de ângulos delimitados na construção anterior, quais
(habilidade relacionada a essa unidade temática) são congruentes entre si utilizando reflexões e translações;
» Usar transferidor ou software de geometria dinâmica para comparar as medidas
(EF07MA23) dos pares de ângulos determinados na construção anterior a fim de identificar
Verificar relações entre os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma quais são suplementares entre si;
transversal, com e sem uso de softwares de geometria dinâmica. » Identificar a posição em que os pares de ângulos se encontram em relação à reta
transversal e/ou às regiões delimitadas pelos pares de retas paralelas a fim de
caracterizá-los [Opostos pelo Vértice, Correspondentes, Colaterais (internos e
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM externos) e Alternos (interno e externos)], com o cuidado de não enfatizar essa
(o que deverá ser aprendido) nomenclatura dos ângulos.
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: Pode-se observar que a Competência Específica 2 é desenvolvida simultaneamente com
» Reconhecer os ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma reta transversal. esta habilidade ao propiciar ao estudante o desenvolvimento de seu raciocínio lógico
» Relacionar as medidas dos diversos pares de ângulos formados por retas paralelas através da experimentação das características apresentadas na construção geométrica
cortadas por uma reta transversal. efetuada. Além disso, a Competência Geral 5 e Competência Específica 5 também são
» Conhecer as ferramentas de um software de geometria dinâmica. favorecidas, pois o estudante dispõe de diferentes maneiras para verificar suas hipóteses
» dentificar as relações entre ângulos formados por retas paralelas cortadas por uma reta e comprovar seus resultados.
transversal utilizando um software de geometria dinâmica.
Esta habilidade também se relaciona diretamente com EF09MA13 e EF09MA14.
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GEOMETRIA
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que, de acordo com as sugestões propostas, a Competência Específica
(o que deverá ser aprendido) 2 é amplamente desenvolvida nos momentos em que se solicita ao estudante elaborar
argumentos baseados em evidências matemáticas para justificar um resultado geral que
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: não envolva apenas um triângulo específico, mas, sim, todos os triângulos existentes.
» Investigar a condição de existência de triângulos em função das medidas de seus lados.
» Relacionar as propriedades de ângulos entre retas paralelas cortadas ou uma reta
transversal a medidas dos ângulos internos de um triângulo.
» Verificar que a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é 180°.
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GEOMETRIA
da aprendizagem)
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DE ÁREA Para chegar a demonstrar algo, é interessante levar o estudante do nível de análise para
os níveis de dedução informal e, posteriormente, dedução formal, conforme previsto
2 na teoria de Van Hiele. O uso de dobraduras para determinação de eixos de simetria
em triângulos pode favorecer a exploração de propriedades envolvendo as medidas de
lados congruentes e de ângulos congruentes em tais figuras geométricas. A utilização de
OBJETOS DO CONHECIMENTO transformações geométricas no plano é a forma dinâmica e mais facilmente perceptível
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) para que o estudante determine os casos de congruência de triângulos. A partir da
análise dos tipos de triângulos determinados nos quadriláteros básicos, é possível inferir
» Congruência de triângulos e demonstrações de propriedades de quadriláteros. as propriedades envolvendo as medidas de seus lados e de seus ângulos internos.
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GEOMETRIA
da aprendizagem)
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GEOMETRIA
da aprendizagem)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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GEOMETRIA
da aprendizagem)
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GEOMETRIA
da aprendizagem)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
Esta habilidade pode ser desenvolvida por meio de projetos que envolvam medições para
resolver problemas locais. É interessante que o conceito de grandeza seja bem distinto
das unidades envolvidas em suas medidas e também dos instrumentos utilizados para
realizar as medições. Sugere-se variar os contextos propostos aos estudantes, abarcando
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA tanto as unidades de medida padrão como também as não convencionais no intuito de
valorizar as estratégias pessoais que determinado grupo social desenvolveu. A ideia de
1, 3, 5 que medir é comparar quantas vezes uma unidade de medida está contida em outra pode
favorecer problematizações que podem desencadear na necessidade de outros tipos de
números, como os racionais, para representar as partes não inteiras.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Identificar as grandezas, unidades de medida e instrumentos de medida com o
» Problemas sobre medidas envolvendo grandezas como comprimento, massa, intuito de distinguir suas respectivas atribuições;
tempo, temperatura, área, capacidade e volume. » Desenvolver a ideia de medir através de práticas que explorem a determinação
de quantas vezes uma unidade de medida está contida em outra, por exemplo,
verificar o comprimento de um objeto em relação ao comprimento de outro, a área
HABILIDADE de uma superfície em relação a outra área etc.;
(habilidade relacionada a essa unidade temática) » Realizar conversões entre as unidades de medida padrão (comprimento, massa,
área, capacidade e volume) usando como subsídio a estrutura do SND para
(EF06MA24) justificar tais conversões;
Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas comprimento, massa, tempo, » Resolver problemas envolvendo medições da área da indústria, engenharia,
temperatura, área (triângulos e retângulos), capacidade e volume (sólidos formados por arquitetura ou construção civil que mostrem a necessidade de padronização de
blocos retangulares), sem uso de fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos unidades de medida;
oriundos de situações reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento. » Propor estratégias para resolver situações locais que envolvam a realização de
medições e conversões entre unidades de medida para tomada de decisões, por
exemplo, situações relacionadas à preservação de áreas ambientais, o cálculo de
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM áreas de plantações e a capacidade de água potável de uma cisterna.
(o que deverá ser aprendido)
Pode-se observar que o desenvolvimento desta habilidade está intimamente
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: relacionado à Competência Geral 5 e à Competência Específica 7 no que se refere
» Compreender a noção de cada grandeza (comprimento, massa, tempo, temperatura, ao desenvolvimento de projetos que colaborem com a solução de problemas locais e
área, capacidade e volume). também na familiarização do estudante com ferramentas úteis do mundo de trabalho.
» Conhecer as principais unidades de medida de cada uma das grandezas. Projetos nesse sentido podem contribuir também para que o estudante estabeleça
» Utilizar os instrumentos de medida correspondentes a cada grandeza relações entre o que aprende e seu Projeto de Vida.
em diferentes contextos.
» Resolver problemas que envolvam as grandezas em situações reais e contextualizadas.
» Elaborar problemas envolvendo as grandezas em projetos significativos que
requeiram medições.
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
Para esta habilidade, é importante garantir a conceituação da grandeza volume. Para isso, é
possível propor atividades investigativas em que o estudante se depare com situações em
que haja a necessidade de realizar empilhamentos de cubos (unidade de volume unitária)
para ocupar um determinado lugar no espaço de diferentes maneiras. Dessa forma, é
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA possível inferir que o volume ocupado é o mesmo independente do formato apresentado
pela pilha. A próxima etapa refere-se à construção de diferentes blocos retangulares com
1, 2, 3, 6 cubos para que o estudante identifique uma regularidade entre a quantidade de cubos
necessária para preencher o bloco e as medidas de suas arestas. A partir do momento em
que o estudante nota que, para determinar o número de unidades volumétricas (volume do
OBJETOS DO CONHECIMENTO sólido), basta calcular a área da base (contagem dos blocos na base) e multiplicar pela altura
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) do próprio bloco (quantidade de camadas que bloco comporta), a expressão do cálculo de
volume do paralelepípedo pode ser apresentada ao estudante.
» Cálculo de volume de blocos retangulares, utilizando unidades de medida
convencionais mais usuais. Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Construir, com diversos materiais, cubos de aresta medindo 1 cm e 1 dm
para dar concretude às unidades padrão usadas para cálculo de volume
HABILIDADE (cm3 e dm3, respectivamente);
(habilidade relacionada a essa unidade temática) » Elaborar empilhamentos distintos com quantidade fixa de unidades volumétricas
a fim de mostrar que o volume é a medida do espaço ocupado por um corpo e que
(EF07MA30) objetos com diferentes formatos podem apresentar mesmo volume;
Resolver e elaborar problemas de cálculo de medida do volume de blocos » Preencher objetos com formato de bloco retangular (caixas de sapato, caixas
retangulares, envolvendo as unidades usuais (metro cúbico, decímetro cúbico de remédios etc.) com outros objetos que representem a unidade volumétrica
e centímetro cúbico). de medida (caixa de fósforos, cubos de madeira etc.) com objetivo de inferir a
expressão que calcula o volume do objeto;
» Resolver situações que necessitem calcular o número de objetos necessários para
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM preencher determinado espaço.
(o que deverá ser aprendido)
Pode-se observar que as propostas apresentadas contribuem com o desenvolvimento
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: da Competência Específica 6, pois o estudante se depara com situações em que há a
» Compreender a noção da grandeza volume. necessidade de otimizar o armazenamento de recursos com determinado formato
» Conhecer as principais unidades de medida da grandeza volume. (bloco retangular). Além disso, pode-se observar a presença da Competência Específica
» Calcular o volume de blocos retangulares. 2, no sentido de que a postura investigativa é solicitada em cada proposta em que
» Resolver problemas que envolvem a grandeza volume em o estudante testa suas hipóteses com apoio dos materiais a fim de obter o volume
situações reais e contextualizadas. de um sólido geométrico.
» Elaborar problemas envolvendo a grandeza volume em projetos significativos que
requeiram o cálculo de volumes.
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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
Esta habilidade utiliza muitas das habilidades desta unidade temática e amplia o cálculo
de áreas para o círculo. Contextos associados ao mundo do trabalho que envolvam a área
necessária para recobrir tampos de mesas circulares, pratos, pizzas e demais objetos
circulares podem contribuir para demonstrar a necessidade de calcular áreas com tais
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA formatos. Além das indicações já propostas para as outras habilidades que envolvem o
conceito e o cálculo de áreas, para o círculo é possível propor um trabalho de investigação
1, 2, 3, 4, 6 das áreas de polígonos regulares inscritos e circunscritos a essa figura (cálculo por
aproximação) para desenvolver um cálculo aproximado de sua área. Recursos que
envolvam a decomposição do círculo em setores circulares e o rearranjo de suas partes
OBJETOS DO CONHECIMENTO como um paralelogramo podem auxiliar na dedução da expressão da área do círculo.
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade)
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Área de figuras planas. » Calcular a área de um polígono regular inscrito e do mesmo polígono regular
» Área do círculo e comprimento de sua circunferência. circunscrito ao círculo com o intuito de determinar um valor aproximado da
área do círculo;
» Utilizar dobraduras, recortes e/ou traçados para decompor um círculo em setores
HABILIDADE circulares e rearranjar tais partes obtendo uma figura cuja área se aproxima da
(habilidade relacionada a essa unidade temática) área de um paralelogramo;
» Obter uma expressão algébrica que expresse a reconfiguração citada no item
(EF08MA19) anterior que indique a área do círculo;
Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de área de figuras » Resolver problemas em que seja preciso quantificar o material necessário para
geométricas, utilizando expressões de cálculo de área (quadriláteros, triângulos recobrir um objeto circular conhecendo alguma de suas características (raio,
e círculos), em situações como determinar medida de terrenos. diâmetro), por exemplo, a quantidade de tecido necessária para recobrir um tampo
circular de uma mesa;
» Elaborar esquemas ou desenhos que explicitem as áreas de anéis circulares e
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM setores circulares a fim de determinar suas respectivas áreas em um determinado
(o que deverá ser aprendido) contexto (área da grama necessária para recobrir uma praça circular que
apresenta um círculo de concreto em seu centro, por exemplo).
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento:
» Conhecer o cálculo da área de círculos. Pode-se observar que algumas competências estão envolvidas no desenvolvimento desta
» Decompor polígonos em triângulos e/ou quadriláteros. habilidade, por exemplo, a Competência Geral 1, quando o estudante realiza o Método
» Resolver problemas que envolvam o cálculo da área de uma figura que possa ser da Exaustão de Eudoxo para obter uma aproximação da área do círculo; a Competência
decomposta em polígonos e/ou partes de círculos em situações reais e contextualizadas. Específica 4, quando investiga a partir de materiais diversos os passos para obter a
» Elaborar problemas que envolvam o cálculo de área de polígonos e/ou partes de área do círculo; e a Competência Específica 6, quando utiliza diferentes linguagens
círculos em projetos significativos que requeiram medições. (geométrica, algébrica, numérica) para expressar a área do círculo.
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
» Unidades de medida para medir distâncias muito grandes e muito pequenas. Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Unidades de medida utilizadas na informática. » Calcular a quantidade de bytes de um álbum de fotos digitais em diferentes
níveis de resolução a partir do valor de uma de suas fotos e da quantidade de
fotos armazenada;
HABILIDADE » Obter a quantidade de músicas em alta definição que podem ser armazenadas
(habilidade relacionada a essa unidade temática) em um dispositivo conhecendo o valor de uma das músicas e sua duração;
» Quantificar o total de bytes usados em um filme no formato digital e em alta
(EF09MA18) resolução a fim de mostrar a importância da notação científica nesse contexto;
Reconhecer e empregar unidades usadas para expressar medidas muito grandes ou » Determinar o tempo necessário para baixar um filme digitalmente em alta
muito pequenas, tais como distância entre planetas e sistemas solares, tamanho de vírus resolução conhecendo o tamanho do arquivo que o comporta e a taxa de
ou de células, capacidade de armazenamento de computadores, entre outros. transmissão utilizada.
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GRANDEZAS E MEDIDAS
da aprendizagem)
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA É possível propor um projeto que envolva o armazenamento e o consumo de água e/ou
outros líquidos pela comunidade local para o desenvolvimento desta habilidade. A partir
1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 do cálculo do volume de um bloco retangular é possível inferir o cálculo do volume de
outros sólidos geométricos, por exemplo, os prismas. O cálculo do volume desses sólidos
geométricos pode auxiliar na determinação da capacidade de objetos que apresentem
OBJETOS DO CONHECIMENTO tais formatos, pois são das formas de embalagem mais comuns em nosso cotidiano.
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade)
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Volume de prismas e cilindros. » Comparar experimentalmente o volume de prismas e cilindros retos com o volume
de um bloco retangular com mesma área de base e mesma altura a fim de obter a
relação entre seus volumes;
HABILIDADE » Determinar (ainda que de modo aproximado) a capacidade de caixas d'água
(habilidade relacionada a essa unidade temática) cilíndricas, reservatórios, bujões, latas de mantimentos e silos e a capacidade de
embalagens com diferentes formatos de prismas;
(EF09MA19) » Estimar o consumo médio mensal de água de cada pessoa de uma residência a
Resolver e elaborar problemas que envolvam medidas de volumes de prismas e de partir da análise dos volumes expressos em seus extratos de consumo. A partir
cilindros retos, inclusive com uso de expressões de cálculo, em situações cotidianas. desse valor, dimensionar ou estimar as dimensões de um cubo que corresponda
ao consumo mensal de cada indivíduo.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Pode-se observar que as Competências Específicas 7 e 8 são amplamente exploradas no
(o que deverá ser aprendido) desenvolvimento desta habilidade, pois o estudante e seus pares são mobilizados para a
elaboração de projetos nos quais é preciso analisar o consumo de água local e propor meios
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: de otimizar tal consumo. Nesse processo, os ODS 6, 11, 12 e 14 também são atendidos.
» Reconhecer o volume de um sólido como o valor da comparação com o volume
de um sólido unidade.
» Investigar como calcular volumes de prismas e cilindros retos.
» Estabelecer as fórmulas de cálculo de volume para prismas e cilindros retos.
» Identificar em situações cotidianas a necessidade do cálculo de volume de prismas
e cilindros retos.
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
Recursos tecnológicos podem ser utilizados para simular eventos aleatórios e auxiliar
SUBUNIDADE: PROBABILIDADE no desenvolvimento desta habilidade. Usando aplicativos de celulares e planilhas
eletrônicas, é possível gerar números aleatórios, lançamento de dados ou moedas
repetidas e muitas vezes, a fim de verificar a frequência absoluta de um determinado
resultado e, assim, representá-la de diferentes formas (decimal ou percentual).
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
3, 4, 5 » Observar eventos aleatórios envolvendo lançamento de moedas e dados,
retiradas de cartas e bolas de uma urna usando recursos físicos ou tecnológicos;
» Listar os resultados que podem ocorrer em um evento aleatório usando diferentes
OBJETOS DO CONHECIMENTO representações (listagens, tabelas, esquemas etc.);
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) » Representar as frequências absolutas e relativas obtidas com a realização de um
experimento usando dados (físicos ou virtuais), moedas (idem) ou sorteios (idem);
» Experimentos aleatórios: espaço amostral e estimativa de probabilidade por » Calcular a somatória das probabilidades de todos os eventos relacionados a um
meio de frequência de ocorrências. evento aleatório a fim de verificar que esse valor é igual ao da probabilidade de o
evento certo ocorrer (igual a 1).
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
Esta habilidade é menos importante que as anteriores. No entanto, ela tem seu valor
SUBUNIDADE: PROBABILIDADE no sentido de aprofundar o conhecimento do estudante sobre a probabilidade e
relativizar o emprego de fórmulas para o cálculo da probabilidade de eventos, no
caso de eles serem dependentes. É possível desenvolver o conceito de probabilidade
simultânea implícito nesta habilidade com o apoio de diagramas de conjuntos, uma vez
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA que essa representação auxilia na compreensão do evento e da utilização do princípio
multiplicativo em tais circunstâncias. A habilidade ainda prevê a análise da dependência/
2, 3 independência de os eventos ocorrerem simultaneamente para que o estudante
discrimine quando e como utilizar corretamente o princípio multiplicativo para a
resolução dessas situações.
OBJETOS DO CONHECIMENTO
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Explicar como é possível obter a probabilidade de dois eventos distintos e
» Análise de probabilidade de eventos aleatórios: eventos independentes de um mesmo espaço amostral com o apoio do princípio multiplicativo;
dependentes e independentes. » Relatar, oralmente ou por escrito, eventos distintos que pertençam a um mesmo
espaço amostral, por exemplo, sair um número par e um número maior que 2 no
lançamento de um dado;
HABILIDADE » Verificar a relação de dependência existente entre os eventos relatados no
(habilidade relacionada a essa unidade temática) item anterior;
» Representar os elementos pertencentes aos eventos citados anteriormente na
(EF09MA20) forma de diagrama de conjuntos;
Reconhecer, em experimentos aleatórios, eventos independentes e dependentes » Comparar o número de elementos de cada subconjunto obtido na representação
e calcular a probabilidade de sua ocorrência, nos dois casos. do item anterior com o número total de elementos (espaço amostral);
» Calcular a probabilidade da ocorrência de cada evento citado inicialmente e
comparar o produto das probabilidades de cada evento com a probabilidade da
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM intersecção desses eventos.
(o que deverá ser aprendido)
Pode-se observar que, ao seguir as sugestões propostas, a Competência Específica 2
Sugestões de objetivos de aprendizagem, considerando os objetos de conhecimento: é amplamente desenvolvida, pois o estudante se posiciona como principal construtor
» Descrever dois ou mais eventos em um mesmo espaço amostral. de seus conhecimentos matemáticos através de uma postura investigativa e crítica dos
» Descrever a intersecção de dois eventos em um mesmo espaço amostral. resultados que vai produzindo.
» Comparar a relação do produto das probabilidades de dois eventos com a
probabilidade da intersecção desse mesmos eventos em um mesmo espaço amostral.
» Identificar se dois eventos em um mesmo espaço amostral são dependentes
ou independentes.
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
O foco desta habilidade é aprender a planejar uma pesquisa estatística. Para isso, é
SUBUNIDADE: ESTATÍSTICA possível realizar projetos com temática determinada pelos próprios estudantes para
o desenvolvimento desta habilidade. Simultaneamente à aprendizagem das etapas
referentes ao método estatístico, é importante desenvolver atitudes e valores,
como cooperação, solidariedade e empatia, e propor intervenções que favoreçam a
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA coletividade. A própria decisão do tema pode valer-se de um processo democrático
em que os estudantes precisam ouvir os argumentos uns dos outros. Coletar, apurar,
1, 4, 5, 6, 7, 8 organizar e representar dados a fim de tirar conclusões sobre o objeto de estudo
delimitado é destaque na habilidade.
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
Esta habilidade pode ser desenvolvida de modo integrado com EF06MA33, na qual o
SUBUNIDADE: ESTATÍSTICA estudante planeja pesquisas estatísticas. Agora as atividades propostas anteriormente
podem ser aprofundadas, colocando o estudante na posição de verdadeiro produtor e
leitor de textos comumente utilizados em Matemática e em outras ciências. Para isso,
conhecer as etapas envolvidas em uma pesquisa estatística e escolher entre pesquisas
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA censitárias ou amostrais constituem o aprofundamento proposto nesta habilidade.
A escolha de temas de impacto social ou político, da área da saúde ou bem-estar
1, 3, 4, 5, 6 (individual e/ou coletivo), sugeridos pelos estudantes ou suscitados por um assunto
atual e motivador, favorece o desenvolvimento do espírito crítico dos estudantes. O
uso de meios eletrônicos que viabilizem o processo de coleta, apuração, sistematização
OBJETOS DO CONHECIMENTO e apresentação dos dados envolvidos auxilia o estudante a ter mais autonomia na
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) elaboração de hipóteses sobre o fenômeno estudado.
» Pesquisa amostral e pesquisa censitária. Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Planejamento de pesquisa, coleta e organização dos dados, construção » Relatar, oralmente e por escrito, hipóteses que busquem explicar algum fenômeno
de tabelas e gráficos e interpretação das informações. político, ambiental, de saúde ou bem-estar coletivo observado pela comunidade local;
» Determinar um critério para a seleção dos elementos (indivíduos) que irão compor
a amostra de acordo com a questão e a população a ser pesquisada;
HABILIDADE » Elaborar um fluxograma mostrando as etapas do método estatístico, com o intuito
(habilidade relacionada a essa unidade temática) de auxiliar o acompanhamento da execução dessas etapas;
» Utilizar recursos tecnológicos (planilhas eletrônicas, formulários online,
(EF07MA36) aplicativos de celular etc.) para coletar, organizar, sintetizar e representar dados
Planejar e realizar pesquisa envolvendo tema da realidade social, identificando a referentes a uma pesquisa estatística;
necessidade de ser censitária ou de usar amostra, e interpretar os dados para comunicá-los » Produzir relato escrito mostrando se a conclusão obtida pela análise dos dados
por meio de relatório escrito, tabelas e gráficos, com o apoio de planilhas eletrônicas. coincide (ou não) com a hipótese elaborada previamente no início do processo.
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
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PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA
da aprendizagem)
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
(o que deverá ser aprendido)
200 201
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PENSAMENTO
da aprendizagem)
COMPUTACIONAL
É possível desenvolver um trabalho baseado na modelagem matemática que vise
a resolver diferentes situações a partir da mesma estrutura. Neste caso, é possível
organizar a turma em pequenos grupos, que serão responsáveis pela análise de
diferentes problemas que apresentem a mesma estrutura matemática. No momento
de compartilhar suas estratégias, os grupos deverão identificar as características
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA comuns aos problemas explorados e, a partir daí, desenvolver uma maneira para que
outras situações semelhantes possam ser resolvidas analogamente.
2, 3, 5, 6, 8
Para isso, sugere-se que o estudante possa:
» Analisar diferentes situações que apresentem uma mesma estrutura;
OBJETOS DO CONHECIMENTO » Identificar, em um conjunto de problemas, qual é o procedimento de resolução
(conteúdos, conceitos e processos relacionados à habilidade) que eles têm em comum.
» Algoritmos e resolução de problemas. Sugere-se também propor um problema semelhante aos analisados que possuam a
mesma estrutura de resolução.
HABILIDADE Pode-se observar que a Competência Específica 3 pode ser explorada com o
(habilidade relacionada a essa unidade temática) desenvolvimento desta habilidade no momento em que o estudante sente a
necessidade de relacionar diferentes conhecimentos matemáticos a fim de
(EF07MA05) identificar a ideia que prevalece em cada situação proposta. O trabalho em grupos
Resolver um mesmo problema utilizando diferentes algoritmos. também favorece o desenvolvimento da Competência Geral 9 e da Competência
Específica 8, quando o estudante deve levar em consideração os diferentes pontos
de vista apresentados pelos colegas, posicionar-se no grupo e colaborar no sentido
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM de trocar conhecimentos e ideias com seus pares
(o que deverá ser aprendido)
202 203
MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA
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PENSAMENTO
da aprendizagem)
COMPUTACIONAL
É possível realizar atividades visando ao desenvolvimento do pensamento
computacional por parte do estudante de acordo com os preceitos desta habilidade.
Inicialmente, é proposto ao estudante determinar quais são os passos para solucionar
determinada situação para, em seguida, escolher a sequência correta para efetuá-los
(algoritmo). Durante esse processo, é possível valer-se de representações
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ÁREA (fluxogramas) para o acompanhamento e validação das etapas envolvidas no processo.
Finalmente, por meio da comparação de diferentes resoluções, o estudante reconhece
2, 3, 5, 6 que diferentes classes de problemas podem ser solucionadas com a mesma estrutura.
204 205
5
206
ANEXOS
207
MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA
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BNCC
COMPETÊNCIAS
GERAIS DA
EDUCAÇÃO
BÁSICA
Valorizar a diversidade de saberes e vivências
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente culturais e apropriar-se de conhecimentos e
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e experiências que lhe possibilitem entender as
digital para entender e explicar a realidade, continuar relações próprias do mundo do trabalho e fazer
aprendendo e colaborar para a construção de uma escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
sociedade justa, democrática e inclusiva. projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à Argumentar com base em fatos, dados e informações
abordagem própria das ciências, incluindo a confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
investigação, a reflexão, a análise crítica, a pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
imaginação e a criatividade, para investigar causas, promovam os direitos humanos, a consciência
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) regional e global, com posicionamento ético em relação ao
com base nos conhecimentos das diferentes áreas. cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Valorizar e fruir as diversas manifestações Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
artísticas e culturais, das locais às mundiais, e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
também participar de práticas diversificadas e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
da produção artístico-cultural. autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a
visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito
sonora e digital –, bem como conhecimentos das ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
linguagens artística, matemática e científica, para se valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
expressar e partilhar informações, experiências, ideias seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
e sentimentos em diferentes contextos e produzir preconceitos de qualquer natureza.
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
informação e comunicação de forma crítica, significativa, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as determinação, tomando decisões com base em
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar princípios éticos, democráticos, inclusivos,
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e sustentáveis e solidários.
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
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MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA MATRIZ CURRICULAR MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS
ONU
OBJETIVOS DE Construir infraestruturas
resilientes, promover a
Reduzir a
desigualdade
industrialização inclusiva dentro dos países e
SUSTENTÁVEL
Tornar as cidades e os Assegurar padrões de
assentamentos humanos produção e de consumo
inclusivos, seguros, sustentáveis.
resilientes e sustentáveis.
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EQUIPE DE PRODUÇÃO
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