Você está na página 1de 3

Análise crítica do artigo “Reflexões Sobre a Escola das Relações

Humanas - ERH e as Pesquisas de Hawthorne: visões críticas e


contribuições.”

O Artigo analisado foca nas diversas questões relacionadas aos funcionários,


como, questões sobre comportamento humano, cooperação, comunicação,
equipes de trabalho, eficiência, produtividade, entre outros temas interligados.

Tentando sanar algumas duvidas, a direção da fábrica de Western Electric


situada no bairro Hawthorne da cidade de Chicago entrou em contato com
Elton Mayo (médico especializado em psicopatologia), e associado a ele, Fritz
Roethlisberger ( engenheiro, bacharel em administração de engenharia e
mestre em filosofia ), para estudarem e conduzirem experimentos relacionados
a eficiência e produtividade no trabalho. A empresa Western Electric fabricava
equipamentos e componentes telefônicos.

1° Fase de experimentos: Tentaram estabelecer uma ligação entre a qualidade


e quantidade de iluminação com a eficiência na produção. Dois grupos foram
utilizados, um de controle e um grupo de teste, eles faziam o mesmo trabalho e
em condições idênticas. O grupo de teste trabalhava sobre intensidade de luz
variável, o outro foi mantido sob iluminação constante. Somente quando a luz
foi diminuída em uma intensidade equivalente à luz lunar é que houve
diminuição da produção. Ou seja, A luminosidade não estava interligada a
eficiência da produção. Mas, a variável psicológica tinha sua importância, pois
os trabalhadores se sentiram na obrigação de produzirem bastante,
independentes da intensidade da luminosidade.

2° Fase: As “cobaias” desse experimento foram somente mulheres. Foi criado


um grupo de teste e um de controle. O grupo de teste foi sujeito a mudanças
nas condições de trabalho, foram introduzidos intervalos, exemplo: intervalo de
cinco minutos de descanso no período da manhã e no período da tarde,
temperatura e umidade sempre controladas, registrava-se quantidade de horas
dormidas à noite, alimentos que ingeriam, faziam-se exames regulares, entre
outros cuidados, o outro grupo trabalhou em condições constantes. Depois de
um período, decidiram tirar todas as “mordomias” que o grupo de teste tinha,
esperavam que a produção caísse, mas a produção se manteve constante. Os
pesquisadores chegaram à seguinte conclusão que a situação humana é
complexa e que além das condições físicas de trabalho, os fatores
psicológicos também influenciavam nos experimentos.

3° Fase: Os pesquisadores intrigados com as relações humanas no trabalho


Iniciaram o Programa de Entrevistas (Interviewing Program) com os
empregados para conhecer suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões
quanto ao trabalho e tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões a
respeito do treinamento dos supervisores. Esse programa foi bem aceito na
indústria, pois os trabalhadores se sentiram mais confortáveis não só para
comentar sobre sua vida no mercado de trabalho, como sua vida pessoal
também.

4° Fase: Foram separados dois grupos, grupo de experimentos e o de controle,


eles tinham as mesmas condições de trabalho. Um observador ficava dentro da
sala e no outro um entrevistador ficava do lado de fora fazendo a entrevista. O
salario era conforme o aumento da produção.

Essa pesquisa pode ser criticada por muitos estudiosos, mas é evidente que
ela abriu portas para que chegássemos onde estamos. Com o passar do tempo
é notório que houve uma evolução na conclusão dos experimentos realizados,
onde achavam que só questões estruturais eram importantes para o
desempenho na produção, e entre outras coisas, perceberam que a saúde
Psicológica dos trabalhadores pode ser mais eficiente que seus próprios
braços. .

Hoje em dia com o avanço da tecnologia, a automação industrial é uma


realidade. Nos experimentos realizados foi constatado que a intensidade da luz
não interferia na produção, trazendo essa questão para os dias atuais podemos
comparar a luz, com as maquinas utilizadas atualmente. Se a empresa não
estiver ciente e buscar a inovação das maquinas, consequentemente a
produção será menor comparada com as empresas que sempre estão em
constante busca de melhorias para a própria, com o objetivo de aumentar a
eficiência dos processos. Se a luz em questão fosse as maquinas de hoje, sem
duvidas nenhuma o resultado final seria diferente.

Estamos no século XXI e o que sabemos sobre a eficiência do trabalho


interligada com a saúde psíquica ainda é muito simplório. Se na época da
pesquisa já existia uma pressão psicológica, hoje em dia isso é muito maior,
cerca de 9,3% da população brasileira (18 Milhões de pessoas) tem alguma
doença psicológica. Ao contrario das entrevistas na pesquisa realizada, hoje as
indústrias vem em um avanço constante, muitas dispõem de Psicólogos para
atendimento aos funcionários, como afirma a tese de Roethlisberger,” um
problema humano requer uma solução humana”. Atualmente existe o que
chamamos de “One – on – one”, onde, os funcionários podem discorrer sobre a
vida profissional, buscando resolver problemas internos na empresa.  Assim
criando e fortalecendo uma cultura organizacional sólida, sendo uma vertente
da 3° fase da pesquisa Hawthorn. Como podemos ver, o avanço industrial
interfere na produtividade, mas não adianta termos uma indústria com
equipamentos de ultima geração e não existir funcionários com a saúde
psicológica apta para realizar todas as devidas tarefas.

A Relação entre Funcionário e empresa está sempre evoluindo. Grande parte


das empresas estão buscando melhorias para que o trabalhador consiga
executar suas tarefas com sucesso, sem nenhum desgaste físico e psicológico.
Também incentivando o trabalhador a alcançar as metas de produção. As
Pesquisas de Hawthorne, foi influente para o avanço entre Empresa e
funcionários.

Você também pode gostar