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CURSO DE ATUALIZAÇÃO
Consultório de Psicologia
Profº Alexandre Rivero
A Revolução das Terapias Cognitivo-
Comportamentais
A
psicoterapia concebida por Albert Ellis, psicólogo estadunidense, denominada
Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC), foi inicialmente publicada
em 1956 e esse conteúdo foi ampliado em 1984. Todos esses processos fazem
parte das terapias cognitivo-comportamentais. Ele coloca o pensamento como objeto
de estudo, relacionando-o diretamente com a forma como as pessoas interpretam os
acontecimentos de sua vida e as crenças sobre si mesmo, os outros e o mundo. Ellis, ba-
seou-se no filósofo Epícteto, que no século I d.c. apresentou a asserção “a perturbação
emocional não é causada pelas situações, mas pela interpretação dessas situações”. A
partir daí compreendemos de forma clara as representações cognitivas, que cada indi-
víduo desenvolve em sua vida.
DO PENSAMENTO DO COMPORTAMENTO: A
IMPORTÂNCIA DA VERIFICAÇÃO EMPÍRICA
As Eurékas da TCC
A PRIMEIRA EURÉKA
O
MODELO A-B-C, DE ALBERT ELLIS O eixo principal da TREC é obter mudança nos pa-
drões de pensamento dos sujeitos, na forma da interpretação dos acontecimentos
de vida e nas crenças sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo. Porque
o que nos perturba não são os acontecimentos e sim o que pensamos sobre eles (nossa
avaliação deles). O modelo A-B-C é abordado da seguinte forma: A (Acontecimento) – B
(Crenças – Beliefs) – C (Consequência). Segundo esse modelo, os acontecimentos (A) pas-
sam pelo sistema de crenças (B) do sujeito antes de despertarem as consequências (C)
emocionais ou de conduta. Ou seja, antes de reagirmos avaliamos o significado que estes
estímulos imprimem em nossas mentes. Se a interpretação é a chave para o desencadea-
mento das reações, então mudando as interpretações, mudamos as reações.
MEDIAÇÃO COGNITIVA DE LÁZAROS Richard Lázarus, em 1991, apresenta sua teoria
sobre mediação cognitiva, tal mediação é considerada um processo transacional entre
a pessoa e o ambiente, com ênfase no processo e também nos traços de personalidade.
Aborda o conceito de que entre o acontecimento (estímulo) e a consequência (resposta)
está a nossa avaliação.
Personalidade (objetivos) + Crenças, normas, auto eficiência, etc. Avaliação da Rea-
ção Situação (acontecimentos, sensações, etc.)
Primária: Relevância (ou não) com objetivos; Congruência (ou não) com objetivos) e
Implicação do EU. Secundária: Culpa ou Mérito (atribuição); Capacidade de Afrontamen-
to; Expectativas do Futuro.
A SEGUNDA EURÉKA
A partir destas reflexões surgem as crenças irracionais, ou seja, a ideia de que exis-
te uma extrema necessidade para todos os seres humanos adultos de serem amados
ou aprovados por qualquer outra pessoa significativa em sua comunidade. Como, por
exemplo:
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• Atosideia de que existe uma extrema necessidade para todos os seres humanos adul-
de serem amados ou aprovados por qualquer outra pessoa significativa em sua
comunidade;
• Atosideia de ser inteiramente competente, adequado e realizador em todos os aspec-
possíveis, para se considerar alguém de valor;
• Aríamos
ideia de que é terrível e catastrófico quando as coisas não são do jeito que gosta-
que fossem;
• Aportamento
ideia de que a história passada de alguém é determinante definitivo do seu com-
presente e, se algo afetou uma vez fortemente a sua vida, isso continua-
rá tendo indefinidamente um efeito similar;
• Anosideiae dedequequeé existe uma solução certa, precisa e perfeita para os problemas huma-
catastrófico se essa solução perfeita não é encontrada.
A TERCEIRA EURÉKA
MÓDULO 03: COMO LIDAR COM AS DISTORÇÕES COGNITIVAS
C
omo Investigar as Crenças Irracionais? Frente a um antecedente desastroso e a
uma consequência negativa existe uma crença irracional. Uma alternativa para a
investigação destas crenças seria a utilização de questões como:
Para outros casos podemos abordar a investigação da demanda: buscando seus signi-
ficados, procurando os esquemas que sustentam essas demandas, usando recursos emo-
tivos e experiências para criar fortes laços para modificar essas demandas e/ou buscando
os porquês mais profundos. Exemplos de Abordagens
• Quando as inferências causadoras do mal estar são válidas, apenas poderemos en-
frentar as demandas que não sejam;
• Ascias,demandas podem ser discutidas de forma muito distinta dos supostos ou inferên-
já que não são errôneas, mas sim irracionais / disfuncionais;
• Quando uma norma não está fundamentada ou surge de interpretações errôneas, se
discute a norma.
Discutir as inferências é mais fácil, eficaz e convincente em geral, porém quando isso
não for possível (por serem verdadeiras ou porque o resultado não vai a fundo no pro-
blema ou não assegurar ser duradouro) será necessário abordar as demandas. A modi-
ficação das demandas, quando for pertinente, quase sempre significará uma mudança
mais profunda e duradoura, do que simplesmente modificar as inferências. Um proces-
so mais profundo e que requer mais tempo pode ser realizado quando as demandas ou
inferências se mostram mais resistentes a mudança com os recursos habituais, então
devemos nos perguntar sobre as crenças nucleares ou esquemas precoces inadaptados
que poderiam sustenta-las, assim trabalharíamos com as estratégias mais apropriadas.
ARREPENDIMENTO X CULPA
quer um poderia fazer igual”; “Essa promoção que ganhei não significa nada, eu não fiz
nada para conquista-la”; “Deveria ter me esforçado mais, só consegui metade do que
havia planejado”. Correção: Compreender como outras pessoas enxergam a mesma si-
tuação e quais pontos da situação vivida são positivos.
RACIOCÍNIO EMOCIONAL Definição: Acreditar que sentimentos são fatos. Pensar que
porque sente alguma emoção forte, é real. Mais ligado a emoções negativas. Exemplos:
“Sinto que não vou conseguir me apresentar”; “Sinto que meus pais não gostam de
mim”, “Algo muito ruim vai acontecer, não sei o que fazer”. Correção: Compreender as
situações de uma forma mais racional, buscando evidências para os pensamentos.
MAGNIFICAÇÃO E MINIMIZAÇÃO Definição: Experiências negativas são maximizadas,
enquanto experiências positivas são minimizadas. Pode ser atribuída a experiências,
atributos pessoais, eventos ou possibilidades futuras. Exemplos: “Não quero tomar
esse remédio, tem muitos efeitos colaterais”; “Essa dor que eu estou sentindo deve
significar que eu vou morrer”; “Eu fui bem na prova, mas não tinha me esforçado nos
estudos, devia ter feito mais”. Correção: Tentar avaliar a situação e suas probabilidades,
sempre ponderando os prós e os contras, focando no real.
ROTULAÇÃO Definição: Avaliação geral de uma pessoa ou situação por meio de algum
estereótipo, desconsiderando características pessoais de cada caso. Exemplos: “Ele é
um fraco”; “Eu não sou homem suficiente”; “Ela é uma menina fácil”; “Você é preguiço-
7 so”; “Ele não tem jeito, é um mentiroso”. Correção: Analisar a pessoa ou a situação de
maneira mais ampla, prestando atenção em características pessoais e não se deixando
levar por rótulos estabelecidos socialmente.
DITADURA DO DEVERIAS Definição: Focar em como as coisas deveriam ser, deixando
de lado a forma como realmente é. Exemplos: “Deveria ter escrito aquele texto antes”;
“Só poderei ficar em casa se eu ficar doente”; “Devia ter me esforçado mais, por isso
não conquistei”; “Deveria aceitar o que ela me disse”. Correção: Entender a necessidade
de sempre achar que deveria ter feito mais, ter sido melhor. A partir disso, trabalhar o
esforço realizado como o possível, naquele momento.
CATASTROFIZAÇÃO Definição: Acreditar que um evento será extremamente aversivo,
sempre focando na pior possibilidade possível, aumenta o nível de ansiedade. Exem-
plos: “Quando eu começar a falar, todos irão rir de mim”; “Eu não suportar o término do
meu relacionamento”; “Se todos morrerem, vou ficar sozinho”; “Se eu tiver que começar
a tomar remédio, meu corpo não vai suportar”. Correção: Avaliar os eventos e criar es-
tratégias de enfrentamento para lidar com as situações.
N
o geral, a correção da maioria dos erros de pensamentos está em avaliar a situa-
ção e ponderar conclusões racionais. Como são ativadas por pensamentos auto-
máticos, o paciente leva um tempo até conseguir identifica-los e alterá-los. A TCC
oferece algumas estratégias de enfrentamento para o paciente conseguir, aos poucos,
lidar de maneira funcional com as situações. Algumas dessas técnicas são: cartão de
enfrentamento, autoinstrução, solução de problemas, exposição, respiração diafrag-
mática, entre outras.
A Técnica da Imaginação Racional Emotiva (IRE), descrita por Albert Ellis, tem o ob-
jetivo de modificar as percepções gerais do paciente. Nesta técnica o paciente deve
visualizar detalhadamente situações que tenham sido desagradáveis e identificar os
sentimentos que estão associados a ela, na sequência, são usadas estratégias para mo-
dificar estes sentimentos negativos e promover sentimentos positivos em seu lugar.
na emoção, sendo que, muitas vezes, ambos ocorrem juntos. A estratégia focalizada na
emoção é definida como um esforço para regular o estado emocional que está associa-
do ao estresse. Esses esforços são dirigidos a um nível somático e/ou a um nível de sen-
timentos, tendo por objetivo alterar o estado emocional do indivíduo. A função dessa
estratégia é reduzir a sensação física desagradável de estresse. A estratégia focalizada
no problema constitui-se num esforço para atuar na situação que originou o estresse.
O objetivo dessa estratégia é mudar o problema existente na relação pessoa-ambiente
que está causando o estresse. A utilização de estratégias de enfrentamento focalizadas
no problema ou na emoção depende da avaliação cognitiva do caso.
TRANSTORNO DO PÂNICO
Quadro no qual ataques de pânico recorrentes e imprevisíveis são seguidos, por pelo
8 menos um mês, a partir da preocupação persistente de sofrer outro ataque, preocupa-
ção acerca das possíveis implicações ou consequências dos ataques ou uma alteração
comportamental significativa a eles relacionada. Caracterizam-se pela ocorrência de
crises agudas, intensas, inesperadas ou imprevisíveis de ansiedade, acompanhadas por
temores de morte, de enlouquecer ou perder o controle, bem como sintomas somáticos
como palpitações e dores no peito.
Critérios do DSM IV para Ataques de Pânico:
• psicoeducação;
• treinamento da respiração;
• relaxamento;
• automonitoramento;
• reestruturação cognitiva.
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
MÓDULO 04: A TCC NA PRÁTICA CLÍNICA
• relação terapêutica;
• estabelecimento da lista de problemas;
• estabelecimento da lista de objetivos;
• psicoeducação.
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO – TOC
10 • psicoeducação;
• identificação dos sintomas e elaboração de uma lista hierárquica;
• identificação de pensamentos automáticos e crenças disfuncionais.
TRANSTORNO DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – TDAH
Bibliografia
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BIBLIOGRAFIA
Realização: Apoio:
Consultório de Psicologia
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