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REVISÃO PARA A AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DA IGREJA

CONTEMPORANEA.

1. REVOLUÇÃO FRACESA
A revolução francesa de 1789 levou alguns historiadores menciona que a causa foi
da crise das instituições, crise teria sido provocado pelo assalto da razão á revelação e á
tradição. Foram causa que abriram caminho para a revolução francesa. Outro fator que
contribuiu para a revolução foi a crise econômica e social na França, crise que obrigou o
governo real convocar os estados gerais em Versailles, reunindo assim todos os
representantes das três ordens que formavam o país; o clero, a nobreza e o terceiro
estado do povo.
Na abertura desses Estados Gerais, no dia 4 de Maio de 1789, comemorouse o acto
com uma procissão solene presidida pelo rei – Luís XVI – e os representantes dos três
Estados, que acompanharam devotamente, de círio na mão, o Santíssimo Sacramento.
Todos os deputados participaram nessa procissão incluindo – caso curioso – o próprio
Robespierre.

2. Iluminismo
O iluminismo é entendido como “tentativa otimista do homem de dominar a vida
através da inteligência, (os seus pensamentos racionais). O Iluminismo é um complexo
movimento espiritual que surgiu na Europa que caracterizou-se pela plena confiança na
capacidade da razão, afim de afastar a neblina do desconhecido e do mistério que turva
o espirito humano, iluminando-os, torna melhores e mais felizes os homens. Para tal
feito era necessário libertar o homem da ignorância e das superstições e derrubar o
principio de autoridade. Ratificando assim os direitos humanos diante do Estado,
protegendo também os cidadãos das divisões dos poderes, levando-os á participação no
âmbito político através da eleições [soberania popular e democracia ], que estabelecem
a tolerância em matéria religiosa. Essa ação entrou na sociedade com um grupo de
minoria que se chamavam de iluministas, faziam reuniões em salões em locais restritos,
os ideias do iluminismo foi difundido nas Encyclopédia impulsionado também pelo
panfletarismo. Os iluminismo espalhou-se por todas as partes, não tornou-se só um
movimento cultural francês, pois apresenta também elementos próprios ás diversas
culturas nacionais.
Portanto na visão do iluminismo a revolução acontece em dois horizontes, primeiro
o de 1789, o nascente movimento da luzes que foi a tentativa de estabelecer como poder
legitimo da soberania do povo, ou seja ( a revolução positiva). A segunda se da com o
golpe de 2 junho de 1793 e filha do grande terror, isso gerou o primeiro governo
totalitário na Europa, tendo o seu culme na revolução de Brumario de 1799 a revolução
negativa.
Jancenismo :
O jansenismo na França, na segunda metade do século XVIII, não desperta mais
disputas teológicas e sim uma crecente rejeição da Igreja, principalmente de seu papel
desempenhado na sociedade, a reação contraria a bula Unigenitus, depois com a crise
dos comprovantes de confissão.
As ordens religiosas estão em forte crise:
A assembléia do clero da França em 1765, nomeia uma comissão chefiada pelo
arcebispo de Toulose que recorre a papa, para que este forme uma comissão de cardeais
e bispos com a missão estabelecer ordem. Em 1766 o governo intervem criando uma
comissão mista prelados e magistrados que baixa um edito de reforma 1768, a onde só
deve existir apenas um mosteiro por cidade, estabelecendo um número mínimo de
religiosos por casa dezenove para masculino e quinze para feminino. A idade mínima
de 21 para homens e 18 para mulheres, este trabalho da constituição perdura até 1784,
com o fechamento de 426 conventos.
Galicanismo:

O clero secular:
Não estava em decadência os seminários eram bons de bom nível são também os bispos.
Porem algumas teorias sobre o sacerdócio e os conflitos locais provocam um
descontamento no baixo clero. Enquanto Paris está sobre fogo polemicas de bispos
contra o parlamento, um grupo pequeno de esclesiaticos e de jurista desenvolvem uma
oposição contra hierarquia. Pierre Leclec foge para a Holanda e em 1756 publica o livro
a reviravolta da religião na qual ele afirma que o padre é colaborador do bispo, mas não
subterno.

Os Estados gerais e a constituinte


Na abertura desses Estados Gerais, no dia 4 de Maio de 1789, comemorouse o acto com
uma procissão solene presidida pelo rei – Luís XVI – e os representantes dos três
Estados, que acompanharam devotamente, de círio na mão, o Santíssimo Sacramento.
Todos os deputados participaram nessa procissão incluindo – caso curioso – o próprio
Robespierre. A composição da assembleia ficou o seguinte 374 juristas, 270 nobres, 296
representantes do clero e 598 deputados do terceiro estado. Essa procissão era, na
realidade, o começo de uma Via-Sacra da Igreja a caminho do seu calvário.
A secularização dos bens da Igreja:
A estação seguinte da Via-Sacra verificou-se em 10 de Outubro de 1789: a Assembleia
Constituinte decretou a secularização de todos os bens eclesiásticos. Os bens
eclesiásticos ficavam «à disposição da nação»35 e – caso curioso – a proposta partiu do
próprio bispo de Autun, Talleyrand. Logo a seguir, esses bens são vendidos em hasta
pública aos particulares, em pequenas parcelas. Acabou, deste modo, em mãos de
particulares um rico património que constituiu a base económica da nova burguesia
francesa. A Igreja possuía, em França, um sexto do solo nacional, de modo que se
assistiu a uma indescritível transferência de propriedade para a burguesia e para os
camponeses ricos, que não tiveram quaisquer escrúpulos na preservação de numerosos
edifícios monumentais e de grande valor artístico, demolindo igrejas e conventos para
aproveitarem o terreno para outros fins. O Estado tomou a seu cargo a “subsistência do
clero” e iniciou uma laicização progressiva das tarefas até então asseguradas pelo clero:
assistência, ensino, registos do estado civil.
A nacionalização dos bens da Igreja
No dia 2 de novembro de 1789 os bens da igreja avaliados em 23 bilhões são
nacionalizados, com 568 votos favoráveis, com isso os bens da Igreja foram colocados
as disposições da nação. E são a partir de então encarregados pelas despesas dos
monumentos religiosos do culto e dos ministros são oferecidas 1200 libras aos padres
um reconhecimento ao que fizeram na revolução, eles poderiam dedicar-se com mais
liberdade ao ministério.
A constituição civil do clero
Da nacionalização dos bens da Igreja e da supressão das ordens religiosas, a assembleia
teve que trata da situação geral do clero. Para os bispo, cuja escolha até aquele momento
ficava a critério do rei, sugere então a criação de um concelho especial. Para a sua
nomeação são indicadas duas condições: idade mínima de 40 anos e residência na
diocese. Para os párocos é previsto a eleição por curso, idade mínima de 30 anos
dependendo da importância da paroquia, a côngrua de entre 800 e 1500 francos.
Portanto a constituição do clero aborda diversas questões:
Primeiro a distribuição dos ofícios eclesiásticos, sã mantido apenas os benefícios com a
cura de almas, os bispos são reduzidos aos 135, os arcebispos que eram dezoito, são
reduzidos a dez; as paroquias são reagrupadas. Segundo momento temos as escolhas dos
bispos que antes eram escolhidos pelos reis agora são escolhidos pela assembleia
departamental, os párocos pelas assembleias do distrito. O salário: para o bispo
metropolita de paris é 50.000 francos, para os outros metropolita 20.000; para os bispos
12.000; para os vigários episcopais de 2.000 a 8.000; os párocos recebem de 1.200 a
6.000; aos vigários de 700 a 2.300, não é previsto a posse de bens imóveis. Sobre a
residência é estabelecido a obrigação de residência para bispo, párocos e vigários, sob
pena de perda do direito ao salário.
Processo revolucionário de 1790
O processo revolucionário radicaliza-se em 1790 e logo em Fevereiro são proibidos os
votos monásticos e todas as ordens religiosas são suprimidas. Rude golpe no
Cristianismo, mas os problemas estavam apenas a começar… Em Julho é aprovada uma
Constituição Civil do Clero: sem consultarem Roma, as dioceses passam a corresponder
aos departamentos e o clero torna-se um corpo de funcionários do país remunerado pelo
Estado, sendo os párocos escolhidos por todos os cidadãos e o bispo designado pela
administração pública do departamento. Nascia, assim, uma Igreja Nacional
Constitucional, à margem da autoridade do Papa. A atitude da Assembleia Nacional
para com a Igreja radicaliza-se ainda mais com a imposição a todos os clérigos de
prestarem juramento à Constituição Civil do Clero. Mas apenas menos de 5% dos
bispos o fizeram – a grande maioria deles recusou-se a fazer esse juramento, sendo,
claro, demitidos das suas funções. Também metade dos sacerdotes se recusou a prestar
o juramento, sendo igualmente demitidos das suas funções. O Papa Pio VI proibiu, em
1791, o juramento, excomungando os sacerdotes que o fizessem. Produziu-se, deste
modo, um autêntico cisma no interior da própria Igreja, em França: de um lado, os
padres “ajuramentados”, com a sua Igreja Constitucional; do outro, os padres “não
ajuramentados”, com a sua Igreja refractária. Estes últimos viram-se desapossados das
igrejas, de maneira que celebravam o culto como e onde podiam.
Mais um ano, 1792, a Assembleia Nacional torna-se Legislativa e decreta a deportação
dos sacerdotes refractários. São, assim, expulsos de França cerca de 40 000 padres.
Logo em Setembro do mesmo ano, ao ser substituída a Assembleia Legislativa pela
Convenção, dão-se os “massacres de Setembro”, com as suas 1100 a 1400 vítimas, entre
as quais se contaram trezentos padres.
É abolida a Monarquia e proclamada a República, sendo o rei, Luís XVI, guilhotinado
em Janeiro de 1793.

A própria Igreja Constitucional foi perdendo prestígio e utilidade, pois o registo civil é
retirado ao clero e entregue aos municípios, ao mesmo tempo que o divórcio passava a
ser autorizado. E, para desprestigiar ainda mais o Cristianismo, nas igrejas que tinham
escapado à destruição faziam-se mascaradas da religião, chegando ao ponto de
entronizar a “Deusa Razão” em Notre Dame, sendo instituído por Robespierre o culto
do “Ser Supremo”. Em meados de 1794 já não havia Igreja Constitucional e o culto
exterior praticamente desaparecera. Após a queda de Robespierre termina o terror e há
um breve período de tranquilidade. Mas, logo no princípio de 1795, a Convenção
decreta a separação entre o Estado e a Igreja, reconhecendo-se, por lei, a liberdade de
culto, permitindo-se assim que a Igreja Católica saísse da clandestinidade.
Napoleão Bonaparte:
Após o período de calvário da Igreja refractaria, um golpe de estado acontece no dia 18
Brumário – eleva Napoleão Bonaparte a primeiro cônsul (Março de 1799). Em Março
de 1800, os cardeais, reunidos em Conclave em Veneza, elegem o Papa Pio VII. Com
este advento renascia a esperança de restauração da Igreja em França. Entravam em
cena, quase simultaneamente, as duas personalidades que mais influíram na História,
nos primeiros anos do século xix: o jovem general corso, Napoleão Bonaparte, e um
monge beneditino eleito Papa, em Veneza, num mosteiro beneditino, em território sob
protecção austríaca. Napoleão era um déspota, mas realista e pragmático, convencido de
precisar da Igreja Católica para trazer a paz e a segurança a França. Ele queria construir
uma França e um Império sólidos, tendo na sua base a religião católica. Tendo escrito a
Pio VII, reconhecendo que a religião católica era a única âncora e que a Igreja receberia
apoio da França, por seu lado, o Papa desejava uma normalização da vida da Igreja em
França. Estavam, assim, lançados os dados de uma Concordata que acabou, não
obstante inúmeras dificuldades, por ser assinada em 15 de julho de 1801. Bonaparte
acrescentou 77 artigos orgânicos A vida cristã foi, no entanto, restaurada em França
graças à Concordata. Os seminários abrem e são sustentados pelo Estado, para a
formação de um clero que será estreitamente vigiado e controlado. E os bispos não eram
mais do que funcionários do Estado, autênticos “prefeitos de sotaina”. Pio VII partiu,
em 1804, para Paris, para a coroação do imperador, sendo recebido com grande júbilo
pelo povo. Na coroação, Napoleão aceitou apenas que o Papa o ungisse. A coroa
colocou-a ele próprio na sua cabeça e na de sua mulher, Josefina. Após a coroação,
Napoleão propôs (impôs...) que o Papa permanecesse em França, instalando-se em Paris
ou em Avinhão. Perante a recusa do Pontífice, deixou-o partir para Roma, mas rompeu
logo a Concordata, passou a exigir que Pio VII reconhecesse os “artigos orgânicos” e
que o Colégio Cardinalício tivesse, no mínimo, um terço de franceses. Napoleão manda
publicas uma nova concordata em 1813 após desastre na Rússia napoleão busca acordo
com o papa que estava preso em Fontainebleau.
Depois destes acordos preliminares o cardeal Consalvi é autorizado a ir ao encontro do
papa que estava preso desfaz a concordata, após a derrota Leipzig Napoleão manda o
papa de volta para Itália, o papa retorna a Roma em no dia 24 de maio de 1814.
Cansalvi , no congresso de Viena consegui a liberdade da Igreja.

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