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CURSO DE INICIAÇÃO À

ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA
Jesus Nagib Beshizza Feres
JESUS NAGIB BESCHIZZA FERES
•  Advogado Previdenciarista
•  Pós-graduado em Direito Previdenciário pela UNIDERP
•  Pós-graduado em Direito Previdenciário dos Servidores
Públicos pelo IEPREV;
•  Mestrando em Direito pelo UNIVEM;
•  Palestrante do Departamento de Cultura e Eventos da
OAB/SP
•  Professor de cursos de extensão e pós graduação em
Direito Previdenciário;
•  Diretor, Coordenador Regional e Professor do IEPREV;
•  Coordenador da ESA da 41ª Subseção da OAB/SP;
•  Membro da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/SP.


SEGURIDADE SOCIAL

CF/88: “A seguridade social compreende um conjunto


integrado de ações de inicia6va dos Poderes Públicos e
da sociedade, des6nadas a assegurar os direitos
rela6vos à saúde, à PREVIDÊNCIA e à assistência
social”.

Tanto a SAÚDE (a todos) quanto a ASSISTÊNCIA


SOCIAL (a quem realmente necessitar) são prestações
do Estado devidas independentemente de qualquer
contribuição.
PREVIDÊNCIA SOCIAL

É um ramo da atuação estatal desTnado ao amparo de


todo indivíduo que exerça uma aMvidade laboraMva
remunerada (obrigatoriedade da filiação e
contribuição) e seus dependentes, protegendo-os dos
riscos decorrentes da perda ou redução, permanente
ou temporária, das condições de obter seu próprio
sustento.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO

É um ramo do Direito Público que visa estudar, analisar


e interpretar os princípios e as normas consTtucionais,
legais e regulamentares que tratam do custeio
(contribuições) e das prestações previdenciárias
(beneWcios e serviços) da Previdência Social.

PRINCIPAIS FONTES FORMAIS DO DIREITO
PREVIDENCIÁRIO
•  CF:
-princípios e objeTvos fundamentais previstos nos
arTgos 1º e 3º;
-Capítulo da Ordem Social: art. 193 e seguintes

•  Lei nº 8.212/91 (Lei de Custeio);
•  Lei nº 8.213/91 (Lei de Benebcios);
•  Decreto nº 3.048/99
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
No âmbito da Previdência Social brasileira existem
vários regimes previdenciários (regimes públicos, de
caráter obrigatório e regime privado, de caráter
facultaMvo).

Afinal, o que seria um regime previdenciário?

“Entende-se por regime previdenciário aquele que
abarca (...) uma cole6vidade de indivíduos que têm
vinculação entre si em virtude da relação de trabalho
ou categoria profissional a que está subme6da” (João
BaTsta Lazzari).
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS)
(CF, ART. 201)


Principal regime previdenciário brasileiro, abrangendo
OBRIGATORIAMENTE todos os trabalhadores da
iniciaTva privada (empregados; empregados
domésTcos; avulsos; segurados especiais e
contribuintes individuais), além dos facultaTvos,
empregados públicos e servidores públicos que não
tenham RPPS.
*regime público/caráter obrigatório
Prestações oferecidas pelo RGPS, conforme CF/88 (EC 103/19)
•  I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária
ou permanente para o trabalho e idade avançada;
(Redação dada pela Emenda ConsTtucional nº 103, de
2019)
•  II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
•  III - proteção ao trabalhador em situação de
desemprego involuntário;
•  IV - salário-família e auxílio-reclusão para os
dependentes dos segurados de baixa renda;
•  V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher,
ao cônjuge ou companheiro e dependentes.

INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
(INSS)

Autarquia Federal insTtuída com base na Lei nº 8.029,
de 12.4.1990, tem por principal finalidade conceder
(OU NÃO) e manter ($) os benebcios e serviços
previdenciários e o benebcio de prestação conTnuada
(BPC/LOAS).
BENEFICIÁRIOS DO RGPS

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: aqueles que exercem
aTvidade laboraTva remunerada e lícita.

•  Empregado(urbano ou rural), bem como os equiparados –
Lei nº 8.213, art. 11, Dec. 3048/99, art. 9, I:

-empregado público (ex: CEF);
-servidor público ocupante, exclusivamente, de cargo em
comissão);
-servidor público que não possua RPPS.

•  Empregado DomésMco- Lei nº 8.213, art. 11, II e Dec.
3048/99, art. 9, II (por mais de dois dias por semana);

•  Contribuinte Individual (empresário, autônomo, etc.) - Lei
nº 8.213, art. 11, V e Dec. 3048/99, art. 9, V;

•  Trabalhador Avulso (ex:portuário) - Lei nº 8.213, art. 11,
VI e Dec. 3048/99, art. 9, VI;

•  Segurado Especial (pequeno produtor rural, pescador
artesanal, seringueiro que façam desta aTvidade o
principal meio de vida) - Lei nº 8.213, art. 11, VII e Dec.
3048/99, art. 9, VII.
SEGURADO FACULTATIVO - Lei nº 8.213, art. 13 e Dec.
3048/99, art. 11 :
É a pessoa que, não estando em nenhuma das hipóteses
em que a lei considera como segurado obrigatório,
desejar contribuir para a Previdência Social.

Requisitos: 16 anos (Dec. 3.048/99, art.11) e não estar
vinculado a nenhum outro regime previdenciário.

Ex: dona de casa; estudante.


DEPENDENTES

DEPENDENTES: são as pessoas que, embora não
contribuindo para o RGPS, o Dec. 3048/99 elenca em seu
arTgo 16 como possíveis beneficiários deste regime
previdenciário, fazendo jus aos seguintes benebcios:

•  Pensão por morte;

•  Auxílio-reclusão;



ROL DE DEPENDENTES:
•  Classe 1 (dependência presumida) :

-Cônjuge (cert. casamento);

-Companheiro(a)

*União estável, inclusive homoafeMvas – INSS admite
em via administraMva – ar. 130 IN77;



-filho não emancipado, menor de 21 anos;

-filho inválido ou que tenha deficiência intelectual ou
mental ou deficiência grave (qualquer idade).

Obs: segundo Dec. 3048/99 (red. Do Dec. 10.410/20)
exclusivamente o enteado e menor sob tutela se
equiparam a filhos, desde que não possuam bens
suficientes para o próprio sustento (aqui deve haver a
prova da dependência econômica)


•  Classe 2 (dependência deve ser comprovada):

-Pais

•  Classe 3 (dependência deve ser comprovada):

-Irmão não emancipado, menor de 21 anos ou inválido
ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou
deficiência grave (qualquer idade).


FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO AO RGPS
Filiação: vínculo jurídico que se estabelece entre as
pessoas que contribuem para RGPS e a Previdência
Social. Deste vínculo decorrem direitos e obrigações.

•  Segurados Obrigatórios: decorre automaTcamente
d o e x e r c í c i o d e a T v i d a d e r e m u n e r a d a ,
independentemente da inscrição;

•  Segurados FacultaMvos: através da inscrição
formalizada com o pagamento da 1ª contribuição.
Inscrição: considera-se inscrição de segurado o
Número de IdenTficação do Trabalhador – NIT.

O NIT poderá corresponder ao número de inscrição no:
a)INSS; b)PIS; c)PASEP; d)SUS.

A inscrição será realizada no Cadastro Nacional de
Informações Sociais (CNIS) junto ao INSS
MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

Período de Graça: período em que o segurado


conTnua filiado ao RGPS independentemente de
contribuições, conservando, tanto ele como os seus
dependentes, todos os direitos perante a Previdência
Social.

A q u a l i d a d e d e s e g u r a d o s e r á m a n T d a ,
independentemente de contribuições, nos prazos a
seguir elencados (Lei nº 8.213/91, art. 15 e Dec.
3048/99, art. 13):
•  Sem limite prazo, se em gozo de benebcio, exceto na
hipótese de auxílio-acidente (Dec. 10410/20);

•  Até 12 meses após a cessação do benebcio por
incapacidade ou após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer aTvidade remunerada
abrangida pelo RGPS;

*Esse prazo será prorrogado por mais 12 meses (24) se o
segurado já Mver pago mais de 120 contribuições mensais
(10 anos) sem interrupção que acarrete a perda de tal
qualidade.
*Os prazos anteriormente mencionados poderão ser
acrescidos em mais 12 meses para o segurado
desempregado, desde que comprove essa situação por
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e
Emprego (recebimento de seguro desemprego ou
registro no Sistema Nacional de Emprego).
Jurisprudência aceita outros meios de prova
(Sum. 27TNU), inclusive testemunhal (STJ, PET 7.115/
PR)

*Período de Graça poderá chegar, portanto, a 36
meses em tais hipóteses!


•  Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado
acomeTdo de doença de segregação compulsória;

•  Até 12 meses após o livramento, o segurado deTdo ou
recluso;

•  Até 3 meses após o licenciamento, o segurado
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar OBRIGATÓRIO;

•  Até 06 meses após a cessação das contribuições, o


segurado facultaMvo


Dec. 10410/2020
•  Art. 13, § 7º Para o contribuinte individual, o período de
manutenção da qualidade de segurado inicia-se no
primeiro dia do mês subsequente ao da úlTma
contribuição com valor igual ou superior ao salário-
mínimo;

•  Art. 19-E. A parTr de 13 de novembro de 2019, para fins


de aquisição e manutenção da qualidade de segurado, de
carência, de tempo de contribuição e de cálculo do
salário de benebcio exigidos para o reconhecimento do
direito aos benebcios do RGPS e para fins de contagem
recíproca, somente serão consideradas as competências
cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao
limite mínimo mensal do salário de contribuição.






Ao término de tais prazos, sem que haja o retorno do
recolhimento das contribuições previdenciárias,
ocorrerá a perda da qualidade de segurado, o que
importa na caducidade dos direitos inerentes a essa
condição.




Momento exato da perda da qualidade de
segurado
Nos termos do art. 14, Dec. 3.048/99, a perda da
qualidade de segurado “ocorrerá no dia
seguinte ao do vencimento da contribuição do
contribuinte individual rela@va ao mês
imediatamente posterior ao término daqueles
prazos”.



Por sua vez, o art. 30, II, da Lei nº 8.212/91 estabelece
que “os segurados contribuinte individual e faculta6vo
estão obrigados a recolher sua contribuição por
inicia6va própria, até o dia quinze do mês seguinte ao
da competência”.

Ex: se o período de graça terminar em março, a 1ª
contribuição como facultaMvo (não houve colocação
profissional) deverá ser feita sobre o mês de abril. E
esta terá que ser recolhida até o dia 15 do mês
seguinte (15 de maio). Se não pagar até esta data
ocorrerá a perda da qualidade de segurado!

CARÊNCIA DE REINGRESSO
Art. 27-A, da Lei nº 8.213/91

No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a
concessão dos benebcios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a
parTr da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos
previstos nos incisos I (Aux. Doença e Ap. Invalidez) e III (Sal. Maternidade)
do caput do art. 25 desta Lei. (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)


Dec. 3048/99, Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado,
para fins da concessão dos benebcios de auxílio por incapacidade
temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente, de salário-
maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à perda
somente serão computadas para fins de carência depois que o segurado
contar, a parTr da nova filiação ao RGPS, com metade do número de
contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência definido
no art. 29. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).


CARÊNCIA DE REINGRESSO
Art. 27-A, da Lei nº 8.213/91

No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a
concessão dos benebcios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a
parTr da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos
previstos nos incisos I (Aux. Doença e Ap. Invalidez) e III (Sal. Maternidade)
do caput do art. 25 desta Lei. (Incluído pela lei nº 13.457, de 2017)


Dec. 3048/99, Art. 27-A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado,
para fins da concessão dos benebcios de auxílio por incapacidade
temporária, de aposentadoria por incapacidade permanente, de salário-
maternidade e de auxílio-reclusão, as contribuições anteriores à perda
somente serão computadas para fins de carência depois que o segurado
contar, a parTr da nova filiação ao RGPS, com metade do número de
contribuições exigidas para o cumprimento do período de carência definido
no art. 29. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).


CARÊNCIA DE REINGRESSO
Art. 27-A, da Lei nº 8.213/91


DICAS

•  Lembrar sempre do “tempus regit actum” (fatos
ocorridos antes da vigência dessa Lei não serão
prejudicados)

•  Período de graça não conta para fins de tempo de
contribuição;

•  A perda da qualidade de segurado não será considerada


para a concessão das aposentadorias: B41; B42/B46;

•  Aos prazos esMpulados no arMgo 15 da Lei nº 8.213/91


somam-se mais 45 dias!
CARÊNCIA
É o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para
que o beneficiário faça jus ao benebcio, consideradas as
competências cujo salário de contribuição seja igual ou
s u p e r i o r a o s e u l i m i t e m í n i m o m e n s a l .
(Decreto nº 10.410/20). (quando este exigir carência)

Data de início da contagem da carência:
•  Empregado/Avulso/C.I.Empresa (04/2003): desde o 1º dia do
mês em que iniciou a execução de aTvidade remunerada nessa
condição, sendo presumida a contribuição.

•  C.I./FacultaMvo: da data do efeTvo recolhimento da primeira
contribuição sem atraso.


Dec. 10410/20

•  § 4º-A Para fins de carência, no caso de segurado


empregado domésTco, considera-se presumido o
recolhimento das contribuições dele descontadas pelo
empregador domésTco, a parTr da competência junho
de 2015, na forma prevista no art. 211.

•  § 4º-B Para o segurado empregado domésTco filiado


ao RGPS nessa condição até 31 de maio de 2015, o
período de carência será contado a parTr da data do
efeTvo recolhimento da primeira contribuição sem
atraso.

Dec. 10410/20

•  § 4º-C Para o período de filiação comprovado como


empregado domésTco sem a comprovação do
recolhimento ou sem a comprovação da primeira
contribuição sem atraso, será reconhecido o direito ao
benebcio na forma prevista no § 2º do art. 36,
independentemente da categoria do segurado na data
do requerimento.

•  art. 26, § 6º, Dec. 3048/99:para fins de carência, as
contribuições anteriores à data de publicação da Emenda
à ConsTtuição nº 103, de 12 de novembro de 2019, serão
consideradas em conformidade com a legislação vigente
à época.
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Aposentadoria por Tempo de Contribuição

Fundamentação legal: art. 188-A, II, “b”, do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020 (antes
da reforma)

Requisitos:
•  Homem: 35 anos de contribuição;
•  Mulher: 30 anos de contribuição.
*Respeitada a carência de 180 meses.

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS





BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS





BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS





BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS





BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Documentação necessária: cópia do P.A, onde deverá
conter (além da CTPS e Carnês/GPS):

•  Documentos que comprovem o labor rural/urbano
e/ou tempo especial (caso existam – ver
documentos do B41 rural e B46);

Obs: C.I./MEI/facultaTvo que optarem pela
contribuição reduzida não farão jus a este benebcio,
salvo se complementarem as contribuições feitas em
alíquota menor que a regra geral (9 ou 15%).



VEDAÇÃO DA CONVERSÃO DO TEMPO
ESPECIAL EM COMUM

EC 103/2019 - Art. 25, § 2.º Será reconhecida a conversão
de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei
n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, ao segurado do
Regime Geral de Previdência Social que comprovar
tempo de efeTvo exercício de aTvidade sujeita a
condições especiais que efeTvamente prejudiquem a
saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta
Emenda ConsTtucional, vedada a conversão para o
tempo cumprido após esta data.



Aposentadoria por Idade
Fundamentação legal: art. 188-A, II, “b”, do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020

Requisitos(antes da reforma para B41 URBANA)

•  Homem: 65 anos de idade
•  Mulher: 60 anos de idade
•  Carência: 180 contribuições mensais (ou tabela art. 142);

•  Trabalhadores Rurais (empregados, sem vínculo
emprega|cio, avulso e segurado especial): reduzido em
5 anos o limite de idade. (art. 48, §1º)



B41 DOS QUE JÁ ERAM FILIADOS



APOSENTADORIA POR IDADE: NOVAS REGRAS



APOSENTADORIA POR IDADE: NOVAS REGRAS

RMI: 60% do SB(média integral–sem descarte)+ 2% p/


cada ano de contribuição que superar 20 H e 15 M;

Idade mulher: sobe para 62 anos e homem é manTda;
Ex: Antes da Reforma: 20 anos de TC = 90% do SB(que
era formado por 80% maiores SC)

Pós Reforma: 20 anos de TC (homem)= 60 % do SB
(média integral – sem descarte)



Documentação necessária: cópia do P.A, onde deverá
conter:

•  CTPS (todas as ações);

•  Carnês de Recolhimento ou GPS (todas as ações);

•  Documentos que comprovem o labor rural (B41 rural
ou híbrida):


•  Notas Fiscais;
•  CerTdão de Casamento;
•  CerTdão de Nascimento;
•  CDI;
•  Título de Eleitor;
•  Carteira de Vacinação do segurado quando menor ou
dos filhos);
•  Contratos de Parceria Agrícola;
•  Escritura do imóvel;


•  Comprovante de matrícula ou ficha de inscrição do
segurado, ou dos filhos, em escolas rurais;

•  D o c u m e n t o s e m i T d o s p o r s i n d i c a t o d o s
trabalhadores rurais, pescadores (inscrição,
pagamento de mensalidades, carteira de associado;

•  Documentos fiscais da propriedade rural.
ROL EXEMPLIFICATIVO


Aposentadoria Especial
Fundamentação legal: art. 188-A, III do Dec. nº 3.048/99,
com redação dada pelo 10.410/2020


Requisitos (antes reforma): trabalho em condições
prejudiciais à saúde ou à integridade bsica por:
•  15 anos: mineração subterrânea (frente de produção);

•  20 anos: mineração subterrânea ou exposto a asbesto
(amianto);

•  25 anos: demais hipóteses.


ATIVIDADES PREJUDICIAIS À SAÚDE E À
INTEGRIDADE FÍSICA

EC 103/2019 – REDAÇÃO FINAL
Art. 201:
(...) II - cujas aTvidades sejam exercidas com efeTva
exposição a agentes químicos, bsicos e biológicos
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes,
vedada a caracterização por categoria profissional
ou ocupação. Suprimiu a vedação expressa
às aMvidades de risco!!!


NOVA REGRA DO B46



REGRA DE TRANSIÇÃO B46


MODALIDADES DE ENQUADRAMENTO

1)Categorias consideradas “especiais”: Anexo ao Dec.
53.831/64 e Anexo II do Dec. 83.080/79. Ex: médico,
enfermeiro, motorista de caminhão, guarda(vigilante),
soldador, denTsta, aeronauta.

2)Agentes nocivos (químicos/Wsicos/biológicos):
Decretos 53.831/64; 83.080/79; 2.172/97 e 3.048/99.
Ex: Ruído; hidrocarbonetos, vírus e bactérias.



LISTAS DE AGENTES NOCIVOS CONTIDAS NOS
DECRETOS – ROL EXEMPLIFICATIVO

Súmula 198 do exMnto TFR
“Atendidos os demais requisitos, é devida a
aposentadoria especial, se perícia judicial constata
que a a@vidade exercida pelo segurado é perigosa,
insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em
Regulamento”.






DOCUMENTOS QUE COMPROVAM O TRABALHO
ESPECIAL:

“Tempus regit actum”






Aposentadoria aos Segurados com Deficiência (art. 70-
A e ss. Dec. 3048/99 – red. 10.410/20)
Lei Complementar nº 142/2013

a)Aposentadoria por Tempo de Contribuição (incisos I
a III)
Requisitos:
•  Deficiência Grave:25 anos T.C. (H), e 20 anos (M);
•  Deficiência Moderada:29 anos T.C (H), e 24 anos (M);
•  Deficiência Leve: 33 anos T.C. (H), e 28 anos (M).


b)Aposentadoria por Idade (inciso IV)
Requisitos:
•  6 0 a n o s d e i d a d e ( H ) , e 5 5 a n o s ( M ) ,
independentemente do grau de deficiência, desde
que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15
anos e comprovada a existência de deficiência
durante igual período.

Valor (RMI): calculo igual ao uTlizado no B41


FP: apenas se elevar a RMI.


Auxílio Doença (antes reforma)
Fundamentação legal: art. 71 e ss. do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020

-acidentário: incapacidade decorrente de acidente de
trabalho ou doenças ocupacionais ( ver art. 19 e ss. da
Lei nº 8.213/91 – conceitos)

-  comum: demais hipóteses de incapacidade

Requisitos: incapacidade temporária para o trabalho
ou aTvidade habitual por mais de 15 dias consecuTvos.


ALTERAÇÃO DA NOMECLATURA

•  Antes da EC 103/2019: “Art. 201, I – cobertura dos
eventos de doença, invalidez, morte e idade
avançada;”

•  Após a EC 103/2019: Art. 201, “I - cobertura dos
eventos de incapacidade temporária ou permanente
para o trabalho e idade avançada”.

Carência:
•  Não é exigida, em caso de acidente do trabalho,
doenças ocupacionais ou acidente de qualquer
natureza, e no caso das doenças do art. 30, § 2º,
Dec. 3048/99 – red. 10.410/20 (neoplasia maligna,
cardiopaTa grave, etc).

•  12 contribuições mensais, nos demais casos.



Obs: No caso de acidente do trabalho haverá a
garanTa, pelo prazo mínimo de 12 meses, da
manutenção do seu contrato de trabalho na empresa,
após a cessação do B91.


Documentos que comprovam a incapacidade laboral:
•  Atestados, Laudos e Relatórios Médicos;

•  Prontuário hospitalar;

•  Folha de prescrição de medicamentos;

•  Bulas de remédios;

•  Exames Médicos (que vão desde um mero exame de
sangue até os mais complexos exames).


Aposentadoria por Invalidez (por incapacidade
permanente – pós reforma)
(acidentária e comum)
Fundamentação legal: art. 43 e ss. do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020

Requisitos: incapacidade permanente para toda e
qualquer aTvidade laboraTva, insusce|vel de
reabilitação para qualquer aMvidade apta a garanMr a
sua subsistência e de seus dependentes.

Carência: mesmas regras do Auxílio-Doença.
Provas: as uTlizadas no auxílio doença.

PÓS-REFORMA DA PREVIDENCIA




Grande Invalidez: “O valor da aposentadoria por
invalidez do segurado que necessitar da assistência
permanente de outra pessoa será acrescido de
25%”. (art. 45, LB)

Obs: existem decisões estendendo essa majoração às
demais aposentadorias desde que seja comprovada a
necessidade de auxílio permanente de terceiros
(matéria pendente de julgamento no STJ)


Auxílio-Acidente

Fundamentação legal: art. 104 e ss. do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020

BeneWcio concedido como forma de indenização!!!

Beneficiários (art. 18, §1º, e 39, I, LB): Contribuinte
Individual e Segurado FacultaMvo não fazem jus a este
benebcio. Todos os demais têm direito ao recebimento
do auxílio-acidente (empregado; avulso; domésTco e
segurado especial)


Requisitos:
•  Qualidade de segurado;
•  Superveniência de acidente de qualquer natureza;
•  Redução parcial e definiTva da capacidade para o
trabalho habitual.
•  Nexo causal entre o acidente e a redução da
capacidade laboral.

Carência:
•  Não é exigida.

Documentos que comprovam o acidente:
•  BoleTm de ocorrência;
•  BoleTm emiTdo pelo SAMU;
•  Prontuário hospitalar.


Documentos que comprovam a redução da
capacidade laboral:
•  Laudos e atestados médicos;
•  Laudo IML.

Pensão por Morte
Fundamentação legal: art. 105 e ss. do Dec. nº
3.048/99, com redação dada pelo 10.410/2020

Requisitos:

•  Qualidade de segurado do de cujus;
•  Prova da dependência do requerente (quando a lei
exigir)

Carência:
•  Não é exigida (art. 26, I, LB).

Documentos genéricos:
•  Documentos pessoais do segurado falecido;

•  CerTdão de óbito;

•  NB se já aposentado. CTPS e/ou Carnês nos demais
casos;

•  CerTdão de Casamento (cônjuge);

•  CerTdão de Nascimento (filhos)


Documentos específicos:

Dependente inválido:
•  documento médico que comprove tal condição;
•  declaração judicial de interdição;

Prova da União Estável:
ver art. 135 IN77/15 (rol exemplificaTvo).


EXEMPLOS DE DOCUMENTOS QUE
COMPROVAM A UNIÃO ESTÁVEL

•  cerTdão de nascimento de filho havido em
comum;
•  declaração IR constando o companheiro(a) como
dependente;
•  disposições testamentárias;
•  prova de mesmo domicílio;
•  conta bancária conjunta.


Prova da Dependência Econômica:
ver art. 135 IN77/15 (rol exemplificaTvo).

•  declaração IR constando o interessado como
dependente;
•  registro em de qualquer natureza, onde conste o
requerente como dependente do segurado;
•  ficha de tratamento em insTtuição de assistência
médica, da qual conste o segurado como
responsável.

*Qualquer documento lícito que possa levar à
convicção do fato a comprovar (dependência ou união
estável)


•  INSS exige (administraMvo), no mínimo, 3 dos
documentos acima!


•  Dec. 3048/99, art. 22, § 3º (red. 10.410/20): mínimo
2 documentos



Alterações da Lei 13.846, de 2019 e art. 105, I, Dec.
3048/99, red. Dada pelo Dec. 10.410/20

Lei 8.213/91. Art. 74. A pensão por morte será devida (...)

I - do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta)
dias após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis)
anos[...] (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

Contrariou o art. 3º c/c art. 198, I, CC/2002


Duração
•  Indeterminada, em caso de invalidez ou deficiência
do pensionista;

•  4 meses para o cônjuge ou companheiro, se o óbito
do segurado ocorrer sem a comprovação do
recolhimento de 18 contribuições mensais e de 2
anos de casamento ou de união estável. (óbitos
ocorridos a parTr de 15.01.2015 – Lei 13.135/15)


Importante

Se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza
ou de doença ocupacional, a pensão será concedida ao
cônjuge/companheiro independentemente do
recolhimento de 18 c.m. ou da comprovação de 2 anos
de casamento ou união estável, mas ficará sujeita às
mesmas regras de cessação a seguir mencionadas.


Cessação (art. 77, §2º, LB)

•  pela morte do pensionista;

•  Para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, pela
emancipação ou ao completar 21 anos de
idade(mesmo universitário), salvo de for inválido ou
Tver deficiência grave, intelectual ou mental;

•  Pela cessação da invalidez ou da deficiência;

Para o cônjuge:

•  Em 4 meses (caso não comprove 18 c.m. e 2 anos de
união ou casamento);

•  Comprovada a existência de 18 c.m. pelo de cujus e 2
anos de casamento ou união até a data do óbito, a
cessação da pensão do cônjuge ou companheiro se
dará após:


•  3 anos, com menos de 21 anos de idade;

•  6 anos, entre 21 e 26 anos de idade;

•  10 anos, entre 27 e 29 anos de idade;

•  15 anos, entre 30 e 40 anos de idade;

•  20 anos, entre 41 e 43 anos de idade;

•  Vitalícia, com 44 anos de idade ou mais!

Observações:
•  Concorrência dos dependentes da mesma classe –
art. 77, caput, LB;

•  A existência de dependentes da classe antecedente
exclui o direito das classes seguintes - art. 77, §1º,
LB;

•  a cota do dependente que perdeu tal condição será
reverTda entre os dependentes remanescentes - art.
77, §1º, LB. (reforma da previdência reMrou tal
possibilidade – ver at. 113, §3º, incluído no 3048/99
pelo 10.410/20)

Importante!!!

•  novo casamento não exTngue o direito à pensão; só
não pode acumular 2 pensões deixadas por cônjuge
ou companheiro (filho e cônjuge, e.g., pode
acumular);

•  A exigência de 18 C.M. não se aplica aos demais
dependentes!
Auxílio-Reclusão
Fundamentação legal: art. 80, lei 8213/91 e art. 116 e
ss. do Dec. nº 3.048/99, com redação dada pelo
10.410/2020

Requisitos:
•  Qualidade de segurado;

•  Cumprimento de pena privaTva de liberdade (regime
fechado; semiaberto ou em prisão provisória), desde que
não esteja recebendo remuneração da empresa nem
esMver em gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria
(já que a lei visou subsMtuir a fonte de subsistência dos
dependentes);



Inovações Lei 13.846/19

Art. 80, Lei 8.213/91.
O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no
inciso IV do caput do art. 25 desta Lei, será devido,
nas condições da pensão por morte, aos
dependentes do segurado de baixa renda recolhido
à prisão em regime fechado que não receber
remuneração da empresa nem esTver em gozo de
auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-
maternidade, de aposentadoria ou de abono de
p e r m a n ê n c i a e m s e r v i ç o .
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

•  Segurado de baixa renda (até R$ 1.425,56)

Carência:
•  Não ERA exigida carência!
•  Lei 13.846;19: incluiu a carência de 24 contribuições
mensais (art. 25, IV, Lei 8.213/91)

Documentos necessários:
•  CerTdão de Casamento ou Nascimento do
dependente;


•  Para fins de comprovação da dependência
econômica ou da união estável: ver art. 135 da
IN77/15 mesmos uMlizados na pensão por morte!

•  Atestado de recolhimento prisional

Valor (RMI): 01 salário mínimo, art. 117, Dec. 3048/99,
red. Dec 10.410/20.

DIB: a parTr da data da prisão, se pleiteado em até 90
dias, ou parTr da DER, caso requerido após tal limite.


Salário-Maternidade
Fundamentação legal: art. 93 e ss. Dec. 3048/99
Requisitos:
•  Parto; aborto espontâneo; adoção ou guarda judicial
para fins de adoção.

Carência:
•  Empregado/domésTco/avulso (NÃO);
•  C.I/FacultaTvas: 10 contribuições mensais
(reduzindo-se proporcionalmente em caso de parto
antecipado);
•  Segurada Especial: comprovação da aTvidade rural
nos 10 meses anteriores ao parto.
Documentação necessária:

•  CerTdão de nascimento, caso o parto já tenho
ocorrido;

•  Atestado médico, quando requerido antes do
nascimento (nos termos da lei);

•  Documentos que comprovem o labor rural, na
hipótese de segurada(o) especial.
DIB: terá início no período entre 28 dias antes do parto
e a data do nascimento

Duração:120 dias, salvo em caso de aborto não
criminoso, quando a duração será de 2 semanas.
Considera-se parto o nascimento ocorrido a parTr da
23ª semana (inclusive o naTmorto), e antes da 23ª
semana a perda é considerada aborto.


ENTREVISTA INICIAL COM O CLIENTE

Além dos dados pessoais, serão indispensáveis em
uma entrevista previdenciária: CTPS e/ou Carnês de
Recolhimento (GPS) e CNIS. Com tais documentos será
possível verificar:

•  Qualidade de segurado (tempus regit actum);
•  Carência (quando a lei exigir);
•  Tempo de contribuição

Obs: tais informações, em regra, também constarão no
CNIS!


Constatada a qualidade de segurado, passaremos a
verificar:

•  Possui os requisitos para pleitear alguma das
aposentadorias – Idade (urbana/rural), T.C,
Especial?;
•  Possui incapacidade laboral (temporária ou
definiTva)?;
•  Redução da capacidade laboraTva?
•  Segurado manTnha qualidade de segurado à época
do óbito ou da prisão (neste caso era baixa renda?)


Constatado que o cliente não preenche os requisitos
para o recebimento de qualquer benebcio
previdenciário, a entrevista deverá ser direcionada
para a verificação do possível preenchimento dos
requisitos do BPC ao idoso ou ao portador de
deficiência.


Observação: se o cliente chegar na entrevista já com a
carta de indeferimento será necessário agendar um
pedido de CÓPIA do processo, pois só assim o
advogado poderá analisar os documentos anexados no
PA e o moTvo do indeferimento (www.previdência.gov.br)
A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO CNIS

CNIS: Cadastro Nacional de Informações Sociais
É um banco de dados do Governo Federal que
armazena todas as informações previdenciárias de uma
pessoa. Nele estão conTdos, além dos dados pessoais
do segurado, todos os vínculos emprega•cios e suas
respecTvas remunerações (incluído o avulso), bem
como os recolhimentos efetuado em outras categorias
de segurados.

A vida previdenciária da pessoa está, em regra, no
CNIS!

Importante: “os dados constantes do CNIS rela6vos à
vínculos, remunerações e contribuições valem, a
qualquer tempo, como prova de filiação à Previdência
Social, tempo de contribuição e salários de
contribuição” (art. 58, da IN nº 77/2015) está no
CNIS tem que considerar!


Daí a importância da análise do CNIS antes do
protocolo de qualquer benebcio, pois este poderá
conter dados incorretos (valores inferiores ao
efeTvamente contribuído), ou sequer conter
determinados dados (vínculos emprega•cios,
recolhimentos). Prejudicará o direito ao beneficio!

PRINCIPAIS ESPECIES DE AÇÕES
PREVIDENCIÁRIAS
•  Ação de concessão de beneWcio: tem por objeTvo obter
um benebcio indeferido em sede administraTva;

•  Ação de revisão de beneWcio: tem por objeTvo revisar


um benebcio já concedido, seja para incluir períodos de
trabalho não computados (especial, urbano ou rural sem
registro); para incluir contribuições não uTlizadas no
cálculo da RMI; ou simplesmente para corrigir a forma de
cálculo uTlizada pelo INSS.

•  Ação de restabelecimento de beneWcio: tem por


objeTvo recuperar um benebcio cessado;
DICAS SOBRE AS PRINCIPAIS AÇÕES
CONCESSÓRIAS
(modelos serão enviados via email)

Aposentadoria por idade (urbana/rural/híbrida)

1)Trabalho rural a parTr dos 12 anos(Súm. 5 TNU)

2)Documento rural em nome do cônjuge(Súm. 6 TNU);

3)Prova do labor rural no período imediatamente


anterior ao requerimento ou da idade (Súm. 54 TNU)

4) HÍBRIDA (3048/99)
•  Art. 57. Os trabalhadores rurais que não atendam ao
disposto no art. 56 mas que saTsfaçam essa
condição, se considerados períodos de contribuição
sob outras categorias de segurado, farão jus ao
benebcio ao atenderem os requisitos definidos nos
i n c i s o s I e I I d o c a p u t d o a r t . 5 1 .
(Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
(...)
•  § 2º O disposto neste arTgo aplica-se ainda que, na
oportunidade do requerimento da aposentadoria, o
segurado não se enquadre como trabalhador
rural. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Aposentadoria por Tempo de Contribuição

1)Tempo rural (seg. especial), sem o recolhimento das
contribuições previdenciárias, não pode ser
computado para carência, mas apenas para T.C;

2)Tempo especial uMlizado no B42:


*homem: em regra aplica o fator 1,40 (10 a.=14 a.;
*mulher: em regra aplica o fator 1,20 (10 a. =12 a.)



Aposentadoria Especial

1)Enquadramento por exposição a Ruído:
•  Até 5.3.1997 superior a 80dB;
•  De 6.3.1997 a 18.11.2003 superior a 90dB;
•  A parTr de 19.11.2003 superior a 85dB

2)Enquadramento por Categoria Profissional
-comprovação através da CTPS
(TNU - PEDILEF: 05010545920074058200 )

3)EPI declarado eficaz no PPP(STF, RE 664335/SC):


Agentes nocivos diversos do Ruído: não basta declarar
EPI eficaz. INSS tem que comprovar a eficácia (e nós, a
ineficácia)

4)Perícia indireta (empresa comprovadamente
exMnta)-PEDILEF 0001323-30.2010.4.03.6318




5)Vigilante sem arma de fogo, ainda que após
05.03.1997 – prova da nocividade (REsp nº 1.410.057 –
RN);

6) Laudo extemporâneo: prova hábil à demonstração
da especialidade da aTvidade (Súm. 68 da TNU);

7) Laudo da JusMça do Trabalho: prova hábil (art. 261,
inciso I, IN 77/15)

Auxílio-doença/Aposentadoria por Invalidez

1)Laudo ParMcular x Laudo Judicial
-  Prevalência do Laudo ParTcular .“Não há hierarquia
entre as provas licitamente produzidas.”(TNU,
PEDILEF nº0052127-08.2009.4.01.3500)
-  Juiz não deve ficar adstrito ao laudo pericial judicial
(art. 470 NCPC – anTgo 436)


2)Súm. 47 da TNU: “uma vez reconhecida a
incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve
analisar as condições pessoais e sociais do segurado
para a concessão de aposentadoria por invalidez”

Neste caso deverá ser analisado em conjunto com o
conceito médico de incapacidade: grau de instrução
escolar, idade, natureza o oficio desempenhado ao
longo da vida, situação financeira

Auxílio-Acidente

1)A legislação não exige, para fins de concessão do
auxílio-acidente, grau, índice ou percentual mínimo de
redução da capacidade (STJ, Resp 1.109.591/SC; TNU,
PEDILEF 50017838620124047108);

2)O STJ entendeu ser devido o auxílio-acidente ainda
que a lesão causadora da redução da capacidade
laboral possua caráter reversível (AgRg no Resp
798913/SP;

Pensão por morte

1)STJ: “é possível o rateio de pensão entre a
viúva e a companheira com quem o ins6tuidor
da pensão man6nha união estável”(AgRg no
Resp 2012/0195969-7).

*Tem que haver a separação de fato. A
companheira deve comprovar a união estável e
a “esposa” deve comprovar que ainda
dependia economicamente do falecido
também!



2)Filho Universitário: Segundo já pacificado pelo STJ
não é possível estender a pensão por morte ao filho
maior de 21 anos pelo fato de estar na condição de
UNIVERSITÁRIO. (1.ª Seção, REsp 1.369.832, Rel. Min.
Arnaldo Esteves Lima, j. 12.6.2013)





Salário Maternidade
1)No caso de empregos concomitantes, a segurada fará
jus ao benebcio relaTvo a cada emprego (art. 344, §4º,
IN 77/15);

2 ) S e r á d e v i d o à s e g u r a d a q u e a d o t a r ,
independentemente de a mãe biológica ter recebido o
mesmo benebcio quando do nascimento da criança
(art. 344, §2º, IN 77/15);

3)Lei 11.770/08 prorrogou por mais 60 dias para as
seguradas empregadas (empresa precisa aderir
voluntariamente)

4)Segurados homens(adotantes): arts. 71-A, 71-B e 71-
C da Lei nº 8.213/91 (red. dada pela Lei nº
12.873/2013);

5)Dispensa sem justa causa: o INSS entendia que


caberia à empresa arcar com o pagamento do benebcio
(Enunciado nº 31 do anTgo CRPS);

-a jurisprudência entende que “cabe ao INSS ao INSS
suportar diretamente o pagamento do salário-
maternidade”. (TNU, PEDILEF2011.72.55.000917-0)

“Pagamento de indenização no valor de salários do
período de estabilidade dispensa benebcio” (TNU, Proc.
nº 5010236-43.2016.4.04.7201/SC) relaMvizou a
decisão acima!
Memorando Circular Conjunto DIRBEN/PFE/INSS nº
44 de 30/11/2017

E m a t e n d i m e n t o a o A g . I n s t . N º
5055114-88.2017.4.04.0000/PR, que estendeu para
todo o território nacional a eficácia da ACP nº
5041315-27.2017.4.04.7000, o INSS passou a conceder
o salário-maternidade às seguradas demiMdas sem
justa causa, pagando-os diretamente!

OBS: válido aos pleitos formulados a parTr de
27.09.2017


DICAS FINAIS

•  ObjeTvidade na elaboração das ações: juiz não gosta
de ler ações que simplesmente transcrevem longos
julgados e doutrinas já ultrapassadas (ir direto ao
ponto almejado);

•  Ao citar jurisprudência: dar preferência às súmulas
(STF;STJ;TNU). Não exisTndo entendimento
sumulado, buscar paradigmas atuais.



CANAIS DE ATENDIMENTO
•  hƒps://www.inss.gov.br/ MEU INSS

•  Central 135

•  Unidades de Atendimento (só o advogado consegue dar


início ao processo de benebcios sem agendamento).

Documentos necessários para o agendamento: nº de
inscrição na Previdência Social; CNPJ ou CPF do
empregador; CPF do interessado, NB se já esTver
recebendo benebcio.





•  T o d o s o s d o c u m e n t o s a r r o l a d o s c o m o
indispensáveis deverão ser apresentados já na
ocasião do requerimento administraMvo do
beneWcio. Quanto mais completa a instrução
administraMva, maior a chance de êxito, seja
perante o INSS ou em juízo!




“os invesMmentos em conhecimento
geram os melhores dividendos.”

Benjamin Franklin








Email: jesus@feresadvogados.com

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