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Itatiba
2018
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ARCHER, Claudia. 2
RESUMO
Este trabalho, inserido na área da Linguística Aplicada, tem por objetivo identificar
um possível conflito identitário no discurso de um professor de Língua Inglesa em
diferentes situações de ensino: em escolas da rede pública e em escolas particulares.
Este conflito originou-se à partir de várias situações em que esse professor
encontra-se inserido, seja em relação às diferentes metodologias de ensino,
diferentes recursos tecnológicos, nas diferentes abordagens dos materiais didáticos,
e por fim, às diferenças na identificação do público - alvo inseridos no contexto da
sala de aula, em relação ao aprendizado da Língua Inglesa. O arcabouço teórico –
metodológico consiste nos questionamentos identitários frente às construções
discursivas. A metodologia consiste na formulação de um questionário composto
por três perguntas, direcionado a dois professores de Língua Inglesa, sendo um
deles atuante na rede particular de ensino, e o segundo professor atua em ambas as
redes, e se trata da própria pesquisadora deste Artigo Científico. Os resultados
apontam que ambos os sujeitos afirmam a falta de interesse dos alunos em
aprenderem a Língua Inglesa, pois trata-se, segundo os depoimentos, de um idioma
sem relevância para o contexto sócio – cultural em que estão inseridos. Conclui – se
BORELLA, Ana Paula Monte. Graduada em Letras – Unidade Acadêmica da Área de Ciências
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que existe um conflito identitário, mas que ele se refere somente às condições de
ensino da escola pública, quando contrastadas às condições da escola particular,
tomada como parâmetro ou modelo idealizado.
1. INTRODUÇÃO
Este capítulo tem como objetivo levantar e discutir algumas dessas teorias e
investigar a sua pertinência para a nossa análise.
A crítica que tem sido feita a esta teoria é de que não há nenhuma relação
de causalidade entre diferenças linguísticas e diferenças cognitivas, ou seja, o
fato de uma criança usar uma linguagem diferente não tem implicações sobre
sua estrutura cognitiva de forma alguma.
O Modelo Tradicional tem raízes na Europa com o ensino das línguas grega e
latina, considerada importantes para o desenvolvimento do pensamento e da
literatura. A aula é ministrada em Língua Materna e tem como ênfase a gramática
que objetiva facilitar a tradução de textos. Esse modelo ainda está presente em
nossos dias, no ensino de línguas.
5.METODOLOGIA
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S1, 2 ( = sujeito 1, 2 ) serão os símbolos utilizados para enumerar os entrevistadores da pesquisa.
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Pergunta referente à questão n° 1, conforme anexo na Coleta de Dados: 1) Fale de um modo geral, sobre
as condições de ensino nas escolas de rede pública e particular em que você atuou.
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Outro ponto por nós destacado consiste na, falta de interesse por parte da
instituição de ensino da rede pública, no que concerne ao fornecimento de
recursos audiovisuais para uma maior eficiência no trabalho do docente em sala
de aula.
Já na escola particular nós damos uma apostila, o que eu também não gosto, mas
como o colégio adota essa apostila eu tenho que usá-la mas, eu tenho a total liberdade
para usar mais recursos e por isso eu insiro materiais mais dinâmicos e atuais; e sem
dúvida isso acaba interferindo num melhor ensino.
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Pergunta referente à questão n° 2 e n° 3, conforme anexo na Coleta de Dados: 2) Quais as metodologias
que você usa em ambas as escolas? 3) Quais os materiais Didáticos que você tem usado em cada uma das
escolas ?
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S1: A escola da rede pública, os alunos não consideram a Língua Inglesa uma a matéria
importante (...) até mesmo seria, a classe social das crianças que às vezes são filhos
de pais operários, que os alunos pensam – prá que eu vou usar isso – diferentemente
de uma escola particular, onde tem pais que trabalhem em multinacionais e eles já
passam toda essa cultura para os filhos,a importância de uma língua estrangeira. Minha
fala não é preconceituosa,mas é o que acontece.
S2: O ensino de Língua Estrangeira nas escolas públicas tem sido realmente
frustrante, encontro muita resistência por parte dos alunos que se sentem desmotivados,
pois a grande maioria salienta que a Língua Inglesa, na atual realidade desses alunos,
para nada será aproveitado.
Na rede particular de ensino, deparamos com o grande interesse pelo idioma, pois
os alunos acreditam que o aprendizado de uma Língua Estrangeira, seria ponte para
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7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Anexos
COLETA DE DADOS
S2- O ensino de Língua Estrangeira, no meu caso a Língua Inglesa, nas escolas
públicas tem sido realmente frustrante, pois temos um nível de aprendizado e
estratégias de ensino muito elevado na Universidade e gostaria muito de poder aplicar
esses métodos, essas novas técnicas de estratégia de ensino em sala de aula, porém
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S1, 2 ( = sujeito 1, 2 ) serão símbolos utilizados para enumerar os entrevistados da pesquisa.
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encontro muita resistência por parte dos alunos que se sentem desmotivados, pois a
grande maioria salienta que a Língua Inglesa, na atual realidade desses alunos, para
nada serve e para nada será aproveitada; a resistência também é da parte da direção
da escola que alega não ter verbas para adquirir recursos áudio – visuais qu seria de
grande valia para o docente e para o aluno, pois com recursos mais modernos,
poderíamos “chamar a atenção” dos alunos e isso seria um passo para que eles
pudessem se interessar pelo idioma. Diferente da rede pública, na rede particular de
ensino, deparamos com outra realidade, pois a maioria se interessa pelo idioma, pois
acreditam que o aprendizado de uma Língua Estrangeira , seria uma ponte para
aquisição de status social, um bom emprego, um facilitador de uso da Internet e sobre
tudo para a realização de um intercâmbio. A maior parte dos alunos possui contato
anterior com a Língua Inglesa e enfatizam que o aprendizado está também direcionado
ao Vestibular.
S1- Na realidade desde que eu comecei a cursar a Faculdade de Letras gostei muito da
Abordagem Comunicativa, então eu procuro... não vou falar para você que minha aula
é totalmente comunicativa, porque muitas vezes é importante o aluno saber preencher
lacunas; trabalhamos com role-plays, depende da situação, eu uso uma abordagem
mais comunicativa ou mais estruturalista, usamos nessa escola, estou falando da rede
particular, o Power Point, transparências em retro – projetor, o laboratório de informática,
vídeo, etc.
S1- Na escola da rede estadual, nós usamos um livro que há muito tempo já foi adotado,
já tentei trocar mas por causa da direção, da coordenação, não foi possível trocar esse
material didático com grau de dificuldade maior. Esse livro não contempla nem o básico
que deveríamos dar aos alunos. Os exercícios de listening são desconexos, frases
estruturais, não há muito embasamento.
Já na escola particular nós damos uma apostila, que eu também não gosto, mas como
no colégio adota essa apostila eu tenho que usá-la mas, eu insiro outros materiais,
apesar dessa apostila ser um pouco mais atual, ela não difere muito do material da rede
estadual.
S2- Na rede pública, o material didático é um livro adotado pela instituição, mas apenas
o professor possui o livro, os alunos não têm livro, então toda matéria é escrita na
lousa... perde-se muito tempo, eu faço a cópia, eles copiam... isso leva tempo e muitas
vezes cumprir o programa é sufocante, eu me cobro muito, me pressiono, questionando
se o tempo será suficiente.