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ANEXO 1

PLANO DE TRABALHO DO PROJETO

I – Identificação do objeto a ser executado

Título: Desenvolvimento de materiais de valor agregado a partir das cinzas da cana-de-açúcar

⮚ Descrição do projeto
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo com uma produção de 720
milhões de toneladas, a qual correspondeu a 40% do cultivo mundial em 2020. O Estado de
São Paulo é o maior produtor mundial de etanol de cana-de-açúcar contribuindo para que o
Brasil seja o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás do EUA. As 172 usinas
instaladas no estado correspondem a 42% do total brasileiro e foram responsáveis por 56%
da cana moída nacionalmente.
O processamento da cana-de-açúcar para produzir açúcar e etanol gera diversos
resíduos agrícolas, sendo que, a palha e o bagaço são considerados os principais entre eles.
Cada tonelada de cana-de-açúcar gera entre 250 e 270 kg de bagaço e 200 kg de palhas e
pontas. Esses resíduos são queimados como combustível em caldeiras gerando o vapor d’água
utilizado na produção de açúcar e álcool e em processos de cogeração de energia. A queima
destes resíduos gera 1-4% de cinzas. Considerando a quantidade de cana produzida são
geradas pelo menos 12 milhões de toneladas cinza/ano.
Geralmente, a destinação das cinzas de biomassa geradas na indústria sucroalcooleira
é o descarte em aterro ou o emprego na adubação do solo. Essas práticas podem acarretar
potenciais problemas ligados à saúde pública e impactos ambientais indesejados
principalmente associados ao solo e à água. Por isso, a busca por aplicações que possam
agregar maior valor a esse resíduo, tornando-o um coproduto, seguindo os princípios da
economia circular, é relevante para tornar as práticas sustentáveis e para conservação do meio
ambiente.
As cinzas provenientes da queima dos resíduos da cana apresentam como principal
composto químico a sílica, normalmente em quantidade acima de 60% em massa. Sendo
assim, uma forma de extraí-la por um processo simples e viável economicamente é de
fundamental importância.
No presente projeto, serão avaliados diferentes parâmetros visando a otimização do
processo de obtenção da sílica de alta pureza a partir cinzas da cana-de-açúcar para produção
em escala industrial.
Trata-se de uma pesquisa cuja inovação se aplica ao processo, uma vez que a técnica
de transformação das cinzas dos resíduos da cana-de-açúcar em sílica de alta pureza será
aprimorada para obtenção de produtos, os quais apresentam um grande potencial de
comercialização para muitos setores industriais.
Vale à pena ressaltar que a otimização dos processos em escala de laboratório será
focada na produção em escala industrial, a qual será a meta final a ser alcançada.

⮚ Justificativa da Proposição
O desenvolvimento de produção de materiais de alta pureza a partir cinzas da cana-de-
açúcar possibilitará a criação de um novo nicho econômico para os subprodutos da indústria
sucroalcooleira-energética brasileira e a obediência aos princípios do desenvolvimento
sustentável de suas atividades com a minimização dos impactos ambientais.
A partir dos resultados alcançados no projeto serão gerados trabalhos científicos para
publicação e para a participação em eventos científicos do setor no Brasil e no exterior.
A participação na produção dos materiais obtidos em escala industrial e´ outro aspecto
importante que justifica a realização do projeto.

II – Objetivo e Metas a serem atingidas

Objetivo (resultado a ser alcançado) –


O objetivo do presente projeto é a obtenção de materiais de valor agregado derivados das
cinzas dos resíduos da cana-de-açúcar a partir da otimização do processo de síntese de sílica
de alta pureza com especificações similares às sílicas comerciais.

Metas (ações detalhadas para alcançar o objetivo)


M1 – Realizar pesquisa bibliográfica sobre processo de síntese
M2- Caracterizar amostras de cinzas que servirão de matéria-prima
M3 – Avaliar a influência de condições do processo de síntese da sílica
M4 – Avaliar a influência do tipo de amostras de cinzas na síntese da sílica
M5 - Avaliar a influência do pré-tratamento das cinzas com ácido
M6- Apresentação de resultados do 1º ano
M7 - Avaliar o processo de síntese da sílica para uso em pneus
M8 - Avaliar o processo de obtenção de carvão ativado
M9- Apresentação de resultados do 2º ano

III – Etapas ou fases de execução (atividades)

As etapas ou fases de execução são as atividades relacionadas às metas apresentadas


para alcançar o(s) objetivos do projeto; e estão apresentados na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – QUADRO RESUMO

Meta(s Atividade(s Especificaçã Indicadores Prazo de Instituição


) ) o Execução
Unidad Quantidad Iníci Términ responsável
e e o o
M1 At 01 – síntese de 1 IPEN
Levantame sílica
1o
nto 1 1o mes
mes
bibliográfic
o
M2 At 02 – análise % IPEN
1o o
análise química C/N/H 3 1 mes
mes
elementar C/N/H
M2 At 03 Elementos % em IPEN
1o
composiçã químicos massa 3 1o mes
mes
o química
M2 At 04 Difração de difrato IPEN
composiçã raios x grama
1o
o 3 1o mes
mes
mineralógi
ca
M3 At 05 temperatura difrato IPEN
influência e tempo de grama
de fusão- 2o
4 3º mes
condições composição mes
do mineralógica
processo
M3 At 06 relação difrato 3 2o 3º mes IPEN
influência cinzas:NaO grama mes
de H-
condições composição
do mineralógica
processo
M3 At 07 lavagem do difrato IPEN
influência produto final grama
de - 2o
2 3º mes
condições composição mes
do mineralógica
processo
M4 At 08 Elementos % em IPEN
composiçã químicos massa 4o
6 5o mes
o química mes
da sílica
M4 At 09 Difração de difrato IPEN
composiçã raios x grama
4o
o 3 5o mes
mes
mineralógi
ca da sílica
M4 At 10 Elementos % em IPEN
composiçã químicos massa 6o
3 6o mes
o química mes
do resíduo
M4 At 11 Difração de difrato IPEN
composiçã raios x grama
o 6o
3 6o mes
mineralógi mes
ca do
resíduo
M5 At 12 Elementos % em IPEN
composiçã químicos massa 7o
8 9o mes
o química mes
da sílica
M5 At 13 tamanho de Curvas IPEN
análise partícula Granulo
métricas 10o 10o
granulomét 6
mes mes
rica das
sílicas
M5 At 14- Difração de difrato IPEN
composiçã raios x grama
10o 10o
o 3
mes mes
mineralógi
ca da sílica
M5 At 15 – ensaio IPEN
o o
ensaio com químico 11 11
6
Diocitilftal mes mes
ato
M5 At. 16- congresso congre 2 11o 12o IPEN
submissão e/ou sso mes mes
de trabalho periódico e/ou
periódi
co
M7 At 17 – sílica para 1 IPEN
Levantame pneus
13o 13o
nto 1
mes mes
bibliográfic
o
M7 At 18 – sílica para síntese IPEN
13o 15o
sínteses de pneus s de 5
mes mes
sílicas sílicas
M7 At 19 – área área IPEN
área superficial superfi
16o 17o
superficial específica cial 5
mes mes
específica específ
ica
M7 At 20 tamanhos Curvas IPEN
análise das Granulo 18o 18o
métricas 5
granulomét partículas mes mes
rica
M7 At 21 - Elementos % em IPEN
18o 18o
composiçã químicos massa 5
mes mes
o química
M7 At 22 – análise microg IPEN
composiçã morfológica rafia
18o 18o
o das 1
mes mes
morfológic partículas
a
M8 At 23 – ativação de 1 IPEN
Levantame carbono
19o 19o
nto 1
mes mes
bibliográfic
o
M8 At 24 Elementos 1 IPEN
-Caracteriz químicos 19o 19o
1
ação do mes mes
carbono
M8 At 25 – sínteses 5 IPEN
processo químicas e 20º 22º
5
de ativação físicas mes mes
do carbono
M8 At 26 – área área IPEN
área superficial superfi
23º 23º
superficial específica cial 10
mes mes
específica específ
do produto ica
M8 At 27 - análise microg 5 23º 23º IPEN
composiçã morfológica rafia mes mes
o das
morfológic partículas
a do
produto
M9 At 28 congresso congre IPEN
submissão e/ou sso
24º 24º
de trabalho periódico e/ou 2
mes mes
periódi
co

Equipe Executora do Projeto (exemplo)

A tabela 2 apresenta a equipe executora do projeto.

Tabela 2 – EQUIPE EXECUTORA DO PROJETO

Vínculo com a
Instituição a
Tempo de que se vincula Instituição
Nome do Atividades Cargo na
Dedicação (IPEN/CNEN (servidor,
membro que executa instituição a
funcionário, outro
da equipe no projeto (horas/mês) -SP ou que se vincula
vinculo
Parceiro/a)
-especificar)
Denise A. At 01, At 64 IPEN/CNEN- Servidor Pesquisador
Fungaro 16, , At 17, SP
At 23, At 28
a Definir At 01 a At 160 IPEN/CNEN- Bolsista -
15, At 18 a SP
At 22, At 24
a At 27

Obs1.: Conforme parágrafo 3º artigo 35 do Decreto 9283 de 07 de fevereiro de 2018, as


instituições que integram os acordos de parceria para P&D&I poderão permitir a participação
de recursos humanos também para atividades de apoio e suporte.

Obs2: No caso de servidores do IPEN, as atividades que cada membro da equipe realiza no
projeto devem estar compreendidas / relacionadas / previstas em seus Planos de Trabalho
Individuais (PTI).
Coordenador(a) pelo IPEN/CNEN- Denise Alves Fungaro - CEQMA
SP:
Celso Victor dos Santos - Diretor
Coordenador pelo(a) parceiro(a):

IV – Planilha de Custos do Projeto e de Aplicação dos recursos financeiros

A Tabela 3 apresenta a planilha de Custos do Projeto; e a Tabela 4 apresenta a planilha de


Aplicação dos Recursos Financeiros.

Tabela 3 - PLANILHA DE CUSTOS DO PROJETO

Instituição Elemento de Item de Despesa* Valor (R$)


Despesa
IPEN/CNEN-SP Custeio Custo de Pessoal e encargos** 8.246,93
Material de Consumo 1.000,00
reagentes e materiais de
laboratório
Uso de Equipamentos e 10.000,00
instalações
Capital Aquisição de Equipamentos 0
Capital Know-How Doutora desde 1993
Intelectual
Total IPEN/CNEN-SP
Parceiro(a) Custeio Custo de Pessoal e encargos 0
Material de Consumo 1.067,37
reagentes e materiais de
laboratório
Uso de Equipamentos e 16.300,00
instalações
Capital Aquisição de Equipamentos 2.277,00
medidor de pH de bancada
Despesas Operacionais e Bolsa Pesquisador:
administrativas de Fundação
R$ 48.000,00
Bolsa Pós-Doutorado
R$ 176.954,40

Fundação ?
Total Parceiro(a)
TOTAL DO PROJETO

* Os itens de despesa devem ser descriminados.

** Os valores são calculados com base nos salários e no tempo de dedicação de cada
membro da equipe (a fonte de informações para esse cálculo é a Tabela do Tempo
de Dedicação e o Portal Transparência Federal
www.portaltransparencia.gov.br/)

Tabela 4 - PLANILHA APLICAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS


Valor (R$) Valor (R$)
Elemento de
Descrição Entradas Saídas (B)
Despesa
(A)
Valor aportado pelo Parceiro à
Aporte ?
Fundação de apoio ao projeto
Valor cobrado pela Fundação de apoio
referente às Despesas Operacionais e DOA ? ?
Administrativas da Fundação
Valor a ser utilizado para o pagamento
Bolsas 224.954,40
de bolsas de pesquisa
Valor a ser utilizado para a aquisição de
Custeio 1.067,37
materiais de consumo
Valor a ser utilizado na aquisição de
Capital 2.277,00
Equipamentos
Valor a ser utilizado na manutenção de
Custeio 0 0
equipamentos e instalações
Valor a ser utilizado para pagamento de Viagens e
0 0
viagens e diárias Diárias

Totais
V – Cronograma de desembolso (exemplo)
O cronograma de desembolso do projeto está apresentado na Tabela 5.

Tabela 5 - Cronograma de Desembolso relacionado às atividades do projeto

Unidade Quantidad 1º semestre 2º semestre 3º semestre 4º semestre


e

At 05 R$ 3.177,00 0 0 0

At 08 1 R$ 526,70 0 0 0

At 10 1 R$ 373,30 0 0 0

At 12 1 0 R$ 1.836,00 0 0

At 13 1 0 R$ 1.404,00 0 0

At 14 1 0 R$ 1.353,00 0 0

At 16 1 0 R$ 2.107,00 0 0

At 19 1 0 0 R$ 375,00 0

At 20 1 0 0 R$ 1.170,00 0

At 21 1 0 0 R$ 1.315,00 0

At 22 1 0 0 R$ 840,00 0

At 24 1 0 0 0 R$ 167,37

At 26 1 0 0 0 R$ 1.500,00

At 27 1 0 0 0 R$ 1.400,00

At 28 1 0 0 0 R$ 2.100,00

TOTAL R$ 19.644,00
VI – Previsão de início e fim da execução do objeto, assim como da conclusão
das etapas ou fases programadas

A execução do Projeto compreende um conjunto de atividades ao longo de xx meses,


conforme cronograma de execução das atividades mostrado na Tabela 6.

Tabela 6 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES

Ano 1 Ano 2
Me A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2
ta t.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4
M 0 x
1 1
M 0 x
2 2
M 0 x
2 3
M 0 x
2 4
M 0 x x
3 5
M 0 x x
3 6
M 0 x x
3 7
M 0 x x
4 8
M 0 x x
4 9
M 1 x
4 0
M 1 x
4 1
M 1 x x x
5 2
M 1 x
5 3
M 1 x
5 4
M 1 x
5 5
M 1 x x
6 6
M 1 x
7 7
M 1 x x x
7 8
M 1 x x
7 9
M 2 x
7 0
M 2 x
7 1
M 2 x
7 2
M 2 x
8 3
M 2 x
8 4
M 2 x x x
8 5
M 2 x
8 6
M 2 x
8 7
M 2 x x
9 8

VII – Se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os


recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente
assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão
descentralizador.

N/A.
VIII – APROVAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

As pessoas responsáveis pela execução do objeto deste Acordo de Parceria concordam


e aprovam o conteúdo deste Plano de Trabalho.

São Paulo, 1 de abril de 2019

Assinatura do(a) Coordenador(a) do Projeto pelo IPEN-CNEN/SP

Nome: Denise Alves Fungaro


Cargo: Pesquisador
Data:

Assinatura do(a) Coordenador(a) do Projeto pelo Parceiro

Nome: Celso Victor dos Santos


Cargo: Diretor
Data:

De acordo.
Assinatura do(a) Gestor do Centro

Data:

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