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PARA O INÍCIO DO
ANO LETIVO
2023
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA - PB
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
DIRETORIA DE ENSINO, GESTÃO E ESCOLA DE FORMAÇÃO
7. Considerações Finais 47
PARA INÍCIO DE
CONVERSA… 1
A Secretaria Municipal da Educação e Cultura do Município de João Pessoa,
por meio da Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação - DEGEF,
apresenta Orientações e Diretrizes para o desenvolvimento do Trabalho
Pedagógico Escolar no ano letivo de 2023. O documento objetiva subsidiar o
trabalho escolar, especialmente nos momentos de planejamento nos quais se
concebem, de forma coletiva, os procedimentos curriculares, didáticos,
avaliativos, comportamentais, assim como a organização dos espaços, tempos
escolares e recursos humanos.
A propositura das orientações teórico-metodológicas e procedimentais aqui
sinalizadas, visa fortalecer as ações pedagógicas das unidades de modo que
elas possam se qualificar ainda mais considerando o compromisso de todos
com a melhoria crescente do atendimento educacional oferecido às crianças,
adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosas que estão matriculadas nas
unidades educacionais da rede municipal de ensino de João Pessoa.
O foco na elevação dos índices de aprendizagem é um horizonte que não
se pode perder de vista pelos que fazem a escola e a SEDEC. Este propósito
incide em se pensar e repensar o ensino, as práticas pedagógicas, as ações de
política educacional empreendidas pela gestão municipal. Para tanto, o
presente documento traz sinalizações importantes sobre planejamento
escolar, currículo, avaliação, formação de professores,
projetos e atividades.
Este instrumental técnico, organizado como documento pedagógico deve
ser amplamente compartilhado e estudado pelo núcleo gestor da unidade
junto aos especialistas e professores(as), durante o ano letivo de 2023,
objetivando à sua aplicação, o que não significa desconsiderar a realidade e
características de cada unidade, mas, ao contrário, potencializa o trabalho em
rede, qualificando-o. Vale salientar que haverá desdobramentos das
orientações que aqui se estabelecem na forma de outros documentos, a
exemplo de uma diretriz para as escolas integrais ou mesmo um
aprofundamento na discussão e na prática de planejamento na rede de ensino
municipal.
Por fim, almejamos que cada escola e cada CMEI alcancem os seus objetivos
e possam atingir o sucesso escolar. Reafirmamos que estaremos juntos nesta
jornada letiva de 2023.
04
PLANEJAMENTO
PEDAGÓGICO COMO
INSTRUMENTO DE
PENSAMENTO E AÇÃO:
quais luzes podem ser
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lançadas sobre a
aprendizagem?
Refletir acerca das demandas educacionais de hoje para
contextualizarmos o planejamento é um desafio urgente e necessário.
A tomada de consciência por onde caminha a educação escolar pode
potencializar nossas possibilidades de intervir, de forma crítica e
criativa, no espaço da escola e da sala de aula, em particular.
(Carvalho; Queiroz, 2008, p. 86 )
06
Para além dessa dimensão do planejamento, integrar a equipe, motivar,
prestar contas dos recursos recebidos e definir o plano de ação dos
investimentos que serão condicionalidade para melhoria das aprendizagens,
além de estabelecer diálogo entre o corpo docente, por ano ou por área de
conhecimento, são pautas que devem ser rigorosamente pensadas e
concebidas como procedimento técnico de trabalho para o momento do
planejamento.
07
Questões como essas devem ser contempladas na elaboração de um plano
de ação que compreenda e eleja a aprendizagem como centro do processo
pedagógico, o que demanda pensar a dimensão do ensino e de tudo o que
pode favorecer a excelência da prática pedagógica escolar. O Plano de Ação
Escolar deve ser elaborado a partir da apresentação, análise, problematização e
do planejamento de ações pautadas no diagnóstico de aprendizagem e dos
recursos humanos, financeiros, tecnológicos etc., disponíveis na escola, para
sua melhoria. Para isso, propomos que os aspectos a seguir sejam
sistematizados na estruturação do referido Plano:
08
2.1 O Planejamento Escolar e seus
Instrumentos
09
Para a elaboração dos planos de curso, deve-se levar em consideração a Matriz
de Referência Curricular de 2022, considerando que a elaboração da nova
proposta curricular está em processo.
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POLÍTICA MUNICIPAL DE
RECOMPOSIÇÃO E
RECUPERAÇÃO DE
APRENDIZAGEM 3
O retorno das atividades educacionais presenciais nas redes de ensino, no
biênio 2021/2022, ratificou o que estudos de diferentes organizações e
entidades educacionais divulgaram em torno das consequências da pandemia
para a vida escolar, notadamente para a aprendizagem dos estudantes,
impactada pelo afastamento presencial da escola durante o período
pandêmico.
No Brasil e em João Pessoa, essa realidade não foi diferente. No contexto
de retorno à presencialidade das atividades pedagógicas escolares, a
recuperação da aprendizagem tem centralidade na rede municipal de ensino
de João Pessoa.
Nesse sentido, foi concebido um plano estratégico, sistematizado como
Política Municipal de Recomposição das Aprendizagens, em que constam as
ações abaixo descritas. Tal plano será compartilhado com as unidades de
ensino, havendo, para cada ação, uma orientação específica a ser publicada
pela DEGEF:
3.1 Curso de Verão – Saberes da
Leitura, da Escrita e do Cálculo
Realizado nas unidades escolares da Rede Municipal de Ensino de João
Pessoa, com duração de 30 (trinta) horas, distribuídas em 03 (três) semanas, no
período de 09 a 27 de janeiro de 2023, o Curso de Verão - Saberes da Leitura, da
Escrita e do Cálculo atendeu a estudantes com dificuldades nessas três
habilidades, com foco nos componentes de Língua Portuguesa e Matemática.
Teve como finalidade potencializar a leitura, a escrita e o cálculo dos alunos e
alunas, de modo que cheguem ao novo ano escolar com essas aprendizagens
mais fortalecidas. As turmas foram organizadas em grupos de 20 (vinte)
estudantes por nível de aprendizagem, conforme a demanda da escola.
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3.3 Projeto Trilhas da Aprendizagem -
Correção de Fluxo para Estudantes
dos Anos Finais
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3.4 Regime de Progressão Parcial de
Estudos - RPPE
O Regime de Progressão Parcial de Estudos - RPPE é assegurado no âmbito
da rede municipal de ensino, por meio da Resolução Nº 021/2018, como
possibilidade de os(as) estudantes do 6º ao 8º ano matricularem-se no ano
escolar subsequente ao cursado, estando retidos em, no máximo, 03 (três)
componentes curriculares. Para o ano letivo de 2023, a DEGEF propõe ajustes
na organização do tempo e do trabalho pedagógico. O detalhamento do
modelo pedagógico da PPE será feito em documento específico, a ser
publicado em breve, após diálogo com o Conselho Municipal de Educação.
Esta ação será planejada em conjunto com os (as) gestores (as) das unidades
escolares envolvendo as turmas de 5º e 9º anos. Haverá a realização de aulões e
aplicação de simulados em toda a rede de ensino municipal. Esses aulões
serão mensais, por polo, com o objetivo de fortalecer as principais habilidades
e os objetos de conhecimentos exigidos nas avaliações externas. A
sistematização e desenvolvimento desta ação visa preparar a rede municipal,
notadamente seus estudantes, para o momento das avaliações externas.
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4
JORNADA DE FORMAÇÃO
DE EDUCADORES DO
MUNICÍPIO DE JOÃO
PESSOA - JOFEM
A XI Jornada de Formação dos(as) Educadores(as) Municipais - JOFEM abre
o ano letivo de 2023 e o processo de Formação Continuada. Ocorrerá nos dias
06 e 07 de fevereiro. Trata-se de uma das ações que fazem parte da Política de
Formação e Valorização dos(as) Profissionais da Rede. O evento trará como
temática geral: Políticas Educacionais para a Equidade na Aprendizagem
Escolar.
É importante incentivar a participação dos(as) profissionais neste evento,
por sua relevância como subsídio para reflexões e tomadas de decisões por
parte dos(as) educadores(as) em torno do trabalho educativo. A Formação
Continuada constitui um espaço significativo de desenvolvimento e
aprendizagem da docência, colaborando para a profissionalização do ensino.
Essa compreensão supera reducionismos que atrelam os momentos
formativos às exigências do Prêmio Escola e do CMEI Nota 10.
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ELEMENTOS DA
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO
Sendo o acesso à educação escolar um direito, é importante assegurar
condições de permanência com êxito aos educandos , em especial em
países onde a pobreza e a discriminação a dificultam, e zelar para que
sejam seguidos princípios de justiça curricular promotores de justiça social
(Ponce, 2019, p. 795)
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5.1.2. Indicações para Organização
de Espaços e Materiais na Educação
Infantil.
Coloque os materiais sempre à altura das mãos e, portanto, acessíveis aos bebês
e às crianças, devendo os eixos norteadores das interações e brincadeiras ser
garantidos no planejamento da acolhida e da inserção de cada bebê e/ou
criança.
A partir das atividades ou situações propostas nesse período, como você avalia a
inserção das crianças? O que você percebe nelas que poderia
aprofundar/desenvolver?
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É a partir da observação e do registro dessas percepções que o(a)
professor(a) poderá refletir, planejar e propor atividades que contribuirão para
a construção do vínculo tão fundamental no processo de inserção das crianças.
Lembrando Madalena Freire, se pretendemos praticar uma pedagogia não
espontaneísta, isto é, que não parte de “adivinhação” ou “palpite”, é preciso
apoiar a atuação pedagógica em fatos.
O horário de funcionamento das unidades educacionais de Educação
Infantil deverá ser mantido, considerando o direito das crianças e de suas
famílias ao atendimento educacional conforme os horários estabelecidos pela
SEDEC:
Manhã - 7h às 11h
Atendimento parcial
Tarde - 13h às 17h
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5.2 Orientações Pedagógicas para os
Anos Iniciais
20
Orientamos que a inserção dos dados da
avaliação de leitura no SAEV sejam feitas após a
realização das avaliações de cada turma
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Sobre os materiais didáticos para os anos iniciais dispomos do material
estruturado do EPV que deve ser utilizado em simultaneidade com os livros
didáticos e complementados por outros definidos pelo(a) professor(a). Para
além destes, ressalta-se a necessidade de potencializar o uso dos livros
paradidáticos, seja como leitura deleite, seja como pura fruição estética
individual, em grupo ou direcionada para leitura em família. Outrossim, os
textos literários são muito potentes para introdução ou para desenvolver
didaticamente inúmeros conteúdos curriculares.
A carga horária semanal para os componentes curriculares nos anos iniciais,
deverá ser distribuída conforme a nova matriz curricular, abaixo apresentada.
Total de Carga Horária Semanal (CHS) 25 CHS 25 CHS 25 CHS 25 CHS 25 CHS
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Na nova matriz curricular houve a inserção do componente curricular de
Língua Inglesa para os anos iniciais, que tem o objetivo de desenvolver nos(as)
estudantes competências comunicativas de forma lúdica, interativa e
significativa. Acredita-se, portanto, que esta iniciativa soma-se a outras
estratégias a fim de potencializar a formação integral dos (as) estudantes
municipais de João Pessoa e prepará-los para oportunidades, situações diárias
e desafios do mundo atual.
Dessa forma, o componente de Educação Física nos anos iniciais, passará a
ter carga horária de 02(duas) horas semanais conforme deliberado pelo
Conselho Municipal de Educação, acerca do Sistema Municipal de Ensino de
João Pessoa em 20 de dezembro de 2022.
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5.3.1 Organização do Tempo
Pedagógico
COMPONENTES
ÁREAS DO CONHECIMENTO 6º ANO 7ºANO 8º ANO 9º ANO
CURRICULARES
LÍNGUA
6 HA 6 HA 6 HA 6 HA
PORTUGUESA
LINGUAGENS ARTE 2 HA 2 HA 2 HA 2 HA
EDUCAÇÃO
3 HA 3 HA 3 HA 3 HA
FÍSICA
MATEMÁTICA MATEMÁTICA 5 HA 5 HA 5 HA 5 HA
HISTÓRIA E
CULTURA
4 HA 4 HA 4 HA 4 HA
CIÊNCIAS AFRO-
HUMANAS BRASILEIRA
GEOGRAFIA 3 HA 3 HA 3 HA 3 HA
ENSINO ENSINO
1 HA 1 HA 1 HA 1 HA
RELIGIOSO RELIGIOSO
LÍNGUA
PARTE DIVERSIFICADA 2 HA 2 HA 2 HA 2 HA
INGLESA
TOTAL DE CARGA HORÁRIA ANUAL (CHA) 1200 CHA 1200 CHA 1200 CHA 1200 CHA
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É importante observar que a Resolução nº 003/2007 ampliou a
carga horária dos componentes curriculares Língua Portuguesa e
História, em face da implementação da Educação para as
Relações Étnico-raciais e do Ensino da temática de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme preconiza a Lei
10.639/2003.
MANHÃ TARDE
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5.3.2 Planejamento Departamental
nos Anos Finais
Segunda-feira História/Geografia
Sexta-feira Arte
IMPORTANTE!
O dia da semana reservado para cada componente curricular dos Anos Finais
será dedicado ao planejamento departamental, bem como à formação
continuada;
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5.4 Orientações Pedagógicas para a
Educação de Jovens e Adultos
28
Com a aprovação da Resolução N.º 005/2022, em novembro de 2022, pelo
CME, foi garantida a organização da Educação de Jovens e Adultos, integrada
à Qualificação Profissional (QP) na Rede Municipal de Ensino de João Pessoa
com a seguinte estrutura:
LINGUAGENS
Arte 1 1 1 123
Educação Física 1 1 1 123
BASE NACIONAL MATEMÁTICA Matemática 4 4 4 492
COMUM
CIÊNCIAS DA
Ciências 2 2 2 246
NATUREZA
História e Cultura
2 2 2 246
Afro-Brasileira
CIÊNCIAS HUMANAS
Geografia 2 2 2 246
Agente de Gestão de
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 2 2 2 246
Resíduo Sólido
Horticultor de
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Produtos orgânicos
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MATRIZ CURRICULAR DA EJA COM A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
SEGUNDO SEGMENTO
41 SEMANAS 205 DIAS LETIVOS - 4 AULAS DE 45 MINUTOS
Nº de aulas por
NÚCLEOS COMPONENTES 2º SEGMENTO - 41 SEMANAS componentes
CURRICULARES CURRICULARES curriculares
CICLO III CICLO IV
Língua
4 4 328
Portuguesa
Língua Inglesa 1 1 82
LINGUAGENS
Arte 1 1 82
Educação Física 1 1 82
BASE
NACIONAL SUBTOTAL 7 7 574
COMUM Matemática 4 4 328
MATEMÁTICA
SUBTOTAL 4 4 328
CIÊNCIAS DA Ciências 2 2 164
NATUREZA SUBTOTAL 2 2 164
História e Cultura
2 2 164
Afro-Brasileira
CIÊNCIAS Geografia 2 2 164
HUMANAS
Ensino Religioso 1 1 82
SUBTOTAL 5 5 410
Agente de Gestão
de Resíduos 2 2 164
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Sólidos
SUBTOTAL 2 2 164
Total aulas semanais 20 20 1640
Total aulas anuais 820 820
..................................... 2 2 164
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
SUBTOTAL 2 2 164
Total aulas semanais 20 20 1640
Total aulas anuais 820 820
Recepcionista de
2 2 164
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Escritório
SUBTOTAL 2 2 164
Total aulas semanais 20 20 1640
Total aulas anuais 820 820
Repositor de
2 2 164
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Mercadorias
SUBTOTAL 2 2 164
Total aulas semanais 20 20 1640
Total aulas anuais 820 820
Agente
Comunitário de 2 2 164
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Saúde
SUBTOTAL 2 2 164
Total aulas semanais 20 20 1640
Total aulas anuais 820 820
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5. 4.2 Planejamento Departamental e
Formação Continuada
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5. 5 Orientações Pedagógicas para a
Educação Física
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a Educação Física tem papel
relevante no desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social das crianças,
graças ao reconhecimento da plasticidade infantil para aprender e se
desenvolver, em que valorizar o brincar e as diversas formas de expressão da
criança sua no âmbito das vivências escolares é uma perspectiva a ser
reforçada. Nessa etapa da educação básica, a carga horária constará, a partir
de 2023, de 02 (duas) horas aula semanal, conforme deliberou o Conselho
Municipal de Educação, acerca do Sistema Municipal de Ensino de João
Pessoa.
Nos anos finais do ensino fundamental, o componente curricular em
questão, está voltado para alunos (as) que possuem uma maior capacidade de
autonomia psíquica e comportamental, bem como um consolidado repertório
de jogos, brincadeiras, esportes e outras práticas corporais que devem ser
transformadas e ampliadas. Nesse contexto, as aulas de Educação Física
devem oportunizar condições para que o(a) aluno(a) aprenda, compreenda,
utilize e ressignifique os conhecimentos construídos, sendo capaz de ampliá-
los, alcançando, assim, novos horizontes como sujeitos ativos na sociedade.
Nessa etapa, a carga horária compreende 03 (três) horas aula semanal.
No âmbito da Educação de Jovens e Adultos, o ensino da Educação Física
torna-se relevante na medida em que subsidia o contato dos (as) alunos (as)
dessa modalidade de ensino à cultura corporal de movimento, além de
propiciar a busca da compreensão da Educação Física como ferramenta para
promoção do desenvolvimento, saúde, utilização criativa do tempo de lazer,
aspectos relacionados à ergonomia e compensação de esforços musculares.
Nessa modalidade de ensino, este componente curricular é proposto na forma
de 01 (uma) aula semanal
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5.6 Orientações Pedagógicas para a
Educação Especial
TODOS(AS) NA ESCOLA…
A prática pedagógica na Educação Especial traz o desafio de garantir não
só o acesso à educação, mas, principalmente, a permanência no espaço
escolar de todos(as) os(as) alunos(as) da Rede Municipal de Ensino de João
Pessoa, entre eles(as) os(as) alunos(as) que são o público-alvo da Educação
Especial. Uma estratégia basilar diz respeito ao trabalho pedagógico coletivo e
inclusivo.
Justifica-se indiscutivelmente a importância do trabalho colaborativo e em
equipe, ancorado na perspectiva da inclusão, para o desenvolvimento e a
realização das ações escolares no âmbito da Educação Especial, que é uma
modalidade de ensino transversal em todos os níveis e etapas da educação
nacional, disponibilizando recursos e serviços, entre eles o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), de forma complementar ou suplementar a
formação dos(as) alunos(as) que constituem seu público-alvo (BRASIL, 1996).
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SOBRE A AÇÃO DOCENTE
O trabalho realizado por professores(as) de sala de aula regular, as
contribuições de professores(as) do AEE, bem como dos(as) professores(as),
instrutores(as) e intérpretes de Libras e profissionais de apoio escolar
[cuidador(a)] devem garantir a plena participação desses(as) alunos(as) no
processo de ensino-aprendizagem, nas mais variadas vivências pedagógicas
que a escola põe em movimento durante o ano letivo.
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Como identificar se o(a) aluno(a) é público-alvo da Educação Especial, se
necessita de cuidador(a) para assisti-lo(a)? Como a unidade de ensino
(Escola ou CMEI) comprova essa necessidade do(a) cuidador(a) e faz a
solicitação desse(a) profissional?
A unidade de ensino deve ter acesso a uma cópia do laudo do(a) aluno(a) com
a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados
com a Saúde (CID) que insere o(a) aluno(a) no público-alvo da Educação
Especial;
Importante! O laudo do(a) aluno(a) não é determinante para a efetivação do
direito ao(à) cuidador(a), mas, apenas, um instrumento que define a
deficiência e/ou o transtorno do(a) estudante;
Para comprovar se o(a) aluno(a) necessita de um(a) cuidador(a), para assisti-
lo(la) no processo de ensino-aprendizagem, a unidade de ensino faz uma
avaliação presencial do(a) aluno(a). Essa avaliação deverá ser feita por
professor(a) do AEE e, na ausência deste(a) profissional, a avaliação deverá ser
feita por supervisor(a) e psicólogo(a) escolar da unidade;
Na comprovação da necessidade, considerar cuidador(a) individualizado(a)
(fixo/a) - aquele(a) que assiste apenas um(a) aluno(a) por turno e cuidador(a)
volante - aquele(a) que assiste dois ou mais alunos(as) por turno. Assim, deve-
se solicitar cuidador(a) individualizado(a) apenas para alunos(as) com:
I. Deficiência física (cadeirantes e mobilidade reduzida);
II. Deficiência intelectual (moderada e severa);
III. Deficiências múltiplas (moderada e severa);
IV. Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGO) - Síndrome de Asperger de
Reet; Transtorno Desintegrativo da Infância; Transtorno do Espectro
do Autismo (moderado e severo).
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O QUE É O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
O AEE é um serviço oferecido na e pela Sala de Recursos Multifuncionais, tem
função complementar ou suplementar à formação do(a) aluno(a) a partir da
disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que
eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade, viabilizada
pela aprendizagem e desenvolvimento, oportunizado na e pela escola.
37
6
AÇÕES CURRICULARES
INTEGRADORAS E
COMPLEMENTARES
As ações curriculares integradoras e complementares estão diretamente
relacionadas a liderança e ao protagonismo dos(as) estudantes, assim como a
valorização da diversidade de saberes e vivências culturais relacionada aos
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários, que são
definidos entre as competências gerais da Educação Básica estabelecidas pela
Base Nacional Comum Curricular.
Nessa perspectiva, os(as) professores(as), os(as) gestores(as) e os(as)
especialistas devem desenvolver práticas pedagógicas que estimulem os(as)
estudantes a exercitarem seu protagonismo, ao passo que desenvolvem o
senso crítico, a criatividade, a autonomia e o respeito à diversidade. As
unidades de ensino que tenham interesse em potencializar essas ações devem
procurar a equipe do Departamento de Programas Especiais (DPE). A seguir
destacamos temáticas que devem estar contempladas no currículo e algumas
delas já estão sinalizadas no calendário letivo de 2023.
39
6.4 Educação Antirracista
41
6.8 ECA na Escola
43
6. 11 Olimpíadas Escolares
44
6.12 MPT na Escola
6. 14 Arte do Jornalismo
46
CONSIDERAÇÕES
FINAIS 7
O presente documento tem um caráter orientador, a partir da noção de
rede, que nos caracteriza o Sistema Municipal de Ensino. Espera-se que ele
possa nortear as tomadas de decisões e as ações coletivas das unidades
educacionais, do ponto administrativo e pedagógico, para o ano letivo de 2023.
Estas voltadas para a construção das melhores práticas pedagógicas possíveis
tendo em vista o horizonte da qualidade do ensino-aprendizagem com
equidade.
Desta forma, a rede municipal de ensino de João Pessoa poderá despontar
no cenário educacional paraibano e regional caracterizando a capital
pessoense como uma cidade educadora de vanguarda e mais justa
socialmente.
Por ser um documento de orientações gerais, demandam o detalhamento
de ações em outros documentos temáticos a serem apresentados ao longo do
ano, mediante as demandas e necessidades ditadas pelo cotidiano escolar em
movimento. Outrossim, há desdobramento destas orientações gerais no
âmbito das unidades educacionais as quais viabilizam a organização e
sistematização do trabalho pedagógico escolar.
Que o ano letivo de 2023 seja promissor! Que possamos usufruir do
conhecimento mais elaborado para orientar as
práticas, sem desconsiderar a
sensibilidade pedagógica e os saberes
experienciais. Que a fraternidade e a
solidariedade pedagógica e social
sejam o diapasão do trabalho e da
convivência escolar.
REFERÊNCIAS
8.11 Olimpíadas Escolares
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: MEC, 2015. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015201 8/2015/lei/l13146.html. Acesso em: 20 out. 2021.
JOÃO PESSOA. Conselho Municipal de Educação – PMJP (Resolução 002/2007). Disponível em:
http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2016/06/2008_1124.pdf.
JOÃO PESSOA. Conselho Municipal de Educação – PMJP (Resolução 003/2007). Disponível em:
http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2016/06/2008_1124.pdf.
JOÃO PESSOA. Plano Municipal de Educação, Lei n° 13.035, 19 de junho de 2015. Disponível em:
http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/portal/wp-content/uploads/2015/06/2015_1481.pdf.
JOÃO PESSOA. Diretrizes para início do ano letivo de 2021. Secretaria de Educação e Cultura,
João Pessoa, 2021a.
JOÃO PESSOA. Diretrizes para início do ano letivo de 2021. Secretaria de Educação e Cultura,
João Pessoa, 2021a.
JOÃO PESSOA. Orientações para o trabalho pedagógico no retorno presencial, nos Anos
Iniciais (1o ao 5o ano) do Ensino Fundamental. Secretaria de Educação e Cultura,João Pessoa,
2021d.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. trad. Ernani F. da F. Rosa - Porto Alegre:
ArtMed, 1998.