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FACULDADE AGGEU MAGALHAES

BACHARELADO EM FARMÁCIA
QUÍMICA FARMACÊUTICA E MEDICINAL – WILLIAN MOURA

JACICLEIDE NUNES DA ROCHA LIMA

BIOISOSTERISMO CLÁSSICO E NÃO CLÁSSICO

SERRA TALHADA, OUTUBRO DE 2021.


O bioisosterismo é estratégia utilizada na modificação estrutural de moléculas
com atividade biológica, de forma planejada, baseado na substituição de um protótipo,
que apresenta propriedades químicas semelhantes. Está relacionado com a
farmacocinética e farmacodinâmica e para o emprego seguro do bioisosterismo é
necessário o conhecimento das propriedades estruturais, inclusive as farmacofóricas.
Além do mais, também é necessário o conhecimento da via de inativação e dos fatores
estruturais que regulam a biodisponibilidade e seus efeitos adversos, que irão permitir
uma previsão abrangente da definição da relação bioisostérica a ser empregada na
modificação molecular pretendida. O bioisosterismo é subdivido em duas categorias:
clássico e não clássico.

Bioisosterismo clássico

Bioisosterismo clássico atende as exigências preconizadas pelas definições de


Grimm e Erlenmeyer. O bioisosterismo clássico baseia-se na valência em comum dos
grupamentos bioisostéricos, nessa categoria inclui-se também os anéis equivalentes. a)
Átomos e monovalentes; b) Átomos e grupos divalentes; c) Átomos e grupos
trivalentes; d) Átomos e grupos tetravalentes; e) Anéis equivalentes.

Obseva-se que altera-se a molécula, mas, mantém o mesmo grupo. Por exemplo:
a aminopirina que era comercializada como analgésico e antiinflamatório. Posteriormente
descobriram que ela tinha propriedade carcinogênica. A substituição foi feita retirando a
molécula tóxica e surgiu o propilfenazone. A modificação bioisostérica do grupo
dimetilamino excluiu o efeito carcinogênico e manteve as propriedades farmacológicas.
Bioisosterismo não clássico

No bioisosterismo não clássico, o número de átomos diferentes exibe


propriedades estéreas e eletrônicas diferentes. Não atendem as regras de Grim e
Erlenmeyer, mantém atividade biológica similar, ou seja, efeito terapêutico não é
prejudicado.

Exemplo

Nesse exemplo observa-se que o grupo isoproterenol foi alocado ao análogo


sulfonamidico, recebeu um grande grupo com interações mais fortes, deixando a
molécula parecida com a anterior, também foi mantido os efeitos terapêuticos com uma
molécula mais estável.
O bioisosterismo tem sido utilizado em pesquisas de fármacos como forma de
melhorar a atividade de compostos líderes. A substituição de um fragmento molecular
por outro com propriedades físico-químicas similares promovem a modulação das
propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmica (ELIAS, 2018).

REFERÊNCIAS
Elias, Thiago Castilho. E42m MB-ISOSTER: um software para simulação de
bioisosterismo. Tese (Doutorado em Química) -Universidade Federal de Alfenas.
Alfenas-MG, 2018. Em: https://bdtd.ufalmg.edu.br:8443/bitstream/tede/1306/6/Tese
%20de%20Thiago%20Castilho%20Elias.pdf

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