O que é inflamação?
É uma resposta que ocorre devido uma agressão no corpo que pode ser de natureza física,
química ou biológica.
Exemplos:
- Origem física: um soco no braço que causaria um trauma mecânico no corpo.
- Origem química: hidróxido de sódio (soda cáustica) onde teremos uma lesão que decorrerá uma
inflamação.
- Origem biológica: é o grupo responsável pela grande maioria dos processos de inflamação.
Os agentes biológicos são representados pelos agentes infecciosos (fungos, vírus e bactérias).
Os fungos podem estar presentes no tecido desencadeando uma resposta inflamatória na forma
de corpo vegetativo (hifas do fungo) ou ainda podemos ter os esporos do fungo gerando a lesão,
sendo essa a forma mais comum de encontrar o fungo. A maioria das lesões de origem
inflamatória de caráter infeccioso são de etiologia bacteriana, depois viral.
Métodos de coloração:
• Coloração PAS
(ácido – periódico - Schiff): usado para identificar fungos.
• Coloração Grocott: cora o esporo do fungo.
• Coloração Ziehl Neelsen: evidência o bacilo da tuberculose.
• PCR (reação em cadeia da polimerase): é um método muito utilizado nos dias atuais por
apresentar um grau muito alto de confiabilidade dos resultados.
Durante a inflamação, além da aparição dos sinais cardiais teremos o aumento da temperatura
do corpo, da permeabilidade dos vasos (causando o extravasamento de líquidos corpóreos no
local afetado) e a liberação de substâncias químicas mediadoras da inflamação. Essas
substâncias são responsáveis pelo aumento da permeabilidade dos vasos. Ex: A histamina que
é um mediador químico que aumenta a permeabilidade do vaso.
O que vai acontecer com o líquido extravasado que promoveu o aumento de volume
durante a inflamação em uma determinada região do corpo?
Isso vai fazer com que as terminações nervosas próximas a região inflamada sejam espremidas
causando dor. Também temos um mediador químico que causa dor chamado bradicinina que
tem sua origem no plasma sanguíneo.
*grande chance de cair na prova
Quando ocorre o extravasamento de líquidos no local da inflamação estão aparecendo diversos
elementos como a cinina no local inflamado. Essas cininas extravasadas vão dar origem a
bradicinina que representa o principal mediador químico responsável pela dor na inflamação, ou
seja, não é só a compressão dos nervos que causa a dor. As prostaglandinas também serão
mediadores químicos responsáveis por causar dor, pois vão causar o extravasamento dos vasos
(vasodilatação) comprimindo as terminações nervosas.
A dor presente na fase aguda da resposta inflamatória deve se a ação de quais mediadores
químicos da inflamação?
Deve-se a bradicinina e as prostaglandinas, pois potencializam o edema (aumento do volume
da região afetada).
Eventos de quimiotáxia na inflamação: nada mais é do que uma ação de atração. Com o aumento
da permeabilidade devido os mediadores químicos também teremos a saída dos anticorpos
pertencentes ao grupo das gama globulinas (IgG, IgA, IgM, IgE e IgD produzidas pelos plasmócitos
antigos linfócitos B que se diferenciaram). A imunoglobulina IgG é a que vai se ligar as bactérias
(opsonização) e também teremos o macrófago se aproximando dessa bactéria.
Notas da aula:
• Ao analisar uma lâmina histológica de um órgão inflamado agudamente o que vai permitir dizer
se é uma inflamação aguda é a grande presença de polimorfonucleares (principalmente os
neutrófilos).
• Existem processos inflamatórios onde se nota no filtrado inflamatório uma presença até maior
de eosinófilos do que neutrófilos. Quando estamos olhando uma lâmina que apresenta um
grande número de eosinófilos na inflamação isso vai significar que a inflamação é de origem
parasitária.
AULA PRÁTICA – INFLAMAÇÃO AGUDA
Pulmão normal
Saco alveolar (área azul). Entre os alvéolos vamos ter vasos sanguíneos pequenos
(área vermelha)
Qual é o processo patológico da lâmina da figura 4? Por que você pode concluir
isso? É uma Inflamação aguda devida a grande presença de polimorfonucleares, cogesta
de vasos e marginação de leucócitos.
Rim normal
Vasos congestos
Nota: como a lâmina é 2D nem sempre vamos conseguir ver o núcleo dos leucócitos
(na maioria neutrófilos já que é uma inflamação aguda) com sua estrutura comum de
três núcleos.
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Definição:
Lesão de duração prolongada (que pode durar semanas a meses);
Inflamação + lesão + marcadas por tentativas de reparo.
Sucede à inflamação aguda ou pode iniciar como uma resposta de baixo grau
e latente, sem nenhuma manifestação prévia de reação aguda.
Essa é a principal diferença com a inflamação aguda, já que nela não dá
tempo do organismo tentar reparar.Quando se olha no microscópio a
inflamação crônica, se vê sinais de reparo.
Causas:
- Infecções persistentes; toda infecção que o organismo não consegue
resolver e persiste vai gerar resposta crônica. Exemplos: doenças de
hipersensibilidade: autoimunes e alérgicas.
- Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos (exógenos e
endógenos): exemplo silicose (areia/vidro – que hoje é proibido),
aterosclerose (produção de colesterol endógeno e outros lipídios – gera
processo inflamatório crônico).
Características Morfológicas:
- Inflamação aguda: caracterizada por alterações vasculares, edema e
infiltrado predominantemente neutrofílico (polimorfonucleares).
- Inflamação crônica:
Infiltrado de células mononucleares: macrófagos/monócitos, linfócitos e
plasmócitos.
Destruição tecidual;
Tentativas de reparo: substituição do tecido danificado por tecido
conjuntivo (fibroblasto – cheio de colágeno – consistencia firme, dura).
Inflamação crônica do pulmão: predominância de infiltrado mononuclear, destruição
alveolar (substituição por células cubóides), tecido conjuntivo (fibrose) – tentativa de
reparação.
- Macrófagos:
Células dominantes nos processos inflamatórios crônicos;
Macrófagos ativados – que um dia foi monócito. Fagocitam
microorganismos e tecidos mortos; Iniciam o processo de reparo
tecidual; Secretam mediadores da inflamação MHC de classe II que
apresentam antígenos para os linfócitos T.
O arsenal de mediadores produzidos pelos macrófagos é fundamental
na defesa contra invasores, porém, é também responsável pela
destruição tecidual (normal) que ocorre na inflamação crônica.
- Linfócitos:
Amplificam e prolongam a inflamação crônica.
As citocinas produzidas pelos macrófagos (TNF, IL-1, Quimiocinas)
recrutam mais leucócitos para a resposta inflamatória, especialmente
linfócitos.
Os linfócitos T helper produzem citocinas, tais como:
IFN-gama: ativam os macrófagos;
IL-4, IL-5, IL-13: ativam eosinífilos e macrógafos;
IL-17 e outras citocinas: induzem a secreção de quimiocinas
que recrutam neutrófilos e monócitos.
Eosinófilos:
São importantes nas reações de defesa contra parasitas e reações
imunológicas mediadas por IgE;
Atraídos por quimiocinas específicas (eotaxina);
Possuem grânulos contendo a proteína básica principal, que é tóxica para
parasitas, mas também causa lise de células endoteliais contribui para a
morte parasitária e dano tecidual.
Mastócitos
São importantes nas respostas infamatórias agudas e crônicas e secretam
mediadores da inflamação.
Neutrófilos:
São as células que caracterizam a inflamação aguda;
Algumas respostas crônicas podem cursar com grande quantidade de
neutrófilos padrão inflamatório agudo e crônico.
Induzidos por microorganismos persistentes (osteomielite crônica);
Induzido por mediadores produzidos por macrófagos (tabagismo e outros
estímulos irritantes).
Inflamação granulomatosa:
É o modelo da inflamação crônica. É uma inflamação crônica
caracterizada por coleções de macrófagos ativos, linfócitos T e, as
vezes, associada à necrose central.
Há uma tentativa de controlar um agente invasor de difícil degradação – cria
uma resposta que isola o agressor/processo.
Intensa ativação de linfócitos T e macrófagos que gera dano tecidual.
Macrófagos ativos podem desenvolver citoplasma abundante (por ação das
citocinas secretadas pelos linfócitos) e parecer células epiteliais, chamadas
células epitelióides.
Macrófagos ativos podem também se fundir formando células gigantes
multinucleadas (Langhans).
Regeneração;
Cicatrização (deposição intensa de tecido conjuntivo);
Regeneração
Cicatrização
Nesse processo teremos alteração do tecido e da função devido a deposição de tecido
conjuntivo que formará uma cicatriz, uma fibrose.
A cicatrização ocorre quando as estruturas de suporte tecidual estão severamente lesadas.
O tecido cicatricial não é semelhante ao original, mas fornece estabilidade estrutural para
que o tecido lesado volte a funcionar.
Regeneração
Envolve proliferação celular e desenvolvimento de células maduras a partir de células-
tronco.
A restauração da arquitetura normal dos tecidos pode ocorrer apenas se o tecido residual
estiver estruturalmente intacto.
Regeneração hepática
O fígado possui uma capacidade notável de regeneração, sendo talvez o órgão que
mais se regenera no corpo;
A regeneração hepática vai ocorre por 2 mecanismos:
Cicatrização
A cicatrização vai envolver a substituição do tecido original por um tecido cicatricial. Em
uma lesão que não é possível a regeneração teremos um tecido conjuntivo diferente.
Esse processo vai ocorrer por diversas etapas, sendo estas:
Distúrbios do desenvolvimento
Agenesia: é a ausência na iniciação do desenvolvimento, ou seja, quando ocorre
agenesia em órgão do corpo isso significa que não temos esse órgão, que ele nunca
existiu, pois nunca foi formado. Esse problema pode ser letal quando o órgão
afetado é único e essencial à vida. Exemplos: anencefalia (agenesia no encéfalo/
não tem), acrania (agenesia do crânio/ não tem), agnatia (agenesia da mandíbula/
não tem), mononefrose (um único rim), ciclopia (um único olho), amelia (ausência de
um membro).
ANENCEFÁLIA
ACRANIA
AGNATIA
CICLOPIA
EM RESUMO...
Agenesia: não formou o órgão.
Aplasia: não formou o órgão, porém existem rudimentos.
Hipoplasia: o órgão se forma, no entanto, o crescimento é comprometido, é diminuído, é um órgão
hipofuncional.
Atresia: ocorre nos órgãos tubulares ou em orifícios naturais, sendo a ausência de perfuração nessas
estruturas.
Hipertrofia: aumento do tamanho do tecido pelo crescimento do tamanho das células.
Hiperplasia: aumento do tamanho do tecido pelo crescimento do número de células.
Metaplasia: diferenciação de um tecido por outro de mesma origem embrionária.
Displasia: disfunção que pode ser celular ou tecidual.
Anaplasia: quando as células normais passam a sofrer desdiferenciação adquirindo características de
uma célula indiferenciável (características semelhantes a uma célula tronco).
Monstros/teratas: formações incompatíveis com a vida.
Hemiterias: formações leves.
Anomalias tardias: vão aparecer com o crescimento do indivíduo.
PATOLOGIA DAS NEOPLASIAS
Carcinoma in situ – quando a camada/lâmina basal não foi rompida, geralmente tem um aspecto
melhor e isso é bom. Geralmente nesses casos, nem é preciso fazer quimioterapia, só retirando o
tumor já é o suficiente.
Nomenclatura:
Neoplasia: novo crescimento.
Neoplasma: nova formação (nomenclatura inventada por veterinários, mas que não é usada no dia-
a-dia).
Tumor: edema causado pela inflamação.
A definição não neoplásica do termo “tumor” é, atualmente menos utilizada que a
definição neoplásica. Neste contexto, o termo tumor como sinônimo de neoplasias/neoplasma é
aceito em literatura internacional nas principais revistas de publicação em Oncologia.
Usar tumor “benigno” é como se fosse usucapião do erro, porque é conceitualmente
errado, mas se usa. Tumor teoricamente seria um aumento de volume maior que 3cm.
O que gera câncer é a mutação principalmente nos genes que controlam a proliferação celular,
porque isso dá abertura para várias maneiras de hiperproliferação.
Progressão tumoral: vai adquirindo mais características cancerosas, as mutações vão se
acumulando, vai ficando cada vez mais maligno a cada proliferação.
Diagnóstico do câncer
Citologia
Se coloca uma agulha e colhe uma escama (células) do tumor;
Exame de triagem;
Sugere diagnóstico, não devendo se basear apenas nele;
Não conclusivo em alguns casos;
Baixo custo;
Não exige anestesia;
Pode ser feito em vísceras internas;
Usa-se agulha bem fina, menos traumática possível, para não vir sangue e alterar o resultado, é
para perfurar o tumor e com o ar de uma seringa joga na lâmina para correr e corar;
Geralmente na aspirativa tem chance de vir mais sangue – só deve ter feita quando não consegue
coletar material da primeira maneira.
Se cora a lâmina e vê mastócitos –
sugestão de mastocitoma, não
dá para avaliar o grau, para isso
precisa-se saber a morfologia do
tecido, e somente com a citologia
isso não é possível, precisando de
uma histopatologia.
o Marcadores da Imuno-histoquímica:
A lâmina fica colorida (marrom) quando há a presença da proteína, deve-se contar quantas células
expressam essa cor e significa que são positivas para determinado marcador;
Ki-67: marcador de proliferação celular;
Her-2: associado a pior prognóstico no câncer de mama;
Receptores hormonais; tumor que expressa rh pode estar associado a pior prognóstico;
E-caderina: molécula de adesão epitelial – usado para avaliar qualquer carcinoma, se o tumor
perde a expressão de e-caderina, o tumor fica livre para metástase;
COX-2: também associado a pior prognóstico. Se um tumor expressar, pode ser usado um inibidor
de COX-2 para o tratamento.
É possível definir a droga usada no tratamento baseado na imuno-histoquímica.
A imuno-histoquímica tem valor prognóstico, diagnóstico e preditivo (predição de
tratamento).
Mais de 14% de marcação = prognóstico ruim.
Característica 2:
Característica 4:
Potencial de replicação ilimitado.
- Todas as células normais possuem uma capacidade limitada de replicação ao longo da vida,
elas envelhecem, esta capacidade é definida pelo tamanho dos telômeros. A cada duplicação o
telômero fica menor até que esteja curto o suficiente para impedir a replicação. Isto marca a
senescência celular – ela morre.
- Nos tumores há superexpressão da enzima telomerase que impede o encurtamento dos
telômeros garantindo que ela se multiplique eternamente e também a imortalidade das células
tumorais, ou seja, não morre e não envelhece.
Característica 5:
Angiogênese.
- É a formação de vasos.
- Com o crescimento do tecido tumoral, as células deveriam sofrer de hipóxia e isquemia, porém
os tumores produzem substâncias angiogênicas (como o fator de crescimento endotelial
vascular – VEGF) que geram a formação de novos vasos sanguíneos para garantir o
fornecimento de oxigênio e nutrientes para as células em intensa proliferação.
- Existem drogas que são inibidoras de VEGF – mas que não funcionam na veterinária.
Característica 6:
Invasão tecidual e metástase.
- As células cancerígenas não respeitam os limites teciduais invadindo tecidos adjacentes –
podendo ser muito agressivas localmente ou fazer metástase, algumas células diminuem a
expressão de fatores responsáveis pela adesão celular e se tornam livres para alcançar as
circulações sanguínea/hematógena e linfática, atingindo outros órgãos e tecidos a distância.
- As células tumorais produzem substâncias que prepara o sítio metastático antes da metástase
chegar, por isso que quando elas se deslocam, já sabem exatamente para onde vão, usando a via
mais próxima (sanguínea ou linfática) para chegarem no sítio alvo.
- O tumor primário produz substâncias que controlam a metástase como um acordo para se manter
vivo, por isso não pode tira-lo cirurgicamente antes de saber se existe metástase.
- Toda cirurgia oncológica deve ser acompanhada da retirada dos mesmos próximos/regionais ao
tumor. Somente o oncologista possui conhecimento dos procedimentos corretos.
Característica 7:
Instabilidade genômica.
- A proliferação celular descontrolada de uma célula cancerosa anormal e já mutada garante o
acúmulo de ainda mais mutações.
- Este fato gera a progressão tumoral, ou seja, a evolução para formas celulares mais instáveis e
agressivas.
Hallmarks of Cancer: The Next Generation 2011
Reafirmaram as características de 2000 e acrescentaram outras.
Característica 8:
A presença de necrose no tecido tumoral gera a produção de fatores pró-
inflamatórios que funcionam como promotores de tumor.
- Quando há crescimento tumoral excessivo, pode haver necrose e inflamação e estes são fatores
promotores do crescimento tumoral, pelas citocinas da resposta inflamatória há o
crescimento das células adjacentes, ou seja, nem a necrose consegue pará-lo.
Característica 9:
Os tumores produzem substâncias que alteram a composição do estroma (meio
extracelular) as quais podem contribuir para aumentar a invasividade e a capacidade de
metástase.
- Produzem substâncias que alteram o estroma, ou seja, se o estroma segurava essa invasão,
agora não segura mais. As células tumorais produzem citocinas que atraem macrófagos para o
estroma tumoral degradando a matriz extracelular e abrindo caminhos para a célula neoplásica
invadir tecidos vizinhos ou alcançar a circulação sanguínea.
- As células tumorais também produzem enzimas que degradam a matriz extracelular
(metaloproteínases – degradam o esqueleto do estroma).
Característica 10:
As células tumorais produzem substâncias que preparam o sítio metastático.
- Antes de migrarem para outros tecidos, as células neoplásicas preparam o tecido ou órgão
receptor da metástase, só depois disso é que elas migram.
- Micro RNAs incorporam uma célula “x” e preparam esse sítio para receber a metástase.
Característica 11:
As células tumorais possuem um mecanismo de reprogramação de seu metabolismo
energético.
- Células tumorais precisam de muita energia, mas as vezes não chega o necessário, então elas
reprogramam todo o metabolismo de energia para economizar em determinadas funções para
usa-la na proliferação.
- Muitas células neoplásicas conseguem sobreviver mesmo em condições de anaerobiose e
continuam vivas e se proliferando usando como fontes energéticas os subprodutos da
degradação anaeróbica da glicose, como o lactato.
- Estudos mostraram a existência de dois tipos celulares nos tumores, um tipo necessita de
oxigênio para a glicólise, o outro tipo se adaptou a produzir ATP a partir do lactato, quando há
hipóxia, o primeiro tipo celular começa a produzir lactato, o qual é usado como fonte de energia
para o segundo tipo se manter ativo e proliferando. O tumor se alimenta sozinho.
- O que cura câncer é diagnóstico precoce e cirurgia.
Característica 12:
Evasão do sistema imune
- As células neoplásicas produzem citocinas que inibem o ataque de células de defesa e
estimulam uma resposta de linfócitos T reguladores – T supressoras, ou seja, diminuem a
resposta imunológica. O microambiente tumoral é extremamente imunossuprimido, o sistema
imune não chega lá.
Característica 13:
Heterogeneidade celular
- Como tem muitas mutações, na biópsia, as vezes não tem a representação do “todo”, tendo
partes mais “boazinhas” e outras piores, e isso é uma representação de malignidade.
- No tecido tumoral há marcada variação de genótipos celulares com subpopulações clonais muito
diferentes.
Generalidades:
Muitas outras características têm sido descritas!
A cada ano muitas publicações são feitas revelando novas facetas das células
neoplásicas.
Mas estes artigos concentraram algumas delas que marcaram uma assinatura do
câncer e permitiram a complexidade de se estabelecer um tratamento para células que
adquiriram tantas características de sobrevivência.