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Metanal

Nome: Joanna Beatryz


Professor: Maurício
Turma: 4001
Data: 26/06
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Sumário

1. Introdução ----------------------------------------- 2
2. Propriedades--------------------------------------3
3. Toxicocinética--------------------------------------4
3.1 Absorção e distribuição---------------------4
3.2 Metabolização e excreção-----------------5
4. Aplicações------------------------------------------6
5. Relevância para a saúde-----------------------6
6. Fatores da saúde---------------------------------7
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Introdução
O formaldeído é um dos mais comuns
produtos químicos de uso atual. É o aldeído mais
simples, de fórmula molecular H2CO e nome
oficial metanal. A solução aquosa de formaldeído,
em regra diluída a 45%, denomina-se formol ou
formalina.
O metanal é mais complexo do que muitos
compostos de carbono simples, uma vez que
apresenta inúmeras formas.
Quando dissolvido em água, o metanal e a água
unem-se para formar metanodiol ou methylene glycol
H2C(OH)2. O diol encontra-se também em equilíbrio
com uma série de oligómeros, dependendo da
concentração e da temperatura.
Designa-se por "100% formalina" qualquer
solução aquosa saturada que contenha uma
concentração de 40% de metanal por volume ou
37% por massa. É normalmente acrescentado um
estabilizante como o metanol para limitar a oxidação
e a polimerização. As graduações comerciais contêm
normalmente 10 a 12% de metanol para além de
outras impurezas metálicas por que tem 50% de
aldeído.
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Propriedades
O formaldeído é um gás. É normalmente utilizado
em solução aquosa a cerca de 37% em massa
contendo metanol como preservativo contra a
polimerização.

● Líquido incolor (solução) ou gás com odor


penetrante e irritante
● Massa molar: 30.03 g/mol
● Ponto de ebulição: -19,5°C
● Ponto de fusão: -92°C
Incompatibilidades: oxidantes forte, álcalis,
ácidos, fenóis e ureia
● Sinônimos: formol, formalina, óxido de metileno,
componente de exaustão de diesel e produto da
pirólise (queima) de revestimento de eletrodos
de solda.
Quando se prepara uma mistura de mais de 40%
de formol em água, se polimeriza um pó branco,
insolúvel, que é chamado de metaformaldeído, de
fórmula (H2C2O)3. Por este motivo o formol é
comercializado em concentração de cerca de 37%
de aldeído e 7 % de metanol, que atuará como um
inibidor de polimerização.
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Toxicocinética
Absorção
O Formaldeído é uma molécula pequena, reactiva, solúvel em
água, PM=30,03, que é rapidamente absorvida nos tecidos do
tracto respiratório (exposição por inalação) e do tracto
gastrointestinal (exposição por via oral). Estima-se que a absorção,
pela porção nasal do tracto respiratório, seja próxima dos 100%. A
absorção através da traqueia e dos brônquios , ocorre devido a
uma penetração mais profunda, uma vez que os vapores de
Formaldeído não passam através destas estruturas, e assim, a
absorção ocorre devido ao contacto com a mucosa nasal. Contudo,
é muito provável verificar-se uma absorção próxima dos 100%
relativamente aos vapores de Formaldeído em Humanos. Existe
pouca informação sobre as características da absorção oral de
formaldeído em Humanos. Contudo, sabe-se que o Formaldeído é
rapidamente metabolizado a Ácido Fórmico no tracto
gastrointestinal que, por sua vez é absorvido rapidamente nos
tecidos, e o mesmo acontece com o Formaldeído que é
metabolizado e absorvido na corrente sanguínea na forma de Ácido
Fórmico. A combinação destes dois mecanismos é responsável
pelos grandes aumentos dos níveis sanguíneos de Ácido Fórmico.

Distribuição
O Formaldeído não é absorvido para a corrente sanguínea na sua
forma intacta, excepto quando ocorre a exposição a elevadas
concentrações desta substância, que ultrapassam a capacidade
metabólica do tecido com o qual entra em contacto. Tendo em conta
esta elevada capacidade metabólica dos tecidos animais, a distribuição
da molécula de Formaldeído intacta para outros órgãos mais distantes
da zona de contacto inicial, não é considerada como o maior factor de
toxicidade desta molécula. Normalmente verifica-se toxicidade no local
de exposição inicial. Sabe-se que os níveis sanguíneos de Formaldeído
não aumentam após exposição por inalação. O elevado tempo de
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semi-vida plasmático deve-se ao facto do formaldeído apresentar um


rápido metabolismo dando origem a Ácido Fórmico ou CO2 , sendo
excretados através da urina e dos pulmões, respectivamente.

Metabolização
O Formaldeído é um produto metabólico normal do metabolismo
animal, com variações dos seus níveis endógenos ao longo do tempo.
As maiores fontes produtoras de Formaldeído endógeno são a Glicina e
a Serina. O Formaldeído é rapidamente metabolizado e o seu
armazenamento não é um factor de toxicidade. O metabolismo do
Formaldeído a Ácido Fórmico, via FDH/ class III álcool desidrogenase,
ocorre em todos os tecidos do organismo, como consequência da
formação de Formaldeído endógeno e a sua rápida remoção, devido ao
apoio da corrente sanguínea. A FDH é a principal enzima metabólica
envolvida no metabolismo do Formaldeído em todos os tecidos e é
amplamente distribuída no tecido animal, e é especifica para a adição
de Formaldeído pela Glutationa. Se o Formaldeído não for metabolizado
pela FDH, então pode formar ligações cruzadas entre a proteína e o
DNA de cadeia simples, ou entrar no reservatório metabólico
intermediário de 1 carbono, ligando-se inicialmente ao tetrahidrofolato.
Muitas enzimas conseguem catalisar a reacção que oxida o
Formaldeído a Ácido Fórmico, contudo a FDH é a enzima de primeira
linha para desempenhar essa função e é específica para o Formaldeído.
Outros aldeídos não sofrem qualquer alteração na presença da FDH. O
Formaldeído, endógeno ou exógeno, entra na via metabólica da FDH e
é eliminado do organismo na forma de metabolitos: Ácido Fórmico e
CO2. A actividade da FDH não aumenta em resposta a uma exposição
ao Formaldeído.

Excreção
Devido à rápida conversão do Formaldeído a Ácido Fórmico e a sua
subsequente incorporação nos constituintes celulares, a excreção não
aparenta ser um factor de toxicidade do Formaldeído. O metabolismo do
Formaldeído a Ácido Fórmico ocorre em todos os tecidos do organismo
como consequência da Formação endógena de Formaldeído. O
Formaldeído exógeno entra nesta via e é eliminado do organismo como
metabolitos, principalmente CO2 pela expiração.
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Aplicações

Suas aplicações principais são:

● Produção de resinas ureia-formol, fenol-formol e


melamínica
● Matéria-prima para diversos produtos químicos
● Agente esterilizante. V. autoclave
● Agente preservante de produtos cosméticos e de
limpeza
● Embalsamação e conservação de cadáveres e peças
anatômicas
● Síntese de urotropina.
● Laboratórios
● Adulteração de alimentos (conservante).

Relevância para a saúde pública

Apesar de o formaldeído ser um metabolito intermediário


celular normal na biossíntese de purinas e de alguns
aminoácidos, este é uma molécula altamente reativa, que
quando em contato, pode ser irritante para os tecidos. Estudo
em humanos e animais indicam que o formaldeído inalado a
determinado nível pode ser irritante para o trato respiratório e
olhos, bem como para a pele e sistema gastrointestinal por via
direta (contacto) e oral respectivamente. Estudos realizados
em voluntários expostos ao formaldeído por via respiratória
durante curtos períodos de tempo, indicaram a ocorrência de
irritação nos olhos, nariz e garganta a uma concentração entre
0.4-3 ppm.
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A Agência Internacional para Pesquisa sobre Cancro (IARC)


determinou que o formaldeído é cancerígeno para os seres
humanos. Esta determinação foi baseada em decisões específicas
que existem evidências limitadas em seres humanos e evidência
suficiente em animais de laboratório que o formaldeído pode
causar cancro. A Agência de Protecção Ambiental (EPA)
determinou que o formaldeído é um provável carcinogénico
humano com base em evidências limitadas em seres humanos e
evidência suficiente em animais de laboratório.

Fatores da saúde

● Sintomas: irritação dos olhos, nariz e garganta, lacrimação;


queimadura no nariz, tosse, espasmos bronquiais, irritação
pulmonar e dermatite.
● Efeitos na saúde: irritação dos olhos, nariz, garganta e pele,
mutagênico e carcinogênico suspeito. Pesquisas recentes o
apontaram como responsável por aumentar em até 34% as
chances de uma pessoa normal desenvolver esclerose lateral
múltipla; chegando, nos que tiveram exposição superior à 10
anos, à tornar as chances até quatro vezes maior que uma
pessoa comum.
● Órgãos: sistema respiratório, olhos e pele.

Bibliografia: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metanal

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