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Introdução A Didática de Educação Física - Alfredo Gomez Faria JR. - MEC
Introdução A Didática de Educação Física - Alfredo Gomez Faria JR. - MEC
À DIDÁTICA
DE
EDUCAÇÃO
FÍSICA
LIVRO TÉCNICO EDITADO PELA DIVISÃO DE
EDUCAÇÃO FÍSICA DO M. E. C. E DESTINA-
DO A DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS ESPE-
CIALIZADOS.
INTRODUÇÃO
À DIDÁTICA
DE
EDUCAÇÃO
FÍSICA
PROGRAMA DE PUBLICAÇÕES
EDITOR: PROFESSOR LAMARTINE PEREIRA DA COSTA
DIVISÃO DE EDUCAÇÃO FISICA — PALÁCIO DA CULTURA — SALA 1111
RUA DA IMPRENSA, 16 — RIO DE JANEIRO - GB
APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
— NOÇÕES FUNDAMENTAIS 1
— A Pedagogia 2
— A Educação ., 10
— A Didática 23
UNIDADE II
— O EDUCANDO 27
— Aspectos Evolutivos do Educando 28
— Considerações acerca dos exercícios físicos para crian-
ças e adolescentes 39
— O dimorfismo sexual do educando e suas influências
nas práticas físicas 40
UNIDADE III
UNIDADE IV
— OS CONTEÚDOS 69
— Alguns Aspectos a Considerar na Seleção dos Conteúdos 71
— Algumas formas pelas quais os conteúdos se apresentam 77
UNIDADE VI
Primeira Parte
1 — Método 108
Segunda Parte
CONCLUSÕES 313
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 314
ÍNDICE DA MATÉRIA 319
UNIDADE !
NOÇÕES FUNDAMENTAIS
A PEDAGOGIA
— Conceito de Pedagogia
— Fontes e Evolução da Pedagogia
— Objeto da Pedagogia
— Características do Fenômeno Educativo
— Divisão da Pedagogia
— Disciplinas que Compõem a Pedagogia
A EDUCAÇÃO
— Conceito de Educação
A DIDÁTICA
— Conceitos de Didática
— Objeto da Didática
— Fontes da Didática
— Âmbito da Didática
— Didática Tradicional e Didática Moderna
— Divisão da Didática
— Didática de Educação Física
1
NOÇÕES FUNDAMENTAIS
A PEDAGOGIA
CONCEITO DE PEDAGOGIA
O têrmo Pedagogia existe desde a antigüidade clássica. Encontramo-lo,
uma das primeiras vezes, na tragédia "Orestes", de Eurípedes, passando a
ser empregado, a partir daí, por numerosos autores clássicos, modernos
ou contemporâneos.
A palavra Pedagogia provém de duas palavras gregas: "pais, paidós"
— criança e "ago, agein" — conduzir, guiar, dirigir. "Ped" é contração de
"paid"; "agog" é a raiz com duplicação ática de "ago" e "ia" é o sufixo
grego que dá valor ao substantivo. Portanto, Pedagogia, etimològicamente,
significa "guia ou condução da criança".
Por isso, na Grécia antiga, chamava-se pedagogo ao escravo liberto
encarregado de conduzir as crianças à palestra. Esta função existe desde
os tempos mais remotos da antiga civilização grega. No canto IX da Ilíada
é mencionada várias vezes a figura de Fênix, que, segundo os clássicos,
foi pedagogo de Aquiles.
Platão.
Surge, a partir daí, a sistematização da Pedagogia, tornada uma disci-
plina racional e ordenada, possibilitando a elaboração da política educacio-
nal dos diferentes povos.
— Fase da pesquisa científica
Esta fase inicia-se em fins do Século XIX estimulada por três grandes
fatôres fundamentais:
— expansão do pensamento positivista,
— controvérsia evolucionista e
— rápida democratização da educação.
A expansão do positivismo teve como conseqüência no campo pedagó-
gico a pesquisa dos diversos aspectos da realidade e da natureza humana.
A controvérsia evolucionista, analisando tôda a evolução biológica e psi-
cológica da criança nas diferentes etapas evolutivas, proporcionou novos
dados psicológicos, sociológicos, higiênicos, biológicos, econômicos e artís-
ticos à educação. Foi quando surgiram os conhecimentos exatos e objetivos
sôbre os dados reais do fenômeno educativo. A democratização da educa-
ção aumentou a responsabilidade social da escola, exigindo a realização
de pesquisas sôbre os problemas concretos da infância e da adolescência.
Desta forma, pode-se compreender a grande complexidade da Peda-
gogia moderna e a riqueza e densidade dos conhecimentos que ela en-
volve.
OBJETO DA PEDAGOGIA
Pelo exposto, podemos compreender que o objeto específico da Peda-
gogia é o "estudo do fenômeno educativo".
CARACTERÍSTICAS DO FENÔMENO EDUCATIVO
O fenômeno educativo é constante por haver sempre uma geração
adulta atuando sôbre uma geração mais jovem. Desta forma, temos a
garantia de uma eficaz preservação da cultura e da continuidade da vida
social. É universal porque se processa através de todos os tempos e em
todas as comunidades do mundo, embora variando em intensidade e sis-
tematização. É irredutível por não se confundir nem se identificar com os
demais fenômenos da vida social.
DIVISÃO DA PEDAGOGIA
8
III — Disciplinas Técnicas
— Higiene Escolar
A Higiene Escolar estuda as condições materiais da escola, os regimes
de vida, de estudo e alimentação e as normas e cuidados de higiene física
e mental dos corpos docente, discente e administrativo da escola.
— Administração Escolar
Estuda a estrutura e o funcionamento dos órgãos de administração
escolar, a hierarquia e a distribuição de funções, enfim aplica as técnicas
administrativas ao problema educacional.
— Organização Escolar
Estuda a mobilização de todos os recursos (materiais, financeiros, de
pessoal etc.) de uma escola, com o objetivo de garantir maior eficiência,
maior rendimento e economia de tempo, de dinheiro e de trabalho.
— Didática Geral e Especial
A Didática objetiva o ensino ou a direção técnica da aprendizagem.
A Didática Geral estuda as teorias, princípios e normas gerais, exa-
mina e critica os métodos de ensino, analisa e apresenta soluções para os
problemas comuns de diferentes níveis, ramos, disciplinas ou práticas
educativas.
A Didática Especial estuda os objetivos de cada disciplina ou prática
educativa, a programação dos conteúdos, os métodos e recursos específicos
e os problemas particulares inerentes ao ensino em questão.
— Orientação Educacional ou Orientação Educativa (segundo a
L.D.B.)
"A Orientação Educacional é uma atividade pedagógica organizada em
bases científicas com caráter permanente, visando essencialmente ao aluno
e acidentalmente ao jovem, para integrar sua educação geral por meio da
atividade do orientador em cooperação com vários agentes pedagógicos
e mediante técnicas adequadas." (CADES)
A Orientação Educativa procura promover um ambiente capaz de
levar o educando a agir de forma positiva. É, ao mesmo tempo, uma pro-
moção, um projeto e um programa de ideais e valores. Ela age sub-repti-
ciamente de forma a modificar a conduta do educando dentro de um certo
prazo.
A Orientação Educativa é, também, uma aprendizagem de profundi-
dade, pois visa a realizar no indivíduo a sua maturidade. Procura fazer
com que o indivíduo ultrapasse níveis de aspirações próximos para atingir
outros que o levem a uma performance melhor. Considera-se a Orientação
Educacional como uma higiene mental, não no sentido vulgar da expres-
são, mas sim como uma prática terapêutica com base científica para aliviar
tensões ou conflitos do indivíduo, conduzindo ao equilíbrio.
— Psicoterapia Educacional
Estuda as diferentes formas de anomalia mental e os desvios psicoló-
gicos da infância e da adolescência, estabelecendo técnicas de diagnóstico,
tratamento e reorientação psicológica. Elabora métodos especiais de en-
sino para alunos com problemas relacionados com a conduta, reatividade
e escolaridade.
A EDUCAÇÃO
CONCEITO DE EDUCAÇÃO
Spencer Kant
' ; Educar é saber dirigir e conter todos os movimentos da alma, de
modo a realizar sómente atos dignos de um ser racional." (Marco
Aurélio.)
"A educação tem por finalidade unir um espírito sadio a um corpo
sadio. A tarefa da educação não é aperfeiçoar os jovens nas ciências,
mas prepará-los mentalmente de modo a serem capazes de abordar
qualquer uma delas se aplicarem no seu estudo." (Locke.)
'Educar é a arte de formar homens." (Rousseau.)
"O fim da educação é a formação do homem integral, habilitado
nas artes e indústrias." (Rabelaís)
"Educação é a arte de formar homens e não especialistas." (Mon-
taigne.)
"A finalidade da educação é proporcionar serviços mais efetivos
ao Estado e à Igreja." (Lutero.)
"Educação é o desenvolvimento integral do homem. É o domínio
de todas as coisas." (Comenius.)
"Educar significa o desenvolvimento natural, progressivo e siste-
mático de todas as forças." (Pestalozzi.)
"Educar é desenvolver proporcional e regularmente todas as dis-
posições do ser humano." (Kant.)
"O objeto da educação é realizar a vida confiante, pura, inviolável
e sagrada." (Froebel.)
"A educação é a arte de construir, de edificar e de dar as forças
necessárias." (Herbart.)
"Preparar-nos para uma vida completa é a função que deve de-
sempenhar a educação." (Spencer.)
Inúmeros outros conceitos de educação poderiam ser aqui mencio-
nados. Só Rufino Blanco, em sua Enciclopédia Pedagógica, refere-se a
cento e oitenta e quatro conceitos distintos de educação.
Como vimos, os conceitos de educação lançados até agora são ora des-
critivos, ora normativos. Os descritivos referem-se ao processo educacional
e os normativos aos fins a serem atingidos.
William F. Cunningham chega a um conceito plenamente satisfatório
quando o faz baseado em três grupos de transformações que intervêm no
processo educativo: habilidades, conhecimentos e ideais.
O homem, ao contrário dos animais, necessita de um longo período de
aprendizagem em substituição aos instintos existentes nos irracionais. Ins-
tintos significam "hábitos fixos de reação", não havendo, por conseguinte,
progresso na vida animal. O homem maduro não possui hábitos de com-
portamento hereditários não modificados pela aprendizagem. Possui, isto
sim, um sem-número de habilidades que inicialmente nada mais eram que
capacidades. Um segundo grupo de transformações no processo educacio-
nal é a do crescimento em conhecimentos. O nascituro ignora tôda a he-
rança social, ao passo que o adulto tem conhecimento dela. O terceiro e
último grupo de transformações é a passagem dos impulsos aos ideais. Por
ideais compreendem-se os controles racionais da conduta humana sôbre
os instintos.
Desta forma, podemos conceituar educação como "o processo de cres-
cimento e desenvolvimento pelo qual o indivíduo assimila um corpo de
conhecimentos, demarca os seus ideais e aprimora sua habilidade no trato
dos conhecimentos para a consecução daqueles ideais".
Conclusões
(Nílton Nascimento)
A DIDÁTICA
CONCEITOS DE DIDÁTICA
FONTES DA DIDÁTICA
ÂMBITO DA DIDÁTICA
DIVISÃO DA DIDÁTICA
Didática Geral e
A Didática divide-se em
Didática Especial
- A Didática Geral
— estabelece a teoria fundamental do ensino;
— estabelece os princípios gerais, critérios e normas, que regulam o
trabalho docente;
— examina criticamente os diferentes métodos e procedimentos de
ensino;
— estuda os problemas comuns e os aspectos constantes do ensino nos
diferentes níveis, ramos, disciplinas ou práticas educativas;
— analisa criticamente as grandes correntes do pensamento didático
hodierno e as tendências dominantes no ensino atual.
A Didática Especial
— estuda os objetivos e as funções de cada disciplina ou prática edu-
cativa;
— orienta na programação, na dosagem, e na distribuição dos con-
teúdos;
— relaciona os meios auxiliares, as normas e os procedimentos meto-
dológicos com a natureza especial de cada disciplina ou prática educativa;
— analisa a problemática do ensino que cada disciplina ou prática
educativa apresenta, e sugere os recursos e os procedimentos didáticos
mais adequados para resolvê-la.
DIDÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Depreende-se, pelo exposto, que Didática de Educação Física é uma
forma de Didática Especial. , .
Assim sendo, procura ela estudar: o educando em face desta pratica
educativa; o professor de educação física; os objetivos e funções dessa
prática, de acordo com os níveis ou graus de ensino, o tipo de experiência
educacional e da etapa evolutiva e grau de treinamento dos alunos. Orienta
na programação, na dosagem e distribuição dos conteúdos propostos. Es-
tuda e relaciona os métodos, os meios auxiliares, os recursos e procedi-
mentos didáticos.
Desta forma, analisaremos cada um dos componentes fundamentais
da Didática em face da Educação Física, nos capítulos subseqüentes.
UNIDADE II
O EDUCANDO
27
O EDUCANDO
Adolescentes no recreio.
Até então, os fenômenos da adolescência eram atribuídos à vida levada
na infância, ou confundidos com as formas de conduta da idade adulta.
Abandonaram-se, hoje em dia,'as tentativas para delimitação crono-
lógica desta etapa do desenvolvimento.
É, na verdade, um estágio evolutivo importante, embora, como vimos,
os dinamismos fundamentais da personalidade já estejam definidos.
Etimològicamente, o têrmo adolescência vem de "adolescera", signifi-
cando a fase em que a gente cresce. É a fase da busca da maturidade e da
conquista da autonomia, em que o jovem descobre gradativamente o qua-
dro completo de suas possibilidades e limitações.
Todas as conclusões acerca da Psicologia da Adolescência assumem
um caráter temporário e condicional, visto que, em cada caso, depende do
sexo, dos fatôres de ordem física, cultural, étnicos, climáticos geográficos,
e, ainda, da situação sócio-econômica do ambiente.
A Adolescência Segundo os Psicólogos
Conforme a palavra de William Stern, a adolescência é sobretudo "a
época da descoberta dos valores e da diferenciação entre o valor do EU e
os valores do mundo".
A Adolescência Para os Educadores
Para os educadores, a adolescência é a "fase da realização progressiva
da personalidade através da escolha da existência".
É a fase da aprendizagem do uso apropriado da liberdade, quer seja
pelo discernimento ("insight"), quer seja através de ensaios e erros.
Este aprendizado só é possível, em grande parte, graças a acertada
ação de educadores pacientes e compreensivos.
É a etapa que constitui um estágio de treinamento para as grandes
opções da vida humana.
Em resumo:
" A Hebelogia
37
Manifestações da Puberdade
NA FECUNDAÇÃO
— Cultura Geral
— Preparo Especializado em Educação Física e Habilitação Profissional
— Vocação Para o Magistério de Educação Física
— Aptidões Específicas Para o Trabalho Docente
— Funções da Liderança
— Tipos de Líderes
— Conceito de Ética
— A Ética Profissional
— Relações do Professor
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A Didática Tradicional considerava o professor como fator pessoal
preponderante no processo educativo. A Didática Moderna, ao contrário,
considera o educando como centro de tôda a obra educacional. O educador
passa a atuar como elemento incentivador, orientador e controlador das
atividades formativas e informativas dos alunos, auxiliando-os e esclare-
cendo-os, programando as atividades e assessorando a respectiva execução.
À substituição do professor pelo aluno, como centro do processo edu-
cativo, John Dewey chamou com propriedade de "revolução copérnica",
em Educação.
John Dewey
Esta nova posição, ao contrário do que pode à primeira vista parecer,
passou a exigir dos mestres cada vez maiores responsabilidades. Assume
o educador importância capital em qualquer sistema ou planejamento
educacional, consideradas as suas responsabilidades para com o educando
e a sociedade.
O professor especializado em Educação Física, autêntico educador,
considera antes de tudo a personalidade do aluno. Torna-se o elemento
de ligação entre a escola e a comunidade, desenvolvendo uma dinâmica
entre esses grupos sociais.
REQUISITOS BÁSICOS DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
57
A ÉTICA PROFISSIONAL
Portanto, a ética profissional, ramo da ética especial, ocupa-se da apli-
cação daqueles princípios universais às diferentes profissões humanas.
Neste trabalho, referir-nos-emos somente à ética profissional dos pro-
fessôres de Educação Física.
RELAÇÕES DO PROFESSOR
Nossa profissão, por ser uma atividade humana que desempenha uma
função social, apresenta no seu exercício três (1) perspectivas:
— a das relações do professor para com Deus; (2)
— a das relações do professor para consigo mesmo;
— a das relações do professor com os diferentes grupos sociais.
Analisemos e estudemos, portanto, as diferentes relações.
Relações Professor — Deus
Os deveres do educador para com Deus se resumem na religião, que se
exprime pelo culto e pela prece.
Relações Professor — consigo mesmo
Os diferentes relacionamentos por nós mencionados aqui, considera-
dos em separado para melhor compreensão dos problemas de ética pro-
fissional, apresentam caráter de interdependência. Todavia, a maneira
como o professor se encara e trata a si próprio é considerada de capital
importância.
As exigências da ética profissional nas relações professor para consigo
mesmo procedem do princípio básico de que "a profissão há de aperfeiçoar
em primeiro lugar o homem que a exerce".
Portanto é necessário:
— que a profissão escolhida corresponda à vocação;
— considerar as limitações individuais quanto à capacidade e à pos-
sibilidade individuais de trabalho, evitando que, por desejo de be-
neficiar-se economicamente ou por qualquer outro motivo, ocorra
um dano psíquico (causado por fadiga ou desgaste) ou um dano
moral (causado pelo atendimento ou desempenho profissional
frouxo ou relaxado);
— que a profissão jamais domine o homem, mas, pelo contrário, que
êste sempre a domine, evitando a rotina e a automatização, atuali-
zando-se constantemente e mantendo a liberdade do espírito de
modo que não se diminua ou se limite ao círculo em que atue;
— que o docente acredite realmente no valor da educação e da "prá-
tica educativa" que ministra;
(1) Duas para os educadores ateus.
(2) Os educadores ateus não consideram a perspectiva dos deveres para
com Deus, que fundamentam e coroam os diferentes tipos de relacio-
namento.
— que tenha o cuidado de planejar todas as etapas do trabalho esco-
lar e programar todas as atividades referentes à sua "prática edu-
cativa", tornando, desta forma, o ensino metódico, seguro, econô-
mico e eficiente;
— que o professor mantenha sua conduta individual no mais elevado
nível, servindo-se para isso dos meios que a autocrítica lhe pro-
porciona.
— Relações professor-comunidade
O educador, qualquer que seja sua especialidade, é sempre alvo de
constantes observações por parte dos membros da comunidade em que
atua. Seus atos e opiniões, suas concepções, convicções, atitudes e até
mesmo hábitos e preferências são continuamente focalizados, criticados e
algumas vezes imitados.
A vida do professor, ao contrário do que ocorre com a de outros pro-
fissionais, pertence à comunidade. Seu êxito profissional depende em
grande parte do apoio que o meio social lhe venha a oferecer.
O docente de Educação Física deve considerar os seguintes aspectos
em suas relações com a comunidade:
— levar em conta que é o representante da sociedade na educação de
seus membros mais jovens e
— que a família lhe outorga direitos e poderes para que haja pros-
seguimento e desenvolvimento da educação iniciada no lar.
O professor deve assumir, portanto, em sua vida profissional, pública
e privada, atitudes que inspirem o máximo de confiança e respeito na
família e na comunidade.
— Relações professor — escola
Os professôres têm, ainda, exigências éticas a cumprir em relação ao
estabelecimento de ensino em que militam. A tarefa educativa de uma
escola depende, em grande parte, do relacionamento dos mestres com a
direção do educandário. Êste relacionamento deverá ser feito de forma
franca e direta.
Os professôres de Educação Física devem observar os seguintes pon-
tos em suas relações com a escola:
— cooperação e entrosamento com o setor administrativo;
— observar o sigilo que deve existir quando da troca de informações
com a direção e dos debates surgidos nas reuniões da congregação
e com a direção;
— evitar comentar com os alunos as questões relativas aos honorários
dos professôres;
— evitar comentários públicos desfavoráveis ao estabelecimento,
criando, assim, um clima de descrédito e desconfiança prejudiciais
à formação do educando.
UNIDADE IV
— FINALIDADES DA EDUCAÇÃO
— OBJETIVOS DO ENSINO
— CONCLUSÕES
FINALIDADES DA EDUCAÇÃO E OBJETIVOS DO ENSINO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA
FINALIDADES DA EDUCAÇÃO
OBJETIVOS DO ENSINO
b) Conhecimentos
Qualquer habilidade, entretanto, implica óbviamente em algum conhe-
cimento. Mesmo no caso da maior habilidade do homem, a de pensar, ela
está condicionada, ainda, à posse de conhecimentos. "Ninguém pode pen-
sar se não tiver em que pensar."
Desta forma, todo indivíduo necessita de adquirir conhecimentos e
informações de maneira que possa situar-se inteligentemente no seu meio
físico e social.
O homem, como ser racional que é, age diante dos problemas com os
quais se defronta, partindo da percepção, procurando chegar à sua signi-
ficação e compreensão e daí à sua solução. Isto nada mais é que "crescer
em conhecimento".
Erra, portanto, aquêle que afirma que em Educação Física não pode-
mos ter a preocupação de ministrar conhecimentos.
As noções de saúde e segurança escolar, o vocabulário e os têrmos
técnicos esportivos, as regras dos diferentes desportos são alguns dos
muitos conhecimentos e informações que a Educação Física transmite.
Como sabemos, uma área curricular jamais age isoladamente, mas sim
em íntima correlação com as demais. Dêste modo, numa aula em que es-
tejamos ensinando uma dança folclórica de origem negra, por exemplo,
estaremos correlacionando-a fatalmente com a Música, com a Geografia e
As noções de saúde constituem informações que a Educação Fisica transmite.
com a História. Surgirão aí, obviamente, informações e conhecimentos a
serem ministrados, não podendo o docente de Educação Física furtar-se
a fazê-lo.
c) Ideais
O desenvolvimento das habilidades e a aquisição do conhecimento,
todavia, não esgotam o conteúdo do processo educacional.
Há que considerar um terceiro grupo de transformações que ocorrem
no íntimo do indivíduo durante o processo de maturação.
No decurso desse processo, a criança sofre a influência de uma série
de impulsos — necessidade de alimento, necessidades sexuais, de exalta-
ção do seu ego etc. — que a sociedade procura atenuar através de con-
troles sociais.
Para a sociedade, um indivíduo que tenha crescido em habilidades e
cm conhecimentos para satisfazer a esses impulsos constitui mais um
passivo do que um ativo. E como exemplo poderíamos citar o Técnico
Esportivo, que pelo estudo e pela prática torna-se um preparador de cam-
peões, embora submeta seus pupilos a dopagens constantes, mostrando aí
quão falha foi sua educação.
Assim, aos controles sociais, que procuram impedir que os baixos im-
pulsos dominem o indivíduo, dá-se o nome de ideais. Os ideais formam
uma terceira categoria de objetivos, que intervém no processo a que de-
nominamos educação.
O professor de Educação Física deve procurar desenvolver ideais po-
sitivos como o de levar uma vida normal e sadia, de respeito às leis, de
cumprimento aos deveres escolares, de eficiência e esmero no trabalho es-
colar e um sem-número de outros.
As atitudes e as preferências aparecem aqui neste terceiro grupo de
transformações do comportamento do educando.
2 Nomenclatura dos Objetivos
Para efeito de sistematização do estudo e do trabalho do professor de
Educação Física, adotamos a nomenclatura dos objetivos recomendada pela
Didática Geral; teremos, assim, objetivos comuns, específicos, particulares
e imediatos.
a) Objetivos Comuns
Consideram-se como objetivos comuns aquêles mais genéricos que ca-
racterizam os produtos da aprendizagem visados por determinada área
curricular.
Assim, um currículo que inclua Educação Física e Instrução de Saúde
como uma de suas áreas apresentará um sem-número de objetivos comuns.
Por ocasião do planejamento, e isto veremos posteriormente, eles apa-
recerão no denominado "Planejamento Geral de Área Curricular".
b) Objetivos Específicos
A Didática Geral considera como objetivos específicos aquêles que
caracterizam os produtos da aprendizagem de determinada disciplina ou
prática educativa.
Assim, os objetivos a serem propostos para a Educação Física consti-
tuirão os objetivos específicos desta prática educativa.
Na fase do planejamento, os objetivos específicos aparecem mencio-
nados no "Plano de Curso".
c) Objetivos Particulares
Os objetivos especiais de cada unidade didática de um plano de curso
para Educação Física denominam-se, genéricamente, de Objetivos Parti-
culares. Desta forma, eles aparecem no chamado "Plano de Unidade".
d) Objetivos Imediatos
Os objetivos imediatos são aquêles que procuramos que os alunos atin-
jam em cada aula. Eles aparecem propostos no denominado "Plano de
Aula".
Chamamos atenção, ainda, para o fato de que essa nomenclatura dos
objetivos é puramente didática, não devendo existir entre os mesmos so-
lução de continuidade. Eles são apenas etapas de uma realização, como
podemos concluir pela figura abaixo:
CONCLUSÕES
OS CONTEÚDOS
CONTESTES
JOGOS
ATIVIDADES RÍTMICAS
BRINQUEDOS CANTADOS
DANÇA
DESPORTOS
GINÁSTICA
69
OS CONTEÚDOS
Exemplo: Jogo
Indicadas para Adolescentes
Exemplo: Desporto
Fase de iniciação
— As Experiências Anteriores do Educando em Face da Educação
Física
75
Outros importantes aspectos a considerar na seleção dos conteúdos
são as experiências anteriores do aluno, quando da prática da Educação
Física.
Geralmente, ao ingressar no nível médio é que o educando começa a
ter contato com as atividades físicas pela primeira vez. Assim sendo, são
necessários alguns cuidados na seleção das atividades, devendo começar
com atividades simples e fáceis, para, então, mais tarde, torná-las mais
difíceis e complexas.
CONTESTES
Exemplos:
— "Quem é?"
Material — Um lenço.
Formação — Os alunos de pé em círculo, com um companheiro no
centro, de olhos vendados.
Desenvolvimento — O professor escolherá um aluno que se aproxi-
mará do que está no interior do círculo. Êste, ainda de olhos
vendados, procurará descobrir quem é o companheiro, usando
para isso o tato (apalpar o cabelo, verificar o tipo de nariz, de
orelha etc.)
Variar os alunos durante o desenrolar do jogo.
Jôgo sensorial: "Quem é?"
Jogos psíquicos
— são os que exercitam algumas funções ligadas
ao psiquismo do indivíduo.
Os jogos psíquicos podem ser subdivididos em: intelectuais
("Xadrez", "Damas", "Palavras Cruzadas" etc.) ou afetivos
(buscar um "tesouro" no lugar mais escuro da casa, por exem-
plo).
Exemplo:
Jogos Motores
— são os que desenvolvem, segundo características
peculiares, a coordenação, a velocidade, a força etc.
Exemplos:
Exemplo:
Jogos de Caça
— Jogos de Imitação
Exemplo:
— "Quem é o maestro?"
— Jogos familiares
— "desenvolver a psicomotricidade;
— dar leveza, amplitude e plasticidade aos movimentos;
— disciplinar o praticante, física e psiquicamente;
— ATENÇÃO
— INTELIGÊNCIA
— SENSIBILIDADE
— MOVIMENTO
DANÇA
agógico
— Princípios em que a Dança se Baseia: dinâmico
Características da Dança
— foge à fantasia;
— procura a realidade na expressão;
— utiliza-se de movimentos e expressões naturais;
— geralmente, procura manter o praticante no solo, despreocupado
com os saltos.
Valores da Dança
A dança livre começa, hoje em dia, a ser introduzida nas nossas escolas,
ainda que nem todos os educadores a aceitem.
E n t r a m em duas
Lanterninhas, lanterni- colunas paralelas,
[nhas, dão a volta no sa-
Penduradas nas vari- lão e formam a
[nhas, roda.
Todos vamos segurar
P a r a a dança começar.
Lanternas de vi-
tral dão um passo
para o centro da
De vitral ou pregueadas, roda. Lanternas
Não importa como são, pregueadas dão um
De tirinhas recortadas passo para fora da
Todas são para S. João. roda, voltam à po-
sição inicial..
6
Lanternas de tiri-
Lanterninhas, lanterni- nhas vão ao cen-
[nhas, tro. Lanternas re-
Penduradas nas vari- cortadas dão um
[nhas, passo para fora da
Com cuidado segurar, roda. Voltam aos
Sempre alegres a dan- lugares.
[çar.
Os meninos dão
um passo ao cen-
tro e recebem a
lanterna da mão
Passa, passa,
lanterni- de seu par; cami-
[nha, nham com ela pelo
Dá a volta no salão, centro da roda até
Vai andando, lanterni- voltar ao lugar, en-
[nha, tregando a lanter-
Até chegar à minha ninha, novamente,
[mão. ao seu par.
9 Fileiras paralelas,
estendem os bra-
Um passeio prolongado, ços com as lanter-
lanterninha, nas para o centro,
De mão dada com meu formando um arco,
[par o par da extremi-
Sob um arco bem for- dade inicia a pas-
[mado, sagem. Caminham
lanterninha, até o fim para for-
Com cuidado irei passar. mar o arco.
Os alunos das ex-
tremidades de cada
10
fileira caminham
sozinhos, passando
Numa linha sinuosa pela frente e por
Só contigo eu vou an- trás de cada com-
[dar, panheiro até che-
O que eu quero, lanter- gar à outra extre-
[ninha, midade da fileira
E a todos te mostrar. onde ficam para-
dos.
11
Terminando a dancinha
Em louvor a S. João,
Deixo a minha lanter-
[ninha,
Enfeitando o salão.
Dão, novamente, a
volta no salão.
12
Lanterninhas, lanterni-
[nhas,
Penduradas nas vari-
[nhas
Acabamos de entregar
E a dança terminar.
13 Vão deixando as
lanterninhas cami-
nhando como na fi-
Batam palmas, muitas g u r a anterior e
[palmas saem pelo centro
Digam viva a São João em colunas.
Um adeus às lanterni-
[nhas
Que deixamos no salão.
DESPORTOS
COLETIVOS
DESPORTOS
INDIVIDUAIS
AÉREOS,
DESPORTOS AQUÁTICOS
TERRESTRES
PROFISSIONAL
DESPORTOS
AMADOR
— CARACTER1STICAMENTE FEMININO
— CARACTERISTICAMENTE MASCULINO
DESPORTOS
— INDISCRIMINADAMENTE MASCULINO
OU FEMININO
GINÁSTICA
A Educação Física atravessa atualmente um processo de renovação e
aperfeiçoamento. Daí surgirem, então, inúmeras conseqüências, que vão
desde a simples enunciação de um novo conceito de Educação Física até
ao reexame dos meios a serem empregados.
Dentre os agentes da Educação Física que mais radicais transforma-
ções sofreram, encontramos a ginástica. Hoje em dia, ela busca u m a forma-
ção global e não exclusivamente física, como ocorria anteriormente. Em-
prega formas mais naturais, livres e espontâneas, considerando primordial-
m e n t e as necessidades e os interesses do educando.
O ritmo, o aspecto dinâmico, a criatividade substituem os elementos
estáticos, as formas rígidas e o trabalho analítico, tão enfatizados na antiga
ginástica escolar.
O relaxamento muscular voluntário, a liberdade de movimento, a auto-
disciplina e a auto-atividade, a alegria, a iniciativa de pensamento e ação
são algumas das características da ginástica moderna.
Ginástica Para Crianças
A ginástica para crianças realiza-se naturalmente com características
de jogo. Dá-se à criança a oportunidade de trepar, de correr, de saltar,
97
de suspender-se, de caminhar usando as mãos, de lançar, de atacar e de-
fender-se, ao mesmo tempo que atua em seu mundo de fantasia, saltando
como um "macaco", andando como um "gato", "escalando montanhas",
chutando uma bola como seus ídolos. Desta forma, aprendem a movimen-
tar-se naturalmente e sem tensão.
Êste tipo de ginástica desperta na criança a autoconfiança, a perseve-
rança, a alegria de trabalhar, a segurança, obtendo um máximo de ren-
dimento de acordo com suas capacidades individuais.
Cabe lembrar que as reformas que se propugnam têm que começar
pela base, isto é, pelo Ensino Primário, onde nós, professôres especializa-
dos, devemos começar a concentrar nossa atenção, seja através de nossa
atuação direta, seja através da preparação das professoras e regentes de
classe, segundo a nova concepção de Educação Física.
1 — INTRODUÇÃO OU AQUECIMENTO
III — APLICAÇÃO
IV — VOLTA À CALMA
1. FORMAÇÃO CORPORAL
Movimentos naturais como: abai-
xar, levantar, esticar, torcer, cir-
cundar, puxar, apoiar, empurrar
etc.
Os exercícios de Formação Corpo-
ral podem ser executados:
II) FORMAÇÃO Individualmente
CORPORAL em pequenos grupos
Aprox. E a mãos livres
com "aparelhos manuais"
20 min. EDUCAÇÃO
2. EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO
DO MOLEJO — "Qualidade de anima-
MOVIMENTO ção e maciez do movimento".
Exercícios de locomoção
batida de palmas
com aparelhos manuais
IMPULSO — "ênfase do movi-
mento". Exercícios de saltar,
correr, balanceamento, lan-
çar, rolar, quicar etc.
INTRODUÇÃO
3. "Formar a Corrente".
a) Formação Corporal
b) Educação do Movimento
VOLTA À CALMA
PRIMEIRA PARTE
1 — MÉTODO
— METODOLOGIA
— CONCEITO DE MÉTODO
— A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO NA APRENDIZAGEM
DA EDUCAÇÃO FÍSICA
2 — PRINCIPAIS MÉTODOS EMPREGADOS NO BRASIL
— MÉTODO NATURAL AUSTRÍACO
— EDUCAÇÃO FÍSICA DESPORTIVA GENERALIZADA
SEGUNDA PARTE
CICLO DOCENTE
PRIMEIRA PARTE
1 — MÉTODO
METODOLOGIA
— Evolução Histórica
Gerhard Schmidt
ESQUEMA DE UMA AULA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA SEGUNDO O
MÉTODO NATURAL AUSTRÍACO
— Objetivos das Diferentes Partes de Uma Aula Segundo o Método
Natural Austríaco
I — INTRODUÇÃO
— Preparação fisiológica, psicológica e social dos alunos;
— Criação de uma atmosfera favorável ao trabalho;
— Expansão das energias acumuladas.
IV — VOLTA À CALMA
Atividades calmantes
IV) VOLTA À — Jogos calmantes, alegres, senso-
5 minutos CALMA OU riais, mímicos etc.
aprox. CONCLUSÃO — Comentários de ordem técnica,
tática, moral cívica ou educa-
cional.
Exemplos de Exercícios que podem vir a ser empregados nas duas
primeiras partes de uma aula do Método Natural Austríaco.
I — INTRODUÇÃO
Revezamento
II — FORMAÇÃO CORPORAL E EDUCAÇÃO DO MOVIMENTO
Lançar a bola para o Saltar num só pé, Trazer a bola para si sómente
alto e apanhá-la com em tôrno da bola com auxílio dos pés
uma só mão
Auguste Listello
A Educação Física Desportiva Generalizada foi introduzida no Brasil
pelo Professor Auguste Listello, durante os Cursos de Aperfeiçoamento
Técnico-pedagógicos realizados anualmente em Santos.
ESPECIALIZADA
ETAPAS
INICIAÇÃO DESPORTIVA GENERALIZADA
DA
EDUCAÇÃO
ESPECIALIZADO
FÍSICA TREINAMENTO DESPORTIVO
DESPORTIVA GENERALIZADO
Neste trabalho, considerando seus objetivos fundamentais, trataremos
tão-sómente da Iniciação Desportiva Generalizada, embora mencionemos
uma bibliografia recomendada para aquêles que desejarem informações
sôbre as demais etapas da Doutrina em questão.
— Iniciação Desportiva Generalizada
— Finalidades
A "Iniciação Desportiva", forma, aliás, mais simples de educação des-
portiva, deve objetivar à realização concomitante ou sucessiva, através do
movimento corporal, das seguintes ações:
— "INICIAÇÃO A VIDA SOCIAL E COLETIVA", através do jogo e
da competição desportiva elementar entre grupos;
— "INICIAÇÃO AO ESFORÇO", progressivo e dosado em relação à
faixa etária e à capacidade fisiológica dos educandos;
— "INICIAÇÃO TÉCNICA", através da aprendizagem dos gestos des-
portivos.
— Começo da Iniciação Desportiva
A iniciação desportiva deve começar por volta dos 6 ou 7 anos de
idade do educando, sob a forma de jogo. A carência de atividade apresenta-
-se no indivíduo sob a forma de jogo, quando criança, e sob a forma de
desporto, quando adolescente ou já adulto.
A iniciação desportiva não procura atender a determinado grupo de
indivíduos, aos bem dotados fisicamente, por exemplo, mas sim a todos
indiscriminadamente.
Folclore Folclore
Desportiva Generalizada
I — AQUECIMENTO
IV — APLICAÇÕES DESPORTIVAS
Quando uma atividade física é regida por uma ou várias regras, fixadas
por um conceito individual ou de organização coletiva, e onde o aluno a
pratica com plena liberdade de ação, dizemos que há uma "forma de jogo"
Quando os idealizadores do método dizem jogo ou forma de jogo querem
dizer competição — luta contra a distância, o tempo ou o adversário. O
próprio têrmo "forma" imprime uma diretriz precisa à atividade, enquan-
to que a palavra jogo pode significar simplesmente recreação.
Exemplos:
Exemplos:
135
2. Outro exemplo que podemos deixar aqui consignado é o de cons-
tituição de "pirâmides". Abaixo vemos algumas pirâmides elementares,
compostas de poucos alunos, de forma a facilitar a rapidez e a ordem que
devem caracterizar essa execução.
3. Outro exemplo — Passar o medicinebol por cima da cabeça estando
os alunos de pé, dispostos em coluna, com um pequeno espaço entre cada
um. O primeiro passa para o segundo, êste para o terceiro e assim sucessi-
vamente. Quando chegar ao último, o medicinebol deve retornar não mais
por cima da cabeça, mas sim pelo lado. Os alunos devem, então, fazer uma
rotação do tronco.
Esta forma de trabalho pode transformar-se em forma de jogo com me-
dicinebol se colocarmos duas ou mais colunas competindo entre elas.
VOLTA
Exemplos:
138
2. Em pares, de mãos dadas, saltitar usando a ponta dos pés para
executar o movimento.
139
Forma Individual de Trabalho
É a forma em que o aluno realiza a atividade sem ajuda, dentro do
seu próprio ritmo ou dentro de um ritmo sugerido pelo professor.
Exemplos:
Parada de antebraços
CICLO DOCENTE
a rotina e
a improvisação.
FATÔRES QUE
ROTINA DESVITALIZAM IMPROVISAÇÃO
O ENSINO
143
Conceito
144
Características de um Bom Planejamento
Técnica do Planejamento
Sondagem e Prognose
— Plano de Curso;
— Plano de Unidade;
— Plano de Aula.
Exemplo:
SANTOS, L. (1964): "O Halterofilismo" — Arquivos da Escola Na-
cional de Educação Física e Desportos — n.° 19
— junho — págs. 135-142.
3 — referências de livros:
a) sobrenome completo do autor (ou autores) e iniciais dos pri-
meiros nomes;
b) ano da publicação, entre parêntesis;
c) título do livro;
d) nome da firma editôra e cidade sede;
e) número da página de onde foi retirada a referência.
Exemplo:
PEREIRA DA COSTA, L. (1967): "A Atividade Desportiva nos Cli-
mas Tropicais e uma Solução Ex-
perimental: o Altitude Training".
Imprensa do Exército, Rio de Ja-
neiro, pág. 54.
Estas normas devem ser adotadas sempre que houver necessidade de
fazer referências bibliográficas em planejamento, artigos e trabalhos a pu-
blicar etc.
PLANO DE CURSO
O Plano de Curso nada mais é do que uma previsão global de todos os
trabalhos do professor e dos alunos durante todo o tempo que durar o curso.
Consiste quase que tão-sòmente na distribuição e balizamento crono-
métrico do trabalho, sem grandes preocupações pelas minúcias dos con-
teúdos e pormenores do método.
Em Educação Física costumava-se chamar o Plano de Curso de "Plano
Anual de Trabalho", denominação esta incorreta, se considerarmos que
um curso pode ter a duração de um ano, de um semestre, de um trimestre
ou até menos.
PLANO DE UNIDADE DIDÁTICA
Êste tipo de plano restringe-se a cada u m a das unidades didáticas, já
contendo mais pormenores sôbre o conteúdo e as atividades a desenvolver.
Nota-se, atualmente, como uma das tendências da Didática moderna,
um maior desenvolvimento dêste tipo de planejamento em detrimento do
terceiro tipo — o Plano de Aula.
PLANO DE AULA
O Plano de Aula prevê o desenvolvimento do conteúdo e as formas de
trabalho dentro do âmbito particularizado de cada aula, na seqüência pro-
posta de cada unidade.
Um plano de unidade didática bem pormenorizado reduz muito a ne-
cessidade da elaboração de planos para cada aula de uma mesma unidade.
Os três tipos de planos acima descritos, nada mais são do que três fases
de um planejamento, buscando uma progressiva particularização à medida
que se aproxima o momento de sua execução em aula.
Muitos professôres, alguns até de alto gabarito, são inimigos ferrenhos
da Didática. Um dos principais argumentos por eles usados é que o plane-
jamento os coloca como numa "camisa de força", retirando do ato de en-
sinar todo o poder criador do mestre.
Realmente algumas "didáticas", que somente procuram determinar
Tantos minutos para a motivação, tantos para a formação corporal, outros
tantos para a volta à calma, caem no total ridículo.
A imposição dos mesmos objetivos para todos os jovens estudantes, o
chamado "programa único", e a utilização de um só método só podem ser
aceitas por um professor de Educação Física extremamente medíocre.
A sensibilidade em determinar os objetivos e o método a adotar, as
contribuições puramente pessoais, semelhantes àquelas momentâneas ins-
pirações dos artistas — e vimos que educar também é uma arte —, os mo-
mentos de elevação e comunhão espiritual são predicados que só os possuem
os verdadeiros mestres.
A Didática é uma disciplina que dia a dia evolui, visto que se baseia
numa das Ciências mais modernas — a Psicologia. O que se pede aos edu-
cadores, nos dias que correm, não é a aceitação de um formulário adrede
preparado, mas sim uma atitude experimental.
Entretanto, recusar a Didática, que a esta altura já se tornou uma con-
quista da humanidade no terreno educacional, é puro preconceito, caturrice
ou inércia intelectual.
Lembremo-nos do que diz P. Lebret: "Há uma técnica. Não aprendê-la
e utilizá-la é tentar Deus."
Assim, procuraremos, agora, analisar sucintamente cada um cios três
tipos de Plano mencionados, consignando alguns exemplos como meras hi-
póteses de trabalho e não como fórmulas prontas que viriam a pôr em
dúvida a criatividade de cada mestre.
PLANO DE CURSO
Como vimos, êste tipo de Plano é uma antevisão do conjunto de todo
o trabalho docente e discente enquanto durar o curso.
Com o Plano de Curso, objetiva-se assegurar que o total-hora reservado
ao currículo seja aproveitado da melhor forma possível, garantindo uma
aprendizagem real por parte dos educandos.
Uma vez feita a sondagem inicial sôbre o tipo de alunos que estarão
sob sua orientação, estabelecidos os objetivos específicos que propõem que
seus alunos atinjam, sempre considerando os interesses e as necessidades
do educando e a experiência educacional que os envolvem, organizará o
professor seu Plano de Curso.
Tomando por base o programa elaborado pelos professôres do seu esta-
belecimento, para um determinado ano escolar, e o calendário escolar do
ano em curso, o docente procurará deixar consignada a marcha dos traba-
lhos escolares, balizando-os cronomètricamente de modo a assegurar-lhes
integral execução.
O Plano de Curso contém, comumente, as seguintes partes:
Cabeçalho -— registro do nome da "prática educativa" — Educação Físi-
ca —, nome do estabelecimento de ensino, nível e ano de escolaridade da
turma, designação da turma, ano letivo e nome do professor.
Objetivos Específicos — relação dos objetivos específicos, propostos pelo
professor, alcançados pelos alunos até o término do curso. Estes objetivos,
como vimos anteriormente, devem ser concebidos em têrmos de transfor-
mações a serem operadas no comportamento do educando.
Os objetivos devem ser em pequeno número e enunciados de forma
clara e precisa, podendo, ainda, vir a ser discriminados por categoria (habi-
lidades — conhecimentos — ideais).
Escalão Cronológico das Aulas — aqui ficarão consignados os dias em que
a turma terá aula com o professor.
P a r a organizar êste escalão, consulta-se o calendário escolar, verifi-
cando-se quantos dias de aula nos estão realmente reservados, depcontan-
do-se os feriados, dias santificados, aniversário do estabelecimento de en-
sino etc. Do total bruto encontrado deduzem-se 20% como margem de
segurança para os imprevistos eventuais, faltas, doenças, interrupção das
aulas. Em colégios que não dispõem de local coberto para a prática da
Educação Física, recomenda-se deduzirem-se 25% do total bruto.
Tomando-se por base o total líquido encontrado, distribuem-se as uni-
dades didáticas que se deseja desenvolver.
Divisão do Conteúdo em Unidade — baseando-se no programa elaborado
pelos professôres da unidade escolar, segundo as franquias concedidas pela
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, distribuímos os conteúdos
por unidades didáticas.
O número de unidades não é de grande importância, embora costume-
mos desenvolver três ou quatro delas no máximo. O importante é a sua
dosagem, em intensidade e técnica, ao nível de capacidade real do edu-
cando, de forma a produzir os resultados finais desejados.
A distribuição das unidades será feita levando-se em consideração a
sua importância; o grau de dificuldade, a extensão dos conteúdos a serem
ministrados.
Desta forma, estará o professor apto a prever com relativa certeza a
data do início e do término de cada unidade escolhida.
Nesta parte do Plano de Curso, devemos fazer a previsão, também, do
tempo a ser despendido com os exames biométricos. Evita-se, assim, minis-
trarmos hoje uma aula sôbre voleibol, amanhã outra de basquete, depois
uma de futebol, ou têrmos de nos utilizar do "programa por temporada",
que nada mais é do que o planejamento do ensino em unidades como
recomenda a Didática.
Material e Meios Auxiliares — nesta parte do plano, devemos deixar consig-
nado o material que pretendemos usar, de preferência relacionando-o com
a unidade didática a que servirá.
Os meios auxiliares — projeções luminosas, quadros murais, álbum se-
riado etc. — também devem, aí, aparecer discriminados.
Método ou Formas de Trabalho — a seguir, o professor deve fazer referên-
cia ao método ou às formas de trabalho que irá utilizar.
Relação das Atividades Discentes — aqui relacionaremos as atividades ex-
traclasse que pretendemos realizar com os alunos da turma — competições,
visitas, excursões, clube da turma etc.
Bibliografia — considera-se interessante mencionar no Plano de Curso a
bibliografia que utilizamos para a sua elaboração, de acordo com as normas
nacionais adotadas para bibliografias.
Observações — só estará completo o Plano do Curso com um espaço vazio
destinado às observações que faremos durante o desenvolvimento prático
do mesmo. Estas observações assumem grande importância se considerar-
mos a necessidade de elaborarmos futuros planejamentos.
1.° semestre: —
Introdução 1 aula
Unidade I —
Exercícios Rítmicos . . . . 3 aulas
Unidade II —
Principais formações . . . . 1 aula
Unidade III —
Passos fundamentais . . . 4 aulas
Unidade IV —
Origens das danças brasi-
leiras 1 aulas
Unidade V — Danças brasileiras com
miscigenação indígena . . . 4 aulas
Nota: O resto das aulas será reservado para ensaios da
Festa Junina, prevista no planejamento escolar
como festa obrigatória 4 aulas
TO T A L 2 1 aulas
2.° semestre: Unidade VI — Danças brasileiras com
miscigenação européia . . o aulas
Unidade VII — Danças brasileiras com
miscigenação negra 8 aulas
Unidade VIII — Danças estrangeiras 8 aulas
Nota: As 4 aulas restantes são dadas como margem para
qualquer eventualidade.
Além das unidades acima, a Dança Social também
fará parte do Planejamento. Elas serão dadas nos
finais das aulas 4 aulas
TOTAL 2 8 aulas
III — Divisão da Matéria por Unidades
1.° Semestre
11
12 Unidade I Imitativos Piano
18
19 Exercícios Expressivos Discos
25
26 Rítmicos Criativos Gráficos rítmicos
Deslize Gravuras
Saltito
9 Sapateio Diapositivos
10 Unidade III Corrido
16 Batida de Pé Gráficos
17 Balanceio
23 Passos Sarandeio Piano
24 Passo Unido
30 Fundamentais Passo de Batuque Discos
31 Giro
Passo Cruzado e
outros
2.° Semestre
Agosto
1
2
8
9
Origens
16 Unidade VI Porquê Mapas
22 Trajes Trajes
23 Danças brasileiras História Gráficos
29 Danças que vivifi- Discos
30 com miscigenação caram no Rio de Diapositivos
Setembro Janeiro Piano
4 européia Danças do Sul e Gravuras
5 outras
11
12
18
19
25 R E V I S Ã O
26
Outubro
3 Unidade VII Origens Instrumentos
4 Trajes
10 Danças brasileiras Estados a que Piano
11 pertencem Discos
17 com miscigenação Instrumental de Mapas
18 Origem
24 negra As Danças mais Gravuras
25 características Diapositivos
31
Novembro Origens Piano
6 Unidade VIII
7 Trajes Discos
13 Danças
Mapas
14 Instrumental
21 estrangeiras Diapositivos
22 Danças típicas Gravuras
28 P R E P A R A Ç Ã O
29
PARA
Dezembro
5 0
6
12 NATAL
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE CURSO
GINÁSIO ESTADUAL NUN'ÁLVARES PEREIRA
a
CURSO GINASIAL — SÉRIE 2. EDUCAÇÃO FÍSICA
SEXO: MASCULINO — TURMA 31 ANO: 1968
Prof. J. R.
I. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Março
11
13
18 EXAMES BIOMÉTRICOS
20
25
27
Agosto
5
7 I) O passe
12
14
19 II) O chute
21
26
28 III) Condução de bola
UNIDADE II
Setembro
-INICIAÇÃO IV) Regra
2
4 AO
11 V) Tiro livre
16
18
23 FUTEBOL
25 VI) Reinicio de jogo
Bolas
30 DE
4
6
11
13
18 em Exames Biométricos
diante
ATIVIDADES LIVRES
De acôrdo com o "Planejamento Geral para a Área de Educação Físi-
ca", as instalações e materiais de Educação Física estarão à disposição dos
alunos dos turnos matutino e vespertino, todas as terças-feiras, que poderão
realizar atividades físicas de sua livre escolha, bastando, tão-sòmente, a
prévia indicação da hora, local e atividade desejada, ressalvando-se, na-
turalmente, as atividades extraclasse já programadas para o dia a fim de
evitar coincidência de hora e local.
BIBLIOGRAFIA:
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE UNIDADE DIDÁTICA
— Chamada — Chamada
— Evoluções acompanhadas por — Jogo vivificante (aplicando evo-
música luções)
OBS.: As evoluções podem ser
variadas de acordo com o plano
a seguir. Assim como: corren-
do, saltitando, saltando, andan-
do etc.
BIBLIOGRAFIA
OBSERVAÇÕES:
EDUCAÇÃO FÍSICA — 3.° ANO GINASIAL -- TURMA 305
UNIDADE MATE-
DIDÁTICA DIVISÃO DOS RIAL E
AULAS (F. SALÃO) CONTEÚDOS MEIOS
SUBUNIDADES AUXI-
LIARES
— Condução c/ o lado
int. do pé
III) Condução de — Condução c/ o lado
21 bola ext. do pé
26 — Condução c/ ambos
os pés
28 — Regras fundamentais
IV) A regra (orientação)
— Início das práticas
coletivas
Setembro — Tiro livre direto
V) Tiro livre — Tiro livre indireto
2 — Colocação da
4 "barreira"
9 VI) Reinicio de — Tiro de gol
jogo — Arremesso lateral
11 — Arremesso de canto
16 VII) 0 "penalty" — Técnica da cobran-
18 ça do "penalty"
23 — Orientação sôbre o
25
30 modo de jogar nas
' diversas posições
Outubro VIII) 0 jogo — O goleiro
— Execução dos fun-
2 damentos de jogo
7 já apresentados
9 — Aplicação de siste-
14 mas de jogo simples
16 IX) Os sistemas — O "2-2"
— 0 "1-2-1"
21 — O "3-1"
— Orientação sôbre a
23 utilização de táticas
simples
28 X) As táticas — Deslocamentos e
penetrações
30 — Dá-e-segue
(tabelinha)
Novembro — Execução de exercí-
em Exames Biométricos cios referentes às
diante atividades ministra-
das
OBSERVAÇÕES:
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE AULA
Atividades Atividades
Tempo Conteúdo Docentes Discentes Material
5 — Colocar os — Atenção às
bastões n o s o l o
explicações e à de-
min. com intervalosmonstração.
regulares. — Os alunos da bastões
aprox. — E xplicação c o l u n a indicada
do exercício. passarão correndo
— Controle da entre os bastões
atividade. sem ultrapassar os
companheiros e
"Corrida com — Indicar o se- mantendo distân-
mudança de gundo grupo. cia entre os mes-
direção" — Indicar o mos.
terceiro grupo. — Os demais
sentados.
Parte Principal
Formação corpo-
ral e educação
do movimento Cada aluno com
o seu bastão.
Atenção às ex
p 1 i c a ç ões e de-
monstração.
Saltar conforme
foi proposto.
Explicação dos
exercícios
I) Saltar giran
do no ar. Procurar
efetuar uma volta
completa.
20
IV) Equilibrar
o bastão nas costas
da mão. Parado e
andando.
V) Sentado, de
pernas cruzadas, Efetuar.
braços estendidos
á vertical, fazer a
rotação do tronco.
BIBLIOGRAFIA:
Prochownik, H. (s/d) — Apostilas sobre Método Natural Austríaco —
IV Estágio Internacional de Educação Física.
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE AULA DE GINÁSTICA FEMININA NA ESCOLA PRIMÁRIA
I PARTE:
3 AQUECIMENTO
a — explica- — apanhar o maças
5 — corrida livre; bati- ções; material e
min. da de palmas durante a — demons- colocá-lo dispersas
aprox. c o r r i d a ; intercalando tração; no solo;
com a corrida, palmas e no solo
saltos no lugar. — correções; — atenção;
— execução;
II PARTE: EDUCA-
ÇÃO DA ATITUDE — explicação; 1 — alunas
— posição I; na P. L; cada
1 — (Posição Inicial) — demons- — atenção; aluna
(P.I.): pés unidos, Maça tração; — M. à fren- com
(M) na mão direita, ro- — correção; te; sua M.
dar a M; para um lado — execução;
e para outro.
2 — P.I.: pés unidos, — alunas na
M. na mão direita, lan- explicação; P. I.; cada
çar a M. para cima e posição I; — atenção; aluna
apanhá-la com essa mão. demons- — execução; com
— idem, com a outra tração; — lança- sua
mão. correção; mento da maça
— idem, alternando maça;
as mãos.
— alunas na
P. I.
6 — P.I.: em pé, atrás explicação; — atenção
da M.; saltar para um posição I; — execução maça
lado e para o outro e em demons- — saltos para no solo à
seguida para frente e tração; lateral e frente do
para cima da maça. correção; para corpo
frente
III PARTE: EDUCA-
ÇÃO DO MOVIMENTO
• alunas
1 — P.I.: em pé, M. explicação; na P. I.
na mão direita à frente, •posição I; atenção
balancear a M. no pla- - demons- execução
no sagital. tração; balancea-
— Idem, com a outra -correção; mento
mão.
2 — P.I.: em pé, M.
na mão direita à frente, alunas na
circundação da M. no explicação; P. I.
plano sagital. -posição I; atenção
— Idem com a outra - demons- execução
mão. tração; - circun-
— Idem trocar a M. -correção; dação
de mão.
APLICAÇÃO
Associação de movi- alunas no
mentos dados na 3. a par- lugar
te da aula. memori-
ensina- zação da
Música: "SERENO" mento da música
música; memori-
1) Sereno, eu caio, eu ensina- zação da
caio / Sereno, deixai mento série
cair / Sereno da madru- série;
gada.
2 Não deixou ninguém atenção
dormir.
3a Minha vida, 4 ai, ai,
ai / 3b É um barquinho,
"ai, ai, ai / 5a Navegan-
do por mares estranhos.
3c Quem me dera, 4 ai,
ai, ai / 3d Que eu tives- cada
se, 1 ai, ai, ai / 5b O fa- uma com
rol dos teus olhos cas-
sua
tanhos.
maça
1 — M. na mão direi-
ta, balancear a M. no associa-
plano sagital (para trás ção dos
e para frente) seguido movimen- execução
de circundação. tos à mú- da série
2 — Idem, com a mão sica; (inicial-
esquerda. demons- mente par-
tração; tes, depois
OBS.: para executar correção. a série
os exercícios seguintes tôda).
dar 1/4 da volta.
3a — 2 passos de des-
lize para frente;
4 — 3 batidas com a
M. no chão;
3b — 2 passos de des-
lize para a direita;
4 — Idem;
5a — balancear a M.
no plano frontal (para
um lado e para o outro)
seguido de circundação,
trocando de mão (es-
querda) ;
3c — Idem, para di-
reita;
4 — Idem;
3d — Idem, para es-
querda;
5b — Idem, mão di-
reita.
BIBLIOGRAFIA:
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE AULA
OBJETIVOS IMEDIATOS
— explica- — alunos em
duas equi-
ção do
pes coloca-
"Motivação": Cabo-de- jogo
dos em la-
Guerra. — comando dos opos-
5 uma
do início tos da cor-
min. Ao comando do profes-
do jogo da
aprox. sor encostar uma das corda
— controle — puxar em
pontas do cabo na da ativi-
parede. sentido
dade contrário
— correção ao dos ad-
dos erros versários
"ESCOLA DE MOVI-
MENTOS E POSTURA"
— explica- passar uma
1) Rodar a corda de ci- ção dos
ma para baixo e os exercícios correndo corda
alunos passam cor-
rendo.
2) Saltar a corda em
movimento ondulan- — movimen-
te. tação da — saltar a
corda corda
— controle
3) Saltar a corda dois das ativi- — saltar em
ou mais ao mesmo dades grupos de
tempo. dois uma
15 — saltar em
min. grupos de
aprox. três e quatro. corda
4) C o r d a suspensa a — Atraves-
passar dependurado sar a corda
pelos braços e per-
nas. — correção
dos erros — equili-
brar-se
5) Manter-se em equilí-
brio na corda.
"Habilidade e
Aplicação"
6) Tanque duplo.
— sentados
em círculo
— explica-
ção do
jogo — um aluno
procurara
"Volta à Calma" adivinhar
o coman-
5 dante
Com gestos ou imitando
instrumentos musicais.
min. 0 comandante inicia e — controle nenhum
— um outro
os demais o imitam. da ativi-
aprox. O aluno isolado procura escolhido
dade
será o co-
adivinhar quem é o co- coman-
mandante. dante
— os demais
— correção imitando
dos erros o coman-
dante.
BIBLIOGRAFIA:
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE AULA
OBJETIVOS IMEDIATOS:
preparação fisiológica,
social e psicológica dos
alunos - criação de uma
atmosfera favorável ao
trabalho que se seguirá
b) Performance e Habilida-
de Artística (Habilidade e
Aplicação Desportiva)
— iniciação ao Basquete-
bol
— noções de como condu-
zir a bola
— regras básicas
— acalmar fisiológica e
psiquicamente; elimi-
nar a excita ção das
disputas.
ATIVIDA- ATIVIDA- MATE-
TEMPO CONTEÚDO DES DO- DES DIS- RIAL
CENTES CENTES
— PARTE INICIAL
INTRODUÇÃO: Jo- — Explica- — Um aluno
go "Bola nas P e r n a s " ção do com a b o l a
5 Um dos alunos de posse jogo procurando
da bola procurará acer- uma bola
acertar as
min. tar as pernas de um de — Controle pernas de um
seus companheiros da ativi- de
companheiro
aprox. Estes procurarão evi- dade
t a r que a bola os atinja — Eventual volibol
— Os demais
fugindo dentro da área partici- alunos cor-
preestabelecida pação rendo
Q u e m fôr acertado
passará a lançar a bola.
— PARTE PRINCIPAL
a) "Formação Corpo-
ral e Educação do
Movimento"
— C a r r i n h o d e mão,
mantendo o ventre Exercícios
para cima com auxí- com os alu-
lio de um companhei- — Explica- nos formando
ro. ção do grupos de
— Um sentado de per- exercício. dois.
10 nas unidas e o com- — Controle Um executa o
panheiro saltando por da ativi- exercício, o
min. cima. dade. outro ajudan- •
— Mãos dadas de fren- — Participa- do. Trocar ao nenhum
aprox. te, forçar o compa- ção, caso o sinal do pro-
nheiro a ficar de joe- número to- fessor.
lhos. tal de alu- Colaboração
— Flexão e extensão da nos seja com o com-
cabeça contra a resis- ímpar. panheiro que
tência de um compa- está exe-
nheiro. cutando.
— Flexão e extensão do
tronco, com as pernas
flexionadas tendo o
auxílio de um com-
panheiro
— De pernas trançadas
luta de tração.
— Dividir a — Permane-
b) "Performance e Ha- turma em seis cer junto aos
bilidade Artística" grupos de 5 seus compa-
alunos. nheiros de
Iniciação ao Basque- — Numerar equipe. Bola de
tebol. cada d u a s — Atenção às basque—
30 equipes. explicações. tebol
Iniciar jogando. — Explica- — Aguardar
min. ções a intro- a vez de jo-
Cada dois grupos jogam duzir: gar.
aprox. durante cinco minu- lateral, con- — Entrar ra- Duas ces-
tos. dução correta pidamente na tas para
Ao cabo destes, entram da bola, fal- quadra. basque-
mais duas equipes e tas, lance li- — Procurar tebol
assim sucessivamen- vre, controle j o g a r aten-
te, até todos os gru- da atividade. dendo às "Re-
pos terem jogado — Correção gras" a p r e n -
duas vezes. de erros. didas.
BIBLIOGRAFIA:
ATIVIDA- ATIVIDA-
TEMPO DES DO- DES DIS- MATE-
TO DA AULA CENTES CENTES RIAL
A) PARTE INICIAL
OU DE AQUECI-
MENTO
— Explicação — Atenção às
1) Atendendo o co- do jogo. explicações.
10 min mando do professor: to- — Comando — Correndo
car e segurar determi- determinando à vontade.
aprox. nados objetos ou partes o que deve
do corpo de um compa- ser tocado. nenhum
nheiro.
2) Correndo à vonta-
de, o professor vai redu-
zindo a área em que é — Explicação — Atenção às
permitido correr, mu- do jogo, de- explicações.
dar de direção, girar, pa- limitação da — Correndo
rar e t c , até que todos área. à vontade,
os alunos estejam em — Controle mudando de
uma parte muito peque- da atividade. direção etc.
na do campo (utilizar
as marcações da quadra
de basquete).
B) PARTE PRIN-
CIPAL — Explicação — Atenção às
I — Prática do passe do funda- explicações,
de peito com ambas as mento. formação se-
mãos gundo o co-
— Designa- mando do
ção da posi- professor.
ção dos alu- — Atenção às
nos na qua- explicações.
trocar passes obedecen- dra.
do ao diagrama acima.
II — Demonstração, — Controle
descrição e prática da da atividade.
posição de guarda e da Prática da
movimentação lateral. movimenta-
ção lateral
— Demons- com troca de
tração da po- passes, for-
III — Prática da mo- sição e da mação dois a
vimentação lateral com movimenta- dois distan-
troca de passes de peito ção. tes de 3 a 5
com ambas as mãos — metros.
dois a dois, dirigindo-se
para a mesma direção.
— Dispor dos
alunos em Os alunos em
grupos. coluna ligei-
30 IV — Demonstração, ramente
descrição e prática da — Controle oblíquos em Cinco
min. bandeja. da atividade. direção à bolas
cesta. de
aprox. — Explica- basque-
ção do fun- Um dos alu- tebol
damento. nos de posse
O primeiro aluno da da bola.
coluna, dirigindo-se pa- — Dispor os
ra a cesta, tira a bola alunos em
das mãos do companhei- coluna.
ro que se encontra pa-
rado e c o m o braço — Controle
estendido lateralmente, da atividade. Atenção às
dá, então, o passe a que explicações.
tem direito, salta e exe- — Dividir
cuta a bandeja. alunos em Executar o
dois grupos. jogo.
— Explicar o
V — Pequeno jogo: jogo.
corrida de revezamento,
dois a dois, com movi- — Controlar
mentação lateral e tro- a atividade.
ca de passes de peito.
C) PARTE FINAL
BIBLIOGRAFIA:
OBSERVAÇÕES:
PLANO DE AULA — DANÇA
PROCEDI-
TEMPO DESENVOL- MEIOS
MENTOS DI-
VIMENTO DÁTICOS AUXILIARES
Motivação: Projeção de
diapositivos das formas
de locomoção utilizadas — Interrogatório
em dança. inicial
30
minutos 1) O que são e quais
são as formas básicas:
— Demonstração
a) Andar: pelo professor Magnetofone
— Marcha normal
— Andar molejando
— Andar balancean- Diapositivos
do. — Participação
ativa da turma
Com melodias gravadas Projetor
no Magnetofone foi fei-
ta a demonstração se-
20 guida de execução pelos — Demonstração
alunos em grupos de 6: pelo professor
minutos
b) Correr: — Execução
— Andadura Mode- pelos alunos
rada
— Corrida Molejada
— Correr deslizando
c) Saltitar/Saltar:
— "Hop". Saltitar
sôbre um pé
— "Jump" — pular
Demonstração Magnetofone
caindo sôbre os pelo professor.
dois pés
10
— "Skip" — Saltar,
minutos a 1 t ernadamente,
sôbre um pé e ou-
tro, com um pas-
so i n t ermediário
Magnetofone
Execução pelos
— o "hop" —, sen- alunos
do q u e o passo
tem duração dife-
rente. Nesta parte,
os alunos executa-
rão junto com o
professor.
BIBLIOGRAFIA:
OBSERVAÇÕES:
B) ORIENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Motivação
transitórios e
permanentes.
— esforço e atenção;
— autodisciplina;
— perseverança.
Incentivação
— Aplicação de "Contestes"
Os contestes nada mais são, como vimos, que atividades físicas natu-
rais, globais, na qual se introduz um fator de incentivação que a maioria
das vezes desperta a motivação.
Assim, ao invés de propormos a um aluno uma corrida até determina-
do ponto, propomos a dois ou mais, por exemplo, "ver quem alcança pri-
meiro tal ponto". Êste elemento novo que transforma a atividade num
conteste é nada mais nada menos que um fator de incentivação.
Assim, perguntas como:
"Vamos ver quem salta mais longe?"
"Vamos ver quem é capaz d e . . . ? "
"Vamos ver quem chega primeiro?"
são procedimentos altamente incentivadores.
É necessário, entretanto, que o professor esteja atento, de forma a equi-
librar os concorrentes, de acordo com as possibilidades individuais. A fór-
mula empregada pela professora Liselott Diem — "Quem é capaz de. .. ?"
— baseia-se, também, na incentivação.
— Procedimento da Competição
Linguagem Didática
Tipos de Demonstração
Interrogatório
_J
Quando a comunicação é individual, o alcance é baixo, mas a eficiência
é alta. Por exemplo: um professor ao ensinar individualmente aos seus
alunos obterá uma aprendizagem eficiente, embora o alcance de sua comu-
nicação seja baixa, pois somente um aluno será atingido por sua comu-
nicação.
Quando se trata de um grupo, o alcance é médio e a eficiência também
é média. Por exemplo: um professor ao lecionar para uma turma de cin-
qüenta alunos obterá um alcance médio, pois êle é apenas um e seus alunos
constituem um grupo relativamente grande. A eficiência, portanto, será
média.
Quando se trata de massa, o alcance é alto, porém a eficiência cai bas-
tante, podendo ser considerada até baixa. Como exemplo temos o caso da
"Rádio Escola" em que um professor ao dar a sua aula estará alcançando
uma grande massa de alunos. Todavia, a eficiência será baixa, pois esse
tipo de aula não permite o diálogo. Não permite ainda ao professor verificar
as reações fisionômicas de seus alunos e, através delas, manter ou modificar
o rumo de suas comunicações.
Os Modernos Meios de Comunicação Aplicados ao Ensino
— Esboço Histórico
Inúmeros professôres pouco informados proclamam os meios de co-
municação, principalmente os audiovisuais, aplicados ao ensino, como uma
conquista moderna. Os estudiosos do problema, entretanto, estão concordes
em afirmar que tal emprego é mais antigo do que a própria instituição da
escola como organismo regular.
Descobriu-se no Egito uma esteia, datando de milênio antes de Cristo,
que diz: "Quando os olhos vejam, quando os ouvidos ouçam, tudo chegará
ao coração." Como sabemos, os egípcios consideravam o coração como o
centro da inteligência, oferecendo com aquela sentença, portanto, uma irre-
futável noção de ensino audiovisual.
Na índia, a palavra "rupaca" designava certa espécie de obra teatral,
e o teatro indiano sempre foi profundamente educativo.
Na Idade Média, os religiosos usavam o teatro — som e imagem vi-
va — para suprir as deficiências dos fiéis, geralmente analfabetos. Mais
tarde, em 1654, Comenius proclamava, em sua "Didática Magna" e na
"Enciclopédia Viva", o emprego dos métodos ativos no ensino. No seu
"Orbis Sensualium Pictus", primeiro livro didático que se publicou no
mundo, inaugurou o emprego de imagens em livros.
Comenius
Quarta e quinta páginas do primeiro livro didático publicado no mundo —
"Orbis Sensvalium Pictus".
Os sentidos na aprendizagem
Profundidade de conhecimentos
Os Auxílios Audiovisuais
d) Uso conjugado
Quadro-Negro
Especificações Técnicas
a) Forma
As formas mais comumente encontradas são:
— quadrangular e retangular.
b) Tamanho
O tamanho menor recomendado é de 0,50 x 0,50m. Tamanhos menores
não proporcionam rendimento devido à sua reduzida área de utilização.
Recomenda-se como tamanho ideal o de 0,80 x l,00m. Quando fixo em
sala de aula sugere-se o de 0,72 x 0,92m.
c) Vantagens e utilidade
— Vantagens
— econômico;
— simples;
— de fácil manejo;
— estimula a participação do aluno;
— desperta a atenção;
— mantém o interesse.
— Utilidade
— apresentação de esquemas ilustrados;
— apresentação do assunto em seqüência;
— ilustrações de palestras e aulas;
— serve para diferentes tipos de demonstrações;
— facilita estudos comparativos.
d) Conservação
A conservação do instrumental é simples e econômica.
Recomenda-se o uso de benzina para limpeza do feltro.
e) Sugestões quanto à aplicação
— estudo e demonstrações de esquemas táticos;
— organização de torneios e campeonatos;
— regras dos diferentes desportos;
— formações e deslocamentos;
— noções de higiene, segurança e saúde escolar.
f) Instalação
g) Côr
Emprega-se com maior sucesso o fêltro, o que vem fazendo que êste
substitua a "clássica" flanela. Usa-se, ainda, a lã, a camurça e o veludo,
que, no entanto, são mais caros e exigem maiores cuidados na sua uti-
lização.
0 Confecção
Procedimentos Didáticos
— planejar a utilização;
— colocar o quadro em local visível;
— manter-se ao lado do quadro de modo a não impedir ou dificultar
a visibilidade do mesmo;
— usar um ponteiro auxiliar, para conduzir a atenção;
— inclinar ligeiramente o quadro para facilitar a aderência das figs.;
— guardar o material, lixa, contralixa;
— empregar figuras coloridas;
— usar o quadro conjugado com outro instrumental.
3. PORTA-QUADROS OU PORTA-GRAVURAS
Peça constante do instrumental auxiliar que serve de apoio para dife-
rentes materiais, melhorando a visão da peça exposta.
— Especificações Técnicas
a) Vantagens e Utilidades
— Vantagens
Esse instrumental apresenta várias vantagens, tais como
— construção simples e econômica;
— fácil de ser transportado;
— uso simples;
— melhora a visão da peça exposta;
— desperta a atenção;
— mantém o interesse.
— Utilidade
Constitui uma peça útil para manter:
— cartazes;
— quadros de feltro;
— quadros magnéticos;
— quadros murais;
— letreiros etc.
b) Preparação do Instrumental
— Confecção
— Traçar num molde duas figuras iguais ao modêlo ao lado (fig. 2).
Aconselha-se como medida 66 cm de altura por 32 cm de largura
inferior, ângulo de 88° que, todavia, não impede a confecção em ou-
tros tamanhos.
— Trace com o molde a figura — Cole as duas peças, deixando
num papelão, compensado ou um pequeno intervalo entre
duratex. Recorte ou serre as as mesmas, usando, para isso,
duas tiras de papel grosso e
duas peças iguais. cola (em ambos os lados do
suporte).
231
tinta própria para quadro-negro. Se quisermos conjugá-lo com quadro de
flanela, devemos revesti-lo com fêltro ou flanela.
Procedimentos Didáticos
Fixar as gravuras com os ímãs e usá-lo com quadro de flanela.
5. QUADRO-NEGRO
O quadro-negro é um dos instrumentais auxiliares constantes do equi-
pamento escolar moderno. É um excelente meio de comunicação entre pro-
fessor e aluno, simples e econômico.
— Especificações Técnicas e Preparação do Instrumental
a) A Confecção
A confecção desse instrumental envolve o emprego de materiais como:
cimento, aço, madeira. Ultimamente, empregam-se materiais especiais como
o duratex, pano, couro ou encerado, ardósia, vidro e plástico lavável.
O acabamento do instrumental utiliza tinta, metal e madeira. A tinta
utilizada deve ser resistente, lavável, fôsca e porosa. No Brasil, encontra-
mos predominando as côres: preta, verde-escuro e cinza-escuro. Atualmen-
te, começam a ser usadas as cores: verde-claro, branca e amarela, que se-
gundo pesquisa feita na Inglaterra permitem uma leitura 10% mais rápida
por adultos e crianças. Fazem parte do acabamento as molduras e os acessó-
rios: apagador de giz, depósito de giz, cordões, trilhos e cortinas,
n) Instalação
Quanto à instalação, o quadro-negro pode ser:
Fixo
Quando é confeccionado ou colocado na parede exigindo cuidados espe-
ciais na escolha do local apropriado para sua instalação.
Sugere-se, quando da instalação, que se dê uma pequena inclinação na
parte superior do mesmo de forma a melhorar a visibilidade, impedindo os
reflexos da luz. Usa-se, também, iluminar a superfície do quadro com
lâmpadas fluorescentes, protegidas por um quebra-luz. Quando fôr con-
feccionado em vidro ou plástico translúcido, sugerimos a iluminação por
trás do quadro.
Deslocável
O tipo deslocável pode apresentar-se sob diversas formas:
— apoiado sôbre cavaletes ou suportes especiais (fig. abaixo).
Seu tamanho mais ou menos reduzido permite o deslocamento na sala
de aula. Com isso, podemos corrigir a incidência de luz sôbre a sua super-
fície, ocorrência bastante comum em nossas salas de aula, geralmente
adaptadas.
Êste tipo pode ser manejado até pelos próprios alunos (fig. abaixo).
Para isso, basta pintarmos uma das faces internas do álbum com tinta
própria para quadro-negro.
O quadro-negro de enrolar é extremamente útil ao professor, que pode
levá-lo para diferentes lugares, de acordo com as suas necessidades (figura
abaixo).
235
Alguns Procedimentos Didáticos
1 — Planejar com antecedência o assunto, considerando a área do qua-
dro-negro a ser utilizado.
2 — Preparar os materiais auxiliares de uso no quadro-negro.
3 — Manter-se ao lado do quadro, de modo a não impedir a visibilidade
do mesmo.
4 _ Usar a letra de fôrma, atentando para o fato de que a uma distância
de 8m a letra aparece 20 vezes menor.
5 — Escrever somente no momento exato.
6 — Estimular o uso do quadro, pelos alunos.
7 — Para conduzir a atenção do grupo, usar o ponteiro auxiliar.
8 — Usar giz de côr para contrastar.
9 — Ilustrar os assuntos com desenhos simples.
10 — Apagar o quadro após o término da aula.
Algumas sugestões.
a) Ampliar gravuras pelo sistema de quadrículas
b) Molde
Fazer o contorno em cartolina ou madeira.
Recortar ou serrar obtendo-se o molde.
c) Matrizes Perfuradas
Ilustrações desenhadas numa cartolina que perfuramos depois com um
vazador.
Bater com o apagador impregnado de giz. Completar o desenho cobrin-
do com giz a figura pontilhada.
d) Giz Semi-Indelével
— Prepara-se uma solução saturada de açúcar, utilizando-se água fria
e açúcar. Mistura-se até o ponto de saturação.
— Prepara-se outra solução composta de 1 (uma) parte da solução
saturada para 2 (duas) de água fria.
— Coloca-se 1 ou mais pedaços de giz, nesta 2.a solução, pelo tempo
de 5 a 10 minutos (é o tempo em que cessam as bolhas provocadas
pelo giz).
— Rétira-se o giz e seca-se ligeiramente numa toalha de papel.
— Para se conservar esse giz assim preparado, deve-se guardá-lo num
vidro fechado.
— Deve ser usado com cuidado, pois fica quebradiço.
— Para ser removido o traçado feito por esse giz, usa-se um pano
úmido.
e) Divisão do quadro-negro em campos
Materiais Ilustrativos
ESTAMPAS (FOTOGRAFIAS)
ILUSTRAÇÕES
GRAVURAS (reproduções impressas em jornais e
revistas)
a) Vantagens
São fáceis de obter.
São excelentes meios de comunicação.
Constituem elementos motivadores.
Podem apresentar diferentes áreas de estudo.
b) Limitações
São elementos estáticos.
São materiais bidimensionais.
Geralmente são pequenos.
c) Fontes de obtenção mais comuns
Jornais;
Revistas;
Folhinhas;
Livros;
Catálogos;
Folhetos de turismo.
d) Meios de aplicação
1. Quadros de flanela
para de fêltro
afixações metálico
dobradura
articulados etc.
2. Álbuns para assuntos didáticos.
3. Cartazes.
4. Jornais murais.
5. Painéis de Exposições.
e) Montagens e conservação de ilustrações
As ilustrações devem ser montadas para protegê-las e conservá-las por
mais tempo. Assim, o professor e alunos poderão utilizá-las mais fácilmente.
A montagem das ilustrações permite que possamos guardá-las ou ar-
quivá-las.
f) Técnicas de montagem
Usamos, geralmente, cartolina, papel cartão ou papel colorido.
Para a colagem, geralmente usamos goma' arábica, cola de farinha,
fita gomada, cola polar, cola de madeira, cola tudo, cada uma com suas
características e finalidades próprias.
Nenhuma dessas colas, entretanto, oferece as vantagens da cola de
borracha, também chamada cola de sapateiro ou cola cimento.
Tipos permanente
de
colagem temporária
g) Procedimentos didáticos
1.° Selecionar as ilustrações, considerando:
— os objetivos;
— o alcance do público;
— a qualidade.
2.° Observar:
a) a composição — centro de interesse; equilíbrio, luz e sombras:
b) as cores — harmoniosas e reais,
h) Arquivo de ilustrações
O arquivo de ilustrações permite melhor conservação desse material:
economiza tempo na procura do material e facilita a sua utilização.
i) Organização
l. a Fase — Coleta do material
Selecionar todos os recortes e separá-los por Assunto. A seguir guar-
dá-los em envelope ou em pastas de papelão tipo "classificadores".
d) Preparação de Matrizes
Ao preparar a matriz, usar o carbono hectográfico voltado para cima.
Retirar a fita da máquina de escrever e usar um estilete para desenhos
eu textos manuscritos.
6. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS PARA PROJEÇÕES LUMINOSAS
Projeções Luminosas
As projeções luminosas constituem valiosos meios de comunicação
audiovisuais ao alcance direto do moderno professor de Educação Física.
O esquema que se segue mostra os principais tipos de projeções lumi-
nosas utilizadas em classe.
Projeções Fixas
Como vimos, encontramos dois tipos de projeção fixa: episcopia e
diascopia.
Denomina-se "episcopia" ("epi" — sôbre; "skopein" — ver) a projeção
feita por reflexão e "diascopia" ("dia" — através; 'skopein" — ver) a
projeção feita por transparência.
1) Episcopia
Os aparelhos para projeção fixa por reflexão denominam-se EPISCÓ-
PIOS. Estes aparelhos projetam corpos opacos — gravuras, fotografias,
páginas de livros, moedas, folhas, insetos, tabelas, desenhos e t c , através
da luz refletida sôbre eles. A lâmpada ilumina o corpo opaco, cuja imagem
e refletida por um espelho inclinado e projetada numa tela por meio de
um sistema de lentes. A imagem assim projetada, entretanto, apresenta
menos luminosidade do que a projetada por diascopia, exigindo, na maio-
ria das vezes, completo escurecimento do ambiente.
a) Vantagens
— facilidade de obtenção dos materiais a projetar;
— permite a ampliação de ilustrações e textos;
— desperta e prende a atenção;
— flexibilidade no emprego;
— projeta o movimento de pequenos objetos.
b) Cuidados a Observar
— conservar o projetor encapado;
— usar uma placa de vidro resistente ao calor sôbre a página do livro
que se deseja projetar.
2) Diascopia
a) Vantagens
— facilmente transportável;
— projeção com apenas o escurecimento parcial da sala;
— útil para demonstrações estáticas;
— projeta imagem brilhante;
— fácil de conjugar com outros instrumentais;
— projeta diapositivos e diafilmes;
— econômico.
3) Retroprojeção
O Retroprojetor
a) Vantagens
— aparelho facilmente transportável;
— projeção sem escurecimento da sala;
— substitui o quadro-negro;
— projeta imagem brilhante;
— torna a aula mais dinâmica;
— facilidade em conjugá-lo com outros instrumentais;
— materiais didáticos simples de confeccionar pelo professor.
b) Cuidados a observar
— evitar deixar a lâmpada acesa desnecessariamente, economizando
a "duração" da mesma;
— não movimentar o projetor com a lâmpada acesa, evitando, assim,
que o filamento se parta, queimando a lâmpada;
— desligar a corrente evitando balançar o aparelho;
— diminuir a intensidade, usar uma folha de acetato ou papel celofane
colorido.
1. Diapositivos
a) Características
Transparência em celofane, plástico ou acetato, no tamanho de
2l.5cm x 28cm.
b) Montagem
Montar a transparência em molduras especiais de cartão no tama-
nho de 32cm x 32cm.
A transparência é colada na moldura com auxílio de fita adesiva.
c) Preparação
Para escrever na transparência, utilizar lápis cera, pincel atômico, ca-
neta hidrográfica etc.
MOLDURA DE CARTÃO PARA TRANSPARÊNCIA
(RETROPROJETOR)
TAMANHO : 5 VEZES MAIOR
Os traços ou escritos feitos com lápis cera podem ser apagados com
flanela.
Para apagar os traços feitos com pincel atômico, usar tetracloreto de
carbono.
As transparências podem ser feitas, ainda, com auxílio de máquinas
copiadoras thermo-fax.
d) Conservação
— conservar as transparências em molduras;
— arquivar em álbuns ou pastas as transparências.
c) Utilização
Essas transparências são utilizadas no "retroprojetor".
1) Procedimentos didáticos
— preparar as transparências de acordo com os conteúdos a serem
ministrados;
—- usar indicadores de plástico coloridos;
— usar máscaras para cobrir parte da transparência;
— lazer experimentações com o retroprojetor.
Projeções an madas
MUDA
SONORA
251
a) Vantagens
GRAVADORES E MAGNETOFONES
Até há algum tempo, cs registros sonoros eram quase sempre feitos
em discos. Hoje em dia, dá-se preferência ao uso de gravadores magnéticos
de fitas ou magnetofones. Êste aparelho recebe esta denominação por fixar,
magnèticamente, numa fita plástica recoberta por uma fina camada de
oxido de ferro, as imagens sonoras.
Ao gravarmos, as ondas sonoras são captadas por um microfone que as
transforma em impulsos elétricos variáveis. Estes, por sua vez, são con-
duzidos a um pequeno ímã sôbre o qual a fita desliza com rapidez, em con-
tato direto. O revestimento metálico da fita guarda as impressões magnéti-
cas de forças variáveis que correspondem aos impulsos originais criados
pelas ondas sonoras da música e da voz. Imediatamente podemos ouvir a
gravação feita, uma vez que as invisíveis impressões magnéticas excitam a
''cabeça magnética", dando origem a impulsos elétricos que, uma vez am-
pliados, atuam sôbre o diafragma do alto-falante para produzir ondas so-
noras iguais às originais.
a) Vantagens
— mais econômico do que o toca-discos;
— melhoria da dicção do próprio professor;
— podemos gravar sómente os trechos de músicas que nos interessam;
— permite a correção de erros, "apagando-se" a fita;
— pode ser levado para a quadra, campo, ginásio ou piscina, se fôr do
tipo alimentado com pilhas;
— fácil de operar;
— reproduz os sons com fidelidade;
— permite a volta da fita a trechos anteriores da gravação.
b) Sugestões quanto à utilização
— empregar quando deva ministrar Ginástica Feminina Moderna, Dan-
ça, Natação Sincronizada, séries de solo em Ginástica Olímpica,
aulas de Ginástica Calistênica etc;
— quando dirigir recreação;
— para correção dos próprios defeitos de dicção.
Instrumentais Auxiliares Para Auxílios Audiovisuais
A TELEVISÃO
A televisão representa no campo da comunicação uma verdadeira sín-
tese audiovisual. Seu campo de aplicação na Educação Física no Brasil é
ainda bastante restrito, limitando-se a tentativas individuais de técnicos
desportivos que vêm empregando, em seus treinamentos o processo do
"video-tape"
Nem mesmo nossas escolas superiores de Educação Física apresentaram
tentativas nesse terreno.
Acreditamos, entretanto, que dentro em pouco a televisão terá um
grande desenvolvimento entre nós.
Teremos, assim, possibilidades de manter nossos professores e técnicos
atualizados no que concerne aos avanços de nossa especialidade, bem como
iniciaremos uma nova fase de pesquisas em Educação Física.
A INSTRUÇÃO PROGRAMADA
Esta técnica de ensino encontra suas origens num modelo de teste or-
ganizado por S. L. Pressey, em 1926, na Universidade de Ohio. Entretanto,
só foi realmente estruturada por B. F. Skinner e sua equipe da Universida-
"Máquina de ensinar"
de de Harvard, por volta de 1954. Êste processo adquiriu notoriedade,
também, pelos instrumentos que, às vezes, utiliza: as "máquinas de ensi-
nar". Inúmeros estabelecimentos educacionais, industriais e militares vêm
realizando pesquisas de forma a testar a validade do método, o que aliás,
hoje em dia, não é contestado.
A Instrução Programada tem por base a análise científica da aprendi-
zagem, sendo, portanto, a aplicação da psicologia experimental ao ensino.
O princípio psicológico conhecido como "reforço à conduta", que recomen-
da que se recompense a conduta certa e admite, uma vez obtido êxito,
surja um convite à repetição e que esta se transforme em hábito, fornece
o subsídio para a elaboração dessa técnica.
Assim, as informações e os conhecimentos são apresentados em peque-
nas doses, ordenados de forma racional, partindo do simples para o com-
plexo, até ao nível de instrução que se pretenda atingir. O aluno, graças
a um processo de auto-instrução, adquire por essa técnica os conhecimentos
desejados, tornando-se aquêle elemento ativo dentro do processo do en-
sino, como recomenda a Didática Moderna. O fracionamento das dificulda-
des, o desenvolvimento gradual do conteúdo a aprender fazem parte da
técnica que, assim, procura tornar o estudo agradável, eliminando os aspec-
tos que possam parecer menos atraentes ao estudante.
O "programa" consiste no conteúdo elaborado por etapas de dificulda-
des escalonadas, permitindo ao aluno assimilar a matéria e cometer um
número mínimo de erros. A eficiência de um programa é função do número
de respostas corretas que obtém o instruendo.
O programa realmente mais comum, elaborado segundo as diretrizes
estabelecidas por Skinner, se caracteriza por informações pouco extensas,
respostas dadas pelo aluno, perguntas construídas de modo a evitar o erro,
seqüência sucessiva de quadros, seja correta ou não a resposta dada ao
quadro precedente. Êste tipo é, também, denominado de "Programa Linear
e Contínuo".
Outro tipo de programa apresentado é o construído segundo a técnica
propugnada por Crowder. Caracteriza-se pela forma de múltipla escolha
e por organizar a seqüência dos quadros de informações, baseada na natu-
reza das respostas dadas. Denomina-se, também, Programa Diversificado.
Ramificado, Intrínseco ou Descontínuo.
O material didático empregado em Instrução Programada varia muito.
O programa pode ser impresso em papel, apresentar-se sob a forma de
filmes, diafilmes ou diapositivos, que serão oferecidos ao estudante por meio
de livros ou da "máquina de ensinar". A forma de apresentação pouco im-
porta, o que importa é o conteúdo e a elaboração do programa.
Em nossas escolas superiores de Educação Física, nas chamadas "ma-
térias teóricas' predominam as aulas em estilo tradicional — a preleção.
A Instrução Programada procura eliminar as deficiências das aulas tradi-
cionais; transmite n informação, verifica se foi recebida, corrige, sempre
que necessário, as interpretações errôneas; a aprendizagem é feita no pró-
prio ritmo do aluno, o estudante participa de uma forma ativa; permite
a liberação do professor, de forma a buscar melhor relacionamento. Esta
técnica, entretanto, não tem a pretensão de substituir todos os trabalhos
da classe, como,, por exemplo, o diálogo professor-aluno, mas pode tornar-se
uma valiosa peça no processo educacional.
A importância da Instrução Programada reside no fato de que constitui
um meio eficiente de auto-instrução, utilizável em diversas matérias cons-
tantes dos currículos de nossas escolas de Educação Física.
Considera-se êste processo como ideal para ser usado por países em de-
senvolvimento ou que estão reexaminando os currículos e programas de
suas escolas.
Há que considerar o fato de que, em regiões longínquas de nosso País,
êle pode tornar-se excelente veículo de modernas informações e conheci-
mentos de nossa especialidade, transmitidos através de um programa ela-
borado por professôres especializados e atualizados.
A Instrução Programada pode vir a ser um dos principais meios de
informação para todos aquêles que se candidatam a um dos "Exames de
Suficiência" organizados pela Divisão de Educação Física, do Ministério da
Educação e Cultura.
Todos os programas apresentam duas características:
— a apresentação da resposta (elaborada pelo aluno ou de múltipla
escolha);
— a seqüência dos quadros (linear ou diversificada).
Encontramos, na maioria das vezes, os programas do tipo linear de
respostas elaboradas pelo aluno. Por conseguinte, neste trabalho, nós nos
deteremos sòmente neste tipo.
A forma de trabalho exercida pelo aluno, denomina-se "Ciclo de Ins-
trução", que consiste em:
— leitura do quadro que contém a informação;
— resposta do aluno, atendendo às instruções do texto;
— confronto da resposta que deu com a resposta certa colocada em
lugar próprio;
— passagem ao quadro seguinte, começo de um novo ciclo.
Damos a seguir um pequeno glossário usado em Instrução Programada:
Programa — seqüência de quadros apresentados ao aluno, em etapas
de dificuldades escalonadas, permitindo ao estudante assimilar o
conteúdo da matéria, cometendo um número mínimo de erros.
Quadro ou Item — parte da matéria que o aluno precisa estudar. Um
quadro pode apresentar uma informação, uma pergunta, uma frase
incompleta, ou um parágrafo inteiro.
Na maior parte dos programas, os quadros apresentarão uma per-
gunta que exigirá uma resposta do estudante. Essa resposta é con-
firmada antes que o estudante passe ao. quadro seguinte.
Estímulo — é a sugestão à resposta contida em cada texto de informa-
ção. O estímulo é primordial para se obter a resposta.
Resposta — comportamento do estudante ante um estímulo que lhe foi
oferecido sob a forma de questões para completar ou opções a fazer.
Reforço — correção apresentada imediatamente após uma resposta.
Seqüência — ordem de apresentação dos quadros que formam um pro-
grama.
Texto Programado — programa apresentado em forma de livro, dis-
pensando a "máquina de ensinar".
Aquisição — conhecimento que o aluno assimilou ao término de um
programa ou seqüência do mesmo.
Desaparecimento Gradual — desaparecimento gradual das sugestões ou
"deixas".
ATIVIDADES EXTRACLASSE
CONCEITO
Fachada da sede da
"A.B.AJ.", na Guana-
bara R. Diomedes
Trota n.° 332. Ra-
mos (ZC-24) - Rio
Organização e funcionamento
A organização e o funcionamento desse tipo de atividade exige uma
série de medidas e procedimentos a serem tomados pelos alunos e professô-
res. Após as medidas iniciais, pedido de autorização para a realização da
atividade e escolha do supervisor, sugerimos:
Procedimentos Discentes
Aos educandos interessados na atividade cabe:
— tomar a iniciativa das atividades;
— programar e escolher o local do acampamento;
— estabelecer a política dos meios (contribuições, aplicação e con-
trole) ;
— executar as atribuições específicas que lhes forem confiadas;
— manter as atitudes e normas disciplinares anteriormente estabele-
cidas.
Procedimentos Docentes
Cabe ao professor:
— estimular e incentivar a iniciativa dos alunos;
— levar os alunos a definirem os objetivos a atingir através da ati-
vidade;
— orientar os alunos quanto à escolha do local do acampamento;
— sugerir aos alunos e orientá-los na programação das atividades;
— acompanhar e assessorar os alunos na organização e na realização
do acampamento;
— obter dos responsáveis pelos alunos menores a necessária autoriza-
ção, por escrito;
— orientar os alunos quanto às medidas de segurança e higiene a se-
rem adotadas.
Objetivos
— possibilitar, durante um relativo espaço de tempo, um contato mais
íntimo dos alunos com a natureza;
-— proporcionar ao educando oportunidade para enfrentar com êxito
as dificuldades raramente encontradas nos grandes centros urbanos;
— desenvolver nos alunos o gosto pela observação sistemática do am-
biente;
— satisfazer a curiosidade e o interesse que crianças e adolescentes
têm ao deparar com novas paisagens geográficas;
— proporcionar mais liberdade, exigindo-se maior responsabilidade;
— facultar ao próprio professor melhor conhecimento de seus alunos
de forma a estreitar cada vez mais os laços de simpatia, amizade
e compreensão entre um e outros;
— aplicação prática das noções de higiene.
Atividades Sugeridas
Inúmeras são as atividades que poderiam ser levadas a efeito num
acampamento. Nenhuma outra forma de atividade complementar possibi-
lita tão grande número de práticas a promover durante a estada no mesmo.
Passeios e excursões — Durante o tempo de permanência num acam-
pamento, poderão ser organizados passeios, excursões, visitas a locais de
interesse geral e a pontos pitorescos, próximos ao local onde se fixou o
acampamento. Deve-se, contudo, realizá-los em pequenos grupos, mas de
forma a nunca se deixar o acampamento abandonado.
Jogos e desportos — É extremamente interessante organizar sessões de
jogos ou desportos, apropriados à localização e à área disponível do acam-
pamento e de conformidade com os interesses do grupo. O professor de
Educação Física deve cuidar de distribuir os horários destas sessões de
modo a não transtornar a rotina de trabalho do acampamento.
Improvisação de um campo de
futebol num acampamento.
CLUBES
Clube é uma forma de associação voluntária cujos membros se orga-
nizam em torno de objetivos comuns. Estes objetivos podem ter caráter
recreativo, esportivo, social, cultural, religioso ou até mesmo econômico.
A duração do funcionamento do clube, portanto, dependerá do tempo
que perdurar o interesse comum do grupo.
Hodiernamente. os clubes, em geral, apresentam um quádruplo as-
pecto: desportivo, recreativo, social e cultural.
Os clubes escolares representam uma das mais valiosas atividades
extraclasse postas em prática pelas escolas modernas.
Os professôres de Educação Física são, na maioria das vezes, chamados
a orientar esse tipo de atividade extraclasse, quando os objetivos dos clubes
são desportivos, recreativos ou sociais.
Organização e funcionamento
Obtida autorização superior e escolhido o professor-supervisor, pro-
cura-se organizar o clube segundo os princípios seguintes:
Procedimento Discente
Compete aos discentes interessados na atividade:
— tomar a inicistiva das atividades;
— definir os objetivos do clube;
— programar e executar as atividades do clube;
— decidir sôbre o tipo de direção e organização a ser emprestada à
atividade;
— prever e executar as formas de controle (relatórios, balanços etc.);
— estabelecer a política de meios (coleta, aplicação e controle de fun-
dos e recursos).
Procedimento Docente
Ao professor-supervisor cabe:
— estimular e incentivar a iniciativa dos alunos;
— levá-los a definir os objetivos da atividade extraclasse;
— sugerir e orientar os alunos na programação das atividades;
— acompanhar e assessorar os alunos na organização e realização das
atividades e nos controles adotados;
— orientar os alunos na elaboração do estatuto da novel entidade e nas
assembléias gerais.
Objetivos
A organização de um Clube de Alunos numa escola tem por objetivos:
— permitir melhor relacionamento entre a escola e a comunidade:
— contribuir para mais fácil integração social dos alunos;
— ocupar com propriedade as horas de lazer dos alunos do estabeleci-
mento:
— desenvolver atividades esportivas, sociais e recreativas para os cor-
pos docente e discente do educandário.
Atividades Sugeridas
Inúmeras são as atividades que um clube de alunos pode desenvolver
em sua programação regular:
— atividades desportivas — torneios internos de diferentes modalida-
des esportivas, campeonatos intercolegiais, organização de representações
esportivas para participar de jogos e torneios e campeonatos (Jogos da
Primavera, Jogos Infantis, Jogos Intercolegiais, Jogos Abertos das diferen-
tes estâncias hidromineraís, Campeonatos da CBDU etc.) e um sem-número
de outras;
— atividades recreativas — jogos de salão, reuniões, sessões de cinema
e teatro, torneios-relâmpago e t c ;
— atividades sociais — reuniões sociais, comemorações de aniversários,
reuniões dançantes, concurso de danças e várias outras.
Procedimentos Didáticos
Recomendam-se os seguintes procedimentos didáticos na organização
de um Clube de Alunos:
— definição do caráter do qual aquêle estará revestido — desportivo,
social, recreativo e t c ;
— características — de acordo com a etapa evolutiva do desenvolvi-
mento em que se encontrem os participantes, os clubes podem ser caracte-
risticamente:
— infantis — organizados pelas crianças na escola elementar (de
futebol, por exemplo),
— juvenis — organizados pelos adolescentes nas escolas de nível
médio,
— adultos — organizados nas Universidades, Faculdades ou Escolas
Superiores ("Associações Atléticas");
— aspecto geral — os clubes, quanto aos seus aspectos legais, podem
ser:
— com personalidade jurídica;
— sem personalidade jurídica;
— organograma — um clube de alunos em sua organização interna
pode apresentar o seguinte organograma:
GRUPO FOLCLÓRICO
273
— Reuniões musicais — A promoção de reuniões musicais (mímica
folclórica) periódicas são formas interessantes de atividades para o grupo
folclórico.
A correta difusão de repertório da música e do canto popular é um
instrumento educacional bastante válido e útil.
A colaboração dos professôres de Educação Musical é imprescindível
a êste tipo de atividade.
VISITAS E EXCURSÕES
Organização e funcionamento
Procedimentos Discentes
Excursão a cavalo.
Excursão a pé.
(Fotos do livro "Um Bolsista Brasileiro
na França" — Prof. Joaquim Trotta)
Procedimentos Docentes
Objetivos
Atividades Sugeridas
Procedimentos Didáticos
DISCIPLINA EM CLASSE
— Forças Motivadoras
Como vimos anteriormente, a motivação é fator imprescindível ao com-
portamento humano.
Os motivos ou propósitos impelem o homem à ação, ao esforço e à luta.
Os motivos variam em intensidade de indivíduo para indivíduo.
— Recursos Individuais
Para atender aos reclamos das forças motivadoras, o homem tem seus
recursos de natureza física, nervosa e mental.
A força muscular, a memória, a inteligência, as aptidões físicas, a coor-
denação motora, o espírito inventivo etc. são os recursos usados para sa-
tisfazer às forças motivadoras.
Se um indivíduo não possui determinados recursos para satisfazer a
suas forças motivadoras, isto se reflete através de um mau comportamento.
— Ambiente Físico Imediato
Os fatôres ambientais que envolvem um indivíduo influem, também,
no seu comportamento.
O ambiente físico pode fornecer os elementos materiais de que êle
necessita para satisfazer a suas forças motivadoras da mesma forma que
pode inibi-las em outros casos.
Em Educação Física os problemas disciplinares ocorrem com menor
freqüência do que nas aulas das outras "disciplinas" e "práticas educati-
vas". O aluno, geralmente, gosta de atividade e é nesta hora que êle tem
oportunidade de expandir suas energias, trocar idéias com seus companhei-
ros, enfim conviver socialmente com os outros membros do grupo.
Para o controle disciplinar não existem fórmulas mágicas nem regras
infalíveis, por isso que estamos lidando com pessoas portadoras de perso-
nalidades completamente diferentes. Assim, uma solução que tenha sido
empregada com êxito com determinado aluno pode revelar-se totalmente
ineficaz quando aplicada a outro.
Mesmo assim, arriscamo-nos a fazer algumas sugestões que encontram
apoio em estudos e pesquisas feitas por vários educadores e psicólogos.
288
Prevenção dos Problemas Disciplinares
Todos são concordes em afirmar que é mais fácil e também melhor para
o professor e para o aluno uma atitude ou ação que evite o problema disci-
plinar do que a ação quando o mesmo já se tenha estabelecido.
O professor pode prevenir um comportamento inadequado, pela obser-
vação acurada dos indícios e pelo conhecimento de seus alunos.
Assim, se um aluno de posse de uma bola mostrar intenção de arre-
messá-la às costas de um companheiro distraído, por exemplo, o professor
deve procurar evitar que o conflito se estabeleça, recolhendo ou pedindo
a bola ao aluno ameaçador. Com isso, estará evitando fazer disso um inci-
dente, transformando o fato numa verdadeira situação de aprendizagem.
A instalação de problemas disciplinares pode ser evitada quando:
— desenvolvemos um interessante programa de aprendizagem; nenhum
procedimento preventivo produz tantos resultados quanto o desenvolvi-
mento de um fascinante programa de aprendizagem que vá ao encontro
dos interesses e necessidades dos alunos;
— não existe excesso de alunos na turma; o número excessivo de
alunos na turma favorece a instalação de desordens, tumultos e rixas, pre-
judicando qualquer tentativa para o bom andamento do processo de ensino;
— as instalações do educandário favorecem a prática da Educação Fí-
sica; a existência de boas instalações esportivas, longe ou pelo menos iso-
ladas do prédio do colégio, a oportunidade do uso de vestiários são fatôres
que favorecem a instalação de uma boa disciplina;
— a existência material para a Educação Física; muitas vezes a indis-
ciplina é uma reação inconsciente dos alunos contra a penúria material
da escola;
— trabalho ativo de todos os alunos da turma;
— a atividade está entregue a professôres hábeis, seguros, bem humo-
rados e esclarecidos;
— há concordância dos sistemas de disciplina empregados; o aluno se
sente totalmente inseguro quando sofre uma sanção por parte de um pro-
fessor, ao passo que outros mestres não consideram grave a falta cometida,
deixando de punir o aluno; se as ordens e as regras dadas por dois ou mais
professôres se harmonizam, o aluno atende; em caso contrário, a tendência
é desobedecer;
— o aluno reconhece os efeitos do seu comportamento sôbre os outros;
a criança aprende a compreender quando seus atos ferem os outros fisica-
mente; o adolescente aprende a compreender quando o fazem emocional-
mente;
— convicção no método disciplinar aplicado — a falta de convicção no
sistema adotado gera, também, indisciplina.
"A existência de material, evita muitas vezes, problemas
'disciplinares".
Soluções de Emergência Para os Problemas Disciplinares
Uma vez instalada a indisciplina, faz-se necessária a aplicação de so-
luções de emergência.
A solução de emergência, segundo Rolf Muuss, está numa posição
intermediária entre a antiga fórmula da "disciplina punitiva" e a do "ex-
cesso de brandura" tão em voga na década de vinte, quando predominavam
a educação progressiva e a teoria psicanalítica aplicada à educação.
O objetivo do emprego de soluções de emergência é conseguir o contro-
le da situação no momento, antecipando, por conseguinte, a ajuda perma-
nente que deve ser aplicada.
A eficiência na condução dos problemas de disciplina depende, em
grande parte, da possibilidade de o professor evitar considerar o mau com-
portamento como uma afronta pessoal.
Muitas explosões emocionais dos alunos nem sempre se dirigem contra
a pessoa do professor, mas sim contra a figura que o professor pode vir a
representar, isto é, sempre uma "autoridade".
A análise das causas da indisciplina deve abranger não sómente as
manifestações — fraude, mentira etc. —, mas, também, as manifestações
de angústia, medo, solidão etc.
Um aluno tímido, inibido e solitário revela problemas psicológicos da
mesma forma que o aluno turbulento.
O professor, aplicando uma solução de emergência — "tratamento do
sintoma" —, estará dando início ao esforço para ajudar o educando, evitan-
do a repetição da situação-problema.
— Algumas Sugestões de Soluções de Emergência
Polarização em outra direção das forças motivadoras — interromper
uma ação, tornar o aluno um elemento útil na aula são alguns tipos de
mudança de direção das forças motivadoras.
Assim, se um aluno, valendo-se de pedrinhas encontradas no local da
aula, procura atirá-las em seus colegas, pode vir a ter mudada a direção
de suas forças motivadoras, pelo menos na ocasião, com uma simples frase
do professor:
— "Paulinho" em quem você vai atirar a pedrinha?
O aluno, descoberta a sua intenção, e não mais podendo esconder-se no
anonimato, possivelmente, não tentará mais atirar a pedrinha.
Uma distração momentânea do aluno pode vir a ser corrigida, também,
através de uma sugestão:
— "Roberto", venha mostrar-nos como executar o passe de "peito"
As suas forças motivadoras passam a ser dirigidas para um objetivo
bem definido.
Alguns sinais ou atitudes do professor possibilitam, também, essa pola-
rização das forças motivadoras. Assim, o fixar o olhar no aluno, o parar
de falar, o franzir as sobrancelhas, o bater palmas, o aproximar-se do aluno
são alguns dos meios eficazes de que se valem os professôres.
O bom humor no processo da indisciplina — o sadio bom humor (não
confundir com ridicularização ou sarcasmo) pode servir como procedimento
para suavizar uma situação tensa. O sucesso do emprego do humor é função
da criatividade e flexibilidade do professor.
Um grupo de alunos ao entrar na quadra pendura-se nas balizas de
futebol de salão. O professor, em lugar de usar uma reprimenda, diz:
o local da nossa próxima visita já está escolhido. Será no jardim zoológico,
pois há um interesse muito grande pela vida dos macacos."
Uma pesquisa de Redl constatou que as crianças encaram o "humor
come um agente de serenidade baseado na segurança".
Mudando os fatôres em relação ao meio social — neste tipo de solução
de emergência o professor muda o relacionamento entre o aluno indisci-
plinado e o meio físico social.
Afastamento brando — o professor faz com que o aluno troque de
lugar, longe de outro, perto do professor etc.
Algumas vezes, bem poucas, é verdade, torna-se necessário enviar o
aluno à presença do diretor ou do coordenador, mas isto somente como
medida extrema.
Êste procedimento pode surtir efeito se evitarmos o exagero na sua
utilização. Em casos de extrema gravidade, a direção do educandário pode
suspender o aluno por alguns dias, até que um entendimento entre o pro-
tessor e os pais possa fornecer informações adicionais.
Afastamento pela força — em alguns casos, o afastamento brando re-
vela-se ineficaz, obrigando o professor a empregar a força física. Quando
nos referimos ao uso da força física, não queremos dizer que a mesma ve-
nha a ser usada para castigar, vingar ou medir forças, mas sim quando
houver perigo de danos físicos ou contra a propriedade.
Assim, no caso de um sério desfôrço físico, os alunos têm de ser sepa-
rados, muitas vezes, com emprego da força.
Da mesma forma, se um aluno — criança ou mesmo adolescente — esti-
ver usando perigosamente tesoura, canivete, faca, fósforos e t c , e se recusar
a entregá-los voluntariamente, esses objetos devem ser retirados à força.
Tais casos, felizmente, constituem exceções, terminando muitos de nós
nossa carreira sem têrmos feito tal tipo de intervenção.
Reexame da situação — em algumas ocasiões, é necessário modificar
tôda a situação de uma turma. Uma conversa franca dos alunos com o pro-
fessor e mesmo entre eles leva a conclusões que acarretam uma mudança
radical da situação do ensino na turma.
Outros Procedimentos que não Soluções de Emergência
Inúmeros procedimentos são empregados em nossas escolas no con-
trôle de disciplina, encontrando-se entre eles:
A retenção após as aulas — prática que vem sendo abandonada por
servil de "reforço" — Skiner — à conduta errada. Uma turma detida após
as aulas deve ser liberada tão logo as coisas melhorem no aspecto disci-
plinar.
Retiradas de privilégios — a pequena quantidade de coisas que os alu-
nos realmente gostam desencoraja tal medida.
Eis aqui algumas considerações que gostaríamos de fazer no que con-
cerne ao problema da disciplina.
MANEJO DE CLASSE
297
pela conservação e guarda do material — colchão. Na semana seguinte
êste grupo será substituído por outro. Além do aspecto já abordado da
delegação de responsabilidades, há uma atitude coletiva de maiores cuida-
dos a dispensar ao material de Educação Física.
Retificação da Aprendizagem
Exemplo: "subir 5,50m de corda lisa, sem auxílio dos pés. Partida
sentado" — (V. Prova para obter o "Certificado Secundário de Educação
Física" — "Método Francês").
A avaliação intermediária já apresenta uma investigação mais comple-
ta, buscando obter dados complementares e qualitativos.
Exemplo: "Teste de precisão no arremesso do Andebol". Traçar na
parede um retângulo com as medidas oficiais do gol (2m x 3m), demar-
cado como no desenho que se segue. Os cinco arremessos serão efetuados de
uma distância de 7 metros, usando-se o "arremesso parado, com queda".
Após os cinco arremessos, efetuará mais cinco, agora usando o "arremesso
em movimento, de longa distância". O aluno recebe a bola, aproximada-
mente a 12 metros do gol, e, após uma pequena progressão, três passos no
máximo, efetuará o arremesso.
303
Como vemos, esta avaliação já envolve um aspecto qualitativo, sendo,
portanto, superior à avaliação restrita usada antigamente.
A avaliação ampla é a mais recomendada por fornecer um maior nú-
mero de dados, porque se vale de diferentes técnicas e medidas, procurando
atingir áreas mais profundas.
Êste tipo procura avaliar os três grupos de transformações que preten-
demos atingir através de nossas aulas de Educação Física — habilidades,
conhecimentos e ideais, atitudes e preferências, obtendo um panorama tão
completo quanto possível do indivíduo.
Para uma avaliação desse tipo, podemo-nos valer de três técnicas
principais:
— observação sistemática;
— testes padronizados;
— análise das informações cumulativas.
A observação sistemática de diversos tipos de performances e compor-
tamentos pode ser feita durante o desenrolar de diversas situações naturais
ou controladas.
Os testes padronizados já encontram bastante aceitação entre nós,
havendo um trabalho sério organizado pelo D.E.F.E. de São Paulo, divulga-
do em 1964.
Elaboração de Relatórios
FÍSICA
ESCOLA G.
INEP — SEC
Relatório Anual
1968
Prof. A. G. F. J.
O presente relatório tem por objetivo fazer uma avaliação das ativida-
des de Educação Física, realizadas em 1968, que estiveram sob nossa res-
ponsabilidade.
O primeiro período do ano letivo iniciou-se normalmente; entretanto,
o seu término foi antecipado de duas semanas, tendo em vista o momento
político que a Guanabara atravessava naquela época. Com isso, as crianças
tiveram um mês de férias, ao contrário do que ocorria em anos anteriores
quando tinham apenas quinze dias.
O segundo período desenrolou-se dentro da normalidade, com as ativi-
dades desenvolvendo-se como prevíamos no Plano de Curso.
Considerando a nossa experiência de sete anos nessa escola, podemos
afirmar que 1968 foi o ano em que os alunos apresentaram maior rendi-
mento em Educação Física.
Introduzimos, como principal modificação na orientação que vimos
imprimindo, o controle do pêso e da altura das crianças, através de duas
aferições anuais. Levando em consideração o espírito que norteia os tra-
balhos nesta escola, fizemo-lo experimentalmente com crianças do primeiro
ano escolar. Dentro de algum tempo os resultados obtidos poderão fornecer
subsídios a futuras pesquisas no campo do desenvolvimento físico de nossas
crianças.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PROPOSTOS
Quando da elaboração do Plano de Curso para 1968, estabelecemos os
Objetivos Específicos da Educação Física para as turmas da Escola G
segundo três categorias:
a) habilidades e aspectos físicos do desenvolvimento do educando;
b) informações e conhecimentos;
c) ideais, atitudes e preferências (vide Plano de Curso).
UNIDADES DIDÁTICAS DESENVOLVIDAS
1." ano primário
UNIDADE I — "Iniciação à Ginástica Olímpica"
1 — SOLO — pequenos apoios
rôlo simples para frente
vela
avião
salto da coragem
pequenas séries (combinação de
exercícios)
2 — EXERCÍCIOS SÔBRE APARELHO
a) Plinto — trepar
saltos simples
b) Banco Sueco — atravessar
— equilíbrio
exercícios com o banco
UNIDADE II — "Iniciação ao Atletismo"
1 — CORRIDAS — jogos de iniciação
UNIDADE III — "Iniciação com Bolas"
bater
conduzir
passar
arremessar
2." ano -primário
UNIDADE I — "Iniciação à Ginástica Olímpica"
1 — SOLO — pequenos .apoios
rôlo para- frente
rôlo para trás
rã
avião
salto da coragem
esquadro
roda (estrela)
2 — EXERCÍCIOS SOBRE APARELHOS
a) Plinto — trepar
saltos simples
b) Banco Sueco — atravessar
escorregar
equilíbrio
exercícios com D banco
UNIDADE II — "Iniciação ao Atletismo"
1 — CORRIDAS — jogos de iniciação
2 — SALTOS — altura
jogos de iniciação
distância
UNIDADE III — "Iniciação com Bolas"
bater
conduzir
passar
transportar
3." e 4.° ano primários
UNIDADE I — "Iniciação ao Atletismo"
1 — CORRIDAS E REVEZAMENTOS
2 — SALTO EM ALTURA
3 — SALTO EM DISTÂNCIA
UNIDADE II — "Ginástica Olímpica"
1 — SOLO
2 — SALTOS SOBRE O PLINTO
UNIDADE III — "iniciação ao Basquete'
1 — GRANDE JOGO (Basquetinho)
2 — REGRAS BÁSICAS
3 — FUNDAMENTOS
— condução
— drible
— passes
— arremessos
— prática do jogo
ATIVIDADES DOCENTES
T. 6 T. 6
T. 9 T. 1 T. 12 T. 7
T. 7 Folga
T. 13 T. 2 T. 10 T. 8
T. 8 Coletiva T. 2
T. 14 T. 5
T. 11
T. 1 T. 4
T. 4 T. 3
T. 3 T. 5
MÉTODOS EMPREGADOS
1 — Natural Austríaco
2 — Desportiva Generalizada
MATERIAL EMPREGADO
— Balança e Antropômetro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
320
Projeções Luminosas, Equipamen- Televisão — 258
tos e Acessórios — 243
Toca-Discos — 254
Quadro de Flanela — 226
Trabalho Docente, Aptidões Espe-
Quadro Metálico — 231 cíficas — 48
Quadro Negro — 232 Trabalho Individual — 282
Recapitulação — 285 Trabalho Socializado — 282
Relações do Professor — 58 Transparências, Principais Tipos
de — 247
Relatório — 306
Transparências para Retroprojetor
Retificação da Aprendizagem - 299 — 249
Retroprojeção — 245 Vocação para o Magistério de Edu-
Sondagem — 145 cação Física — 47
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA