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UNA BOM DESPACHO

ODONTOLOGIA

INTEGRAÇÃO CLÍNICA PATOLÓGICA

FARMACOCINÉTICA
Metabolização e excreção

BOM DESPACHO, MG.


2022
ANA CAROLINA ALVES DE OLIVEIRA
BÁRBARA DE OLIVEIRA SOUZA
DAIANY MIRANDA LANDINHO
IZADORA RAFAELLA RODRIGUES CARVALHO
LUIZ FILIPE CAMPOS

FARMACOCINÉTICA
Metabolização e excreção

Trabalho realizado com a finalidade


de aumentar o conhecimento dos
estudantes da UC de Integração
Clínica patológica

BOM DESPACHO, MG.


2022
SUMÁRIO

Introdução .......................................................................................................................4

Metabolização..................................................................................................................5

Reações de fase 1..............................................................................................................5

Reaçoes de fase 2..............................................................................................................6

Excreção...........................................................................................................................6

Filtração glomerular .......................................................................................................7

Secreção tubular ativa.....................................................................................................7

Difusão através do túbulo renal.....................................................................................8


Introdução
A farmacocinética e de extrema importância para determinar a efetividade de algum
fármaco, e entender por meio de estudo todas as suas fases, observar se algum fármaco
foi bem-sucedido em ultrapassar as barreiras do corpo humano, analisar se a sua
metabolização foi também bem-sucedida, entre outros.
Deste modo podemos compreender os trajetos do fármaco no organismo, desde sua
administração, sua absorção, sua distribuição, sua metabolização, e sua excreção.
Neste trabalho, temos duas destas fases como foco, estas fases são, metabolização e
suas biotransformações vendo que as substâncias podem se transformar em metabólitos
inativos, ou em metabólitos que são mais ativos que os iniciais. E também falaremos
sobre a excreção e entender melhor quais são as vias de excreção que temos no nosso
corpo.

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Metabolização
A primeira fase tema do trabalho é a metabolização, essa fase consiste em
biotransformações que acontecem após um fármaco ser distribuído no corpo, graças as
muitas enzimas do tecido do fígado, esse processo ocorre em sua maior parte no fígado.
O processo consiste basicamente em, ocasionar alterações químicas através das nossas
enzimas originando assim os metabólitos. Esses processos podem ser anabólicos, ou
seja de construção, como também podem ser catabólicos ou seja de degradação de um
certo fármaco.
De uma forma técnica, podemos afirmar que os seres vivos com a seleção natural, e
também com milhões de anos de evolução e adaptação, conseguiram com o passar do
tempo desenvolver sistemas extremamente complexos, que conseguem desintoxicar
substâncias estranhas, que são chamados de xenobióticos, um exemplo de xenobióticos
desta época eram as toxinas de plantas venenosas, hoje em dia compreendemos que os
fármacos também são um tipo de xenobióticos, pois são substâncias químicas que não
são produzidos no nosso corpo, algumas substâncias o corpo possui e produz, mas
nunca é o mesmo da quantidade do fármaco.
O metabolismo dos fármacos consiste em dois tipos de reação, e essas reações são
conhecidas como reação de fase 1 e reações de fase 2, elas ocorrem de modo sequencial,
e com certa frequência, e independentemente de qual fase analisarmos, veremos que as
duas fases aumentam a lipossolubilidade, ou seja elas aumentam a sua eliminação renal.

Reações de fase 1
Essas reações são catabólicas (hidrólise, oxidação e redução)e seus produtos
geralmente são quimicamente mais reativos por isso muitas das vezes se apresentam
mais carcinogênicos ou tóxicos que o fármaco original. As reações de fase 1 Muitas das
vezes introduzem na moléculas um grupo reativo, como o grupo hidroxila, um processo
conhecido como “funcionalização”, Esse grupo serve de ponto de ataque para que o
sistema de conjugação ligue um substituinte, como o glicuronídeo, e isso nos explica
por que as reações da fase 1 tão frequentemente precedem as reações de fase 2.
O nosso fígado é muito importante nas reações da fase 1. Muitas das nossas enzimas
hepáticas que atuam na nossa metabolização de fármacos, incluindo as enzimas CYP,
estão inseridas no retículo endoplasmático liso. E elas geralmente são chamadas de
enzimas “microssômicas” porque, na homogeneização e centrifugação diferencial,
nosso retículo endoplasmático é quebrado em muitos fragmentos bem pequenos que vão
se sedimentar na fração microssômica depois de centrifugação prolongada em alta
velocidade, para conseguirem chegar a essas enzimas, os fármacos devem atravessar a
membrana plasmática. Moléculas polares também fazem isso porem mais lentamente
que as moléculas lipossolúveis, exceto onde existem mecanismos específicos de
transporte e, por essa razão, o metabolismo intracelular é tão importante para fármacos
lipossolúveis, enquanto fármacos polares são pelo menos parcialmente eliminados na
forma inalterada da urina.

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O sistema enzimático mais importante da fase I da biotransformação se chama
citocromo P-450 ou (CYP450), que é uma superfamília microssômica formada por
isoenzimas que catalisam a oxidação de muitos fármacos. Os elétrons serão supridos
pela NADPH-CYP450 redutase, que é uma flavoproteína, e ela transfere elétrons da
NADPH-(forma reduzida do fosfato de dinucleótido de nicotinamida e adenina) para o
citocromo P-450. As enzimas do citocromo P-450 podem ser induzidas ou inibidas por
muitos fármacos e substâncias, resultando em várias interações entre fármacos, em que
um exacerba a toxicidade ou reduz o efeito terapêutico de um outro fármaco.

Reações de fase 2
Reações da fase 2 são sintéticas (anabólicas) e incluem conjugação que é a ligação de
Um grupo substituinte, que normalmente resulta em produtos inativos, embora existam
algumas exceções por exemplo o sulfato ativo metabólito do minoxidil que é um
ativador do canal de Potássio utilizado no tratamento da hipertensão grave, e da queda
do cabelo.
Esta fase é imprescindível para a excreção do fármaco, porque o torna lipossolúvel.
As reações das conjugações são: glucação (conjugação do fármaco a uma molécula de
ácido glicurônico, que é mais comum), sulfatação e acetilação. As reações da fase 2
ocorrem principalmente no fígado. Se a molécula de um fármaco ou um produto da fase
1 tiver uma “alavanca” adequada, por exemplo um grupo hidroxil, tiol ou Amino, torna-
se suscetível à conjugação. O grupo químico inserido pode ser glicuronil, Sulfato,
metilo ou acetilo. A glutationa conjuga fármacos ou os seus metabólitos da fase 1
através do seu grupo sulfídrico, como no caso da desintoxicação do paracet, a
glicuronidação envolve a formação de um composto de fosfato de alta energia ou seja o
doador, o ácido uridinadifosfato glicurônico (UDPGA), a partir do qual o ácido
glicurônico é transferido para um átomo rico em elétrons (S, O ou N) no substrato, e
formando uma ligação amina, éster ou tiol. A UDP, que catalisa essas reações, tem
Especificidade para um amplo conjunto de substratos, o que abarca muitos fármacos e
Outras moléculas estranhas. Várias substâncias endógenas, dentre elas a bilirrubina e os
corticosteroides suprarrenais, são conjugadas pela mesma via de sinalização.
Nas reações de metilação e acetilação, a s-adenosil metionina e a acetil-CoA
respectivamente, atuam como os compostos doadores. Muitas reações de conjugação
ocorrem no fígado, mas outros tecidos, como os pulmões e rins, também estão
envolvidos.

Excreção
Os fármacos devem ser suficientemente polares para poderem ser eliminados do
organismo. A saída do fármaco do organismo ocorre por várias vias, sendo a eliminação
na urina por meio dos rins a mais importante. Quando um paciente tem disfunção renal

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pode ser incapaz de excretar os fármacos, correndo assim o risco de acumulá-los e
apresentar efeitos adversos.

Três processos fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos:
1. Filtração glomerular.
2. Secreção tubular ativa.
3. Reabsorção passiva (difusão pelo fluido tubular concentrado e reabsorção pelo
epitélio tubular).

Filtração glomerular
Os capilares glomerulares possibilitam que moléculas de fármacos com peso
molecular abaixo de 20 kDa se difundam para o filtrado glomerular. Tais capilares são
quase inteiramente permeáveis à albumina plasmática (peso molecular de
aproximadamente 68 kDa), mas a maioria dos fármacos – com exceção de
macromoléculas como a heparina ou produtos biológicos que cruzam a barreira
livremente. Se algum fármaco se ligar à albumina plasmática, apenas o fármaco livre
será filtrado. Se cerca de 98% de um fármaco, como a varfarina, estiver ligado a
albumina, a concentração no filtrado é de apenas 2% daquela do plasma e como
consequência, a eliminação por filtração estará correspondentemente diminuída.

Secreção tubular ativa


Até 20% do fluxo plasmático renal é filtrado pelo glomérulo, deixando pelo menos
80% do fármaco que chega no rim passa pelos capilares peritubulares do túbulo
proximal. Aqui, as moléculas dos fármacos são transferidas para o lúmen tubular por
dois sistemas de transportadores independentes e relativamente não seletivos, um deles,
o OAT, faz o transporte dos fármacos ácidos em sua forma aniônica negativa (bem
como muitos outros ácidos endógenos, como o ácido úrico), contudo todavia o OCT
tem abordagem diferente e lida com bases orgânicas na Sua protonada catiônica. Os
transportadores OAT podem mover moléculas dos fármacos contra gradiente
eletroquímico e, consequentemente, reduz a concentração plasmática a quase zero
,enquanto os OCTs facilitam o transporte a favor do gradiente eletroquímico. Como
pelo menos 80% do fármaco que chega nos rins é apresentado ao transportador, a
secreção tubular é potencialmente o mecanismo mais acertivo de eliminação renal de
fármacos. De forma diferente a filtração Glomerular, a transferência mediada por
transportadores pode efetuar a depuração Máxima de um fármaco, mesmo quando a
maior parte dele está ligada as proteínas plasmáticas. Apesar de que por volta de 80%
da penicilina, por exemplo, estar ligada nas proteínas plasmáticas e, portanto, só ser

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depurada lentamente pela filtração, o fármaco é removido quase em sua totalidade pela
secreção tubular proximal e sua velocidade global de eliminação é bastante alta.

Difusão através do túbulo renal


A água é reabsorvida conforme o líquido atravessa o túbulo e, por isso, o volume de
urina que o corpo produz é de aproximadamente 1% do volume do filtrado glomerular.
Se o túbulo for livremente permeável às moléculas do fármaco, aproximadamente 99%
do fármaco filtrado será reabsorvido passivamente a favor do gradiente de concentração
resultante. Consequentemente, a eliminação dos fármacos lipossolúveis é mínima,
enquanto com os fármacos polares, que possuem permeabilidade tubular baixa,
permanecem na luz do túbulo, dessa forma quanto mais a água é reabsorvida mais ele se
torna concentrado. Fármacos polares tratados dessa forma incluem a digoxina e os
antibióticos aminoglicosídeos, constituindo um grupo relativamente pequeno, mas não
menos importante de fármacos, que não são inativados pelo metabolismo, e a
velocidade de eliminação renal é o principal fator determinante para duração de sua
ação. Esses fármacos devem ser empregados com total cautela em indivíduos cuja
função renal esteja menor que o normal, incluindo idosos e pacientes portadores de
doença renal ou qualquer doença aguda que seja grave.

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REFERÊNCIA
1-LITERATURA TEMA GERAL 1, RANG DALE- FARMACOLOGIA; CAP 8.

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