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FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM


DISCIPLINA: FARMACOLOGIA

THAMILLIS KAROLINE SILVA DOS SANTOS

RESUMO DO CAPITULO 09 E 10 DO LIVRO: FARMACOLOGIA – RANGE & DALE


9º EDIÇÃO

PROF.ANTONIO NILTON SOUSA MATOS

PARAUPEBAS-PA
2023
CAPITULO 09: ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS.

A disponibilização do fármaco é dividida em quatro estágios (ADME): absorção,


distribuição, metabolização e eliminação.
A translocação das moléculas do fármaco pelo organismo pode ocorrer por fluxo
de massa ou difusão, dependendo da natureza química do fármaco. A difusão aquosa é
importante para transportar as moléculas dos fármacos até as barreiras não aquosas,
mas a velocidade de difusão depende principalmente do tamanho molecular da
substância. As membranas celulares formam as barreiras entre os compartimentos
aquosos do organismo e têm diferentes disposições anatômicas e permeabilidades.
Algumas barreiras, como a hematencefálica e a placentária, têm características
específicas para evitar a penetração de moléculas potencialmente perigosas, o que
pode ter consequências importantes para a distribuição e atividade dos fármacos.
A difusão de substâncias através das membranas celulares. Para que uma
substância possa passar pela membrana, ela deve ser suficientemente solúvel na
camada lipídica e móvel dentro dela. Dois fatores físico-químicos que afetam a
solubilidade e a mobilidade das moléculas são o coeficiente de partição e o coeficiente
de difusão. Além disso, o pH pode afetar a distribuição de fármacos dentro dos
compartimentos corporais, especialmente aqueles que são ácidos ou bases fracas. Isso
pode ser explorado na entrega de fármacos a alvos intracelulares específicos usando
motivos químicos sensíveis a esterases.
Transporte mediado por transportadores refere-se aos mecanismos
especializados de transporte que regulam a entrada e a saída de moléculas
fisiologicamente importantes, como açúcares, aminoácidos, neurotransmissores e íons
metálicos através da membrana celular. Esses transportadores são divididos em dois
tipos principais, os transportadores SLC e os transportadores cassetes de ligação ao
ATP (ABC). Os transportadores SLC facilitam a movimentação passiva de solutos a
favor de seu gradiente eletroquímico, enquanto os ABC são bombas ativas movidas por
ATP. Mais de 300 genes humanos codificam esses transportadores, a maioria atuando
principalmente em substratos endógenos, mas alguns também transportam substâncias
exógenas. Os transportadores de cátions orgânicos (OCT) e os transportadores de
ânions orgânicos (OAT) são importantes na distribuição de fármacos e funcionam
através da ligação de uma ou mais moléculas ou íons, mudando de conformação e
liberando-os do outro lado da membrana. Transportadores P-glicoproteína (P-gp) são
uma classe de transportadores ABC que atuam em muitos tecidos e órgãos, removendo
muitos fármacos do interior da célula. O transporte mediado por transportadores tem
características de saturação, e muitos efeitos farmacológicos resultam de interferências
em sua atuação.
Quando um fármaco é administrado no corpo, uma parte pode ficar ligada às
proteínas do plasma sanguíneo, o que pode afetar a sua concentração livre e,
consequentemente, sua eficácia. A albumina é a principal proteína responsável por
essa ligação. Além disso, alguns fármacos podem se acumular no tecido adiposo
devido ao seu coeficiente de partição óleo:água. No entanto, isso é relevante apenas
para alguns poucos fármacos altamente lipossolúveis, como os anestésicos gerais.
Absorção de fármacos refere-se à entrada de um medicamento no sangue a partir
de onde ele foi administrado. Isso é importante em todas as formas de administração,
exceto para a administração intravenosa. As principais formas de administração incluem
via oral, sublingual, retal, tópica, inalação, injeção, subcutânea, intramuscular,
intravenosa, intratecal e intravítrea. Em alguns casos, a absorção não é necessária
para que o medicamento funcione, mas na maioria dos casos o medicamento precisa
entrar na corrente sanguínea antes de chegar ao seu local de ação.
O volume de distribuição é o volume necessário para conter a quantidade total de
um fármaco no organismo a uma concentração igual à plasmática medida. Existem
vários compartimentos no organismo, incluindo plasma, líquido intersticial, líquido
intracelular, líquido transcelular e gordura. O volume de distribuição pode variar
dependendo de onde o fármaco se acumula. Fármacos que não são lipossolúveis ficam
principalmente no plasma e no líquido intersticial, enquanto fármacos lipossolúveis
podem acumular-se na gordura. É importante notar que nem todos os fármacos são
distribuídos igualmente nos compartimentos do corpo, e isso pode afetar a eficácia e a
segurança do tratamento.
Há diversas estratégias para melhorar o fornecimento de fármacos ao organismo e
direcioná-los para seus tecidos-alvo. Algumas das estratégias incluem profármacos,
que são precursores inativos metabolizados em metabólitos ativos; conjugados
anticorpo-fármaco, que ligam o fármaco a um anticorpo direcionado a um antígeno
específico do tumor; acondicionamento em lipossomas, que são vesículas que
protegem e entregam os fármacos; e dispositivos revestidos implantáveis, que são
dispositivos implantáveis que liberam o fármaco lentamente ao longo do tempo. Essas
estratégias podem ajudar a melhorar a seletividade dos fármacos e reduzir seus efeitos
colaterais.

CAPITULO 10: METABOLISMO E ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS.

A eliminação de um fármaco do corpo humano ocorre por metabolismo e


eliminação, sendo a urina e o sistema hepatobiliar as principais vias de excreção. A
maioria dos fármacos lipofílicos é metabolizada no fígado pelo sistema do citocromo
P450 (CYP). O metabolismo dos fármacos envolve dois tipos de reação: de fase 1 e
fase 2, que ocorrem de modo sequencial e diminuem a lipossolubilidade, aumentando a
eliminação renal. As reações de fase 1 normalmente introduzem um grupo reativo,
como o grupo hidroxila, e o fígado é especialmente importante nessa fase.
as fases 2 das reações metabólicas, que são responsáveis pela conjugação de
moléculas através da adição de grupos químicos, tornando os produtos inativos. Essas
reações ocorrem principalmente no fígado e podem envolver a glicuronidação,
sulfatação, acetilação e metilação. O texto também menciona a estereosseletividade
dos fármacos, que podem ser misturas de estereoisômeros, e os inibidores do P450,
que podem competir pelo ponto ativo, formar complexos ou induzir a atividade das
enzimas microssômicas de oxidação e conjugação.
Eliminação Biliar e Circulação Êntero-Hepática: Algumas substâncias, incluindo
fármacos, são transferidas pelas células hepáticas do plasma para a bile por sistemas
de transporte semelhantes aos do túbulo renal. Alguns compostos de fármacos
hidrofílicos ficam concentrados na bile e são enviados para o intestino, onde podem ser
reabsorvidos e o ciclo se repete, prolongando a ação do fármaco. Diversos fármacos
são eliminados pela bile em quantidades consideráveis. A eliminação renal de fármacos
e seus metabólitos: A eliminação de fármacos pelos rins é mais bem quantificada pela
depuração renal (CLren), definida como o volume de plasma que contém a quantidade
da substância removida pelos rins na unidade de tempo. Existem diferenças na
velocidade com que os fármacos são eliminados pelos rins. Três processos
fundamentais são responsáveis pela eliminação renal dos fármacos: filtração
glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção passiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595157255/epubcfi/6/38[%3
Bvnd.vst.idref%3Dchapter010]!/4/186/7:59[ork%2C.%5E)]

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