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Super Aulão Noturno PCMG

@profmaribarreiras
1. (VUNESP/2014/PC-SP Investigador de polícia) Pode-se afirmar que o
pensamento criminológico moderno é influenciado por uma visão de
cunho funcionalista e uma de cunho argumentativo, que possuem, como
exemplos, a Escola de Chicago e a Teoria Crítica, respectivamente. Essas
visões também são conhecidas como teorias
a) da ecologia criminal e do transtorno.
b) do consenso e do conflito.
c) do conhecimento e da pesquisa
d) da formação e da dedução
e) do estudo e da conclusão.
Teorias Sociológicas
É CONSENSO que todo
Escola de
mundo quer CASA
Chicago

Teorias
do
Aprendizado
Subcultura
(Associação
delinquente
Diferencial)

consenso

Anomia
É CONSENSO que todo
Labelling
mundo quer CASA
approach
(interacionismo
simbólico / O CONFLITO é que estamos
Teorias
etiquetamento)
em CRISE

do
conflito
Criminologia
crítica
Teorias do conflito
• Há força e coerção na sociedade.
• Somente existe ordem porque há dominação de uns e sujeição de outros.
• A sociedade está sempre sujeita a processos de mudança e cada
elemento da sociedade contribui, de certa forma, para sua desintegração.
• Para essas teorias, o crime faz parte da luta pelo poder.
Teorias do conflito
• O crime não existe ontologicamente, não existe por si só.
• O crime possui natureza definitorial: as condutas não são criminosas em
si mesmas, mas são definidas como criminosas em virtude de complexos
processos de interação, dominação e seleção.
• As condutas são consideradas criminosas porque alguém ou alguma
instituição define que elas são criminosas.
1. (VUNESP/2014/PC-SP Investigador de polícia) Pode-se afirmar que o
pensamento criminológico moderno é influenciado por uma visão de
cunho funcionalista e uma de cunho argumentativo, que possuem, como
exemplos, a Escola de Chicago e a Teoria Crítica, respectivamente. Essas
visões também são conhecidas como teorias
a) da ecologia criminal e do transtorno.
b) do consenso e do conflito.
c) do conhecimento e da pesquisa
d) da formação e da dedução
e) do estudo e da conclusão.
2. (VUNESP/2013/PC-SP Escrivão de Polícia Civil) São teorias do consenso
as teorias
a) da desorganização social; da identificação diferencial; da criminologia
crítica.
b) do etiquetamento; da associação diferencial; do conflito cultural.
c) da criminologia crítica; da subcultura; do estrutural-funcionalismo.
d) da criminologia radical; da associação diferencial; da identificação
diferencial.
e) da desorganização social; da neutralização; da associação diferencial.
3. (VUNESP/2013/PC-SP Papiloscopista Policial) De acordo com a Sociologia
Criminal, pode-se citar como exemplo da Teoria de Consenso:

a) a Teoria crítica.
b) a Teoria radical.
c) a Teoria das janelas quebradas.
d) a Teoria da associação diferencial.
e) a Teoria do conflito.
4. (Instituto Acesso/2019/PC-ES Delegado de Polícia) O pensamento criminológico
moderno, de viés macrossociológico, é influenciado pela visão de cunho funcionalista
(denominada teoria da integração, mais conhecida por teorias do consenso) e de cunho
argumentativo (denominada por teorias do conflito). É correto afirmar que:
a) São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação
diferencial, a teoria da subcultura do delinquente e a teoria do etiquetamento.
b) São exemplos de teorias do conflito a teoria de associação diferencial a teoria da
anomia, a teoria do etiquetamento e a teoria crítica ou radical.
c) São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação
diferencial, a teoria da anomia e a teoria da subcultura do delinquente.
d) São exemplos da teoria do consenso a teoria de associação diferencial, a teoria da
anomia, a teoria do etiquetamento e a teoria crítica ou radical.
e) São exemplos da teoria do conflito a Escola de Chicago, a teoria de associação
diferencial, a teoria da anomia e a teoria da subcultura do delinquente.
5. (Instituto Acesso/2019/PC-ES Delegado de Polícia) Constitui um dos objetivos
metodológicos da teoria do Labelling Approach (Teoria do Etiquetamento Social) o
estudo detalhado da atuação do controle social na configuração da criminalidade.
Assinale a alternativa correta:
a) Para o labelling approach, o controle social penal possui um caráter seletivo e
discriminatório gerando a criminalidade.
b) O labelling approach é uma teoria da criminalidade que se aproxima do paradigma
etiológico convencional para explicar a distribuição seletiva do fenômeno criminal.
c) Para o labelling approach, um sistemático e progressivo endurecimento do controle
social penal viabilizaria o alcance de uma prevenção eficaz do crime.
d) O labelling approach, como explicação interacionista do fato delitivo, destaca o
problema hermenêutico da interpretação da norma penal.
e) O labelling approach surge nos EUA nos anos 80, admitindo a normalidade do
fenômeno delitivo e do delinquente.
Labelling Approach (Etiquetamento, Teoria da Reação Social, Teoria Interacionista,
Interacionismo Simbólico)
Surge nos EUA, na década de 1960.
Para estudar a desviação, é preciso estudar a reação a ela.
Para cada ação desviada é possível encontrar inúmeras ações similares que não
serão rotuladas de criminosa.
As agências formais de controle social atuam discriminatoriamente e
parcialmente como peneiras, selecionando quais devem ser etiquetadas como
criminosas e quais não merecem o rótulo.
O crime não existe ontologicamente. Sua natureza é definitorial.
O controle social formal constitui a criminalidade e sua atuação é estigmatizante,
seletiva e discriminatória.
Prefere-se falar em criminalização/desviação e criminalizado em vez de empregar
termos como crime, criminoso.
Expoentes: Becker e Goffman
Etiquetamento – Becker
Consumo em excesso: vômitos – gorfos - Goffman
5. (Instituto Acesso/2019/PC-ES Delegado de Polícia) Constitui um dos objetivos
metodológicos da teoria do Labelling Approach (Teoria do Etiquetamento Social) o
estudo detalhado da atuação do controle social na configuração da criminalidade.
Assinale a alternativa correta:
a) Para o labelling approach, o controle social penal possui um caráter seletivo e
discriminatório gerando a criminalidade.
b) O labelling approach é uma teoria da criminalidade que se aproxima do paradigma
etiológico convencional para explicar a distribuição seletiva do fenômeno criminal.
c) Para o labelling approach, um sistemático e progressivo endurecimento do controle
social penal viabilizaria o alcance de uma prevenção eficaz do crime.
d) O labelling approach, como explicação interacionista do fato delitivo, destaca o
problema hermenêutico da interpretação da norma penal.
e)O labelling approach surge nos EUA nos anos 80, admitindo a normalidade do
fenômeno delitivo e do delinquente.
6. (FUMARC/2018/PC-MG Delegado de Polícia Substituto) Sobre a relação entre
o preso e a sociedade, segundo Alessandro Baratta, é CORRETO afirmar:
a) A reinserção do preso na sociedade, após o cumprimento da pena, é
assegurada a partir do momento em que, no cárcere, o preso absorve um
conjunto de valores e modelos de comportamento desejados socialmente.
b) É necessário primeiro modificar os excluídos, para que eles possam voltar ao
convívio social na sociedade que está apta a acolhê-los.
c) O cárcere não reflete as características negativas da sociedade, em razão do
isolamento a que são submetidos os presos.
d) São relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das
quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de
submissão e de exploração.
Criminologia crítica (Déc. 1970 em diante, EUA e Ing.)
• Nova Criminologia ou Criminologia Dialética
• Forte apelo às ideias de Karl Marx.
• Há uma relação direta entre o modo de produção capitalista e o
funcionamento dos modos punitivos.
• Não se trata mais de descobrir as razões da delinquência ou de lutar
contra o crime, mas sim de abolir as desigualdades sociais para
equacionar o fenômeno delitivo.
• Direito Penal é uma máquina de reprodução das desigualdades.
• O cárcere serve aos interesses dos poderosos.
Alessandro Baratta
• “Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal”, 1982
• A história do sistema punitivo é a história das relações entre ricos e
pobres.
• Na sociedade capitalista, há uma drástica repartição desigual de acesso
aos recursos e às chances sociais.
• A mobilidade social é um mito: raramente as pessoas das classes mais
baixas conseguem ascender.
Alessandro Baratta
• O sistema escolar – assim como o sistema penal – ajuda a refletir a
estrutura vertical e hierarquizada da sociedade.
• As sanções escolares negativas, tais como repetição de anos, notas baixas
em provas, expulsões, etc., são muito maiores quando se desce aos níveis
inferiores da escala social.
• Os professores partem, ainda que inconscientemente, de estereótipos e
preconceitos no dia a dia de contato com alunos de grupos
marginalizados.
• O sistema escolar e o sistema penal são complementares e ajudam a
reproduzir e assegurar as relações sociais verticalizadas. Ambos os
sistemas criam contraestímulos à integração dos setores mais baixos e
marginalizados do proletariado.
Alessandro Baratta
• Os institutos de detenção são o momento culminante do mecanismo de
marginalização.
• As prisões produzem efeitos contrários à reeducação e à reinserção do
condenado, e, logo, favoráveis à sua estável permanência na população
criminosa.
• Trata-se de um processo de socialização em que há:
• desculturação, isto é, desadaptação às condições necessárias para a vida em
liberdade; e
• aculturação ou prisionalização (ou prisionização), que é a assunção de atitudes e
modelos de comportamento típicos da subcultura carcerária. O condenado é
educado tanto para ser um criminoso (copiando os criminosos com forte
orientação antissocial) como para ser um bom preso, passivo, conformista,
submisso e oportunista.
Criminologia Crítica
Taylor, Walton & Young
Alessandro Baratta
William Chambliss

Situação “Crytyca”:
Baratta na Chambre
6. (FUMARC/2018/PC-MG Delegado de Polícia Substituto) Sobre a relação entre
o preso e a sociedade, segundo Alessandro Baratta, é CORRETO afirmar:
a) A reinserção do preso na sociedade, após o cumprimento da pena, é
assegurada a partir do momento em que, no cárcere, o preso absorve um
conjunto de valores e modelos de comportamento desejados socialmente.
b) É necessário primeiro modificar os excluídos, para que eles possam voltar ao
convívio social na sociedade que está apta a acolhê-los.
c) O cárcere não reflete as características negativas da sociedade, em razão do
isolamento a que são submetidos os presos.
d) São relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das
quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de
submissão e de exploração.
7. (FUMARC/2018/PC-MG Delegado de Polícia Substituto) Sobre o sistema penal
e a reprodução da realidade social, segundo Alessandro Baratta, é CORRETO
afirmar:
a) A cada sucessiva recomendação do menor às instâncias oficiais de assistência
e de controle social corresponde uma diminuição das chances desse menor ser
selecionado para uma “carreira criminosa”.
b) A homogeneidade do sistema escolar e do sistema penal corresponde ao fato
de que realizam, essencialmente, a mesma função de reprodução das relações
sociais e de manutenção da estrutura vertical da sociedade.
c) A teoria das carreiras desviantes, segundo a qual o recrutamento dos
“criminosos” se dá nas zonas sociais mais débeis, não é confirmada quando se
analisa a população carcerária.
d) O suficiente conhecimento e a capacidade de penetração no mundo do
acusado por parte do juiz e das partes no processo criminal são favoráveis aos
indivíduos provenientes dos estratos econômicos inferiores da população.
8. (FUMARC/2018/PC-MG Escrivão de Polícia Civil) “Dentre as principais contribuições teóricas da
criminologia crítica está o fato de que o fundamento mais geral do ato desviado deve ser investigado junto
às bases estruturais econômicas e sociais, que caracterizam a sociedade na qual vive o autor do delito. Vale
dizer, a perfeita compreensão do fato delituoso não está no fato em si, mas deve ser buscada na sociedade
em cujas entranhas podem ser encontradas as causas últimas da criminalidade”. (SHECAIRA, Sérgio Salomão.
Criminologia. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 309).
Assim, sendo certo que uma das principais contribuições dos teóricos críticos para a modificação do direito
penal está em mudar o paradigma das criminalizações, analise as asserções a seguir:
I. A proposta para o processo criminalizador (incriminação legal), a partir da visão crítica, objetiva reduzir as
desigualdades de classe e sociais.
PORQUE
II. Faz repensar toda a política criminalizadora do Estado, que deve assumir uma criminalização e
penalização da criminalidade das classes sociais dominantes: criminalidade econômica e política (abuso de
poder), práticas antissociais na área de segurança do trabalho, da saúde pública, do meio ambiente, da
economia popular, do patrimônio coletivo estatal e – não menos importante – contra o crime organizado.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e II são proposições falsas.
b) I é uma proposição verdadeira e II é uma proposição falsa.
c) I e II são proposições verdadeiras e II é uma justificativa correta da I.
d) I e II são proposições verdadeiras, mas II não é uma justificativa correta da I.
Alessandro Baratta
• Defende a adoção de uma política criminal alternativa, que não pode ser
confundida com política penal alternativa.
• Seu desejo não é apenas de melhorar o Direito Penal, mas de substituí-lo por
algo melhor que o Direito Penal, parafraseando Radbruch.
• Na política criminal alternativa haveria a diferenciação da criminalidade pela
posição social do autor.
• A criminalidade de rua, dos pobres – respostas individuais às adversidades do capitalismo
– seria despenalizada, ou seja, seria equacionada por controles sociais não-
estigmatizantes, tais como sanções administrativas ou civis.
• A criminalidade dos poderosos e a criminalidade organizada – expressão da relação
funcional entre processos políticos e mecanismos legais e ilegais de acumulação de
capital – seriam destinatárias da ampliação do sistema punitivo, pois isso significaria
proteção de interesses comunitários tais como saúde, segurança no trabalho e
integridade ecológica.
8. (FUMARC/2018/PC-MG Escrivão de Polícia Civil) “Dentre as principais contribuições teóricas da criminologia
crítica está o fato de que o fundamento mais geral do ato desviado deve ser investigado junto às bases
estruturais econômicas e sociais, que caracterizam a sociedade na qual vive o autor do delito. Vale dizer, a
perfeita compreensão do fato delituoso não está no fato em si, mas deve ser buscada na sociedade em cujas
entranhas podem ser encontradas as causas últimas da criminalidade”. (SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 4. ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 309).
Assim, sendo certo que uma das principais contribuições dos teóricos críticos para a modificação do direito
penal está em mudar o paradigma das criminalizações, analise as asserções a seguir:
I. A proposta para o processo criminalizador (incriminação legal), a partir da visão crítica, objetiva reduzir as
desigualdades de classe e sociais.
PORQUE
II. Faz repensar toda a política criminalizadora do Estado, que deve assumir uma criminalização e penalização
da criminalidade das classes sociais dominantes: criminalidade econômica e política (abuso de poder), práticas
antissociais na área de segurança do trabalho, da saúde pública, do meio ambiente, da economia popular, do
patrimônio coletivo estatal e – não menos importante – contra o crime organizado.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e II são proposições falsas.
b) I é uma proposição verdadeira e II é uma proposição falsa.
c) I e II são proposições verdadeiras e II é uma justificativa correta da I.
d) I e II são proposições verdadeiras, mas II não é uma justificativa correta da I.
9. (FCC/2018/DPE-AM Defensor Público) Trata-se da assunção das atitudes, dos modelos de
comportamento, dos valores característicos da subcultura carcerária. Estes aspectos da
subcultura carcerária, cuja interiorização é inversamente proporcional às chances de reinserção
na sociedade livre, têm sido examinados sob o aspecto das relações sociais e de poder, das
normas, dos valores, das atitudes que presidem estas relações, como também sob o ponto de
vista das relações entre os detidos e o staff da instituição penal.
(BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro:
Revan, 2002, p. 184-185)
O fenômeno retratado pelo trecho acima é chamado de

a) criminalização da pobreza.
b) prisionização.
c) direito penal do inimigo.
d) criminologia crítica.
e) encarceramento em massa.
10. (MPE-PR/2011/MPE-PR Promotor de Justiça) A criminologia crítica
parte da premissa de que a Criminologia não deve ter por objeto apenas o
crime e o criminoso como institucionalizados pelo direito positivo, mas
deve questionar também as bases estruturais econômicas e sociais que
caracterizam a sociedade na qual vive o autor da infração penal.
@profmaribarreiras

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